Criança não quer visitar o Pai. Como agir?
Boa tarde, vou contar minha história: Tive minha filha com 17 anos em 2007. Em 2008 eu entrei na justiça (com um advogado público do governo), para regularizar as visitas e a pensão alimentícia, logo que o pai dela não me ajuda com nada. Foi feito, porém, o meu advogado do estado não compareceu a audiência, e os pais do pai da minha filha são advogados (aqueles chaves de cadeia) e eu como nova, aceitei que ficasse estipulado para ele pegar a minha filha de TERÇA, QUINTA E SÁBADO o dia todo. No começo foi respeitado isso, sendo que ele não estava pagando a pensão, mais tarde, ele mesmo "dispensou" as visitas da minha filha a casa dele. Em 2009 ele foi preso por tráfico de drogas. O pai dele conseguiu diminuir a pena de 5 anos para 9 meses e ele ao invés da cadeia foi para um centro de ressocialização em Mococa, durante todo esse período, não recebi ajuda nenhuma para cuidar dela e mais um detalhe: Ele foi preso com ela no colo, com 2 anos e 2 meses, na porta de casa. Quando ele voltou da cadeia em 2010 (abril), eu decidi regularizar essas visitas e a pensão, minha filha dizia que não queria ir para casa da família e nem ver ele. Fomos em audiência, minha filha passou por psicologa, eu, minha família, os pais dele, ele... enfim, ele e a mãe choraram para psicologa falando que quem não permitia o contato deles com a minha filha, era eu. O Juiz decidiu que a minha filha iria para casa do pai, uma vez por semana. Domingo o dia todo. Isso em fevereiro de 2011 e ele disse que não podia escutar uma criança de 4 anos, porém, uma criança de 6 a 8 ele escutaria. Tudo bem, fiz o que o juiz pediu e mandei minha filha para lá uma vez por semana e o pai dela continuou sem pagar pensão, alegando que mesmo que não pagasse ele teria o direito de ver ela. Em maio comecei a namorar um outro rapaz e em outubro minha filha chegou revoltada da casa do pai dela, dizendo que eu iria abandonar ela pra ficar com o meu namorado e ia pra praia e ia deixar ela sozinha. Achei uma absurdo, discuti com o pai dela e disse que ela não iria mais para a casa dele, que era pra ele ir no juiz e falar os absurdos q ele falou para ela. Ele disse que era invenção da cabeça dela e que eu tinha inventando essas coisas. Esses anos todos passaram e ele não pagou pensão e não viu ela. Moramos na mesma cidade mas nunca mais o vi junto na presença dela, apenas sem ela. Ele não se interessa por ela, não me ajuda com nada, nem ele e nem a família dele. O problema foi que agora 15 dias antes da pascoa, ele viu ela no supermercado com a minha mãe, ele estava com a namorada, fez a minha filha escolher um ovo e prometeu trazer para ela no dia 20, domingo de pascoa. E ainda falou que não era pra ninguém comprar o ovo que ele ia dar aquele ovo. Passou o domingo e ele não veio.
Quero executar a pensão dele, porém tenho medo pq não estou cumprindo a ordem que o juiz passou. O problema é que ela não quer ver o pai, ela diz q não gosta dele e não quer ir pra casa dele. A minha duvida é a seguinte: será que a autoridade vai obrigar eu a mandar ela para lá, mesmo ela dizendo q não quer ver o pai? Mesmo que durante esse tempo todo, o pai não tenha dado importância para ela e ela ter visto isso? Existe a possibilidade dela não ver o pai, ou se ver, ser na minha presença?
Quero deixar bem claro que nunca impedi ele de ver ela, o meu telefone continua o mesmo e o endereço também. Ele nunca ligou para ela nem no aniversário dela, natal e etc.
Será que minha duvida ficou clara?
O juiz não é obrigado a ouvir nem criança acima de 12 anos. O que o juiz irá ouvir são os relatos dos profissionais habilitados em analisar e conhecer das emoções, reações e personalidades do ser humano, os psicólogos. A criança será analisada por eles e eles irão traduzir o que de fato acontece, e os assistentes sociais irão conhecer de fato a realidade em que a criança vive e transita, isto é, os ambientes do pai e da mãe, assim como as pessoas envolvidas neles.
Até que isso seja investigado a criança é obrigada a ir com o pai SIM, criança não tem querer, os genitores são seus educadores e devem impôr disciplina, orientar e cuidar da criança, demonstrando que existe na vida ordem, deveres e obrigações, e não apenas a ação nascida da emoção, ou de caprichos movidos por interpretação infantil.
Se o pai fala mal de vc para ela, isso será apurado na acima mencionada investigação, se ficar confirmado o pai poderá ser acusado de alienação parental e perder o direito de conviver livremente com a filha, até que demonstre alguma real mudança nesse sentido, podendo até lá as visitas serem assistidas, eles nunca ficando sozinhos.
Então ela vai ser obrigada a passar o dia com ele? O fato é que a única educadora dela sou eu, a genitora, pois ele só serviu para fazer... a justiça é falha. A psicologa da outra vez nem falou com ela, não sabe nem chegar na criança para conversar, vai verificar isso como? Justiça no Brasil é falha
Ana, o risco é seu. Se o pai alegar alienação parental vc não terá defesa alguma, se disser que é a criança que não quer ir com o pai o juiz vai lhe perguntar quem é o adulto da casa, vc ou ela.
Vc diz que "A psicologa da outra vez nem falou com ela", e eu pergunto por que ela falaria??? Por acaso alguém requisitou a pesquisa psicossocial da outra vez??????? A psicóloga ia falar o que com uma criança de 4 anos que nem convivia com o pai, oras?!!!!!!!!!!!!!!!
Antes vc disse: "Quando ele voltou da cadeia em 2010 (abril), eu decidi regularizar essas visitas e a pensão, minha filha dizia que não queria ir para casa da família e nem ver ele. Fomos em audiência, minha filha passou por psicologa,"
Afinal, ela passou ou não pelo pisicologo???
Em suma: cada cabeça, uma sentença. Decida-se e arrisque-se se quiser. Alienação parental dá reversão da guarda.
Ana Flávia Souza,
Pelos seus relatos, é muito fácil entender por que a criança não deseja estar com o pai; criança não é idiota, percebe quem se importa, quem deseja sua companhia, quem tem real afeto por ela.
Esse cidadão é totalmente ausente, segundo você, não disfarça seu desinteresse nem em ocasiões como Natal, ano Novo, Aniversário...
O fato é que criança, filha de pais separados, é obrigada (muitas vezes) a fazer o que não quer e a estar com quem não se preocupa com ela, pois é usada por um dos genitores para atingir o outro.
Esse DIREITO da criança de conviver com ambos os genitores, só deveria existir para com aqueles que realmente se importam, desejam esse contato.
Você tem que contratar um bom advogado para entrar com ação de execução das pensões atrasadas, regulamentação de visitas, solicitando o estudo psicossocial (para que seja avaliada a criança) em relação ao contato com o pai biológico.
Infelizmente, alguns PAIS não passam de "pais biológicos", sem vocação para exercer a função de PAI.
Boa sorte.
Lilian 1,
Você leu o que escrevi? Criança não é idiota! Uma criança de 6 anos escolhe o que quer vestir, desde que tenha sido dado a ela o direito de escolha... isso é uma questão de criação, educação.
Estou respondendo segundo o relato da consulente, como já citei aqui, se não acredito no consulente, não me dou ao trabalho de responder ou ficar contestando; a mãe diz que não há alienação parental, estou respondendo segundo a informação dada por ela.
Obs.: Espero que você resolva logo essa questão do DNA da criança que a mãe diz ser do se marido.
Saudações.
