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Por que são contestáveis as pesquisas eleitorais?

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CONCLUSÕES

As pesquisas eleitorais sempre foram tema de polêmica desde que começaram a ser realizadas pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - IBOPE em 1945. Desta época em diante, as pesquisas de intenção de voto passaram a ser comuns nas eleições brasileiras. Muitos institutos surgiram e as técnicas e métodos que são utilizados foram se aperfeiçoando. Mas, sempre que o Brasil passa por um novo processo eleitoral, as mesmas polêmicas, envolvendo as pesquisas, voltam à mídia às discussões da confiabilidade e credibilidade ou não das pesquisas.

Qual o melhor tamanho da amostra em uma população infinita - eleitorado brasileiro? A resposta mais coerente, em função da análise estatística, se a amostra for grande é dispendiosa e demandam muito tempo de estudo-pesquisa e mensuração dos dados; se a amostra for pequena é menos precisa e pouco confiável. O tamanho da amostra depende do grau de confiança desejado, da margem de erro pretendida e do desvio padrão que está correlacionado diretamente com a margem de erro.

A inferência estatística - fazer afirmações sobre características de uma população baseando-se nos resultados de uma amostra - deve considerar a variável qualitativa e quantitativa conduzida na população - eleitorado brasileiro apto a votar - para se extrair uma amostra considerável para realização da análise da estatística descritiva, em função da probabilidade de um evento - atributo ou estrato - ocorrer e que possa ou não resultar em erro.

Os parâmetros da população que devem ser adotados: a média, a variância, o desvio padrão, o erro padrão, nível de confiança, intervalo de confiança, a margem de erro, entre outros, para conduzi-los a inferência e a metodologia de amostragem com análise da estimativa, destes parâmetros em relação à amostra considerada e pesquisada. A amostra, no caso do eleitorado brasileiro de 142.822.046 deveria, no mínimo, variar de 0,01% a 0,02% da população, assim, no mínimo, deveriam pesquisar de 14.282 a 28.564 eleitores aptos a exercer o direito de voto.

A pergunta a ser feita ao eleitor tem que ser espontânea e isenta, sem direcionar ou influenciá-lo para uma resposta de tendência ao interesse margeante do instituto de pesquisa, do contratante, do pesquisador ou da opção política de um destes. Pois, qualquer trabalho estatístico desta espécie está sujeita por ser inter-relacionadas à margem de erro e ao grau de confiabilidade.

Com os resultados das pesquisas eleitorais durante o período das campanhas político-eleitorais, certos candidatos - aqueles que são divulgados à frente nas pesquisas de intenções de voto - utilizam estes dados - resultados - para tentar influenciar e se beneficiar da decisão do voto do eleitor.

Neste trabalho procuramos dar uma ideia dos problemas enfrentados pelos Institutos de Pesquisas de Opinião Pública, que pode surgir durante a realização de uma pesquisa de intenção de voto, mostrando-se os possíveis erros internos e externos que poderão acontecer em relação ao tamanho da amostra escolhida.

Os defensores da ideia de que as pesquisas sejam proibidas, argumentam que a divulgação das pesquisas tem uma forte influência nos resultados finais da eleição. Não resta dúvida que deverá existir um controle mais rigoroso por parte do órgão judiciário competente para verificar a confiabilidade dos resultados apurados nas pesquisas, antes de permitir à sua divulgação e publicação pela imprensa - mídia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PIMENTEL-GOMES, Frederico. Estatística Experimental. 15. ed. Piracicaba-SP: FEALQ, 2009.

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PINTO, Djalma. Direito Eleitoral: Anotações e temas polêmicos. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

VIEIRA, Sônia. Estatística Experimental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

VIEIRA, Sônia. Elementos da Estatística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.


ANEXOS

RESULTADOS DE PESQUISAS ELEITORAIS REGISTRAS NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – TSE E PUBLICADAS PELA MÍDIA:

ÍNDICE BAND

Observação: O Índice Band apura a média ponderada das últimas pesquisas eleitorais consideradas que são registras no TSE, posteriormente publicadas pela mídia, realizadas pelos institutos de pesquisas: CNT/MDA, DATAFOLHA, IBOPE, SENSUS, VOX POPULI.


Notas

1 Fonte: https://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2014-eleitorado.

2 Artigo-Título: Como contestar pesquisa eleitoral? Instituição de publicação: Editora Conselux - Revista Prática Jurídica nº 125 de 31/8/2012 (Painel Universitário). Endereço eletrônico: www.consulex.com.br/co/default.asp?op=cor&id=15470. Data da publicação: 31/agosto/2012. ISSN: 1677-1788. Nome do Periódico: Revista Prática Jurídica – Ano XI – nº 125, p. 49/63. Dentre outros sites, inclusive publicado nos anais da PUC-GO.

3 Artigo-Título: Erros e falhas de pesquisas eleitorais e suas influências na decisão do voto do eleitor. Instituição de publicação: https://www.webartigos.com/artigos/erros-e-falhas-de-pesquisas-eleitorais-e-suas-influencias-na-decisao-do-voto-do-eleitor/111403/. Dentre outros sites, inclusive publicado nos anais da PUC-GO.


Abstract: In an election poll on voting intentions, the population being researched, are all voters above 16 years eligible to vote in the election of 2014 Because of the problems of high cost, it becomes impractical and unfeasible to conduct research intention to vote for president with all the people that make up the Brazilian electorate. Therefore , electoral research has to be conducted with a sample - small part of the population, but with a considerable sample containing similar characteristics that tend to the same political preference, for this trend - behavior of the electorate - to reproduce for Brazilian electoral population, but those characteristics and behaviors, most are related, by presenting themselves as generically "photograph of the moment". Depending on the political scene, the intensification of the campaign, the ideological position of a particular controversial topic or the "war" of people and political offenses, may suddenly occur to the mutability of voter behavior - change of policy preference. For these circumstances, because the polls are questionable?

Key words: Polls, errors or failures , influence the decision of voting intention .

Sobre os autores
Mário Ferreira Neto

Mestrando em Matemática Financeira - Tecnologia da Informação e Gestão Financeira pela Faculdade da Rede Internacional de Ensino Livre; - Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras - UFLA - Minas Gerais: Data da Conclusão: 5.7.2002; – Especialista em Orientação Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO - Rio de Janeiro: Data de Conclusão: 2012, Título da monografia: “Avaliação Docente do Curso de Matemática do Campus Universitário de Miracema do Tocantins - UNITINS: perspectiva de melhoria da qualidade de ensino e do crescimento profissional”; – Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins: Data de Colação de Grau: 5.2.1999; – Acadêmico de Pós-graduação do Curso de MBA em Perícia Judicial e Auditoria pelo IPECON convênio PUC/GO; – Acadêmico de Pós-graduação do Curso de Gestão do Judiciário pela Faculdade Educacional da Lapa - FAEL em convênio com Escola Judiciária da Magistratura Estado do Tocantins – ESMAT; Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade de Palmas – FAPAL; – Contador Judicial do Poder Judiciário do Estado do Tocantins: Matrícula 70.953/7-1: Desde 8.8.1992, aposentado por invalidez, desde 31/7/2011 (portador de câncer) – Professor de Matemática de Nível Superior da Rede Pública Estado do Tocantins: Matrícula 251194 de 1.5.1991 e Matrícula 8545651 de 3.8.2003, aposentado por invalidez, desde 31/7/2011 (portador de câncer) – Professor de Matemática Financeira da Faculdade ITOP – Instituto Tocantinense de Educação Superior e Pesquisa LTDA., de Palmas-TO.

Yasmim Correia Ribeiro Ferreira

Acadêmica do Curso de Direito da Fundação Universidade do Tocantins. Servidora Pública Estadual efetiva da Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Tocantins.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

FERREIRA NETO, Mário; FERREIRA, Yasmim Correia Ribeiro. Por que são contestáveis as pesquisas eleitorais?. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 19, n. 4109, 1 out. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/32472. Acesso em: 25 nov. 2024.

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