Por que a Polícia e vigias noturnos informais tocam sirenes?
A Contravenção Penal continua.
O Estado continua omisso (há mais de 10 meses).
Provas irrefutáveis:
27/07/2011 – 04h22 da madrugada.
http://www.youtube.com/watch?v=o_3nxZdYCgs
28/07/2011 – 04h20 da madrugada.
http://www.youtube.com/watch?v=QoRAFDGst1Y
Por que viaturas da Polícia tocam sirenes?
Apenas em situações de emergências, na grande maioria dos casos durante o dia, quando, por exemplo, se pretende capturar um criminoso, a Polícia, prejudica seu objetivo de captura (abrindo mão do efeito supresa), por causa de um outro objetivo maior: avisar a motoristas e pedestres para terem cuidado, pois ela está quebrando, naquele momento específico, leis de trânsito (geralmente apenas sinais vermelhos e velocidade acima do permitido).
Há uma explicação plausível para a poluição sonora:é a Polícia, trabalhando oficialmente em nome do Estado e, ao mesmo tempo, procurando não ferir seus contribuintes no processo.
Coerentemente, geralmente, além das sirenes, todas as luzes das viaturas são acesas nesse momento crítico.
O que / quem há geralmente dentro dessas viaturas?
Não apenas 1 mas 4 profissionais, carregando, no mínimo, uma arma de fogo cada, profissionais que têm, no mínimo, segundo grau completo, que passaram por concurso público, que têm noções de Direito (importante, pois são imputáveis em casos de falhas e excessos), que demonstraram ter aptidão física, que foram aprovados em teste psicotécnico (a fim de testar o equilíbrio emocional), que receberam e recebem treinamento, que também são contribuintes (pagam impostos sobre seus salários fixos e limitados), que se submetem a uma hierarquia e disciplina militar, que, de fato, indubitavelmente, arriscam suas vidas.
Por que vigias noturnos informais apitam e tocam sirenes?
Não há situação de emergência. Não há quase nenhum motorista ou pedestre nas ruas (apenas pessoas tentando dormir dentro de suas casas), pois é de madrugada. Não há uma busca por um criminoso específico, mas, se houvesse, o efeito supresa seria então desperdiçado à toa. Sem justificativa também, um número muito maior de leis de trânsito é quebrado, destacando-se trafegar nas calçadas e contramão com faróis apagados.
Se a sirene visa a chamar a atenção, os faróis, coerentemente, deveriam também estar acesos (conforme manda a lei, para todo mundo, sempre).
Se fazer barulho evitasse, de fato, crimes, por que então não deixar então simplesmente alarmes disparados durante toda a madrugada?
Quem geralmente está sobre as motos da “vigilância” informal?
Um elemento (geralmente jovem e, portanto, com possibilidades) optante pelo mercado informal, paradoxalmente, contraditoriamente, agindo “semi oficialmente” em nome do Estado (a absurda lei paulista).
Um elemento que na vasta maioria dos casos, voluntariamente, optou por não encarar a “rigidez” e “limitações” de um emprego formal, amplamente disponível na economia atual, para agir nesse estado (letra maiúscula ou minúscula?) de informalidade legalizada.
Um elemento, geralmente sozinho (pelo menos na moto, pois geralmente fazem parte de milícias paramilitares), que, por lei, não poderia estar armado, de quem o Estado não requer sequer primário incompleto, concurso público, noções de Direito penal, aptidão física, estabilidade emocional, treinamento, etc.
Um elemento que, dizem, é “controlado” conforme a lei paulista, mas, pelo que parece, se esse controle realmente existe, limita-se a um simples registro na delegacia local e mais nada. Portanto, ele não se submete a nenhum tipo de hierarquia. Não tem um chefe claramente definido. Não precisa declarar o quanto ganha. Não precisa declarar para aonde vai seu dinheiro. Não paga impostos. Não tem que cumprir horários rígidos.
Entretanto, apesar de tudo isso, e muito mais, esse elemento recebe do Estado uma certa autoridade, pois é supostamente “controlado” (palavra forte demais) por ele.
Dar autoridade para quem não tem preparo e não lutou para merecer essa autoridade é brincar com a criação de futuros monstros incontroláveis.
É pensar no curto prazo, utilizando-se de alternativas paliativas.
Esses elementos sabem que não me deixam dormir, há 10 meses, mas não cedem um centimetro do que julgam ser seu território ou reduzem um decibel ou ainda um único toque de sirene, pois gozam da prerrogativa, outorgada pelo Estado, de terem se tornado “autoridades”.
São autoridades que só têm direitos.
E os deveres? Não são imputáveis quando seu “serviço” falha, pois, paradoxalmente, contraditoriamente, são informais.
Enfim, quase ia esquecendo a resposta: guardas noturnos tocam sirenes no volume que quiserem, quantas vezes quiserem, na frequência que quiserem para vender medo e ilusão, para, em última análise, fazer propaganda que visa ao seu lucro pessoal.
Enquanto isso, meu comércio legalizado, tem direito a uma plaquinha de 1,5 metro quadrado, pela qual pago impostos também.
Para eles não há a igualdade do artigo V da Constituição. Estão isentos da proibição da formação de associação para fins paramilitares. Não há a Lei das Contravenções Penais 3688, artigo 42.
Paulo Corrêa
O Código de Trânsito estabelece que quando os veículos de polícia, bombeiro, ambulância e fiscalização de trânsito, devidamente identificados por luz intermitente vermelha e sinal sonoro, demonstrando situação de emergência, pedirem passagem, os demais condutores devem ir para a direita, abrindo passagem pela esquerda, e parando se necessário. O Art. 189 da mesma Lei prevê ser infração gravíssima deixar de dar passagem a veículos que goze de tais prerrogativas em situação de urgência, sem fazer distinção da forma como é dada essa passagem ou se o fato de liberar o lado direito ao invés do esquerdo implica em desobediência de regra de circulação. Da mesma forma não é estabelecido comportamento especial quando o veículo que dará passagem já se encontra imobilizado como no caso da obediência ao semáforo, mas não se exclui sua obrigação de dar passagem. (colei)
quanto a viaturas da policia mesmo sem necessidade trafegarem com a sirene ligada, nao é um costume em minha cidade. alta velocidade, sinal sonoro e luzes são autorizados quando em serviço de urgência. fora deste contexto, apesar de nao me vir a mente medida adequada para fazer cessar o problema, por nao estar amparado de inicio uma reclamação administrativa poderia resolver.
sobre os guardas noturnos, sua atuação é regulamentada por leis municipais. acho um primeiro passo seria ver se existe previsao sobre a forma de uso de sinais sonoros. porem, abordar o cidadao e conversar sobre o caso ja foi tentado?
Sr. Paulo Correa:
Concordo com tudo o que disse. Há que se observar que, via de regra, o vigia noturno possa ser apenas uma parte (vísivel e audível) de um esquema mafioso, criminoso, que pode envolver delegados de polícia, funcionários de Detrans e Ciretrans e políciais militares (quer estaduais, quer federais). Difícil é provar (eu mesmo sou vítima de uma situação dessas), mas louvo e aprovo atitudes como a sua, de denunciar o abuso dessas pessoas.
Como leigo, me pergunto, como fazer para ecoar ainda mais alto (e produzir resultados mais eficientes), essa nossa indignação e revolta ??
Tentei sim e por isso fui xingado e ameaçado por 2 desses vigias. Dias depois, o mesmo ocorreu, eles vendo que eu tinha uma filmadora na mão e registrava tudo o que eles faziam e falavam. Tentei obter Boletim de Ocorrência por conta disso. Solicitei ajuda do Ministério Público, que me deu uma carta lacrada que solicitava atendimento na delegacia local. A carta foi devolvida pela delegacia, lacrada, sob a alegação de que já havia um B.O. sobre o barulho feito por esses vigias (de quase um ano atrás), então isso faria supostamente parte do mesmo processo, que estaria no cartório da delegacia, mas, coincidentemente, o funcionário em poder da documentação estaria de férias. Obrigado pela resposta, Alexandre.
Obrigado pela resposta, M Kassaris. Já recorri até agora aos seguintes órgãos e autoridades: Conseg, Delegacia local, Batalhão da Polícia local, Ouvidoria da Polícia, Corregedoria da polícia, Ministério Público-Sede, Ministério Público do Fórum do Ipiranga, Ouvidoria do MP, Corregedoria do MP, Conselho Nacional do Ministério Público, Procuradoria da República em São Paulo, Casa Civil do Governo de SP, Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de SP, Prefeito da Cidade de SP, Ouvidoria da Prefeitura da Cidade de São Paulo, todos os vereadores da Câmara Municipal de SP, vários deputados estaduais da Assembléia Legislativa do Estado de SP, vários senadores da República. Não vou desistir. Estou lutando contra essa Contravenção Penal há aproximadamente 11 meses e vou até o fim, custe o que custar.
No site www.youtube.com, se o senhor digitar na busca: "paulosmcorrea", vai ver vários vídeos da atuações desses elementos. Mais importante: um internauta que acabou de visitar meus vídeos, deixou em quase todos eles, explicações jurídicas doutíssimas que podem servir de base legal para solicitarmos que as leis sejam cumpridas....colo a seguir o que ele escreveu: Isso foi sinalizado como spam mostrar ocultar Não é spam Os vigilantes noturnos infringem cinco leis:
Art. 42, Inc. III, DL. 3688/41:
Perturbar alguém, ou o trabalho, ou o sossego alheio, abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos. (complementada pela Lei Estadual 2126/52)
Art. 227, Inc. III, do Código de Transito Brasileiro:
Usar buzina, entre 22 e seis horas.
Art. 228, Código de Transito Brasileiro;
Usar no veículo equipamento com som em volume que não sejam autorizados pelo Contran.
Art. 60, Lei 9605/98 Lei de Crimes Ambientais.
luizmarins10 11 horas atrás
fim
A luta continua, obrigado!