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Mahabharata, o filme

Agenda 17/02/2016 às 09:26

O PSDB está encenando no Brasil uma tragédia que remonta aos tempos míticos da Índia registrados num poema épico ignorado pela maioria dos brasileiros.

Este longo filme dirigido por Peter Book de 1989 é uma adaptação do poema épico indiano que conta a origem da raça humana. A trama narra essencialmente o nascimento dos filhos de Pandu e de Dhritarashtra, cujos filhos irão travar uma guerra que decidirá os destinos do mundo e da humanidade.

Nesta guerra entre primos, o deus Krishna intervirá em favor dos Pandavas (filhos de Pandu) e possibilitará à Arjuna derrotar Karna. Primeiro filho de Kunti que luta ao lado dos filhos Dhritarashtra, Karna foi rejeitado pela mãe. Ele é irmão de Arjuna e de Yudhishthira e luta ao lado dos inimigos dos filhos de sua mãe.

O filme pode ser encontrado facilmente na internet: 

https://www.youtube.com/watch?v=EENh1hxkD6E

https://www.youtube.com/watch?v=dVgBkfNu7k0

Nós, brasileiros, costumamos dar pouca importância ao Mahabharata. Contudo, o épico indiano pode nos ajudar a compreender a luta fratricida que está prestes a irromper no país por causa da incapacidade do PSDB de aceitar a derrota eleitoral.

A causa primeira da guerra entre Yudhishthira (líder dos Pandavas) e os Kauravas (liderados por Duryodhana) é a forma distinta como Dhritarashtra trata seus filhos (os Kauravas) e os filhos de seu irmão Pandu, que havia renunciado ao seu direito de governar.  Dhritarashtra atribui aos Kauravas o direito de governar a melhor parte do reino e atribui aos Pandavas um território inóspito cheio de pântanos e florestas.

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O reino dos Pandavas, contudo, prospera e desperta a inveja dos Kauravas. A fim de reconquistar aquele território Duryodhana convida Yudhishthira para um jogo de dados. A guerra entre os primos começa justamente por causa do resultado deste jogo de dados. Yudhishthira perde riquezas, escravos e súditos, mas continua apostando. Então ele perde seu reino, sua liberdade, os irmãos e a esposa. 

Dhritarashtra concede liberdade aos Pandavas.  Numa última rodada de dados, contudo, Yudhishthira perde e é exilado junto com seus irmãos. Os combates começam quando ele retorna do exílio.

PSDB e PT disputam eleições de forma acirrada. Quando os tucanos ganham eleições, o PT aceita a derrota. Onde o PSDB é derrotado, os tucanos não aceita a derrota para os petistas. Portanto, como os Kauravas, os tucanos são movidos pela inveja e pelo desejo de chegar ao poder de qualquer forma.

O respeito seletivo às regras eleitorais sugere que os tucanos-Kauravas acreditam ser “naturalmente superiores” aos seus adversários petistas-Pandavas. A guerra fratricida entre os dois grupos é tão inevitável nos próximos anos quanto foi nos primórdios da raça humana tal como registrado no Mahabharata. Seu resultado, contudo, é incerto.

A única coisa certa é o sofrimento de petistas, tucanos e dos inocentes que serão colhidos pela guerra. No Mahabharata os Pandavas ganham a guerra com a ajuda de Krishna. Contudo, eles perdem seus filhos e são obrigados a matar seu irmão Karna e seus primos (os Kauravas liderados por Duryodhana). Vitória e derrota sempre são igualmente trágicas. Esta é uma lição que os brasileiros precisam aprender antes que o pior se abata sobre nosso país. Por isto me ocorreu sugerir este filme aos internautas. 

Sobre o autor
Fábio de Oliveira Ribeiro

Advogado em Osasco (SP)

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Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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Fui obrigado a fazer algumas correções de ortografia.

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