Branca de Medo (Pobre madrasta...a obsessão por ter uma mãe pode tornar a enteada uma bruxa)

Há 14 anos ·
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Nessa história a Branca feito neve não é a pobre enteada, é a Madrasta, porém de medo. Pareceria cômico, se não fosse trágico. O art. 1611 do CC faculta ao conjuge consentir ou não o acolhimento do enteado em seu lar, porém, tal aceitação poderá desencadear a formação de um vínculo entre enteado e padrasto/madrasta que gerará, segundo novas tendências doutrinárias e jurisprudenciais do Direito de Família, direitos de sucessão e previdenciário por exemplo, dentre outros, pois filhos serão considerados destes, mesmo que não legalizados através de um processo de adoção ou atitudes dessa natureza, visto ter sido gerado um vínculo socioafetivo, entende aqueles que optam por esta nova corrente doutrinária. Todavia, fica a reflexão quanto a situação do padrasto/madrasta que em solidariedade e respeito a situação do titular da responsabilidade, por exemplo de um menor, alberga em seu lar o enteado com o propósito de auxiliar o seu companheiro. Isto porque, tal situação corriqueiramente ocorre pelo fato de o outro genitor não ficar com a criança, daí, imaginem, também essa criança não ser acolhida no outro lar, pois o conjuge do genitor não deseja ser pai ou mãe da criança, ele já tem seus planos, sua vida, sua família "constituída", o que ele pode se dispor é a ajudar, e não a ser a mãe ou o pai substituto, só que em caráter permanente... Não sei se fui clara, sou apenas uma iniciante no estudo desta questão e para muitos já tenho um papel definido nesta história, "com certeza ela deve ser a madrasta!!!!". Falo por mim, trabalho, estudo, gosto da minha casa, amo uma filha que tenho e meu marido, sou alguém que com todo boa vontade, acolhi uma pré-adolescente, que sinceramente nem mesmo o pai quer, (não o julgue precipitadamente, eu não queria ter vivido o q ele viveu naquele relacionamento e depois de tudo olhar para a filha e ver nela a mãe desta), e como se todo o clima de tensão e carência fosse pouco tenho uma filha pequena super carinhosa, amorosa e inteligente no meio disso tudo, que fica perdida tentando ajudar em algo que ela não entende o que está acontecendo e sendo usada por minha enteada como um paradigma todo tempo. Minha enteada é relativamente uma boa menina, não é rebelde, nem agressiva, mas é extremamente carente, tem um deficit escolar muito grande e vê em mim uma tábua de salvação, já que os familiares dela não a procura. Eu apareci para ajudar meu marido nesse dilema, já que a parente que tomava conta dela morreu e a mãe não "pode por motivos de saúde" tomá-la para si, assim, as visitas esporádicas e a pensão depositada no final do mês já não eram mas suficientes para afastar esse "fantasma" do passado, como diz meu marido. Só que agora sinto minha privacidade invadida, ela é muito insegura e carente e cobra atenção o tempo todo, me observa, me escuta, me acompanha, me cobra carinho de maneira afetada e sempre se projeta como vítima em qualquer coisa, diz que me ama e amará para sempre, sempre, sempre... monitora meus horáros e as ligações que recebo, não consigo nem mesmo almoçar em minha mesa com ela, pois não tira o olhos de mim, me observando enquanto como, e me chama de mãe dezenas de vezes durante o dia e como uma forma de exercício, utiliza a palavra mãe antes e depois de perguntas desnecessárias como posso tornar um suco?, posso ir dormir um pouco? e por aí vai... E não é por falta de esclarecimento e conversa q ela faça isso, se ela naõ faz parece q fica triste...E ainda depois desse cotidiano para mim, quando coloco a cabeça no travesseiro, penso pelo que já li que essa menina terá a possibilidade de ser reconhecida como minha filha e de num futuro sei lá quanto poderá ter todos os direitos que minha filha que eu pari e amo tem. Há quem dita, mulher, naõ aceite, devolva, porém, aos que ainda posso chamar de amigos depois dessa história, essa menina naõ é uma mercadoria que veio avariada ou tinha um vício redibitório e quero desfazer o negócio, naõ é matéria de Direito do Consumidor, isso é Direito de Família, estamos falando de pessoas unidas por vínculos, ou seria melhor dizer por teias... como utiliza o termo alguns doutos. Para mim, há situações em que se apresentam como vínculos outras são verdadeiras teias...de aranha. "Mesmo os vales sombrios parecem bonitos e possíveis de ser desbravados se estamos no pico dos montes, o pensamento conheça a mudar a medida que descemos".

96 Respostas
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rose.rosangela
Advertido
Há 14 anos ·
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Não tenho nada na minha vida de podre, não tenho nada para esconder, nem tenho a cabeça podre, e também não tenho a vida meiga e linda, nada foi fácil para mim, e quanto a sentir na pele já senti sim, mas me aponte uma podridão na minha vida, se você encontrar pode falar, não ligo não tenho medo, não me escondo atras de nada e de ninguém também nunca fiz nada contra alguém, não sou invejosa, e nem maldosa, me mostre a sujeira que tenho na minha vida? você deve saber de alguma coisa feia e podre que eu fiz, se sabe pode falar, pois se eu fiz e você falar e eu ter feito realmente eu sou mulher de falar que fiz e falar as minhas razoes, mesmo que não seja as certas, e eu seja criticada, mas mesmo assim eu falo, nunca dei rasteira em ninguém pelo contrario tomei muita rasteira na vida. QUEM PLANTA AQUI SE COLHE, esta correto?

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Depois d tudo q vivi nessa história, tenho ganhado cada vez mais gosto pelo Direito de Família, interessantíssima a situação quando nos vemos no "olho do furacão"... Até viver essa triste realidade que a pouco passei via as regras quanto ao tema claras e lógicas, uma composição quase matemática sobre a forma correta de agir e quanto a ordem de prioridades... Quando passei a ser "parte" td ficou diferente, quase imaginei muitas vezes estar a ser o personagem principal do Processo de Kafka,RS...

  Sinceramente não quero focar meu norte agora em diante na ideia d saber se meus atos foram condenáveis ou não. Pretendo agora entender mais o lugar daquele q vive uma realidade aparentemente alienígena a minha, enquanto observador, sem apenas apontar os erros, pois sinceramente depois do que passei naõ importa ao q "aparentemente" erra identificar o erro e seus culpados, quanto estou errado para o resto que me analisa, o q desejo é ser entendido e ajudado, naõ julgado. Pagar pelos meus erros depende muito do meu sofrimento e de uma possível redenção do mal que criei... 

  Direito de Família exige uma sensibilidade e percepção, naõ é só um conjunto de normas aplicáveis a esta matéria, existem tantas coisas mais imbuídas em suas questões que pensar em solucioná-las requer uma projeção de resultado além do que é pleiteado... 

  Obrigada a todos que participam deste forum, agradeço sinceramente, muito fui ajudada. Este acontecimento foi para mim taõ complexo que desencadeou o tema da minha Monografia, a qual ainda estou no projeto, pois sou estudante do Curso de Direito.
Elisete Almeida
Advertido
Há 14 anos ·
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Cara Jaqueline;

Boa opção, Direito da Família é uma área apaixonante, só tenha cuidado para não fugir do Direito para a sociologia e a psicologia. Ambas devem ser abordadas, mas não podem, numa monografia jurídica, superar o Direito.

Boa sorte!

Os melhores cumprimentos.

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Obrigada Elisete, você está certíssima. E realmente qdo levei a ideia p profª ela já me advertiu qto a possibilidade de definir bem a área a ser trabalhada, priorizando evidentemente a jurídica.

A própria resenha jurídica do projeto já é um momento precioso de reflexão, passei um dia, que foi feriado municipal, inteiro das 6 da manhã até quase a meia-noite estudando e refletindo para escrever alguma coisa significativa. Sempre é muito difícil o enfrentamento de uma questão qdo há um envolvimento pessoal. Tenho me esforçado p não ser tendenciosa em outras áreas na pesquisa, visto ser o foco jurídico o principal. Mas quero mesmo assim no meu trabalho construir alguma reflexão que acrescente a ideia de responsabilidade parental que vem se ampliando, penso eu, baseada nas novas formações familiares, como exemplo as famílias reconstituídas, que encontram um maior reconhecimento jurisprudencial.

Também tenho tentado entender e precisar qual o momento em que situações de fato, no âmbito familiar tornam-se passíveis de legalização, reconhecimento para o entendimento jurídico. Caso de relação socioafetiva que pode desencadear o estado de filiação e etc.

Não sei se estou sendo clara nas minhas ideias aqui expostas,rs.

Quando se atribui uma responsabilidade a alguém, qualquer situação que seja, ela deixa de ser só mais um fato, ela torna-se algo de peso, algo que acompanha, algo de que não posso me abster ou me justificar, eu respondo por aquilo, é uma continuação de mim mesma, pois a forma como "tomo conta" expressa quem sou, penso assim.

No caso concreto qdo trouxe minha enteada para minha casa pensei em contribuir, em me empenhar por ajudar a todos, e ajudar também é ter responsabilidades, já ciente de que, qdo falo de responsabilidade sei que qualquer ato gera responsabilidade sob o objeto da minha ação e seus resultados.

Porém qdo me vi numa situação em q o pai naõ reconhecia minha enteada afetivamente como filha, e os avôs desta me disseram para resolvermos aqui por casa todos os problemas, para "caírmos na real" pq a menina era responsabilidade "nossa" fiquei sem entender. Isso para mim foi chocante, dessa "relação parental" me resultou de uma hora para outra a obrigação de ser um molde de "mãe solteira" abandonada de assistência até pelos familiares. Entaõ só aí percebi o jogo de empurra, qdo de repente só restou eu como responsável pelos deveres c a menina, é nesse ápice q brinco fazendo analogia com o livro Processo de Kafka... Fiquei atordoada, como seria possível? Recebi a menina aqui em casa, e se o pai se isenta de suas responsabilidades sou eu a única responsável por tabela? A não ser q eu tomasse as dores e ainda denunciasse meu marido por tal comportamento... Não me vi em condições nem de ser a mãe dessa menina e atuar sozinha, nem de acabar por processar meu esposo diante da realidade que estavamos vivendo. E enquanto isso tudo acontecia via a família, todos q tiveram uma real convivência com a menina durante todos essas anos diferentemente do meu lar q mal a vimos desde o seu nascimento, se afastarem gradativamente até a completa abstenção.

Não haveria outro responsável por ela? Essas e outras questões são difíceis de responder sem pesar o lado psicológico principalmente já que estamos tratando de uma pré-adolescente e de como ficam os sujeitos envolvidos depois deste enfrentamento. Com certeza o resultado disso td será um mar de ressentimentos e se existia alguma possibilidade d afeto a crescer d qualquer parte naõ será taõ fácil imaginá-la, já q a menina ficou num lar q a recebeu a contragosto, o qual no jogo de empurra ficou encurralado.

Não desejo uma história dessa para ninguém e naõ consigo pensá-la dissociada de um estudo psicológico e também social para seus resultados. Sendo o jurídico um resultado visto apenas como finalístico da contenda pode fazer com que a realidade de quem vive suas consequências se torne, sim, o começo de mais uma longa jornada desta trilogia.

Elisete Almeida
Advertido
Há 14 anos ·
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Cara Jaqueline;

Confesso que sou apaixonada pelo Direito da Família. A minha dissertação de mestrado versou sobre a história da união estável, agora estou a escrever sobre o laço socioafetivo paterno-filial, me apeguei a um caso que ficou conhecido como "caso Esmeralda" em Portugal, com decisão, em 2008, da retirada definitiva da menor, na época com 7 anos, e entrega ao pai biológico que, até aquela altura, teve pouquíssimo contato com a menina. É obvio que a psicologia e a sociologia têm que ser abordadas, impossível escapar delas, mas, também há muito o que se ver no Direito. Após o levantamento jurídico-histórico, vou estudar o direito geral de personalidade, legislação internacional, direito interno, etc. creio que para vc este tbém seja o caminho. Comprei um livro ontem que não sei se há no Brasil, mas podes procurar, "O Direito Geral de Personalidade" - Rabindranath Capelo de Sousa - Coimbra Editora. Também pode procurar um livro chamado "Aspectos Psicológicos na Prática Jurídica", (obra coletiva) são vários os autores e é da Millenium Editora.

Se eu puder lhe ajudar é só pedir.

Boa Sorte!

Cumprimentos

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Você é muito atenciosa, só tenho a lhe agradecer...

Preciso realmente de alguma orientação, principalmente qto aos livros que versem sobre o tema. Encontro em meu meio acadêmico ainda alguma dificuldade para tentar desenvolver sobre essa matéria, pelas minhas próprias limitações enquanto acadêmica de graduação, seja pelas cobranças dos professores em "vencer" o programa de sua matéria (rs...) que acho realmente também necessário, seja pelo fato do trabalho monográfico atualmente naõ parecer ser mais um ponto revelante dos estudos "necessários", pois todos que me circundam de um modo geral estão preocupados em "vencer" a matéria e passar o mais rápido possível em qualquer concurso público que o remunere "adequadamente" já que a advocacia aqui no meu Estado naõ costuma render boas remunerações aos iniciantes, e lecionar em Instituições de graduação já nem apresenta-se nos comentários como objetivo principal, rs...

Tenho me esforçado, dentro das minhas limitações, em superar os rótulos impostos. Continuo a me dedicar as pesquisas acadêmicas sem pensar se renderão a mim bons salários...rs.

Continuo a agradecer sua atenção e ficaria muito contente com o seu ato de disponibilizar indicações de livros. Preciso realmente de boas leituras para seguir feliz minha vida!

Abraço!

ivan gustavo de abreu
Há 14 anos ·
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Gente..acompanhei em partes essa discussao..sou um pai separado e tenho uma filha de nove anos que vive com sua mae e tenho mais dois filhos desse atual casamento.. tenho a dizer que a JAQUELINE esta fazendo da garoa uma tempestade..esta ela se fazendo de vitima e agindo pior que a propria criança...PELOAMORDEDEUS...vejo nisso uma falta de vergonha tremenda por parte do pai...que por ser PAI ja é totalmente responsavel por essa criança..e o mesmo deveria estar com as duas maos e os pes levantado aos ceus em agradecimento que um ser do seu sangue esta agora em seus cuidados..e vc, por ser companheira e MAE, da mesma forma deveria ao contrario de estar com crises de stress entre outras coisas, pegando essa pequena no seu colo e a enchendo de beijos..entrando com ela e sua filha no banho e fazendo bagunça as tres...deveria pedir o que gosta de comer e fazer com carinho e alegria ouvindo da boca da criança que o almoço estava delicioso...deveria deitar essa criança em seu colo e conversar sobre seus gostos e medos...leva-la ao mesmo cabelereiro que com certesa frequenta e dar a ela um dia de princesa, cortando seus cabelinhos da forma q gosta, pintando suas unhas...Vc JAQUELINE, que esta fazendo sua vida INFELIZ...se fazendo de vitima...ABRACE A CAUSA E CHAME SEU MARIDO NA RESPONSABILIDADE...molde essa criança com AMOR..CARINHO... se ponha no lugar dessa criança, que agora esta descobrindo que tem uma FAMILIA... é vergonhoso um PAI excluir uma criança pq ve nela a mae...entao me desculpe, mas esse PAI na verdade ainda sente é amor pela mae da criança e esta com seu intimo orgulho ferido..pois se ele ve a mae sera que nao se ve tbem, pois é sua filha tbemm... DEIXA DE DRAMA e trate de fazer seu papel, pois esta lidando com uma vida..com um coraçao e nao com um animal... MOLDE A PERSONALIDADE DESSA CRIANÇA COMO MOLDA A SUA FILHA..... e sentira o quanto é bom ser AMADA de forma verdadeira e sincera.... Até, e deixe de frescura e ponha o AMOR na vida dessa pequena..

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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SHEREK...

Vc deve ser um pai e marido atencioso e presente, a sua própria participação neste forum demonstra o seu perfil de zelo qto ao tema, e qdo falo assim é sinceramente, embora saiba q ninguém é perfeito e todos têm falhas.

Até a menina vir morar comigo tinha uma vida relativamente feliz, embora muito ocupada comigo e com a minha filha, que por sinal sempre tomei conta praticamente só nas atividades cotidianas e já resolvia também todos os problemas domésticos solitariamente.

Essa criança nunca foi visitada pelo pai, nem costumava ser trazida aminha casa por alguém. Desde q casei já sabia q ele tinha uma filha, todavia, ele disse que logo ao nascimento da criança td ficou muito claro p ele: seria o provedor e ir a casa da genitora pegar a menina significava sempre pagar alguma coisa a mais, td era repleto d imprevistos e até mesmo o dia p pegar a menina era uma determinação unilateral, logicamente imposta pela mãe. Na época ele era estudante e quem de fato provia td eram os pais dele, como a relação era estabelecida segundo ele, com base no q poderia o outro lado ganhar, gradativamente ele foi sendo "escanteado" e naõ opnava mais nada na vida da menina, a mãe dele tomou a frente na relação e dava o que pedissem... A menina foi criada sem o contato c o pai, pois antes d 1 ano de idade da criança ele se sentiu taõ manipulado e excluído q bitolou e prometeu a se mesmo q se era dinheiro q queriam iriam ter porém não estava disposto a nada mais a partir d então, ele ainda tentou antes disso pegar a menina p criar pq ela já era praticamente criada pela avó materna, mas ele era ainda só um estudante...

O tempo passou, ele conseguiu se organizar financeiramente na vida, e sempre depositou a pensão q equivalia a menina, embora nunca a visse.

Estamos casados a quase dez anos, casei c ele quando ainda ele era estudante e só eu trabalhava, o tempo passou e nossa vida foi construída com sacrifícios e conquistas. Ele é uma pessoa boa, mesmo naõ coseguindo superar essa experiência q viveu. Já tentei levá-lo a um especialista mais ele é muito introspectivo qto ao assunto e naõ quer falar a respeito.

A avó materna q tomava conta da menina morreu, a mãe do meu esposo, a qual eu tinha uma ótima relação veio até mim pedir q eu recebesse a menina, refleti a situação e pensei q trazé-la p meu o lar seria a solução de todos os problemas, essa menina teria sua família d volta, já q moraria c o pai e a irmã e por conseguinte o amor entre nós nasceria e não teria só de alguém q quis ajudar e podesse chamar d mãe, mas, teria uma mãe.

Td aconteceu totalmente ao contrário, o pai naõ queria nem ver a menina direito, fiquei sendo totalmente responsável por ela e tentei ajudar em td q era possível nesse momento, ela tinha uma deficiência escolar muito grande e tive tb q alem disso td acompanhá-la na psicóloga, ela naõ estava melhorando o quadro e cada vez mais demonstrava-se dependente de mim e cobrava atenção e cuidado redobrado em comparação a minha filha, comecei a pressionar cada vez mais tb o meu esposo p mim ajudar, afinal a filha era DELE e ser minha filha era uma questão d tempo, principalmente nessas condições ficava gradativamente mais difícil sustentar esta relação, pedi ajuda a mãe do meu esposo e todos em sua casa e a resposta foi que "caíssemos na real" que a menina era responsabilidade "nossa", ponto final e se afastaram. Tive q trancar curso paralelo a faculdade, todas as minhas notas começaram a cair, eu q tenho como prioridade em minha vida o meu curso de graduação me vi sendo chamada p conversar c os professores devido as minhas notas que de uma média de 9,0 a 10,0 baixou a ponto de um 4,3. Minha filha começou a ter crises d bruxismo, e minha enteada cada vez mais só cobrava, cobrava e cobrava e somente a mim, a única q a escutava.

Mas como td nessa vida, e logo eu q tinha prometido a mim mesma q nem filho queria mais a minha já era suficiente, me vi stressada, cansada e sozinha p resolver um mar d problemas... Posso ter sido fraca, poderia ter continuado, sinceramente eu quis ajudar essa menina mas naõ poderia ajudá-la naquelas condições, o pai a maltratava e eu naõ iria agora me separar do meu marido, naõ queria enfrentar mais um outro grande problema...

Cada um faça o seu julgamento se achar q tem condições p isso, cada um sabe dos seus problemas e até onde pode enfrentá-los. Não consegui prosseguir assim e desisti do que considerei um pesadelo.

Elisete Almeida
Advertido
Há 14 anos ·
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Jaqueline;

Estive a reler o que vc escreveu. Vc já tem um título para o seu TCC?

Cumprimentos

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Ainda é muito limitado o meu conhecimento a respeito do tema, mas pensei assim: Possíveis efeitos jurídicos (ainda estou em dúvida se naõ seria melhor o termo efeitos legais!) decorrentes do consentimento do(a) Padrasto/Madrasta em conviver no mesmo lar com o enteado. O início da pesquisa se daria com o art. 1.611 do CC/02 " O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, naõ poderá residir no lar conjugal sem o consentimento do outro". Entretanto, sendo consentido, quais os efeitos que deste ato poderão ser desencadeados... Mais ou Menos isso... (OBS: Dá até pra ria, já que ainda nem sei se é possível assim, pode ser uma pretensão alienada mas já iniciei o projeto, rs) Quero tentar chegar no reconhecimento da relação socioafetiva para que com ela seja possível se pleitear em juízo direitos, como posse de estado de filiação e demais possibilidades d dependência e responsabilidade...Tá entendendo? Ou está confuso?! Rs... A posse do Estado de filho, como vi no livro da autora Maria Helena Diniz, achei as consequências desse tipo de relação bem interessante visto pela jurisprudência.

Elisete Almeida
Advertido
Há 14 anos ·
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Jaqueline,

Dá uma olhada neste caso: http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev0/files/JUS2/STF/IT/RE_96435_SP%20_03.05.1983.pdf

Cumprimentos

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Elisete,

Obrigada pela indicação do link, está me ajudando a clarear o entendimento, li tbém outros casos neste mesmo local, muito bom, lê vários casos sobre o tema na jurisrudência ajuda muito.

O tema sobre vínculo socioafetivo, posse de estado de filho e ideias correlatas me despertaram o interesse após o "caiam na real, a menina agora é responsabilidade de vcs"! Isso me apavorou, naõ havia nem 3 meses q eu tinha me disponibilizado a ajudar, e me vi naquele momento a única responsável...

Pode ter parecido um momento egoísta da minha parte, mas confesso q o motivo deve ter se baseado no fato de a minha filha ser a pessoa q mais amo nesse mundo e eu ter sempre me responsabilizado por ela muitas vezes individualmente. Meu marido sempre foi com frequência ausente em muitos momentos da vida dela, todos os problemas e desejos sou eu q resolvo, realizo. Sempre ele se blindou na figura machista de que determinadas funções são coisas das mulheres, nisso eu fui fazendo muitas coisas sozinhas e sinceramente naõ mi encomoda mais isso pq minha filha demonstra seu amor diariamente, é uma doçura de menina, diz q me ama frequentemente e muitas vezes até me bota p dormir, não poderia ser mais feliz c ela.

Td isso resultou p ele uma lacuna, ele é um "apêndice" na relação filial, fica claro pelo apego da minha filha comigo. Achei q aceitando trazer a outra filha dele p cá, de alguma forma ele seria mais presente p as 2, e aprenderia a desenvolver esse laço de cuidado, arrisquei porque na época me foi oferecida tbém ajuda p tornar conta da menina por parte da família do meu esposo. Mas nem sempre as coisas ocorrem como queremos, e nesse in itinere a situação foi ficando cada vez mais desastrosa e insustentável.

Não queria assumir outra maternidade em minha vida nas condições que estavamos vivendo...

Qdo percebi o fato de q toda a responsabilidade da menina era minha, além d me chamar d mãe publicamente desde o 1º dia aqui em casa, e naõ gostar qdo eu a chamava d "filha do coração", de forma q toda a situação se organizava inevitavelmente p minha "titularização legal" qto a responsabilidade...

Além d q a situação d maus-tratos q ela sofria por parte do pai me colocava na condição d co-autora... Fiquei assim tão pertubada q imaginei a materialização d todas as possibilidades jurídicas d cobrança em cima do caso concreto. Em todas elas naõ conseguia me ver como alguém, a partir d entaõ, consentia a construção um vínculo d filiação dentro deste contexto. Terminaria por ter q realmente ficar responsável pela criança solidariamente c o pai, como titulares únicos.

A situação era sufocante, e agora q td já havia se encaminhado, não podia dizer p menina "olha, queria te ajudar mas assim naõ dá e nem tenho mais desejo d ser sua mãe, pois com certeza seria a única p resolver um mundo d problemas q criaram na sua vida e na sua cabecinha". É duro td isso, mas eu não queria criar mais uma sozinha se fosse o caso. Ela até mesmo já tinha dito q se eu um dia me separasse do pai dela queria ficar comigo, devido a alguns momentos em q via desentendimento entre eu e o pai dela. Não era esse o objetivo qdo a trouxe p minha casa, posso ter errado muito em td isso...

Bom, o caso é q, pretendo fazer o meu TCC c base em algo q advenha dessa natureza de relação, de laços socioafetivos e de posteriores cobranças decorrentes desde vínculo, de maneira a gerar no entendimeno jurisprudencial o reconhecimento desse direito, mesmo naõ sendo mútuo o interesse de reconhecimento entre as partes envolvidas.

Veja assim, como ainda estou perdida qto ao tema exato do TCC...

Agradeço deste já qualquer sugestão, rs. Obrigada.

Insula Ylhensi
Suspenso
Há 14 anos ·
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Jaqueline Confesso que pelo seu relato que acompanho, havia ficado curiosa com a relação que seu marido tinha com sua filha, já que rechaçava a outra que ele tmb fez.

Agora o quadro ficou claro, não se trata de diferença no tratamento entre as filhas, é infelizmente caracterísiticas de um monstro egoista.

Não sou dada a religiosidades mas creio que há uma força, que criou tudo no universo, que de um modo estranho conduz os caminhos de nossas vidas (embora a escolha entre eles seja nossa), essa força pôs essas filhas no caminho dele, e se muito a ele foi dado (amor, carinho...) a ele tmb será cobrado, principalmente quanto as consequências. Isso que ele faz com a orfã é monstruoso. Desculpe-me a sinceridade, mas vc está casada com um monstro. O amanhã lhe mostrará isso.

ivan gustavo de abreu
Há 14 anos ·
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Desculpe....critiquei muito vc.... mas por esses relatos percebo que o maior culpado dessa historia toda é o pai dessa criança..coitadinha dessa pequena...mas acabou esse anjo caindo nas suas maos...acate como uma missao DIVINA e faça sua parte.. largue mao de desperdiçar seu tempo com isso de TCC...jurisprudencia e nao sei mais o que... ouça o q a pequena tem a dizer, pois ela só tem vc...nem o proprio e irresponsavel papai a escuta...Gente..eu peço noite e dia pra minha filha vir morar conosco..e alguns conseguem e dizem ter entrado uma bruxinha em casa que só cobra e causa transtornos...gente...é só uma criança...tire a vassoura dessa bruxinha e lhe de um pirulito pra ver como ela se transformara...abrace a causa, e ganhe mais um amor verdadeiro e puro em sua vida...

Rosana
Há 14 anos ·
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Pessoal, não existe receita de bolo para questões de enteados e enteadas. Tive problemas com a minha própria filha porque minha mãe fazia a cabeça dela contra mim. Minha mãe era uma "dinheirista" e viciada em jogo. Sempre que eu não tinha dinheiro para dar a ela...ela partia para encher a cabecinha da minha filha contra mim. E conseguiu!

Minha filha me chamou de "galinha" quando mal sabia falar, claro que repetindo as palavras da minha mãe. Eu não morava coma a minha mãe, ela é que veio morar comigo quando minha filha tinha um ano. Aí minha vida virou um inferno. Ela remexia tudo meu, vendeu jóias, mas o que acabou comigo foi ela ter detonado a cabeça da minha filha

Um dia conversando com uma pedagoga ela me disse: a primeira coisa que vc tem a fazer é tirar o motivo do chantagista. Não ceda a chantagem nem da sua mãe nem da sua filha. Crianças são extremamente chantagistas e percebem sua fragilidade, às vezes mais que um adulto. Ela me disse outra coisa que ajudou muito: “Quando sua filha chegou ao mundo este mundo já estava pronto; então, ela tem de se adequar ao mundo e não mundo se adequar a ela". Quanto a sua mãe, se não puder deixar de morar com ela, crie atividades para sua filha, diminua o contato das duas.

Hoje minha filha já é uma adulta e ainda percebo nelas inseguranças nela no campo de relacionamentos. Minha mãe conseguiu fazer esse estrago ou não. Quem pode garantir que ela não seria insegura do mesmo modo se não tivesse vivido um período de três anos com a louca da minha mãe? Tive enteada também, mais FDP do que ela, penso que não existe. Me lembrei da frase: tire o motivo do chantagista. Aí eu já estava PHD em crianças que querem tirar seu chão. O pior é que minha enteada não era criança e sim uma adolescente bem espertona. Ela conseguiu que o pai saísse só com ela para jantar e eu ficava em casa, excluída. Na formatura do colégio eu não era bem vinda porque seria desagradável para a mãe dela. Surgiram almoços de Natal só com ela o pai e o irmão. As vezes na casa dos avós e eu excluída. Mas como eu também não presto, Graças a Deus resolvi tudo. Passei a ficar antenada na agenda deles e ainda dava apoio. Assim que eles saiam eu me mandava pra rua com amigas pra jantar e ainda esticava numa boate. Chegava em casa descabelada de tanto dançar. O pior que comecei a gostar. Troquei toda a minha angústia por diversão. Nos sábados e domingos que eles saiam e em deixavam em casa eu também me matriculei em aulas de Wind surf, o máximo. Depois das aulas ainda rolava um chope. Fui me entrosando com gente nova e inclusive adolescente, o que acabou me ajudando a compreender de que forma eles usavam suas chantagens com os pais quando queriam algo novo. Meu marido começou a ficar enciumado e trocou os jantares por almoços e depois passou a me incluir em tudo. Confesso que até senti falta da minha nova turma. Tanto que nem abri mão de tudo. Principalmente por que tinha acabado de comprar uma prancha de surf. Depois que me tornei outra pessoa vivendo no mundo deles, nem de tia eu era chamada mais. As brigas acabaram e todos, tanto filha com enteada começaram a pegar carona nos meus programas. Nunca fica totalmente sem problemas, mas passei a ter a confiança de se abrirem comigo, coisa que eles nunca fizeram. Até hoje, que faço curso de Direito e tenho amigos que têm idade para ser mãe deles é muito legal. A mudança que processei em mim me dá a oportunidade de ficar em turmas de adolescentes e rir muito com eles. As vezes um ou outro se refere à algumas mulheres que também fazem Direito assim: Aí, detesto aquela ou aquele velho. Aí eu digo: Eles têm a mesma idade que eu?! E eles respondem: você não é velha

rose.rosangela
Advertido
Há 14 anos ·
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Jaqueline Morais Tenho serteza que essa menina te ama, só que vc não enxerga que ela só tem vc no mundo, mesmo não sendo mãe dela de verdade, e não querendo a responsabilidade, mesmo assim ela te admira, e é por isso que ela te serca tanto, vc é tudo que ela tem, e vc a largou tbm, tou triste por essa menina sozinha nesse mundo, tou com o nó na garganta só de pensar nessa menina, oque vai ser dela? será que vai ser um adulto feliz? será que vai ser um adulto equilibrado? poxa tenha piedade dela, trate ela como trata a sua filha, brigue quando tem que brigar, mas a ame quando tem que amar, te garanto que ela ira ser muito grata pelo o resto da vida dela, a proteja, olha Jaqueline, eu não vou falar mas nada, não vou te criticar, uma que quem sou eu pra te criticar, mas te pesso que pense se vc gostaria que sua filha passase por isso tudo que essa menina esta passando, sei que a responsabilidade não é sua, mas não existe um pai no seu marido, a menina é a unica que não tem culpa de ter nacido, dois adulto inrresponsavel a fizerão e a largaram nesse mundão doido, como vc diz a mãe não quer o pai não quer, sei que vc tbm não tem que a querer, mas tenha piedade, a ajude, mil desculpas.

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