Esposa pode deixar de avisar morte do marido à família?
Meu marido não fala com mais niguem da sua família, muito raramente com a filha do primeiro casamento, quando esta liga só para pedir dinheiro. Ele está com cancer e não disse a ninguém. Tenho segurado tudo absolutamente sozinha. Caso ele morra posso cremá-lo ou enterrá-lo sem avisar os familiares dele? Eles não falam comigo também. As vezes tenho notícias de que elss só se referem a minha pessoa como uma vagabunda
Aliás,todos da família,mesmo ele não querendo que saibam,devem ser comunicados de sua doença,de imediato,no caso por voçe,pois,podem os familiares,indagarem na justiça o motivo de não terem sidos comunicados,por voçe,no caso,e te criarem ,embaraços judiciais,tanto pode ser na esfera criminal,por omissão de informações importantíssimas ,bem como na esfera cível.. Como disse F BRASIL,poderá se encrencar por omissões importantes, e aliás,penso que até criminalmente,caso se omita em revelar a situação atual do seu marido,bem como,não avisando a sua morte a família,vai piorar mais ainda sua situação. Conselho,avise aos familiares a situação atual,mesmo ele não querendo,e caso ele venha falecer,comunique imediatamente aos seus familiares,para evitar problemas,como já acima citei.JUÍZO...
Acho que cremar como ele quer que eu prometa realmente pode ser loucura. Mas se eu comunicar o falecimento dele nos jornais eu estarei atendendo o pedido dele e também não me livro de questões criminais? Também poderia pedir que ele deixasse por escrito e com posse do pedido pediria autorização ao judiciario também. Isso não seria um direito fundamental dele?
Honestamente eu acho que ele não querer contar sobre a doença é um direito dele, até porque está vivo, lúcido e magoado. Como ele mesmo diz; aqueles que são possíveis herdeiros já vão começar a vibrar para que ele morra logo e ele ainda pode se salvar. Quem sabe ele não se recupera? Ele me fez um pedido que deve ser respeitado quanto ao sigilo da doença. Isso eu não tenho o menor medo em atende-lo. Poderia ser marido, amigo, filhoe que eu atenderia e não revelaria. Só tenho receio quanto as questões de óbito por que realmente posso ser questionada judicialmente por isso. Mas que essa família merecia não saber merecia. Só não quero arrumar um problemão para mim. Caso contrário, atenderia o pedido dele prontamente.
Juridicamente não precisa comunicar ninguém de nada, nem da doença, nem da morte.
Da doença, a opção é dele em contar ou não, a Sra. não tem vínculo com a família dele.
Da morte, constará em obituário. E a família ficará sabendo quando da abertura do inventário.
Não é crime, não é nada. É problema familiar, juridicamente irrelevante.
Planeta Venus Imagino que sua posição não é das melhores. Ainda mais por ter de "segurar" esse segredo, eu sei o quanto é difícil.
Como bem disse o "O pensador", a questão é juridicamente irrelevante. Entretanto, se a relação que vc tem com a família dele é tão ruim assim, existe mesmo que remota a possibilidade de uma ação por dano moral caso a filha (a mais legítima das partes) alegue que vc dificultava o contato com o pai dela e que o "escondeu" da família. A mágoa desperta nas pessoas instintos de vingança.
É fato que se vcs morassem em outro Estado, bem longe dos familiares dele o aviso do falecimento já seria em cima do fato, quando já consumado. Mas se vcs residem no mesmo município......(!)
Tente separar as coisas. A família dele não a conchece, apenas preconceitua, preferem lhe ver como "a intrusa". Sei que vc é pelo seu marido, e ele acha que a filha só o procura pelo dinheiro, mas pode acontecer dessa filha ter uma magoa que o pai julgue inexistente ou até injusta, o que não a anula.
Sei que estou apenas conjecturando, mas ese seu caso é muito parecido um vários que eu conheço. A atual esposa começou como amante, o pai largou a mãe para ficar com ela, demonizam tanto a nova companheira que toda a família do pai nem se dá ao trabalho de conhecê-la pois é mais fácil julgar (e quem de nós já não fez isso antes?).
Como eu disse, não conheço sua situação real, só imagino. Com base nesse conceito é que eu recomendo que quando chegar a hora, creio que seu marido será socorrido no hospital em virtude da fase final da doença, contate a filha dele, avise-a.
Hoje seu marido pode estar sendo guiado pela mágoa ou orgulho e por isso diz que não quer ver a filha, mas como nenhum de nós sabe o que vai encontrar do outro lado da vida, imagino que para o descanso dele seria positivo que pudesse ao menos se despedir, o mesmo se aplica a filha. Filho é filho. Quando o filho ama o pai, nunca deixa de amá-lo, pode ficar zangado, magoado, mas ainda o ama.
Muitos pais e filhos passam anos sem se falar, não se procuram por orgulho e etc, mas na hora do desenlace merguham em comiseração, em arrependimento, expõem toda a dor, mágoa e amor que represavam, vêem como perderam tempo com o distanciamento. Imagino que poderá ser tmb com seu marido. A morte é o momento da verdade de nossas vidas.
Desejo-lhe muita Força!!!! Muita sorte!!!
O que menos tem aqui é ódio e sim respeito por uma pessoa que decidiu guardar para si um momento. Eu entendo meu marido em não querer a pena de pessoas que ele sempre precisou de pagar "pedágio" para se relacionar. Quando ele se aposentou recebeu telefonemas da mãe, do pai, da ex mulher e da filha. O discurso era somente a preocupação de como ficariam suas pensões. Ele chorou como criança por ninguem ter perguntado como ele estava , visto que não foi opção dele se aposentar e com isso perdeu parte de sua receita. O mais feio foi que essa família ficou sabendo não por ele e sim por intromissão. Viviam ligando para a empresa que ele trabalhava e sempre bisbilhotando. Se ele só foi um provedor para um bando de abutres...Eu entendo que ele queira morrer sem que ninguem fique no seu velorio sonhando acordado pelos ganho que estão por vir
Ao ler mais comentários,reconsidero meu entendimento inicial,e vou junto com a opinião do pensador,se é a vontade dele,ninguém saber da doença,que faça,apenas,caso ele venha falecer,avise aos familiares,para ninguém dizer que se omitiu,principalmente para filha mais legítima que falou,com isso,o inventário,correrá naturalmente(isso se ele morrer)... No mais,creio que os familiares sabem o endereço dele,não é? Caso a resposta seje afirmativa,está comprovado que a família dele não está nem aí,por isso,se realmente ele quer sigilo... Sem querer dar uma de médico,mas,já tentaram o tratamento opcional com ozônio,dizem que é um sucesso,vários pacientes com câncer de pancrêas e outros tipos,já em fase terminal,estão curados... No mais,BOA SORTE E se DEUS quiser ele sairá dessa,firme e forte...para DEUS nada é impossível,comecem a orar,com garra,esperança e força e muita luta,que DEUS costuma a fazer milagres,que as pessoas nem imaginam...um deles,é a nossa própria vida,entendeu... Eu mesmo,já fui desenganado por cerca de 15 médicos,quando tinha 15 anos,devido a uma síndrome nefrática,em que cheguei a pesar 120 kilos(minha média era 65 kilos),a maioria de água em meu corpo,meu sangue já tinha virado 90% de água,só estava esperando a morte,e de repente,DEUS me curou...milagre foram as respostas de todos os médicos...portanto,peça ele nunca desistir e ter fé em DEUS...
Oi Marcos, obrigada pela sua força. Você poderia me dizer um pouco mais sobre esse tratamento de ozonio. Eu nunca ouvi falaa...Confio muito em Deus, mas temos que fazer a nossa parte. Quem sabe toda essa discussão não estava no plano de Deus para que eu encontrasse mais uma forma de ajudar meu marido. Ele só tem 53 anos e ainda muita vida para viver. Como vc disse, essas pessoas sabem o nosso endereço e não nos procuram. Mas, se houver um dia de atraso no que els recebem, logo ligam para cá. As vezes penso se não é essa dor que meu marido tem no peito que construiu essa doença. Você tem me ajudado bastante. Se puder me dar a dica do tratamento com Ozonio lhe serei eternamente grata.
A resposta legalmente correta já foi dada, pelo O pensador, ratificada e acrescida pela Rosa Albuquerque.
Esse forum não é para achismos, ou colocações subjetivas,ou aconselhamentos psicológicos e menos ainda na esfera médica.
A um, achismo é ignorância;
A dois, cada um cuide de si;
A tres, só se você for psicólogo credenciado pelo CRPRJ ;
A quatro, idem se fores credenciado pelo CRM.
Esse forum tomou o rumo dos JEC, ou seja, perdeu o objeto.
Acredito que não tem nada demais alguém querer dar uma palavra de conforto ao consulente aflito em seus problemas. Não custa nada. Advogados ou seja qual for a profissão não são máquinas e é inevitavel diante do desespero de alguém, vc ser impulsionado a escrever algo tentando confortar essa pessoa. Por tanto, aos que criticam, sejam mais humanos, as pessoas se relacionam emocionalmente tbm, não apenas juridicamente. Abraços**
Cara Julianna Caroline, o que quis pontuar é a falta de conhecimento legal, objeto desse forum, aliada à uma mescla de consultório sentimental de programas vespertinos, com agravantes de aconselhamentos e achismos que não podem ser levados em conta, por subjetivos e até perigosos, se encarados pelo lado pessoal de que os dita.
No item conforto para o consulente, não ouso discordar. Contudo, seria mais adequado dizer: "Estarei orando por ti." E fazê-lo.
O fórum devia ter uma "flag" nas respostas, tipo "esta é uma resposta estritamente jurídica" e "esta é uma resposta não-jurídica".
Acompanho este fórum como curioso, não tenho formação em direito, e raramente ouso dar um conselho jurídico, sempre ressalvando que não sou advogado. Mas já acompanhei vários tópicos onde a resposta certa estava justamente fora da área jurídica. Não me ocorrem muitos exemplos agora, pegando um deles: Pergunta: "fui traído pela minha mulher e quero a guarda da nossa filha, qual processo devo iniciar" Resposta jurídica: "pedido de guarda" Resposta certa: "pense no que é melhor para a sua filha, não peça a guarda somente porque a mãe dela te traiu"
Até concordo que conselhos médicos extrapolam um pouco o objetivo, mas não fazem mal; as pessoas podem usar isso como base para perguntar ao médico ou procurar no google. O que eu acho pior são as respostas não embasadas na lei que parecem totalmente jurídicas. Eu, como leigo, vira e mexe fico confuso com respostas contraditórias, sem saber exatamente em qual circunstância se aplica cada caso. Mas isso não é muito frequente, não me vem à memória nenhum caso.
Planeta Venus, nada tenho a acrescentar às respostas, exeto que estarei orando por ti.
Concordo com "eppp", o fórum não é extrito à consultas jurídicas, nao se trata de um escritório modelo para tal prática.
Vejo inúmeros debates que envolve o desdobramento da ação da Lei sobre a vida do cidadão. Discutir temas quanto a aplicabilidade de normas e suas consequências sobre o direito individual.
A situação vivida pela Sra Venus despertou-me lembranças de casos passados, como o mencionado pelo/a Ilhensi ao cogitar da possibilidade de alegação do cerceamento à família quanto a frequentar o enfermo. Li aqui mesmo no forum o caso de um filho queixoso perante a impossibilidade de visitar o pai idoso gravemente enfermo pois sua madrastra não o permitia, havendo relatos inclusive de maus tratos. Com toda a certeza os caros colegas iriam (como de fato alguns o o fizeram) aconselhar alguma medida jurídica para garantir o bem estar do idoso.
Parece-me que não é o caso presente, conforme a informação adicionada pela Sra Venus, uma vez que seu companheiro conta apenas 53 anos de idade e muito provavelmente sua enfermidade ainda não o delibita ao ponto de torná-lo inconsciente aos eventos a seu derredor, tirando-lhe a liberdade de ir e vir como também de decidir a quem frequentar.
Sem dúvida este canal tem seu papel social ao permitir orientar o cidadão em suas dúvidas quanto a seus direitos e obrigações, os remédios jurídicos aplicáveis a cada situação, mas também em ajudá-lo perante as vissicitudes cotidianas e, por que não dizer, em suas mazelas particulares oferencendo uma palavra de conforto.
Junto-me aos demais em votos de restabelecimento e ânimo perante a tão brava luta, somente quem já passou por algo semelhante sabe das angústias vividas neste processo.
Quero, contudo, reforçar a sugestão do participante Ilhensi na questão da relação pai X filha. Penso que os que não tiveram o infortúnio de presenciar a reaproximação de mãe ou pai com seu filho, após anos de distanciamento provocado por diferenças importantes à epoca do evento mas, com a proximidade da morte, os sentimentos e lembranças pretéritos, afeitos à época de criancice, desperta em ambos forte afeição. O texto do/a Ilhensi fez-me relembrar um fato familiar concreto. Sendo atitude de um cristão promover a prática do perdão.
Não posso deixar de expressar minha completa concordância com os demais colegas quanto os aspectos jurídicos referentes à consulta inicial de Sra Venus, onde não lhe cabe qualquer obrigação em relação à família original de seu companheiro.
Sra. Venus, estaremos orando por vocês.
