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Guerra naval e guerra aérea

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Agenda 10/11/2017 às 10:00

IV - NOVAS TECNOLOGIAS DE GUERRA 

No mundo moderno temos os sea hunters 

Sea Hunter é um veículo de superfície autônomo não tripulado (USV) lançado em 2016 como parte do programa DARPA Anti-Submarine Warfare Continuous Trail Unmanned Vessel (ACTUV ).

Trata-se de um navio de guerra experimental auto-dirigido, projetado para caçar submarinos inimigos, um grande avanço na guerra robótica no centro da estratégia da América para combater os investimentos navais chineses e russos.

Os norte-americanos ainda desenvolveram aviões de guerra não tripulados. São conhecidos os chamados drones. 

Os drones foram idealizados para fins militares tendo sido inspirados nas bombas voadoras alemãs, do tipo V-1, e nos inofensivos aeromodelos rádio-controlados.

Estima-se que de 2008 a 2012, os Estados Unidos tenham realizado 145 ataques na Líbia, 48 no Iraque e mais de 1000 no Afeganistão utilizando drones. Os militares britânicos a partir de julho de 2013 lançaram ao Afeganistão 299 drones em suas ofensivas.

A guerra naval adquire caráter complexo e preocupante, por exemplo, com o risco concreto da Coreia do Norte poder hackear GPS. 

A matéria foi abordada por Igor Gielow em matéria publicada na Folha de São Paulo, em seu site, no dia 2 de setembro de 2017: 

"A possibilidade de a Coreia do Norte ter interferido em sistemas de navegação e levado às colisões que tiraram do teatro de operações da região dois destróieres norte-americanos joga luz à vulnerabilidade do GPS.

Sigla inglesa para Sistema de Posicionamento Global, o GPS está em tudo, do celular à guiagem de navios de guerra. O nome se refere ao sistema criado pelos EUA em 1978, com 31 satélites, mas há similares geridos por vários países, como Rússia (Glonass, 24 satélites), Galileo (União Europeia, 15 satélites) e China (BeiDou, 21 satélites).

Essa universalidade não veio com medidas de segurança correspondentes. É relativamente fácil para um hacker atacar um GPS guiando navios de guerra ou as embarcações comerciais que acabaram batendo neles.

Isso ocorre de duas formas. O bloqueio ou interferência do sinal corta a comunicação, mas é facilmente detectável pela vítima. Já o chamado "spoofing", ou mascaramento, mimetiza a frequência captada pelo receptor. Em outras palavras, o alvo acredita estar seguindo coordenadas certas, mas está sendo levado para outro ponto."

A preocupação que se reflete num eventual confronto que envolveria Coreia do Norte e Coreia do Sul, mas repercute nos interesses chineses na região(A China é o aliado da Coreia do Norte, comunista), americanos e ainda do Japão, por sua proximidade estratégica, a ponto de poder ser alcançada com misseis ali lançados, é a utilização de armas nucleares, que são limitadas desde a segunda guerra mundial, a bem da sobrevivência da humanidade. 


V - A GUERRA NUCLEAR 

A elite nuclear tem tanto a bomba-A (bomba atômica) como a bomba-H (bomba de hidrogênio); os "clubes" de menos destaque têm só a bomba-A.

Os dois tipos de bomba são chamadas de nucleares porque são baseadas em propriedades físicas do núcleo dos átomos, a fissão e a fusão.

Na fissão, átomos de elementos pesados (isto é, compostos de muitos átomos), como o urânio ou o plutônio, se partem, e com isso produzem muita energia. Já na fusão, acontece o contrário: átomos de um elemento leve, o hidrogênio, se fundem para criar um outro elemento, o hélio, produzindo ainda mais energia.

Em termos militares, a bomba-A (de fissão) tem um limite na sua capacidade explosiva; já o céu é o limite para o poder destrutivo da bomba-H. A fusão nuclear, afinal, é a energia que alimenta as estrelas, como o Sol.

Para se ter uma ideia da diferença, no caso das maiores bombas nucleares, a "espoleta" para sua detonação é uma bomba atômica. A explosão atômica cria a altíssima temperatura necessária para que os átomos de hidrogênio se fundam, por isso a bomba é conhecida também como "termonuclear".

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Produzir uma bomba tão sofisticada poderia ser algo que a Coreia do Norte não seria capaz, já que se trata de um país subdesenvolvido, que mal consegue alimentar sua população. Mas a ênfase no armamentismo —além das bombas, os seus "vetores", isto é, mísseis balísticos— é uma constante naquele que é provavelmente o país mais autoritário e totalitário do planeta. Logo, a dúvida persiste. 

Estados Unidos e Russia assinaram tratados de redução de armas. 

O Tratado sobre Reduções de Ofensiva Estratégica (SORT sigla para Treaty on Strategic Offensive Reductions em inglês), mais conhecido como o Tratado de Moscou,   foi assinado em 2002 entre a Rússia e os Estados Unidos visando à limitação de seus arsenais nucleares para um máximo de 2200 ogivas operacionais para cada país. O tratado foi assinado em Moscou, no dia 24 de Maio de 2002. Este é o mais recente de uma longa série de tratados e negociações para um desarmamento nuclear mútuo entre a Rússia (e seu predecessor, a União Soviética) e os Estados Unidos. Entre os acordo firmados, incluem-se o SALT I (1969-1972), Tratado ABM (1972), SALT II (1972-1979), Tratado INF (1987), START I (1991) e START II (1993).

O tratado de Moscou diverge do START em dois pontos: primeiro, ele limita as ogivas atualmente em operação, enquanto o START I limita-as apenas através de seus meios de entrega (ICBMs, SLBMs, e Bombardeiros Pesados). Em segundo lugar, a administração de Bush e Putin escreveram o tratado num panorama de grande confiança, fato que os escritores do START I não possuíam. Como resultado, o Tratado de Moscou não possui verificações e inspeções tão arraigadas quanto as do START I.

Sobre o autor
Rogério Tadeu Romano

Procurador Regional da República aposentado. Professor de Processo Penal e Direito Penal. Advogado.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

ROMANO, Rogério Tadeu. Guerra naval e guerra aérea . Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22, n. 5245, 10 nov. 2017. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/60226. Acesso em: 24 nov. 2024.

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