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A Escravidão na Conceição do Azevedo (Atual Jardim do Seridó – RN)

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto colonial, em que o trabalho escravo era fator essencial da engrenagem econômica, definições e paradoxos permearam essa relação desigual, entre escravo e senhor. Em Jardim do Seridó-RN, essa discussão se faz presente numa relação de trabalho estruturada por homens livres e escravos, ambos na mesma labuta diária.

De um modo geral, na Cidade do jardim há registros históricos da presença negra em lugares, documentos, narrativas e práticas rituais que dizem respeito à sua existência. Esses desenvolveram estratégias de solidariedade, conseguindo uma relativa autonomia. Relatos e fontes comprovam a existência de um pequeno número de cativos, que não passaram de sua quantificação, de seus ofícios e de suas ações libertárias.

Histórias como essas reconstruídas por meio de fontes de naturezas diversas (notas cartoriais, registros de paróquia, inventários, etc.) e que nos ajudam a compreender alguns dos efeitos da escravização no sertão da América Portuguesa. Onde houve escravidão houve resistência, a busca pela emancipação ocorria de diversas maneiras no cotidiano da Conceição do Azevedo. A resistência sobreviveu apesar da repressão, porém não desapareceu com a abolição. Pois, com a extinção da instituição escravocrata, impõe-se aos afrodescendentes a necessidade de lutar contra o preconceito racial e pelo reconhecimento de direitos relacionados à cidadania, durante séculos negados.

Por fim, ainda há que se avançar no conhecimento da história afro-brasileira do Seridó, do passado escravista e do período pós-abolição. É preciso que se libertem as memórias para explicar e esclarecer as contradições ocorridas e contribuições dos africanos no Brasil. A contribuição deste artigo desdobra-se a dar visibilidade a história da presença escrava em Jardim de Seridó- RN e serve de subsídios para futuras discussões.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

a) LIVROS

ALBURQUERQUE, Wlamyra R. O jogo da Dissimulação: abolição e cidadania no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

AZEVEDO, José Nilton de. Um passo a mais na História de Jardim do Seridó. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1989.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro - Edição Revista, atualizada ilustrada. 10a ed. São Paulo: Global, 2001

._____. Civilização e CulturaPesquisas e Notas de Etnografia Geral. São Paulo: Global, 2004

______________, Juliana Teixeira Souza, Margarida Maria Dias de Oliveira. Escravidão no Rio Grande do Norte. EDUFRN, 2021

PINSKY, Jaime. Escravidão no Brasil. Editora Contexto, 2012.

SANTOS, Carlos Alexandre B. Plínio dos. Fiéis descendentes: redes irmandades nos pós-abolição entre as comunidades negras rurais sul-mato-grossenses. 2010. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Departamento de Antropologia, UnB, Brasília.

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____________, Wlamyra R., FILHO, Walter Fraga. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. 23

b) FONTES DIGITAIS

CENSO de 1872. Disponível em: <http://www. org.br/?q=destaques/censo-1872abep>.

TRIBUNAL DO NORTE. Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/uma-viagem-pelo-serida-negro/418099

A ESCRAVIDÃO NEGRA NO RIO GRANDE DO NORTE. Disponível em: https://www.nataldasantigas.com.br/blog/a-escravidao-negra-no-rn

MUNDO EDUCAÇÃO. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/escravidao-no-brasil.htm

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Disponível em: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/materia01/

C) OBRAS GERAIS, MONOGRAFIAS E DISSERTAÇÕES

MACÊDO, Muirakytan Kennedy de. A penúltima versão do Seridó: espaço e história no regionalismo seridoense. Natal, 1998. 200 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do rio Grande do Norte.

MACHADO, Maria Helena P. T., Crime e Escravidão. Trabalho, luta e resistência escrava nas lavouras paulistas, 1830-1888, São Paulo, Brasiliense, 1987.

PEREIRA, Ariane de Medeiros. Escravos em ação na Comarca do Príncipe-Província do Rio Grande do Norte (1870-1888). 2014. 157 f. Dissertação (Mestrado em História) – UFRN, Natal, 2014. Disponível em: <http://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/16989>. Acesso em: 09 setembro. 2023.

Tronco, ramos e raízes! [recurso eletrônico]: história e patrimônio cultural do Seridó negro / org. Julie Cavignac, Muirakytan K. de Macêdo. – Natal, RN: EDUFRN, 2016. 402 p.: PDF; 2,4 Mb. Modo de acesso: http://ww Modo de acesso: http://www.repositorio.ufrn.br ISBN 978-85-425-0628-0

ALTRAN, José. O Navio Negreiro – uma história humana. Último Andar [21] – março de 2013.

LARA, Silvia Hunold. Escravidão, Cidadania e História do Trabalho no Brasil. Proj. História, São Paulo, (16), fev. 1998


Notas

  1. AZEVEDO, José Nilton de. Um passo a mais na História de Jardim do Seridó. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1989.

  2. PAIVA, Liz Coutinho e. Escravidão e Liberdade em Jardim do Seridó (1872-1888). Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em História e Cultura Africana e Afro-brasileira). Disponível https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44283

  3. Disponível no site da Associação Brasileira de Estudos Populacionais no endereço eletrônico: http://www.org.br/?q=destaques/censo-1872abep


Abstract: This Article deals, in principle, with the historiographical context existing within the scope of Slavery in Brazil and consequently in Seridó-RN, seeking, through the analysis of local documents, to highlight the slave presence, in Conceição do Azevedo, currently the citadel of Jardim do Seridó /RN, and its contribution to the social and historical dynamics of this space, as well as the clashes of resistance between captives and their owners. In the meantime, information provided by regional and local historiographical contributions will be used to promote the research problem. Sources present in the notary and religious collections of the Seridó region and the city mentioned above will also be used, as well as the analysis of the 1872 census, to highlight the presence of Afro-descendants in this space and contribute to the visibility of this theme.

Keywords: Slavery, Jardim do Seridó, Resistance

Sobre os autores
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Mônica Sabino de Oliveira

Acadêmica de Direito da Faculdade Católica Santa Teresinha - Caicó/RN.

Márcio André Evangelista Pontes

Mestre em Filosofia pela UERN (2022). Possui graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2008). Professor na Faculdade Caicoense Santa Teresinha em Caicó/RN. Leciona Filosofia, Sociologia e Cultura Digital no Ensino Médio e Filosofia no Ensino Fundamental 2 no Centro Educacional Integrado do Seridó - CEIS. Leciona Filosofia e Sociologia no Núcleo de Isolados de Caicó - NIC. Professor celetista na Rede Estadual de Educação do Estado do RN. Possui experiência em Gestão de Pessoas e Supervisão de pessoal.

Karoline Dantas de Oliveira

Discente do curso de Direito da FCST em Caicó/RN.

Sara Raquel Garcia da Silva

Discente do curso de Direito da FCST em Caicó/RN.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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