Pelo jeito voce sabe mais que o médico, mais que o juiz e mais do que todo mundo. Se o medico perito diz que voce pode trabalhar é porque pode. Acho muito bom os medicos serem rigorosos na concessao de aposentadoria por invalidez, afinal o dinheiro dessas aposentadorias sai do bolso de todos nós. Senao todo mundo vai começar a sentir dores inexplicáveis que o medico nao encontra o motivo.
tania_1,
Atuo na área previdenciária e entendo sua indignação. Infelizmente existem as injustiças com relação a perícias que designam a capacidade ou não da pessoa para trabalhar. Isso acontece tanto via administrativa (INSS) quanto nas judiciais. Devido ao grande número de fraudes, uns pagam pelos outros, mas não custa nada recorrer assim como tentar mostrar sua situação ao juiz. De boca fechada é que não se resolve nada. Muita sorte!
Tania não esquenta a cabeça com idiotas como esse tal fernando felipe e esse sem nome aí. São dois ignorantes que nem devem ter problemas na vida. Devem ser uns seres inabalaveis, pense que a terra gira e quem tá em cima vai para baixo e eles estarão aqui um dia recorrendo a ajuda de alguém. Talvez eles não tem família. Coitados. Dá dó de gente ridícula como eles. Julgam sem conhecer. Entendo o que voçê está passando pq tenho um familiar que não consegue nem fazer sua higiene intima e sofre demais . Se sente um lixo pq nem isso consegue fazer. Vai de cabeça erguida amiga, deixe pra lá esses lixos que perdem o tempo (nem sei se perdem tempo, ou não tem nada pra fazer, desocupados) em escrever coisas pra deixar as pessoas mais pra baixo do que já se sentem. Boa sorte. Boa sorte. Tudo dará certo.
Estou no forum ha bastante tempo, e o Dr. Fernando Felipe e o Dr. Pseudo são ótimos advogados, com atuaçao de destaque e respeito aqui no forum, sempre ajudando em diversas areas do direito. O primeiro te disse a opiniao profissional dele e foi chamado de idiota, o segundo deu a opiniao dele e foi chamado de ignorante. Qualquer um que disser a verdade que voce nao quer ouvir será xingado? Saiba que a minha opiniao de advogado acompanha a deles. Vá trabalhar, que o dinheiro do povo nao é capim para sustentar gente como voce, que inventa ladainhas e ofende aqueles que voluntariamente contribuem aqui no forum.
Concordo com os Doutores, mas acredito que precisamos ter mais sensibilidade. De fato, muitos usam a Previdência Social como meio de vida, mas existem aqueles que são vítimas do sistema. Sem levar o assunto para esfera pessoal, te aconselho a ouvir as opniões dos demais colegas, procurar um bom advogado e um perito particular. O juiz acatará a decisão do perito, que não tem porque fazê-la trabalhar sem condições para tal.
Falta de antidepressivos....
LER/Dort: diagnóstico do exagero * Dr. José Knoplich
O período entre 2001 e 2010 foi designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a "Década do Osso e da Articulação". A finalidade é rever os conceitos e atualizar os conhecimentos dessa área. As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou, pela nova nomenclatura, Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), são siglas que se referem a diversos distúrbios indefinidos – são mais de 50 –, que no Brasil adquiriram ares de uma afecção do braço/mão, um idéia contaminada pela política internacional da guerra fria. "Violência do trabalho no capitalismo", por exemplo, é o título de uma tese de doutoramento defendida, em 1995, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo sobre LER/DORT em bancários.
Na verdade, o diagnóstico de casos de LER/DORT é muito subjetivo, pois a maioria dos exames de laboratório e radiológicos têm resultado negativo. A organização não governamental Prevler mostra em seu site na internet uma pesquisa realizada pelo Datafolha, com financiamento do Ministério da Saúde, sobre a incidência da LER/ DORT em S.Paulo. A pergunta dirigida a 1.072 trabalhadores referia-se a dor, formigamento e adormecimento no braço e nas mãos. Constatou-se nas respostas que 4% de todos os paulistanos acima de 16 anos e 6% de todos os trabalhadores da cidade apresentam esses sintomas. O mais grave foi a conclusão da ONG: existem cerca de 310 mil casos em São Paulo, como se todas as pessoas com aqueles sintomas tivessem LER/DORT.
O site informa também que no Ministério da Previdência foram registrados somente 19 mil casos de doenças ocupacionais no ano anterior à pesquisa, em todo o Brasil. E afirma o absurdo de que a LER/DORT é a segunda maior causa de afastamento de pessoas do trabalho.
Em outra pesquisa, esta realizada em 2004 na Inglaterra, 1.960 pessoas relataram sintomas de dor do membro superior. Foram depois examinadas e se constatou que 44,8% delas apresentaram uma ou mais queixas de dores em diversos lugares dos braços. A tenossinovite da mão ou do pulso (que teoricamente seria a denominação de LER/DORT) foi encontrada em 1,1% dos homens e em 2,2% das mulheres. Os autores afirmam que as dores músculo-esqueléticos específicas do braço tenderam a ser conseqüência dos distúrbios degenerativos anteriores do ombro ou da coluna cervical.
Em relação ao diagnóstico e especificidade das lesões, um relatório de 1993 do Núcleo de Referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social (NUSAT), do estado de Minas Gerais, demonstrou que foram feitos 770 diagnósticos de lesões em 550 casos com LER. Isso significa que em grande parte desses casos havia outras queixas mal definidas. Convenhamos que não é se trata propriamente de uma multidão, mas o que capitalismo escolheu para atacar está longe, por exemplo, das dores da coluna, essa sim, a segunda causa mais freqüente de afastamento do trabalho.
Vejamos o assunto pelo lado da Previdência Social. Os pagamentos de benefícios superiores a um salário mínimo subiram de 3,96% do PIB, em 2002, para 4,49%, em 2004, um salto provocado pela elevação dos gastos com o auxílio-doença. E entre as solicitações, os casos de LER/DORT são muito freqüentes. Lembremo-nos que com o auxílio-doença o déficit da Previdência cresceu 260%, passando de R$ 2,5 bilhões em 2001para R$ 9 bilhões em 2004.
Reumatologistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que em103 trabalhadores com diagnóstico de LER/DORT feito pelo Centro de Referência da Saúde do Trabalhador de S.Paulo (CEREST) 70,9% preenchiam integralmente os critérios do diagnóstico de fibromialgia, que é uma síndrome de dor difusa, sem nexo com a atividade laborativa. Ela está associada, através da serotonina, à sensibilidade a qualquer tipo de dor em geral, além de estar relacionada a depressão, dificuldade para dormir e fadiga. Conclusão: nesses 103 casos, analisados pela mais competente equipe de saúde na área, somente 11 (11,4%) eram realmente de LER/DORT, sem fibromialgia ou outras doenças associadas.
A LER/DORT não pode, portanto, ser considerada uma doença do trabalho, que dá direito a aposentadoria precoce e outros benefícios. Também não está incluída no capítulo referente às doenças do trabalho com nexo causal reconhecidas pela OMS, na Classificação Internacional das Doenças (CID-10).
Os pacientes com LER/DORT evidentemente não simulam a dor. Sofrem de fato, e precisam ser tratados adequadamente, mas não devem afastados do serviço ou aposentados.
Um estudo de reabilitação apresentado na Unifesp com 108 pacientes revelou que 83,5 % das mulheres estavam sem exercer uma atividade profissional e afirmavam que seu estado geral ficou pior depois que pararam de trabalhar. Grande parte dessas pessoas com LER/DORT apresentavam problemas emocionais sérios, certamente o aspecto mais grave de seu afastamento, antes mesmo da presença da dor.
Os juízes do trabalho poderiam colaborar para equacionar melhor as perícias, solicitando testes psicológicos em busca de possível associação com a síndrome de fibromialgia. A orientação atual de afastamento do trabalho, aposentadoria precoce, litígio com a empresa e com o INSS não ajudam esses pacientes. Os que estão envolvidos em reivindicação de indenizações são mais propensos a apresentar sintomatologia persistente, porque se negam a se tratar, esperando os resultados de perícias infindáveis.
Outro gargalo que deveria ser revisto é a Resolução 1.488, que no item II do artigo 2o permite que uma simples denúncia sindical de tenossinovite aguda, uma doença facilmente tratável, pode levar a uma inspeção no local de trabalho para a constatação de nexo causal.
Existem inúmeros meios, facultados pela lei, que permitem tais inspeções. Essa espécie de terrorismo ligado à LER/DORT estimula o imaginário do trabalhador. Resulta também que qualquer médico assistente pode se propor a firmar atestados ou relatórios de nexo causal, mesmo sem experiência na área, que já se viu ser muito complexa.
Pela lei atual, o empregador tem a obrigação de comunicar o caso à Previdência Social, o que passa a configurar uma doença do trabalho, gerando à vítima direito indenizatório, independente de comprovação de culpa. Começa assim o ciclo vicioso de não sarar para receber a indenização. E como o julgamento é demorado, o trabalhador passa a ter um comportamento de vítima, sem se tratar. Tramita na Justiça uma volumosa carga de processos dessa natureza contra os empregadores, o que complica o Judiciário e traz falsas esperanças ao empregado, além de impedir que receba o tratamento adequado.
É necessária a conscientização de empresas, sindicatos e entidades de trabalhadores para se divulgar melhor a associação LER/DORT/fibromialgia. É preciso ampliar a aplicação de testes psicológicos, atender as reivindicações ergonômicas nos postos do trabalho e promover tratamento multidisciplinar adequado, como usar antidepressivos em vez de analgésicos e realizar exercícios para combater a depressão e a fadiga. O empregado só pode receber e realizar tudo isso se permanecer no emprego, sem perder a auto-estima e sem entrar no clima de reivindicações cada vez mais difíceis de alcançar.
- Dr. José Knoplich, médico reumatologista, doutor em saúde pública pela USP, é autor do tratado médico "Enfermidades da Coluna Vertebral”
Minha amiga,procure um advogado que entenda de previdencia social e marque uma pericia com um ortopedista, que é o especialista nesse tipo de doença. Apresente seus laudos medicos e exames no dia da audiência e aguarde a resposta. Com um processo contra o INSS,o juiz tera que ouvi-la.Se informe com o advogado que ele sabe direitinho,essa ação cabe no tribunal federal. Eu sei o quanto doi essa doença,tendinite,burcite,tenossinovite... O pior é que ninguem acredita por que,aparentemente esta tudo bem,mas o certo é que nem pentear o cabelo a pessoa consegue,tirar uma panela cheia de cima do fogão é quase impossível,fechar uma janela que esta mais alta que os cotovelos,doi demais e acredito que aposentadoria e meio dificil,mas afastamento para tratamento pode ser mais facil. Eu sei o que é isso,mas tem cura!
Totalmente desnecessário este último post, denegrindo toda uma categoria, que ademais se compõe de ótimos profissionais.
Lembrando apenas que quem faz a perícia é o perito. Quem decide é o juiz. Os nobres advogados podem apenas dizer o direito em tese ao cliente, assim como com o máximo talento e capacidades inerentes ao profissional e com o máximo zelo defender da melhor forma o cliente.
Recomendo como sempre que procure pessoalmente um advogado de sua confiança ou, se já o tem, que confie nele. A via do fórum aqui, se discutem direitos em tese e é uma via de livre manifestação de opiniões, de preferência sem ofender a ninguém.
Desejo sorte em sua demanda e, um pouco mais de polidez nas suas manifestações.
Saudações cordiais,
Deixando de lado juízos morais e de valor, gostaria de lembrar que o juiz irá julgar baseado na perícia e que restará infrutífera sua tentativa de postular pessoalmente (em que lhe pese a ausência de capacidade postulatória) de maneira auricular (que é deveras irregular) e, mesmo superados todos estes obstáculos, não é o juiz especialista médico capaz de decidir que o perito está equivocado.
A via judicial correta é a realização de perícia independente. Como já disse, constitua advogado ou se já o tiver, confie nele para os procedimentos adequados à situação.
Sorte em sua demanda,
Tania1, não quero entrar no mérito da questão, afinal ninguém melhor do que você para avaliar o que está sentindo e sei muito bem que alguns "peritos" do INSS agem exatamente como você descreveu, lamentável. Meu objetivo é apenas esclarecer um detalhe, é OBRIGAÇÃO de qualquer juiz atender a qualquer pessoa do povo. Claro que a pessoa terá de se submeter a algumas regras de civilidade, mas que o juiz tem essa obrigação, isso é lei, está na LOMAN. Pelo pouco que conheço dos juízes paulistas, certamente irão te atender. O teor da conversa são outros quinhentos. Não se intimide, é direito seu ter uma entrevista com o juiz!
Boa sorte!
Olá à todos que deram suas opiniões na questão da usuária tania_1.Na minha opinião existem dois lados da questão: entendo perfeitamente a revolta da tania,pois quando estamos nos sentindo limitados(as) e com dores,e ainda tendo que provar aos peritos,que o que sentimos é verdadeiro,tendemos à perder a cabeça!Quando temos exames,laudos, relatórios que comprovam nossa patologia e eles são simplesmente ignorados,ficamos pensando aonde está a justiça nesse mundo! Mas por outro lado,como alguns colegas disseram,não se pode generalizar, porque existem profissionais sérios e competentes e que muitas vezes, são arrastados por leis absurdas e injustas,prejudicando assim,grande parte dos segurados! E ainda existe um outro tipo de situação,onde pessoas mal intencionadas,querem se aproveitar e inventar doenças não existentes...Mas para tudo isso, deveria haver uma rigorosa atenção, para separar ¨o joio do trigo¨,deixando de punir quem realmente está doente e sem condições de retornar ao trabalho! Eu me identifico muito com os problemas da tania, porque tenho passado por situação semelhante: tenho mielopatia espondilótica cervical que é uma doença grave,degenerativa e progressiva da coluna! Fazem 09 meses que fui submetida à descompressão medular com artrodese via anterior em 03 níveis,com implante de placa,cages,enxerto ósseo,08 parafusos de titânio,etc...Além das dores terríveis que eu sentia no pescoço,minha medula espinhal estava sendo comprimida,eu tinha 03 hérnias na região cervical,e estava perdendo os movimentos das pernas! Após a cirurgia voltei a andar,mas devido à gravidade da patologia e cirurgia,fiquei com algumas limitações nos movimentos,e com dores que se tornaram crônicas...Só Deus,eu e minha família sabemos por todo sofrimento que passei e continuo passando,pois à cada dia que passa,as complicações vão aumentando,inclusive agora com problemas na região lombar,o que me causa mais restrições e dores.E mesmo levando no INSS todos os exames,laudos e relatórios médicos que comprovam minhas patologias e o quanto elas me incapacitam,o perito, além de nem olhar meus exames,me deu alta para retorno ao trabalho! Nesse sentido,entendo a revolta da Tania...O que muitas pessoas precisam entender é que a dor é algo subjetivo,não se pode ver ou avaliar seu grau de intensidade e o quanto elas podem incapacitar uma pessoa!Quem é que consegue viver sentindo dores constantes e intensas? Difícil,não? Não é só uma deficiência física visível que pode incapacitar,mas algo que não se pode ver ou medir,à não ser a própria pessoa que a sente,que são as dores crônicas,fibromialgia,mielopatia,radiculopatia, compressão nos nervos,lesões na medula espinhal,enfim só quem sabe é quem sente! Espero com isso, ter podido mostrar os vários lados de uma mesma questão,por isso, fica muito difícil julgar ¨a dor¨do outro...Só para finalizar,no meu caso,já estou pleiteando meus direitos via judicial,porque acho injusto estar passando por tanto sofrimento e ser obrigada ¨à provar¨uma coisa que,está mais do que clara através de imagens de exames,laudos,relatórios...e ficariam bem mais claras se os profissionais se dessem ao trabalho de avaliá-las com um pouco mais de boa vontade...No mais, desejo à Tania,assim como à tantos outros que estejam em situações semelhantes,uma boa sorte e que não desistam de seus direitos...Um abraço à todos....
Tania não desista,eu sei muito bem o que vc está sentindo, tenho os mesmos problemas que vc, e mesmo assim tinha pessoas que não acreditavam, achavam que era invenção. depois que fiz três cirurgias e que perceberam que meu problema era sério. até no trabalho vc sofre preconceito dos seus amigos. procure seus direitos e um bom advogado.
boa sorte um abraço.