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Imputação de pagamento tributário

Dicas

Imputação de pagamento tributário . Dicas

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Trata-se de norma inócua. Ocorria quando o sujeito passivo era contribuinte de diversos impostos ao mesmo ente.

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

I – em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;II – primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;III – na ordem crescente dos prazos de prescrição;IV – na ordem decrescente dos montantes.

Trata-se de norma inócua. Ocorria quando o sujeito passivo era contribuinte de diversos impostos ao mesmo ente. Ao efetuar o pagamento ele não indicava qual o tributo estaria pagando. Vale lembrar que o código era de 1966. Nessa época o tributo era pago diretamente na repartição administrativa.

Posteriormente que se permitiu o pagamento por rede bancária. Atualmente, o tributo sempre estará identificado já que há guias específicas e códigos específicos.

A aplicação desse dispositivo pressupõe a existência de crédito tributário vencido.

PRESUNÇÃO DE QUITAÇÃO NO DIREITO TRIBUTÁRIO.

No Direito tributário não há presunção de pagamento. A quitação de uma parcela ou de um crédito tributário não importa presunção de pagamentos de outras, nem o pagamento de um crédito faz presumir-se o pagamento de outro referente ao mesmo ou a outros tributos.

Cada quitação só vale em relação ao que na mesma está indicado.

Assim, o fato de um contribuinte, por exemplo, provar que pagou a última parcela de seu imposto de renda de determinado exercício não faz presumir-se tenha pagado as demais parcelas.

Nem o fato de haver pago o seu imposto de renda de um exercício importa presunção de haver pago o de outros, nem o IPI, ou outro tributo qualquer. Nem, ainda, o pagamento de determinada quantia a título de imposto de renda devido seja somente aquele.



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