Caro Piuí, obrigada pela resposta. Desde o inicio eu nao quis entrar nos detalhes do caso, porque aqui cada um exprime sua opinião, mas muiats vezes distorcendo o ocorrido. Percebo tb que a maioria dos profissionais - embora certamente seja muito digno da parte de todos ajudar os consulentes que assim como eu buscam ajuda através deste forum - "julga" os consulentes, como ja disse, porque distorcem os fatos.
Mas, considerando seus exaustivos comentários, pelo que, novamente, agradeço muito, tomo a liberdade de aprofundar-me um pouco mais no caso para vc ter uma melhor visão:
- o terreno foi comprado no ano de 2001, através do procurador de uma empresa que estava falida
- quem o comprou foi um empresário que empregava a é naquela época
- como o terreno fazia parte da massa falida de uma empresa e ele (o comprador) nao sabia qdo poderia ter a escritura, cedeu o local para que a ré (na época sua funcionária) pudesse morar no local até contra possíveis invasores
- os anos passaram e a ré ali continuou, fazendo no local bicos para sobrevivência
Nota: a ré é analfabeta funcional (tem primário incompleto) mas é pessoa honesta, conhecida por todo a vizinha como pessoa de excelente índole. Sem antecedentes criminais. Fala relativamente bem, mas não é capaz e ler e escrever qualquer palavra que seja de média complexidade.
Continuando: o mesmo procurador que vendera o terreno mais de 11 anos atrás, deu as caras agora dizendo que não reconhece a assinatura dele esposa no contrato, que não sabe quem é o que se diz o comprador, que nunca o viu. Juntou ainda ao processo uma perícia de renomado profissional atestando que as assinaturas dos vendedores foram falsificadas.
SÓ QUE, ao invés dele, o vendedor, entrar apenas contra o que REALMENTE COMPROU o terreno, ele entrou também contra a coitada, a ré, que no local permanece faz mais de uma década, por mera concessão daquele que para ela sempre foi o proprietário, até porque, convenhamos, quem deixa um bem abandonado por tantos anos e aparece depois de tanto tempo alegando não saber do que se passava no local?
A ré está então sendo acusada de ter fraudado as assinaturas do vendedor, embora seu nome não conste no contrato.
Ademais, o vendedor possuia um estabelecimento comercial ao lado do terreno em questão, de onde fora despejado ano passado, por falta de pagamento do aluguel. O terreno está no número 870 da rua e o estabelecimento do cidadão que faz a denuncia no número 894, ou seja, eram vizinhos e se viam quase todos os dias.
A ficha do cidadão tem 10 páginas, entre ações trabalhistas, cíveis, incluindo fraude à previdencia. Teve inclusive prisão decretada anos atrás, que foi revogada.
Enfim, o que vc acha disso tudo? O autor não deveria resolver isso via ação civel e não criminal? Vc vê chances de ir prá frente?
Por favor, me dê uma luz. Obrigada!