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Esboço de um possível guia prático para argumentação a partir da dialética erística de Schopenhauer

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Agenda 18/07/2010 às 09:40

Parte IV.

Recapitulando a organização das armadilhas.

Como dissemos na Parte I ("O tema e seus limites"), a importância desse trabalho está associada à sua grande utilidade prática. Para facilitar a prática do assunto aqui desenvolvido, elaboramos um esquema gráfico que organiza as 38 armadilhas argumentativas de Schopenhauer. No esquema, explicitamos os agrupamentos que fizemos ao longo do trabalho, na tentativa de facilitar o aprendizado.

Ademais, um esquema gráfico tem, para muitos, o poder de facilitar a memorização, condição essencial à prática do conhecimento aqui difundido. Espera-se, com isso, que os interessados pelo tema exercitem essa dialética deixada por Schopenhauer, raciocinando, por conseqüência, de maneira mais concreta e segura.


Conclusão

Sob o contexto de uma sociedade individualista e competitiva, o conhecimento se tornou uma arma. Os conhecimentos relacionados à argumentação (organização de argumentos, artifícios argumentativos etc.), por conseqüência, tornaram-se armas nas mãos dos individualistas. Como se proteger dos enganadores? Como nos proteger de nós mesmos, dos nossos próprios enganos para conosco? Parece que uma das maneiras é aprendendo a enganar. Aprendendo como ludibriar, os riscos de engano diminuem porque passamos a identificá-los.

O primeiro passo é organizar os argumentos. Como atacar uma tese? Partir desse questionamento nos permite uma organização preliminar das idéias do debate. Essa organização nos oferece maior lucidez, nossa percepção se acentua e, assim, repensamos idéias, elaboramos novos argumentos ou simplesmente apresentamos os argumentos que já possuíamos de maneira mais adequada ao debate.

Organizado o pensamento, fiquemos atentos às armadilhas, aos enganos gerados pela falta de reflexão. É preciso, portanto, refletir, pensar, estudar os possíveis enganos argumentativos. Um ponto de partida possível, proposto neste estudo, são os 38 estratagemas deixamos por Schopenhauer.

Finalmente, percebe-se que a nova organização que este estudo dá à Dialética Erística de Schopenhauer não só é possível, mas, sobretudo, razoável, porque essa reestruturação dos estratagemas em grupos, determinados pela reunião de estratagemas que traziam idéias afins, o que ajuda a memorizar e praticar as idéias desenvolvidas por Schopenhauer.


Bibliografia

CALAMANDREI, Piero. Eles, os juízes, vistos por nós, os advogados. Tradução de Ary dos Santos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1997. 7ª ed.

CASTRO, Claudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2006. 2ª ed.

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COELHO, Fábio Ulhoa. Roteiro de Lógica Jurídica. São Paulo: Editora Saraiva. 2008. 6ª ed.

COPI, Irving M. Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou. 1978. 2ª ed.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. São Paulo: Perspectiva. 2008. 21ª ed.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. Novembro de 1999.

http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2007/03/petio-de-princpio-e-tautologia.html; acessado em 20 de dezembro de 2009, às 22:13.

KELLER, Vicente e BASTOS, Cleverson Leite. Aprendendo Lógica. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. 2007. 16ª ed.

LAVILLE, Christian e DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Tradução de Heloísa Monteiro e Francisco Settineri. Revisão técnica e adaptação de Lana Mara Siman. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG. 1999 (reimpressão 2008).

SCHOPENHAUER, Arthur. Dialética Erística ou Arte de Ter Razão em 38 estratagemas. Tradução e estudos introdutórios de Isabel Vaz Ponce de Leão e Wlodzimierz Jozef Szymaniak. Porto: Campo das Letras. 2001.

SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997.


Notas

  1. Nota de Olavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 103.
  2. Vicente Keller e Cleverson L. Bastos distinguem Dialética e Lógica diferenciando os termos "regra" e "lei". Utilizando suas palavras, regra seria uma indicação de como se deve proceder em determinado processo e lei seria, entretanto, uma indicação do que é e deverá ser um processo. Enquanto a Dialética se baseia num conjunto de regras, a Lógica tem por base um conjunto de leis.
  3. KELLER, Vicente e BASTOS, Cleverson Leite. Aprendendo Lógica. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. 2007. 16ª ed. p. 165.
  4. Nascido em Dantzig, a 22 de fevereiro de 1788, Arthur Schopenhauer é considerado um dos filósofos alemães de maior expressão. Crítico fervoroso da filosofia hegeliana, seu pensamento parte da alguns pressupostos da filosofia kantiana. Entre outras, Schopenhauer escreveu a grandiosa obra "O mundo como vontade e representação", publicada em 1819. Falecido em 21 de setembro de 1860, influenciou vários pensadores, como Friedrich Nietzsche, Augusto dos Anjos, Freud, Hartmann, Simmel, Thomas Mann e Bergson.
  5. V. tópico IV (A ampliação indevida) da Parte III (As 38 armadilhas) deste estudo.
  6. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. São Paulo: Perspectiva. 2008. 21ª ed. p. 10.
  7. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 95.
  8. Idem. p. 115.
  9. Idem. p. 112.
  10. Schopenhauer não propõe tal modelo de dialética porque seja um enganador, ou porque não acredite num debate sincero. Pelo contrário, condena aqueles que utilizam os artifícios dialéticos para ludibriar os adversários. O verdadeiro objetivo de sua dialética é a defesa: "A tarefa principal da dialética científica, no sentido em que a entendemos, é expor e analisar os estratagemas da deslealdade no debater, para que assim, nos debates reais, possamos reconhecê-las e aniquilá-las" (SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas. Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 117). Além de evitar aproveitadores, sua dialética parece muito útil para que possamos nos defender dos nossos próprios enganos. Afinal, parece que, conhecendo as formas de enganar o outro, aprendemos a não nos ludibriarmos.
  11. Comentário Finas de Olavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 251.
  12. CASTRO, Claudio de Moura. A prática da pesquisa.
São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2006. 2ª ed. p. 60.
  • Nosso estudo se baseia, precipuamente, em duas traduções distintas do estudo de Schopenhauer. A primeira e mais utilizada é de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Com o título "Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística)", essa primeira tradução tem introdução, notas e comentários de Olavo de Carvalho. A segunda, com o título "Dialética Erística ou Arte de Ter Razão em 38 estratagemas", tem tradução e estudos introdutórios de Isabel Vaz Ponce de Leão e Wlodzimierz Jozef Szymaniak.
  • LAVILLE, Christian e DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Tradução de Heloísa Monteiro e Francisco Settineri. Revisão técnica e adaptação de Lana Mara Siman. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG. 1999 (reimpressão 2008). p. 13.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 118.
  • ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. São Paulo: Perspectiva. 2008. 21ª ed. p. 2.
  • Idem. p. 122.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 123.
  • V. nota de rodapé de número "10", na Parte I (O tema e seus limites) deste estudo.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 123.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Dialética Erística ou Arte de Ter Razão em 38 estratagemas. Tradução e estudos introdutórios de Isabel Vaz Ponce de Leão e Wlodzimierz Jozef Szymaniak. Porto: Campo das Letras. 2001.p. 49.
  • Idem. p. 119.
  • Idem. p. 215.
  • Filme original intitulado "Monster-in-law". Elenco: Jennifer Lopez, Jane Fonda, Michael Vartan, Wanda Sykes e outros. Diretor: Robert Luketic. Origem: EUA/2005.
  • Comentário de Olavo de Carvalho: "Aristóteles usa-a para designar condução ao absurdo, num sentido próximo ao entendido por Schopenhauer". Nota de Olavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 121.
  • No nosso entender, pode-se combinar, inclusive, com mais de uma proposição. Para demonstrar, combinamos, no exemplo que segue a explicação, não apenas uma, mas duas proposições supostamente aceitas de forma pacífica no debate, retirando uma conclusão falsa (absurda) desta combinação de proposições.
  • Comentário de Olavo de Carvalho: "A tradução por instantia consagrou-se nas versões medievais, no sentido de exemplum in contrarium, ‘exemplo do contrário’." Nota de Olavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 122.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 122.
  • É o exemplo dado pelo próprio Schopenhauer ao tratar do assunto no estratagema 25. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 156.
  • V. nota de rodapé. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 122.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 100.
  • Idem. p. 116.
  • Idem. p. 100.
  • Grande parte das denominações que utilizamos, entretanto, foram atribuídas por Olavo de Carvalho e Daniela Caldas, na tradução publicada pela Editora Topbooks.
  • COPI, Irving M. Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou. 1978. 2ª ed. p. 23.
  • COELHO, Fábio Ulhoa. Roteiro de Lógica Jurídica. São Paulo: Editora Saraiva. 2008. 6ª ed. p. 5.
  • COPI, Irving M. Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou. 1978. 2ª ed. p. 23.
  • COELHO, Fábio Ulhoa. Roteiro de Lógica Jurídica. São Paulo: Editora Saraiva. 2008. 6ª ed. p. 5.
  • COPI, Irving M. Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou. 1978. 2ª ed. p. 23.
  • Trata-se de estratagema análogo ao estratagema 9 (perguntas em ordem alterada).
  • As proposições verdadeiras sempre geram conclusões verdadeiras. As proposições falsas, no entanto, podem dar origem a conclusões falsas ou, até mesmo, a conclusões verdadeiras. Olavo de Carvalho comenta este último caso: "Exemplo clássico, o silogismo: ‘todo homem é uma pedra; Sócrates é uma pedra; logo, Sócrates e homem.’". Nota de rodapé. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 122.
  • Comentário de Olavo de Carvalho: "isto não provará, rigorosamente, a veracidade da nossa tese nem a falsidade da tese do adversário, tomadas em particular: apenas mostrará a incongruência global de sua posição. Desta incongruência pode-se deduzir a improbabilidade da uma sua tese em particular, mas não a sua falsidade". Nota de rodapé. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 137.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 137.
  • http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2007/03/petio-de-princpio-e-tautologia.html; acesso em 20 de dezembro de 2009, às 22:13.
  • Em contrapartida, André Coelho explica que a falácia formal é aquela que apresenta "defeito no modo como as premissas são concatenadas para chegar à conclusão. Por exemplo: os morcegos voam; as aves voam; logo, morcegos são aves. O problema aqui é que da afirmação de que o mesmo predicado (voam) cabe a dois sujeitos distintos (morcegos, aves) não se pode concluir a identidade desses sujeitos: de dois sujeitos não se conclui um predicado" http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2007/03/petio-de-princpio-e-tautologia.html; acesso em 20 de dezembro de 2009, às 22:13.
  • http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com/2007/03/petio-de-princpio-e-tautologia.html; acesso em 20 de dezembro de 2009, às 22:13.
  • Idem.
  • Para exemplificar, utilizamos um exemplo muito parecido, mas não idêntico, ao exemplo atribuído a Descartes por André Coelho. No nosso exemplo, alteramos a primeira premissa.
  • Recapitular as colocações realizadas no estratagema 6 (Petição de princípio oculta).
  • Idem nota anterior.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 144.
  • Deduzir, ao contrário, é o ato de retirar conclusões específicas de uma afirmação genérica.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 151.
  • Idem. p. 146.
  • É o chamado método erotemático ou socrático: o método de perguntas e respostas.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 139-140.
  • Trata-se de estratagema análogo ao estratagema 4 (pré-silogismos).
  • Rever as colocações feitas no estratagema 4 (pré-silogismos).
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 145.
  • É interessante notar que, ao utilizar um exemplo dado pelo autor, elaborado há, provavelmente, mais de 150 anos, mas que se mostra perfeitamente adequado à atualidade, percebe-se a vasta aplicabilidade do estudo ao longo de gerações.
  • Rever esquema geral apresentado na Parte II desse estudo.
  • Comentário suplementar V de Olavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 226.
  • Exemplo utilizado por Olavo de Carvalho no Comentário suplementar V. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 226-227.
  • Além da instância, Schopenhauer cita brevemente dois outros recursos que, embora não sejam diretamente utilizados neste estratagema, apresentam grande utilidade nos debates per faz et per nefas (por meios lícitos ou ilícitos): o Epagode (ou inductio) e a Aπαγογη (ou abdução). Trata-se, em ambos os casos, de raciocínio probabilístico. O primeiro é "fundado na premissa de que aquilo que se dá num grande número de caso pode ser tomado como regra geral para todos os casos possíveis" (nota de rodapé 106. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas. Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 155). O segundo, por sua vez, é um silogismo no qual a premissa maior é certa e a menor é apenas provável. A conclusão tem, portanto, apenas uma probabilidade igual à da premissa menor (v. exemplo dado por Olavo de Carvalho na nota 106. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas. Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 155).
  • Rever as colocações realizadas na Parte II desse estudo.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 124.
  • Idem. p. 132-133.
  • Idem. p. 153.
  • Olavo de Carvalho comenta: "não confundir este procedimento com a reductio ad absurdum, em que não se atribui ao adversário a responsabilidade pela ampliação, mas se mostra que a generalização de sua tese leva a conseqüências absurdas..." (nota de rodapé 104. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 153).
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 154.
  • FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. Novembro de 1999.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 95.
  • Comentário sup VI de Olavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 228.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 165.
  • Idem.
  • É o exemplo dado por Olavo de Carvalho no Comentário Suplementar X: n. 123. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 234-238.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 167.
  • Idem. p. 170.
  • Idem.
  • Idem. p. 174.
  • Idem.
  • Idem. p. 157.
  • Idem. p. 240.
  • O próprio Olavo de Carvalho cita quatro "marcos" dessa manipulação psicológica: as descobertas dos reflexos condicionados (Ivan Pavlov) e da estimulação subliminar (Otto Poezl), os estudos de William Sargant e a programação neurolinguística. Para maiores detalhes, vide os Comentários Suplementares XII de Ovalavo de Carvalho. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 240-243.
  • O estratagema 38 (ofensas pessoais) tem fortes afinidades com esse grupo de estratagemas.
  • Deve-se prestar muita atenção na possível contra-argumentação do oponente. Se ele apresenta um novo argumento sofístico e não se tem idéia de mais contra-argumentos sofísticos, ataca-se a inverdade do argumento dele. Se ele retruca atacando a invalidade do seu contra-argumento sofístico anteriormente utilizado, ainda há a possibilidade de atacar o contra-argumento sofístico utilizado por ele antes do seu.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 158.
  • Nota de rodapé 109. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 158-159.
  • Nota de rodapé 99. SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (Dialética Erística). Tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. Introdução, Notas e Comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks. 1997. p. 147.
  • SCHOPENHAUER, Arthur. Dialética Erística ou Arte de Ter Razão em 38 estratagemas. Tradução e estudos introdutórios de Isabel Vaz Ponce de Leão e Wlodzimierz Jozef Szymaniak. Porto: Campo das Letras. 2001. p. 160.
  • Idem. p. 161.
  • Idem. P. 173.
  • CALAMANDREI, Piero. Eles, os juízes, vistos por nós, os advogados. Tradução de Ary dos Santos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1997. 7ª ed. p. 63-64.
  • Idem. p. 176.
  • Idem. p. 182.
  • Idem. p. 184.
  • Idem. p. 175.
  • Sobre o autor
    Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

    BARBOSA, Daniel Sartório. Esboço de um possível guia prático para argumentação a partir da dialética erística de Schopenhauer. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 15, n. 2573, 18 jul. 2010. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/17008. Acesso em: 18 mai. 2024.

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