Pra cortar o cabelo das filhas, o pai precisa da autorização da mãe quando ela tem a guarda?
Minhas enteadas tem 11 anos e um cabelo enorme. Elas ficam com o pai a cada quinze dias e vivem reclamando que o cabelo está dando muito trabalho pra pentear pois está muito grande, mas a mãe não corta e nem tem tempo de auxiliá-las em sua higiene diária pois trabalha o dia todo. Então elas pediram ao pai pra cortar o cabelo delas. Corto cabelos há muito tempo e meu esposo me pediu pra cortar o cabelo delas, cortei apenas as pontas. A mãe das crianças se enfezou e disse que iria processar a mim e ao meu esposo! Ela pode nos processar?
Obrigada por responder. Mas a intenção do meu marido é justamente ao contrário, quer aumentar as visitas pois sente muita falta das filhas, já faz dois meses que ele não as vê pois a mãe não permite. Isso já vem acontecendo ha quatro anos, ela inclusive já pagou multa por descumprimento de ordem judicial mas continua a proibir, não aceita o novo relacionamento do ex, e nem o fim do casamento, assim pune meu marido com a proibição pois sabe o quanto ele ama as filhas. Ele queria a guarda delas pois elas pedem pra vir morar com o pai, mas outro advogado disse que devido ao seu trabalho ele não conseguirá, pois passa a semana fora da cidade. O ambiente em que elas vivem é muito conturbado, onde o atual namorado da mãe, usuário de drogas, presos várias vezes, espanca a mãe na frente das filhas a ponto de as crianças terem que chamar os vizinhos para socorrê-la. E além disso as crianças ficam sozinhas durante a tarde trancadas em casa enquanto a mãe trabalha. Mesmo com tudo isso meu esposo não tem chances de conseguir a guarda delas? Com 11 anos elas não podem escolher com quem quer ficar?
Clívia, o juiz da Vara de Família está sabendo da situação que suas enteadas estão vivendo, com esse atual namorado da mãe viciado etc? Por que é estranho que a guarda esteja com ela. A guarda deve ser dada visando o melhor interesse do(a) menor, ou seja, a quem tem melhores condições psíquicas de cuidar delas. Caso isso não tenha sido mencionado nos autos, procure um advogado de confiança para ser realizada uma revisão da guarda, falando de todos os maus-tratos sofridos, e de preferência já mostrando todas as provas que vocês tiverem de tal situação, para que ela perca a guarda.
Quanto ao corte de cabelo, reitero o que o Rafael disse: enquanto a guarda continuar com ela, é a genitora quem decide sobre isto.
Obrigada pelo esclarecimento. E não, o juiz não está sabendo de tudo isso, pois quando consultamos o advogado ainda não havia toda essa situação para mencionar, já faz 3 anos, e as que sabíamos não tínhamos como provar. Este processo pode partir de uma denuncia ao ministério publico do cárcere privado pra servir como prova no processo de revisão de guarda?
Clivia, Sinceramente, busquem um advogado e se respaldem. Se uma mae processar um pai por ter aparado o cabelo de sua filha e isso for levado a serio, realmente nao sei onde iremos parar! Use isso a favor de vcs, em como ela esta tentando afastar a crianca de vcs e que sente-se como dona da criança ( que não é). Não bata palma para maluco! Boa sorte!
A guarda definida pela justiça é a unilateral, não é a compartilhada, portanto, cabe ao guardião a decisão sobre TUDO a respeito do filho.
Se existem abusos, negligências, e etc, colocando em risco a saude ou bem estar da criança já deviam ter comunicado ao Conselho Tutelar, é para isso que ele existe, o juiz não fica na porta do forum recolhendo reclamações, o processo é mais moroso até que chegue a ele, na verdade, então os conselheiros tutelares devem atuar para apurar e encaminhar de imediato a questão ao Ministério Publico que, como defensor dos direito da criança, irá buscar as medidas necessárias visando o melhor para a criança.
Façam isso, e não fique de peiticas sobre quem corta ou não o cabelo da criança.
Essa coisa de guarda unilateral é um absurdo! No que tange o sustento a guarda é quase que unilateral para os pais, mas no referente à convivência e participação na vida do filho aí é unilateral quase sempre pra mãe! Parece que em se tratando do Direito de Família vivemos um sistema de castas...rs seria cômico se não fosse trágico.