A ignorância é que atravanca o progresso
Odorico Paraguaçu, personagem de Dias Gomes interpretado pelo saudoso Paulo Grancindo, na novela “O Bem Amado” da Rede Globo, usava a frase título deste tópico quando não conseguia traduzir tamanha bobagem dita por outro personagem, expressando sua ira quando ouvia uma bobagem.
A frase ora mencionada talvez seja uma boa resposta ao texto escrito aqui no jus por um Serventuário de Justiça do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Denilson Cardoso de Araújo.
Sem dúvida uma tristeza o texto do nobre serventuário da justiça, que prega a força física como castigo e educação para os filhos e crianças em geral.
Esse senhor vai contra tudo que especialistas dizem para não se fazer com a educação de filhos.
Leia mais: jus.com.br/artigos/25703/alo-aqui-e-a-xuxa#ixzz2jtainXEE
Olá ! Somos da opinião de que é preciso rigor, sim, no trato com os filhos, na sua educação e encaminhamento na vida. Mas vejam bem: - tratar os filhos com rigor, com energia, impondo e exigindo respeito, bons modos, o devido respeito e tratamento para com os semelhantes e demais seres vivos, que estudem, tudo isso vai longe de impor-lhes maus tratos, ou seja, rigor sim, maus tratos jamais. É preciso que os pais saibam dosar suas atitudes de rigor para com os infantes e assim evitar que apliquem maus tratos aos seres em formação.
Educação com firmeza é uma coisa outra coisa é palmadas.
Por exemplo podemos e devemos, quando necessário, castigar o filho somente retirando algo que ele goste e explicar com clareza o por que da medida, e quando ele(a) fizer algo bom premie.
Por exemplo uma criança na tenra idade que fizer uma arte (subir em meses e coisas do gênero etc.) ou birra basta você fazer uma "cara feia" uma expressão rígida no rosto e mantê-la até que a criança pare, assim ela passará a associar cara feia com com algo que é ruim de fazer, por conseguinte será dissuadida a fazê-la e por aí vai.
Educação é algo que exige, penso eu que um pouco de quase tudo, paciência, sabedoria, instrução, exemplos, enfim, ressaltar nossas qualidades e empregá-las no trato diário com os filhos.
Claro que devemos entender nossos pais que foram educados à base da porrada, mas nossa educação já foi melhor e a dos nossos filhos há que ser melhor que a nossa e a de nossos netos melhor será, quiça, melhor que a de nossos filhos e assim sucessivamente, perfeição jamais chegaremos mas nos aprimoramos...
Ah mata sim, mata todo e qualquer respeito sincero que o filho poderia ter para com o seus pais.
A palmada parece inofensiva mas a criança vai obedecer devido às palmadas e não pela conscientização, gradativa, do ato errado.
É impossível violência gerar compreensão e respeito, e não adianta minimizá-la com palmadinhas, sempre violência gerará violência.
Peguemos o exemplo de pessoas que teimam em crer que palmadinhas são necessárias para a boa educação do filho: ELAS APANHARAM PRA CACHORRO QUANDO CRIANÇAS, PODE CRER.
Não é o melhor o diálogo? É no diálogo que estão às condições de possibilidade para a pessoa se emancipar.
Nem sempre a criança foi tratada como criança (como se entende hoje), ou seja, como alguém com direito a infância, com roupas de crianças, etc. Isso é uma invenção recente, e talvez precisemos de um retorno, claro, não para ser como era, ideologia não mais possível, mas para um novo senso comum, onde exista a possibilidade da criança desde logo refletir, e compreender o mundo, e não o parquinho de diversões.
Isso não é feito individualmente, pela família, pois a criança também é um ser com outros, está no mundo. Trata-se de um novo senso comum.
Não dá pra dialogar com criança pois elas ainda não sabem fazer isso, transigir, analisar......
Palmada (não é pancada) realmente não mata ninguém, palmada não é maltrato, não é "agressão", é um tapinha na bunda.
Nem sempre se consegue com "conversa" fazer uma criança não meter o dedo na tomada. Talvez alguém espere que a conversa vá convencer a criança a não enfiar o dedo alí, mas quando ela o fizer quero ver se este genitor(a) não teria preferido ter dado uma palmada na criança, ao menos um choque (que é o efeito da palmada) a tivesse alertado para as consequências (coisa que criança nem sabe o que é) de fazer o que para ela parecia uma brincadeira inofensiva.
Aliás, criança que nunca levou uma palmada sabe o que é ofensivo e inofensivo????
Se você trata alguém como alguém incapaz de dialogar, incapaz de compreender uma regra, então não pode esperar outra coisa.
O diálogo é fornecedor condições para que a criança possa se manifestar, ou para que possa compreender a regra que ela não deve violar, o motivo da existência dessa regra. Isso não é impossível. Pelo contrário. É mais fácil seguir uma regra moral sabendo o porquê se deve comprometer com ela, que simplesmente seguir porque uma autoridade a estabeleceu. Crianças não são idiotas, apenas são tratadas como tal. Crianças podem refletir, se forem provocadas a fazer tal coisa. Claro, não estou fazendo de bebês.
Interessante. O Sr. Jurist me lembra alguém.
Apenas para pontuar: Não é a palmada ou ausência de palmada o grande problema. Fosse assim, gostaria de lembrar que em tempos idos, era a palmada, cintada, chinelada; eram surras de vara etc.
Agora vir defender a palmada é algo quase hipócrita. Escolheu-se um dos castigos e elegeu-se como o salvador da pátria. Pior, faz-se uma livre associação que nada de ciência tem. Algo assim: - Antigamente se batia e não tínhamos tantos jovens infratores, por consequência desta lógica, bater funciona!
É algo como pegar qualquer estatística tosca, por exemplo: - Existem mais acidentes em noites de lua cheia, por consequência lógica a lua cheia causa acidentes.
Premissas equivocadas, conclusões equivocadas. Não cabe aqui dar uma aula de lógica; então, cada um que vá estudar como lhe interessar.
O grande problema é uma cultura focada no ego de um lado e, de outro, temos um grande acesso à informação; qualquer informação e, neste caso um massivo bombardeio de uma sociedade massificada pelo consumo. Consumo adicionado ao ego. Satisfação do ego pelo consumo. Como os bens são limitados e, se vende o desejo de consumi-los, temos aí uma das tensões presentes em nossa sociedade. O outro ponto é o ego. Desde cedo nos é vendida a idéia que devemos satisfazer nossas vontades, que devemos ser vencedores, que devemos ser felizes a qualquer custo; isto gera outro ponto de tensão, já que para alguém ser vencedor outros muitos terão que ser perdedores.
Apenas para a reflexão de todos.
Em tempo: Não estou interessado em discutir acerca de cavalos ou porcos, antes que me seja ofertado.
Olá ! Lidos e relidos os textos e colocações feitas, a velha máxima sempre se faz presente e assim continuará sendo, queiramos ou não: - É preciso ensinar e impor limites aos filhos, sim. Ponto. Em a família não o fazendo, o mundo o fará e de forma bastante cruel (atrás da grades). E quando o mundo não o faz, a vida o fará ! ! Por isso mesmo tanta violência e tantas mortes Brasil a fora todo o dia. Ou alguém tem dúvidas de que o que se vê hoje para todo lado não é decorrência da formação de nosso povo ?
Eu concordo com tudo que foi dito pelo Amarildo Fonseca
Amarildo Fonseca disse: Peguemos o exemplo de pessoas que teimam em crer que palmadinhas são necessárias para a boa educação do filho: ELAS APANHARAM PRA CACHORRO QUANDO CRIANÇAS, PODE CRER.
Cruz1 06/11/2013 22:41 Eu nao apanhei, pois nunca foi necessario, sempre soube respeitar... Agora me diga se antigamente tinha tanto bandido menor de idade como hoje? Pq quando os filhos aprontavam, vinha o pai eo corrigia, hoje nao passa a mao na cabeca.
Cruz1 vou fazer a defesa do amigo suspenso por razão de solidariedade, em momento algum ele disse que você apanhou ele fez referencia genérica e você colocou "o chapéu" por sua conta.
O aumento da quantidade de bandido nas ruas não tem relação alguma com o método de criação de filhos sem violência física, ou como queira, sem as palmadinhas falsamente inofensivas.
Você tem razão não se pode passar a mão na cabeça qd os filhos aprontam...
A lei da palmada e so mais uma invensao ridicula do governo. Se a justica for sustentar o meu filho, com tudo ai sim eu permito q ela de palpitena criacao do msm, mais quem cuida, quem da de tudo pra ele sou eu, quem trabalhar pra sustenta lo sou eu eo pai,.entao quem decide se posso da uma palmada nele ou nao sou.eu. Sou mae.pra sustentar,.mais nao sou mae pra educar?
Tem criança que é um pequeno ditador, palmada não é uma desgraça, é na verdade um "acorda" para as consequências de nossos atos. A vida bate na gente o tempo todo e nem por isso responde na justiça pela Lei da Palmada. Mostrar a criança que existe consequência desagradável é um treinamento para a vida adulta, aliás, ser criança é um treinamento para a vida adulta. Quem super protege não ajuda, mas atrapalha, dificulta ao ser aprender que na vida há dor se não ficarmos atentos às regras de convívio, aos fatos, às consequências dos atos.
Não é lei. É um projeto de lei (PL 7672/10) em discussão na Câmara, que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigos físicos. Se fossemos um País sério de gente séria seria ridículo esse projeto de lei, mas em se tratando de um país em que tem estatuto de tudo quanto é jeito, e uma leizinha a mais não vai influenciar num precedente de mais de um milhão de leis editadas que temos no brasil.
Sinceramente não deveria ser necessário uma lei para que crianças e adolescentes tivessem boa educação, mas alguma coisa acontece entre a avenida São João com a Ipiranga que me leva a ponderar acerca dessa lei, mormente por se tratar de um povo completamente ignorante em sua maioria, só pode pois diante da necessidade de um PL desse não concluo outra coisa.
Sou obrigado a ver o problema não só pela ótica dos pais mas principalmente pela ótica dos tutelados, mas se for pra ter a lei e ela não funcionar, como acontece com a maioria delas então concordo: pra que mais uma lei ridícula.
De uma coisa tenho a absoluta certeza, eu sei como criar meus filhos sem palmadas...