Minha filha não quer as visitas do pai.
Somos separados a mais ou menos 4 anos e temos em comum uma filha de 10 a qual compartimos a guarda, ela esta apresentando resistência em visitar a casa do pai. As visitas são livres e foram regularizadas em juízo a vê sempre que pode, ele respeita os horários de escola, não interfere nas tarefas habituais da menina, mas nos finais de semana a leva para sua casa. É uma menina "normal", ou seja, não vejo sinais de maus tratos por parte do pai ou da madrasta ou qualquer coisa que possa estar interferindo em essa relação, eu e ele possuímos um bom convívio, sempre discutimos em comum o que acreditamos ser o melhor para ela e quase sempre temos opiniões em comum no que se refere a educação dela, ele é casado novamente e a madrasta aparentemente é uma boa pessoa para a nossa filha. Mas a algum tempo ela já não quer mais ir a casa do pai, chora e diz que eu a obrigo a ir ( o que me dói muito ), eu realmente procuro incentivar-la a relacionar-se com o pai, e as vezes insisto, ela vai muito desgostosa e as vezes chorando e cada vez que chega o fim de semana ela já começa a apresentar resistência. Concordamos que ele pagaria somente a escola, pois é cara, e eu as demais despesas da casa, pois trabalho e tenho sustento próprio. Tenho um relacionamento de 2 anos e pouco mas não sou casada, meu namorado não vive comigo na mesma casa e também tem bom relacionamento com a menina e tenho certeza este não interfere com a menina em relação ao pai. Em resumo: Não somos uma figura perfeita de casal separado com filho em comum, mas há um bom relacionamento, como mínimo. Recentemente o pai dela me cobrou, e deu a entender que sou a culpada. Estive lendo sobre alienação parental, na verdade tenho receio de que isso possa trazer problemas com a guarda dela, pois não sei e não posso saber o que se passa na cabeça dele, pois sei que ele a ama (pelo menos é a impressão que me da), busco estar atenta para sinais de maus tratos, até agora não vi nenhum. Corri para uma psicóloga com ela, já tem dois meses de consultas e a mesma me disse que não vê sinais de maus tratos, mas que a menina tem resistência em relação ao convivo com o pai. O que poderei fazer para não correr o risco de perder a guarda? Que medidas tomar? Ou que profissionais consultar para assegurar-me.
Acredito que deva ser feita uma investigação sobre isso, sabemos que tanto pais como mães separados, quero dizer muitos usam a criança como um instrumento de agressão e dessa forma enchem a cabeça da criança fazendo dessa maneira uma desconstrução da imagem do outro, isso tem que ser visto pelo ponto de vista jurídico pois pode estar acontecendo realmente alienação parental.
Liliana35, Meu caso é muito parecido com o seu. Apesar de ter publicado à 9 meses atrás, gostaria de dizer que entendo perfeitamente ao que sente ou sentia. Minha filha alega as mesmas coisas e também não faz birra mas vai com muita tristeza apenas por obediência. Também desconheço qualquer tipo de maus tratos por parte dele ou da esposa atual. Sei que ela é obrigada à ir e por isso cumpro com a obrigação e pronto mas tenho a impressão que se houvesse maior flexibilidade na alternação das visitas ela ficasse menos incomodada. O que estou tentando dizer é que o fato de ser imposto como uma obrigação lhe tira o prazer de usufruir do seu direito de ter convívio com o pai. Não pratico alienação parental mas também não concordo com algumas atitudes dele e acredito que são fatores que agravam a situação, como por exemplo, ele falar mal de mim para ela, não tentando colocá-la coiticando as regras que usamos em nossa casa, diz que sou chata e enjoada e coisas do tipo. Eu não e importo com isso e deixo claro pra ela que não me afeta mas ela se chateia. Eu sou mesmo muito cheia de regras porque quero que ela seja orgnizada e tenha disciplina mas ela tem os seus momentos de lazer e procuro dar atenção como posso. O fato que acredito muito relevante também é que ela é muito carente e quando está com o pai não se sente a vontade ou com intimidade para conversar ou abraçar e beijar como ela gosta. Ele a deixa super à vontade em sua casa mas não dá a atenção que ela gostaria ou está acostumada. Sempre que ela pede para trocar o fim de semana ele a diz que essa foi a decisão do juiz e pronto! Isso a deixa irritada e eu não tenho o que fazer. Inclusive eu também preciso de ter um tempo pra mim e apesar de sentir saudades este é o tempo que eu tenho de fazer as coisas que não posso quando ela está. Não quero separá-la do convívio do pai, jamais desejei isso, só quero ver minha filha feliz e acho que se ela puder ter a liberdade de escolher os dias que vai ficaria bom pra todo mundo. Acredito que esses casos deveriam ser revisados frequentemente, pois o passar do tempo e as fases de desemvolvimento deveriam ser respeitadas.Talvez esse seja o mesmo caso da sua filha... Quanto à essas pessoas que acham que uma criança é como um robozinho que você liga o botão dá o comando e pronto! Só por aí vejo que não tem base suficiente para discutir o assunto. Não faço tudo , nem dou tudo que minha filha quer, pelo contrário, na casa do pai ela não tem obrigação nenhuma, faz os deveres da escola em casa, ela ganha mais presentes da família do pai do que na minha e em nossa casa ela tem uma rotina à cumprir todos os dias. sinceramente não consigo compreender... Mas ela sai daqui numa tristeza de doer... Enfim obrigada por iniciar esse tópico e fico aberta às opiniões, críticas e comentários.