Aluno sofrendo bullying por professor
Boa noite,
estou escrevendo com uma duvida sobre a seguinte situação que aconteceu na escola particular do meu filho de 6 anos e deixou a nossa família - e outras famílias que ficaram sabendo - revoltados.
A professora estava "ensinando" sobre o tema silencio e um dos alunos falou brincando que eles somente ficariam silenciosos se botasse uma fita em cima da boca deles. Ela então foi, botou um pedaço de fita em cima da boca de todos os alunos. Meu filho falou que não queria aquilo, mas ela insistiu e botou mais fita ainda em cima da boca dele, sendo dois pedaços bem largos e dois pequenos (na boca dos outros alunos ela usou um pedacinho da fita pequena). Meu filho chegou da escola indignado, com muita raiva e vergonha porque todos riram dele.
Para mim essa situação chega a ser uma clara expressão de abuso físico e emocional ou - na linguagem de hoje - "bullying".
Já falamos com a diretoria por telefone - eles somente defenderam a professora e não mostraram nenhum entendimento para o lado do nosso filho.
Gostaria saber se tem (além do Art. 17 da lei 8069 - estatuto da criança) existem outras leis / publicações sobre o assunto que poderíamos citar durante a conversa.
Desde já, agradeço!
Christine
Talvez não me expressei bem... Quem botou a fita não foi a criança mas a professora. Os outros concordaram a participar mas meu filho não queria uma fita em cima da boca e a professora não parou mas achou ruim que ele não queria, insistiu e contra a vontade dele botou logo mais. Eu vejo sim um erro nisso já que se trata de um toque físico que ele não queria e não precisava aceitar.
Ué, ela quis que ele interagisse com a classe na brincadeira. Nem deve ter sido tão ofensivo assim. No meu tempo o professor jogava giz, apagador, dava reguada na mesa e niguem morria. Melindre desnecessário. E nem é bullyng. Bullyng é uma comportamento corriqueiro que ofenda a pessoa, e blá blá blá. Isso aconteceu uma só vez, numa brincadeira em classe onde todos participaram, e seu filho deve ter se arrependido de ter sido engraçadinho.
Fico imaginando o meu professor de desenho geométrico atualmente numa sala de aulas, com aquele compasso enorme de professor, a espetar as pernas dos alunos que as tinham cruzadas e a perguntar se eram bailarinos, aquele que se atrevia a responder ele só dizia: "ah, és, então vá dançar para o bedel". Outros tempos, em que os alunos se levantavam das suas escrivaninhas quando o professor entrava na sala de aula.
Pois é, Elisete. Depois essas mães vão na delegacia dizer que a criança de 18 anos só estava brincando ao queimar o indio!!!
Ele não queria matá-lo, não!!!
Ou então dizer que a criança de 18 anos pensou que a mulher a quem eles surravam era apenas uma prostituta!!!
(relato dois casos emblemáticos onde os pais tentaram em público amenizar os atos de seus filinhos mimados!!!)
Eu sim vi um comportamento ofensivo porque ele não queria um toque fisico (mesmo sendo uma brincadeira) e então ela ficou brava (que os colegas dele confirmaram) e FORÇOU ele a botar não somente um pedacinho de fita mas duas fitas largas na horizontal e duas na vertical. Ela não tem o direito de tocar uma crianca dessa forma contra a vontade dela. Na minha opinião ela botou mais somente para mostrar a ele e aos outros colegas que ela "tinha o poder" de fazer isso com ele. Quero dizer tb que sou uma mãe que acredita que crianças precisam receber disciplina na escola e que trabalho sempre junto e no dialogo com os educadores da escola.
O problema foi o toque físico?? Talvez seja um caso de fobia social. Pelo seu relato desde o início, o grande problema pra cça nem foi a brincadeira em si, mas sim o fato dela ter tocado nele. Se por acaso ela pegar no braço do seu filho e leva-lo até a carteira dele, por ele estar andando no meio da sala e nao querer se sentar, ela estará tocando ele contra a vontade do mesmo. Isso tbm seria abuso e ofensivo?
"Eu sim vi um comportamento ofensivo porque ele não queria um toque fisico "
"Ela não tem o direito de tocar uma crianca dessa forma contra a vontade dela."
"Eu vejo sim um erro nisso já que se trata de um toque físico que ele não queria e não precisava aceitar."
Ta me parecendo mais o problema do contato físico.
Christine241;
Como dissestes, o seu filho quis brincar com a professora. Ora, no meu ver, a professora entrou na brincadeira e fez-lhe a vontade.
Não faça desta situação um melindre, não queres que seu filho seja um mijinhas, pois não?
Uma coisa é a criança ser abusada constantemente, outra coisa é uma situação pontual.
Não se esqueça: "É de pequenino que se torce o pepino."
Cumprimentos
Dras. Julianna e Insula;
No meu ver, isto não é fobia social, mas excesso de protecionismo.
As crianças hj são criadas como seres intocáveis. Não sei se a Insula pode concordar comigo, mas, na minha época, se eu chegasse em casa com uma reclamação destas, o chinelo de couro comia, ganhava mais 2mm de orelha por ter atrapalhado a aula e, principalmente, por ter faltado ao respeito com a "tia".
Asneiras, todos nós fazemos, mas há momentos apropriados para isto. Numa sala de aulas devemos estar de boca fechada a aprender, é esta a função da escola: dar cultura.
Porém, sem querer ser grosseira, para que uma criança esteja sossegada em sala de aula a prestar atenção e a aprender, é preciso um trabalho de base, feito em casa pelos pais, a que se chama educação.
Cumprimentos
Cumprimentos
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tenho uma orelha de abano que dizem ser porque minha mãe puxava muito!!!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkk
A gente na escola não soltava nem "pum"!!! Risadinhas então!! Ia tudo ficar cheirando o quadro-negro até o fim da aula!
Hoje em dia essas doidas "criam" (não educam) criaturas egocêntricas, ditadoras, mesquinhas e egoistas!!!!
O mundo tá ficando cada vez mais desequilibrado por causa delas!!!! São difusoras de perturbação!!!
"Hoje em dia essas doidas "criam" (não educam) criaturas egocêntricas, ditadoras, mesquinhas e egoistas!!!!"
Não era necessário um comentário desse. Sou enfermeira pediatra com educação em pedagogia e meus filhos ganham elogios no boletim da escola porque tratam colegas e professoras com respeito. Eles não sao intoquaveis mais abracam as tias todo dia quando chegam na escola.
Christine 241, EU DEFENDO.
Olá Christine, sou estudandte de direito, e faço estágio na prefeitura da minha cidade. Estou no momento aqui trabalhando, e falei do teu caso para a advogada do meu gabinete. Achamos que sim, tu terias sucesso em ir em busca dos seus direitos pelos fatos ocorridos, visto que esse é um assunto recente, e tem tidos bons resultados, favoráveis a vítima do bullyng.
Quanto aos comentário de que '' na minha epóca era pior '' acho deprimente, pois hoje em dia os comportamentos realmente mudaram, não há como comparar o passado ao presente.
E aprendi com meu professor de teoria geral do processo, que quando você entra em um processo deve fundamentar o seu pedido, e cabe ao juiz julgar qual dos artigos cabem ao caso.
Acho que seu filho sim, sofreu com o caso, e quem me parece ter problemas psicologicos é a proferrosa da história, e perdeu um tempão da aula colocando fita na boca dos alunos, o que caracteriza um retrocesso comportamental, hoje em dia isso não existe.
Boa sorte.
Com respeito à todos, mas lendo as respostas não posso deixar de dar minha opinião. Será que neste caso o problema não está sendo entre mãe e professora? Tenho uma filha de 6 anos também e, na verdade, uma criança com seis anos de idade jamais se revoltaria com tal fato. Uma criança nessa idade leva tudo na base da brincadeira, ainda mais por não parecer uma ofensa. O fato é que, bullying é uma agressão a determinada pessoa, e não para um grupo, como aconteceu no caso relatado pela nossa amiga Christine241. Teria sido bullying se ela tivesse o insultado de alguma forma, apontando-lhe suas características físicas, no meu ver isso seria uma atitude de bullying. A professora talvez tenha tido a intenção de demonstrar o seu "poder" dentro da sala de aula. E não acho isso de forma alguma uma atitude abusiva ou errada. Mãe, analise o caso pelos dois lados, coloque-se no lugar da professora. Minha filha também tem a idade de seu filho e nesta idade eles também não são santos. Porém afaste a idéia de bullying, pois não é o caso. Teria que haver muito mais para caracterizá-lo.
Gabriela
Acho que vc e sua colega advogada deveriam ler mais sobre bullyng, que é um COMPORTAMENTO AGRESSIVO REPETIDO, que bate sempre na tecla da característica física da pessoa, modo de vestir, comportamento, etnia, crença, etc etc etc, e no caso da consulente não houvem bullyng de forma nenhuma, nem aqui na no país das maravilhas. Nem foi um retrocesso uma simples brincadeira, acho que vc não leu o post inicial pra entender em que circunstâncias a professora agiu assim. Ela estava dando uma aula e falando sobre o silêncio. O aluno engraçadinho disse que só faria silêncio se a professora colasse a boca dele. Ela entrou na brincadeira e resolveu colar a boca de todos os alunos, que aceitaram a brincadeira, menos o cheio de graça que deu a idéia. O foco da revolta da mãe é o contato físico. Preste atenção. Ou é fobia social ou é melindre.