Como sabemos, no Brasil vivemos em um modelo de Democracia Representativa, no qual a sociedade delega a um representante o direito de representá-los e de tomar as decisões que melhor favoreçam os interesses da população. Entretanto, o que vemos na prática é uma grande incoerência dos Partidos Políticos, que vivem entre “Amores e Rancores”, de acordo com interesses que melhor lhes convém.
Basta se aproximar do período eleitoral para que vários partidos políticos comecem a barganhar apoios políticos em troca de favores pessoais, por exemplo, a indicação de nomes de aliados e de parentes para ocupar cargos em um determinado governo.
Partidos Políticos, que ora travam grandes batalhas com direito a sérias acusações de corrupção, revides, réplicas e tréplicas. E quem até pouco tempo “metralhava” uma determinada gestão, acaba esquecendo as diferenças para formar um palanque que tem o poder de unir “inimigos históricos”, em prol de uma candidatura que visa apenas interesses pessoais.
Partidos Políticos que demonizam, atacam e desqualificam práticas de outros partidos, mais tarde, “afagam” com gestos amistosos e até carinhosos, visando à construção de uma aliança política fadada ao fracasso, haja vista que tais alianças políticas não são construídas sobre uma base sólida que vise o bem estar da população, mas sim sobre a base da ganância, do poder pelo poder, e é exatamente por isso que tais alianças políticas acabam por desmoronar como um “castelo de areia”, enquanto isso, nós cidadãos ficamos presos a um "navio dos sonhos" prestes a afundar.
Nesse sentido, fica quase impossível o cidadão acreditar na classe política diante de tanta falta de coerência e, acima de tudo, falta de respeito com o eleitor. A prova disso está em uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, divulgada em junho de 2015, em que revela o grau de confiança na classe política brasileira. Sendo assim temos: A proporção de pessoas pesquisadas que afirmaram confiar nos partidos políticos caiu de 7% (2014) para 5% (2015); no governo federal, de 29% para 19%; no Congresso Nacional, o índice permaneceu em 15%.
Diante dos números acimas citados, o que poderíamos esperar com tanto desrespeito e incoerência propagada pela classe política contra o cidadão?
Partidos Políticos que não movem uma palha sequer para ajudar a construir um Brasil melhor e mais seguro. Partidos Políticos que negociam cargos, que ostentam um gordo salário e ainda estão pouco se lixando para a opinião pública.
Para finalizar, deixo no ar uma reflexão:
Partidos Políticos, que vivem entre "Amores e Rancores", visando apenas interesses pessoais, merecem a confiança do eleitor?
Referências
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que revela o grau de confiança do cidadão em partidos políticos – disponível no sítio eletrônico:http://www.ebc.com.br/noticias/2015/06/pesquisa-cai-confianca-no-judiciario-no-governoenos-partidos-políticos - Acessado em 29 de Junho de 2015.