Relato real de um pai e de uma filha nos ajudem

Há 14 anos ·
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Bom, sou separado há 9 anos, tenho uma filha que na época tinha 7 e hoje 16 anos, minha ex em questão de um ano depois casou-se novamente e apartir dai tudo começou. Minha filha por sugestão de minha irmã, passou a ter acompanhamento psicológico para uma boa aceitação da separação. Desde que minha ex casou-se novamente, minha filha passou a ser molestada sexualmente pelo pai do padrasto, isso ocorreu até os seus doze anos, ele a beijava, passava a mão em seus seios, mandava ela segurar o seu bilau, nunca houve sexo, ficou nestas coisas por pelo menos 5 anos, apartir dos seus 11 para 12 anos, seu padrasto tbm passou a lhe olhar com malicia, fazer massagens maliciosas, quando saia para trabalhar por volta das 6:30h ia em seu quarto e dava-lhe beijinhos de despedida bem ao ladinho da boca..., muito bem, todos estes relatos vieram a tona em fim de abril de 2009 obtidos pela psicóloga dela que chamou a mãe de minha filha e contou sobre tudo, ela não acreditou, disse que minha filha era mentirosa e não fez nada para defende-la, a psicóloga pedia então insistentemente a minha filha que me contasse o ocorrido, mas minha filha se sentindo culpada por todas estas coisas, tinha muito medo de me contar, imaginava que eu fosse matar estas pessoas e acabaria na cadeia, que sua mãe tbm ficaria infeliz, enfim se sentia extremamente culpada por tudo, a psicóloga então chamou minha irmã que tbm é psicóloga e dinda de minha filha e contou o caso a ela, isso foi no inicio de junho, mentão minha irmã e a psicóloga passaram a pedir a minha filha que me contasse essas coisas poe que do contrário, elas teriam que me contar, a psicóloga me chamou e me disse que eu conversasse com minha filha porque ela teria algo muito importante para me contar, cheguei em casa e chamei minha filha, acalmei ela, disse que ela sempre confiou e sempre poderia confiar em mim, que me contasse o que tinha que me contar, que independente do que fosse eu sempre estaria do seu lado, que se ela tivesse certa eu apoiaria, se estivesse errada, mostraria o erro a ela, mas que mesmo assim estaria do seu lado, então ela me contou..., detalhe:, ela estava passando se cortando os pulsos há alguns meses, dizia que estava tentando tirar a dor da angustia do peito, que estava transferindo-a para lá..., tive mta raiva como todo pai que se honra, mas me contive diante de tudo e no dia seguinte fui a policia e registrar ocorrência, fui ao conselho tutelar e tbm ao ministério público, fomos encaminhados ao CRAI para Perícia Psiquiátrica, eu a levei, e 1 ano depois saiu o Laudo, deu positivo para o pai do padrasto e insuficiência de provas conclusivas contra o padrasto. Apartir do relato de minha filha, ela passou a morar comigo, e sua mãe ficou quase dois meses sem se quer ligar para saber dela, ela ficou 1,5 anos comigo, depois com o tempo sua mãe voltou a se aproximar dizendo que sentia saudades, que chorava todos os dias, etc..., fazia pedidos de que ela voltasse, que ela lhe compraria quarto novo, que deixaria de trabalhar para cuidar dela, etc..., em Setembro de 2010 minha filha me pediu para voltar a morar com a mãe, que ela gostaria de lhe dar esta chance de cuidar dela, sei do sofrimento de minha filha em todo este período e pensando apenas no bem dela e engolindo as minhas amarguras, permiti. Ela ficou lá, nos dois primeiros meses foi bom, nada mais que isso, depois tudo de novo, não os abusos, mas a indiferença, o abandono, a distancia, sua mãe não comprou quarto novo e nem largou seu trabalho, conclusão, minha filha voltou a se cortar, passou a fumar cigarros em janeiro de 2011, maconha em março 2011 e cocaína em julho de 2011, mas ninguém sabia destas coisas, ela quis retornar ao meu convívio, moro com minha mãe e dois irmãos que são dindos dela, já conosco, em 07/11/2011 ela me chamou a casa de uma outra irmã minha e relatou o uso e dependência destas drogas, principalmente da cocaína, foi aquele alvoroço para providenciar uma clinica, um tratamento para ela, esta minha outra irmã a qual ela confessou o uso destas drogas juntamente comigo, chamou a mãe dela e eu ao ve-la lá a xinguei, disse que ela é uma mãe de merda, perguntei o que ela queria lá se nunca defendeu nossa filha quando ela mais precisava, disse que minha vontade era de lhe enfiar a mão na cara, mas foi tudo só de palavra. No dia seguinte corremos eu, minha irmã, meu irmão, sua vó e a mãe de minha filha para uma clinica e outra até encontrar vaga em hospital especializado em dependência química, a muito custo e por orientação do psiquiatra dela, foi nos indicado o nome de Dra. Carla Bicca no Hosp. Mãe de Deus, conseguimos vaga lá ,mas só para o outro dia pela manhã, então resolvemos deixa-la em uma clinica particular apenas até o dia seguinte onde haveria a vaga no hospital. Voltamos para casa tranquilos na medida do possível claro, mas no dia seguinte sua mãe com a ajuda desta minha irmã que a chamou a sua casa quando ocorreu o fato e de um outro irmão mais velho meu foram até a clinica particular onde estava minha filha e a tiraram de lá e a levaram para o Hospital Conceição ( 100% SUS ) sem o conhecimento meu, do meu irmão( dindo dela), da minha irmã(dinda dela) e de sua vó, quando soube disso, corri para o conceição e minha filha estava lá dentro com sua mãe fazendo a internação dela, dizendo tudo o que queria e o que não queria e eu quis entrar e participar da sua internação, falar a real dos fatos todos ocorridos com minha filha, mas fui barrado, impedido de entrar, disseram ser a mãe a detentora da guarda e que era norma do hospital. Na primeira semana não pude ver minha filha, depois passei a visita-la duas vezes por semana intercalados com a mãe dela, e por apenas meia horinha. Desde o inicio sentia-me rejeitado pela equipe técnica que cuidava da minha filha, me olhavam como se eu fosse um mal caráter, um bandido, alguém que poderia ou já teria feito mal a minha filha, sentia-me constrangido e mesmo depois que contei a história toda a eles, eles sempre diziam que não se envolviam em questões de justiça e continuavam a dar toda a atenção a mãe e mim deixavam de lado..., registrei ocorrência na policia no dia em que fui barrado, registrei reclamação na ouvidoria do hospital... minha filha deve estar tendo alta nesta quarta feira, inicialmente a orientação médica era para que ela fosse para uma comunidade terapêutica, mas agora as coisas mudara e os médicos já acham melhor ela ter alta e continuar o tratamento em casa, mas, detalhe: na casa da mãe dela. Coisa que ela a minha filha não gostaria de jeito nenhum, mas na situação que está, acabará cedendo por imposição, nunca por vontade. Me ajudem o que faço para salvar minha filha desta criminosa? Detalhe contra mim: Sou alcólatra, mas nunca deixei de ser participativo em todas as questões referentes a minha filha, não sou agressivo, nunca faltei a uma reunião de pais na escola que ela estuda e estou em tratamento há dois meses.

13 Respostas
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gandalf
Há 14 anos ·
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Amigo, infelizmente ainda não estudei a disciplina concernente ao tema, no entanto, fico profundamente compadecido de sua situação. Você deve ingressar com pedido de guarda da menor e tecer as alegações pertinentes, quais sejam as arguidas acima. Contrate um advogado para cuidar do caso. O assunto é de extrema importância.

Espero ter trazido, embora pouca, alguma luz.

Os meus melhores cumprimentos.

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Sérgio Blasquez, muito obrigado, sabe que só o fato de vc ter lido todo este texo e tentar me dar uma luz, ja me ajudou muito. Muito obrigado! Abraço

Samira F.
Há 14 anos ·
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Boa tarde Sérgio Luis.

Também lhe desejo muito boa sorte, e também compartilho da opinião do colega, de que você deve procurar um Advogado, já levar consigo todos os documentos que tiver com relação ao primeiro problema citado, pois o mesmo poderá lhe conduzir de forma correta.

Abraço è você, sua filha, e seus familiares.

Samira F.

Elisete Almeida
Advertido
Há 14 anos ·
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Caro Sérgio;

De acordo com o que escrevestes, diria para o senhor entrar com o pedido de reversão da guarda imediatamente, já deveria ter feito quando soube que a sua filha estava a ser molestada.

No entanto, o seu caso não é simples para que possamos fazer uma avaliação correta, por isso, o melhor a fazer é procurar um advogado ou, na falta de possibilidades financeiras, a defensoria pública. Com todas as informações e documentos, que o senhor deve ter, o advogado estará mais habilitado para lhe orientar.

Mas não demore, procure amanhã um advogado, pelo o que relatastes a sua filha já entrou na situação de risco.

Cumprimentos

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Muito obrigado Dras. Samira e Elisete. abraço

Gustavo Santana/SP
Há 14 anos ·
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Sérgio, boa tarde!

A guarda de sua filha foi determinada judicialmente para a mãe? Se não foi, ajuize uma ação de regulamentação de guarda com pedido de tutela antecipada e peça para sua filha ir para sua casa. Se a guarda foi determinada judicialmente ajuize a ação de modificação de guarda. Nos dois casos o juíz determinará um estudo psicossocial tanto seu quanto da mãe da adolescente e com certeze ouvirá a menina. Boa sorte.

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Boa tarde Dr. Gustavo! Primeiramente muito obrigado por sua atenção ao meu caso. Respondendo as suas perguntas, sim a guarda foi determinada judicialmente a mãe de minha filha. Com todos estes acontecimentos, a mãe dela ja se antecipou e entrou com pedido de guarda, a audiência será dia 26/01/2012.

Abraço

Att Sérgio Ferreira

Gustavo Santana/SP
Há 14 anos ·
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Melhor ainda, pois como disse sua filha será ouvida e poderá influenciar e muito na decisão do juíz se não houver acordo entre você e a mãe da adolescente.

Detalhe, se a audiência será no dia 26/01, então ainda não foi definida a guarda, então peça para sua filha vir para a sua casa.

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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A Juiza deferiu a guarda provisória liminarmente para a mãe, mas apartir desta audiência se Deus quiser tentarei reverter as coisas. Dr. Gustavo muito obrigado por toda esta atenção e pelas dicas. Que Deus o abençoe sempre. Forte abraço

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Dr. Gustavo boa noite! Uma pergunta: Em toda esta história que aconteceu com minha filha, o senhor viu que o Ministério Público apenas ofereceu denúncia ao pai do padrasto ja que não houve provas conclusivas contra o padrasto, mas, e a mãe dela que soube dos fatos, que não acreditou, que não fez denuncia e nem contou a ninguém, ela não deveria estar neste processo como coautora?

Abraço

Insula Ylhensi
Suspenso
Há 14 anos ·
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Embora a pergunta não fosse dirigida à mim, tomo a liberdade de dar minha opinião.

Ao meu ver ela não figuraria com coautora, mas com toda certeza praticou negligência, o que ajuda e muito na reversão da guarda.

rose.rosangela
Advertido
Há 14 anos ·
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Sérgio Luis M. Ferreira, poxa eu não sou advogada, mais boa sorte para você e sua filha, tomara que vc consiga, e que salve a sua filha desse terror, historia muito triste e forte, Deus os abençoe, e Deus abençoe todos os advogados e advogadas, que tentaram te ajudar.

Autor da pergunta
Há 14 anos ·
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Muito valiosa sua opnião Dra. Insula Ilhensi, muito obrigado! Rosangela muito obrigado por dedicar alguns minutos a leitura de minha história e muito obrigado tbm por sua torcida, com certeza todo este apoio moral é energia para perceverar e jamais esmorecer. Muito obrigado!

Esta pergunta foi fechada
Há 11 anos
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