Auxílio reclusão poderá ser condicionado ao trabalho do preso

18/01/2020 às 16:29

Resumo:


  • O Projeto de lei 5.802/19 propõe condicionar o pagamento do auxílio-reclusão ao trabalho do presidiário.

  • O PL altera o art. 80 da Lei nº 8.213/91 para estabelecer essa condição, visando evitar o benefício a presos que não trabalham.

  • O deputado autor do projeto argumenta que a medida complementará a reforma da previdência e destaca o aumento dos gastos com o auxílio-reclusão nos últimos anos.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

O deputado Bibo Nunes é autor da PL que caso seja aprovada alterará a lei 8.213/91 condicionando o preso em regime fechado ao trabalho para receber auxílio reclusão.

Segundo o Projeto de lei  5.802/19 de autoria do deputado Bibo Nunes, haverá a necessidade de trabalho pelo presidiário segurado para que o auxílio reclusão seja concedido. Desta forma, a família do recluso só receberá caso esteja laborando e em regime fechado de cumprimento de pena.

O mencionado PL altera o art. 80 da Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, para condicionar o pagamento de auxílio-reclusão ao trabalho do preso, segundo o deputado a lei não condiciona o recebimento ao trabalho do preso.

Art. 80. O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no inciso IV do  caput  do art. 25 desta Lei, será devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço

Segundo Bibo Nunes, a referida PL complementará a reforma da previdência - "é injusto que famílias de presidiários recebam o benefício quando vítimas amarguram no desemprego.

"Caso o Estado exerça sua obrigação de oferecer ao preso opções de trabalho, não pode ele se recusar a exercê-lo. Não deve ser beneficiada com o auxílio-reclusão a família do preso que por mau comportamento ou preguiça se furta ao trabalho na prisão. É o preso que não trabalha."

O deputado ainda justifica que os valores gastos pela Previdência com o auxílio reclusão cresceram vertiginosamente, em 2007 os valores pagos eram de R$ 121,9 milhões já em 2018 ultrapassam R$ 630,7 milhões.

Por fim, a referida PL aguarda designação de relator na comissão de seguridade social e família (CSSF) para seguir sua tramitação.

Fontes:

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Sobre o autor
Miguel Martin

Sócio-proprietário do Martin & Tonini Advocacia.

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