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A BUSCA INSANA PELA PERFEIÇÃO INALCANÇÁVEL DO MERCADO BRASILEIRO

Agenda 31/10/2017 às 20:40

O artigo aborda a questão da alta demanda de consumo no ramo de prestações de serviços da beleza.

A BUSCA INSANA PELA PERFEIÇÃO INALCANÇÁVEL DO MERCADO BRASILEIRO

Aline Cristine Vaz Sarda¹
Ariani de Castro Bernardi²

Professor Orientador: Marcos Teixeira

RESUMO

O ramo da beleza está extremamente em alta, isto se deve à busca contínua por um corpo perfeito. A admiração por indivíduos que são considerados celebridades nas redes sociais e programas televisivos move uma fatia significativa da economia nacional. De acordo com a Revista Exame, o Brasil é o terceiro maior consumidor de produtos e serviços que são relacionados à beleza. Esta busca insana e persistente pelo corpo perfeito, proporcionou em um momento de crise, uma forma rentável de fazer negócio. Este artigo foi embasado em pesquisas exploratórias através de artigos científicos, sites da internet e estudos no ramo da beleza.Tem por objetivo explorar a importância do ramo da beleza e a busca contínua pela perfeição do mercado brasileiro. Os objetivos específicos são: identificar os parâmetros da beleza para os brasileiros, suas vertentes, os pontos positivos e negativos e entender qual a importância para o cenário econômico atual. Este tema é de suma relevância a estudantes e profissionais da área de Administração, por se tratar de um setor em crescimento contínuo e com forte impacto na economia nacional. Este artigo foi desenvolvido com o propósito de entender o crescente negócio no ramo da beleza, bem como aprofundar o conhecimento, já que o assunto é de suma relevância para compreensão de aspectos sociais e culturais.

PALAVRAS-CHAVE: Serviços; Beleza; Consumismo; Inovação; Economia.

ABSTRACT

The branch of beauty is extremely high, this is due to, continuous search for a perfect body. The admiration for individuals who are considered celebrities in social networks and television programs, moves a significant slice of the national economy. According to Exame Magazine, Brazil is the third largest consumer of products and services that are related to beauty. It is insane and persistent pursuit by the perfect body, provided in a time of crisis, a profitable way of doing business. This article was based on research in scientific articles, internet sites and studies in the field of beauty. Its purpose is to explore the importance of the beauty industry and the continuous search for the perfection of the Brazilian market. The specific objectives are: to identify the parameters of beauty for Brazilians, their aspects, the positives and negatives, and to understand the importance of the current economic scenario. This subject is of great relevance to students and professionals in the Administration area, because it is a sector in continuous growth and with a strong impact on the national economy. This article was developed with the purpose of understanding the growing business in the beauty sector, as well as deepening the knowledge, since the subject is of great relevance for understanding social and cultural aspects.

KEYWORDS: Services; Beauty; Consumerism; Innovation; Economy.

INTRODUÇÃO

De acordo com o Dicionário Aurélio, beleza é: perfeição agradável à vista, e que cativa o espírito. Característica, particularidade, caráter ou atributo do que é belo; expressão própria de belo; boniteza, encanto ou lindeza. Particularidade do que contém equilíbrio, simetria, grandiosidade, harmonia etc.: a beleza de uma obra artística; a beleza de uma música; a beleza de um sorriso.

A beleza interna e externa é algo que ultimamente está sendo supervalorizado pela população. Hoje em dia, as celebridades são vistas como padrões de beleza a serem seguidos, sem levar em consideração aspectos intangíveis      como o modo de pensar, agir, etc. Na verdade, para está parcela do mercado, não às importa tanto sua conduta, mas sim o número de seguidores destas celebridades nas redes sociais e o quanto isto é bom aos olhos dos outros.

A competitividade neste ramo de negócio ganhou grande proporção por ser algo que dificilmente a população vai ficar sem. Os administradores de salões de beleza se preocupam não apenas em gerenciar seus empreendimentos, mas também em agregar em seus serviços elementos de diferenciação como a qualidade, a agilidade e, a customização, o que denota a importância de concentrar seus esforços na satisfação dos clientes (YIM et al., 2007; RIBEIRO et al., 2011).

Em alguns casos, pode-se dizer que, a mídia e as redes sociais manipulam os telespectadores e usuários de uma forma extremamente “agressiva”, para obtenção de verdadeiros consumistas capitalistas, os moldando da maneira como querem e, inconscientemente, a população não é capaz de observar está situação, pois a grande maioria em sua volta já aderiu às ideais.

Portanto, este artigo tem como objetivo principal confrontar a prestação de serviços no ramo da beleza e analisar como o capitalismo permeia este nicho de mercado.

METODOLOGIA

Este artigo foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica para fundamentação teórica da pesquisa, terá embasamento em análise qualitativa, de estudos já elaborados e disponíveis para consulta.

Além disso, terão importância fundamental artigos desenvolvidos neste meio que abordam a prestação de serviços no ramo da beleza.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

Com lugar cada vez mais cativo na vida de homens e mulheres, o setor da beleza está em franco desenvolvimento, uma vez que estar com boa aparência é o desejo de parte significativa da população (VEIGA, 2006). De acordo com o abordado pelo autor, nota-se que, a busca contínua por padrões de belezas impostos pela sociedade, tornou-se algo extremamente compulsivo.

Para Fernandes (2006), a insatisfação e a busca pelo corpo ideal faz parte da história da humanidade. O mesmo autor ainda afirma que, a busca pela perfeição e a vaidade sem limites, faz com que as pessoas não se importem com tratamentos estéticos invasivos e que causem dor.

Segundo Queiroz (2000), o corpo humano é um processo de humanização que remete a modificações promovidas por aspectos culturais. A este processo pode-se destacar as cirurgias e tratamentos estéticos. Sendo assim, a insatisfação com a própria aparência remete a processos cirúrgicos agressivos, mas que de alguma forma, trará uma saciedade ao paciente.

Atualmente o Brasil está posicionado em 3º lugar no ranking da beleza, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Japão, o que o torna também um país referência. Entre empregos diretos e indiretos, estima-se que o setor gere no país mais de 3,6 milhões de postos de trabalho (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE ARTIGOS DE HIGIENE PESSOAL E BELEZA, 2005-2010).Os autores Conti, Bertolin e Peres (2010) afirmam que: a mídia é sinônimo de meios de comunicação social, pois retrata a respeito dos meios responsáveis pela transmissão das informações, como rádio, jornais, revistas, televisão, vídeo, entre outros. Configura-se, na contemporaneidade, como uma das instituições responsáveis pela educação no mundo atual, trazendo tanto benefícios como malefícios, contrapondo pela transmissão de valores e padrões de conduta e socializando muitas famílias.

Para Raymond Boudon e Baechler (1995), status social diz respeito à honra social ou ao prestígio que o indivíduo ocupa na sociedade, uma vez que está fundado em juízos de valor e avaliações feitas pelos membros da comunidade. De acordo com a informação do autor, o foco da sociedade é estar belo perante os olhos dos demais, não levando em consideração sua própria opinião a respeito do que realmente é beleza, pois já está com um pensamento totalmente modificado pelo o que a sociedade impõe que é belo.

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Para Barbosa (2004) o consumo tem se tornado uma posição que vai além da satisfação de necessidades básicas, pois está presente em toda sociedade como um fator imprescindível para sua representação social, com isso a sociedade contemporânea evolucionou, para uma forma de consumo desnecessário, indo além das necessidades básicas de qualquer sociedade, ocasionando, assim, uma cultura de consumo.

Usar a expressão cultura de consumo significa enfatizar que o mundo das mercadorias e seus princípios de estruturação são centrais para a compreensão da sociedade contemporânea. Isso envolve um foco duplo: em primeiro lugar, na dimensão cultural da economia, a simbolização e o uso de bens materiais como “comunicadores”, não apenas como utilidades; em segundo lugar, economia dos bens culturais, os princípios de mercado – oferta, demanda, acumulação de capital, competição e monopolização – que operam dentro da esfera dos estilos de vida, bens culturais e mercadorias (FEATHERSTONE, 1995, p. 127).

Fontanella (2005) diz que na cultura de consumo o corpo serve como elemento para exclusão, pois os indivíduos que não estão de acordo com os estereótipos são colocados em situações de constrangimentos, principalmente por meio da mídia.Serra e Santos (2003) ressaltam que no mundo globalizado em que vivemos, a mídia é fundamental para o papel de estrutura e construção dos transtornos alimentares e cirurgias plásticas.

Adorno e Horkheimer (1985) afirmam que os meios de comunicação de massa impõem padronização, e uma das táticas utilizadas para que as pessoas sigam os modelos é utilizar estereótipos. Afirma, Castro (2001) que, os meios de comunicação são importantes difusores de um ideal de beleza a ser alcançado, na medida em que garante que a temática esteja sempre presente, levando ao receptor as últimas novidades sobre o assunto, ditando e incorporando tendências, e as revistas femininas são um dos meios.

Conforme Moraes (2006), as revistas femininas ensinam qual o corpo que as mulheres devem ter e desejar, além de ensinar a atingir o ideal e como utilizá-lo. Dessa forma, percebe-se que os modelos de beleza que a sociedade tem atualmente são os estipulados pela mídia, que é um corpo magro e bem torneado, além dos seios e do bumbum volumosos para as mulheres e um corpo musculoso para os homens.O corpo belo é um padrão estabelecido socialmente, pautados em comportamentos distintos, classificados como apropriados ou ideais. As mensagens conduzidas pela mídia entram no dia a dia das pessoas, determinando os padrões de aparência física ideal (CAMPANA, FERREIRA E TAVARES, 2012).

“O corpo é a mais irrecusável objetivação do gosto de classe, que manifesta de diversas maneiras. Em primeiro lugar, no que tem de mais natural em aparência, isto é, nas dimensões (volume, estatura, peso) e nas formas (redondas ou quadradas, rígidas e flexíveis, retas ou curvas, etc...) de sua conformação visível, mas que expressa de mil maneiras toda uma relação com o corpo, isto é, toda uma maneira de tratar o corpo, de cuidá-lo, de nutri-lo, de mantê-lo, que é reveladora das disposições mais profundas do habitus”. (Bourdieu, 1988)

De acordo com Andrade e Bosi (2003), residimos em um tempo de modificação em nossa sociedade, gerado pelo processo de globalização da economia, o qual gera uma forte influência mútua entre os países, especialmente nas áreas tecnológica, científica e crenças, contraindo novos valores importados de países economicamente dominantes, já que a maioria dos produtos e serviços apreciados pela nossa sociedade vem de fora. Portanto, tais valores, têm grande influência na nossa sociedade, corrompendo subjetividades e criando incertezas e diversidades.

ANÁLISES E DISCUSSÕES

A busca pela aparência perfeita faz com que principalmente as mulheres, em sua grande massa, procurem refúgio em academias, centro de cirurgias plásticas e estabelecimentos especializados em estética, como forma de preencher um espaço “vazio” dentro de si, buscando um alto grau de satisfação e bem estar. Além destes, a indústria farmacêutica beneficia-se muito desta instabilidade humana para invenção e fabricação de novos produtos para emagrecimento, redução de medidas, redução de rugas e linhas de expressão, cuidados com cabelo, com as mãos e pés, depilação, massagem estética e emagrecimento, etc.

Segundo Denise da Costa Oliveira e Aline Almeida de Faria (2007), são as representações midiáticas que têm o mais profundo efeito sobre as experiências do corpo, reforçam a “autoestima”, mostram o poder que a exaltação e exibição dele assumem no mundo contemporâneo.

A sociedade exerce forte pressão sobre qual deve ser a estrutura corporal de indivíduos de ambos os sexos. Enquanto para mulheres o corpo magro é estimado ideal e representa sua aceitação na sociedade, para homens este padrão obedece a músculos cada vez mais desenvolvidos, muitas vezes alcançados somente com o uso de substâncias como os esteroides anabolizantes (DAMASCENO, et. al. 2005).

A influência dos fatores socioculturais na etiopatologia dos transtornos alimentares faz com que nossa sociedade cultive a magreza, pessoas musculosas, associando, a esse ideal estético, valores como felicidade e beleza, como resultado do consumo. Ou seja, nesse mundo que vivemos ser esguio é ser belo, e para chegarmos a tal padrão de perfeição, necessitamos comprar numerosos cosméticos, fazer muitas dietas, apelar a cirurgias plásticas, entre outros. (ANDRADE E BOSI, 2003). É inevitável que a presença constante desses ideias de beleza denotem uma questão muito clara perante a sociedade, a busca contínua pelo padrão ideal, que será bem visto perante aos demais.

Os consumistas de beleza, deixarão de perceber seu verdadeiro estereótipo, buscando algo que não é natural, muito difícil de ser alcançado. Com esse padrão de beleza contemporâneo da mulher magérrima, com medidas cada vez menores, a mulher passou a acreditar que pode obter qualquer arquétipo estético almejado, desconsiderando fatores genéticos e biológicos, existindo assim uma busca incansável pela representação perfeita. (ANDRADE E BOSI, 2003)

Corresponde ao comportamento do prisioneiro que ama sua cela porque não lhe é permitido amar outra coisa. A renúncia à individualidade que se amolda à regularidade rotineira daquilo que tem sucesso, bem como o fazer o que todos fazem seguem se do fato básico de que a produção padronizada dos bens de consumo oferece praticamente os mesmos produtos a todo cidadão. Por outra parte, a necessidade imposta pelas leis do mercado de ocultar tal equação conduz à manipulação do gosto e à aparência individual da cultura oficial, a qual forçosamente aumenta na proporção em que se agiganta o processo de liquidação do indivíduo [...] A igualdade dos produtos oferecidos, que todos devem aceitar, mascara-se no rigor de um estilo que se proclama universalmente obrigatório; a ficção da relação de oferta e procura perpetua-se nas nuanças pseudoindividuais (ADORNO, 1999).

Segundo Simas e Guimarães (2002), nos dias atuais percebe-se que as mulheres e homens estão insatisfeitos com seus corpos mesmo quando estão com o peso abaixo do normal ou corpos esculpidos pela academia. Os autores Morgan, Vecchiatti e Negrão (2004) relatam que o corpo magro vem sendo sinônimo de beleza, poder e sensualidade e dessa forma leva cada vez mais adolescentes e jovens adultos a grandes regimes, onde o principal foco é estar bonito e ser aceito pela sociedade. Essa busca cada vez maior por corrigir más deformações pelo público feminino e masculino, habitualmente ocorre por estarem descontentes com sua feição estética e seu peso, tendo como decorrência desse desgosto, a baixa autoestima, levando-as à busca por procedimentos cirúrgicos. Cordás (2005) relaciona esses fatores com hábitos e transtornos alimentares, devido à grande busca por cirurgias plásticas.

Essa busca desenfreada pela aparência perfeita domina as emoções, a pessoa perde completamente a sensatez e vive em função de estar sempre em melhoria, e em algumas situações, é uma percepção equivocada e errônea, pode até ser considerada doença.

Ciampa (1987) aborda claramente a questão de se referenciar por uma identidade impessoal, transformando-se em algo que não necessariamente lhe agrada, mas que interfere a “imagem” perante aos demais.

Adotar uma concepção processual dialética da construção da identidade implica não assumirmos o desenvolvimento da identidade ao desvelamento de uma essência e sim incluir a determinação da percepção do outro sobre nós, na própria constituição de nossa identidade. Dessa forma, “interiorizamos aquilo que os outros nos atribuem de tal forma que se torna algo nosso” (Ciampa, 1987, p. 131).

Em certos casos, esta busca insana pela aparência perfeita, acarreta em uma série de transtornos e, em certos casos, até mesmo doenças. Para Moreno (2008), essa busca pela estética perfeita tem graves implicações, pois todo esse desejo de se tornar belo, vem aliado à angústia, baixa autoestima, podendo até originar um quadro de bulimia e anorexia. Na Inglaterra o governo interferiu nas bonecas Barbie, que é um modelo de beleza cobiçado pelas mulheres, e que ocasionou impacto na rede de saúde pública do país, pois foi responsabilizada por gerar problemas de anorexia e bulimia. De fato, é importante uma boa aparência, mas gastar mais do que pode e deve em busca de perfeição que não vai chegar, sofrer transtornos obsessivos por algo que é considerado “bonito” e não ter controle sobre si mesmo, tornou-se um caos.

Como afirmam Sarbin e Scheibe (1983), “As pessoas podem não ser capazes de pensar bem de si mesmas a não ser que saibam que elas são aceitas por seus observadores”. Isso confirma que, a opinião dos que estão em volta, importa mais do que a própria crença do que belo e digno de ser considerado atraente.

Há mudanças corporais que são consideradas drásticas, e deve partir do médico especialista impor um limite de até onde é possível chegar sem colocar em risco a saúde do paciente. Entretanto, consumistas compulsivos por beleza geralmente não irão aceitar a opinião do médico, e logo procurarão outros para que consigam resolver a imperfeição notada.

O ramo da beleza movimenta significativamente a economia nacional, já que os brasileiros se importam significativamente com a aparência. De acordo com pesquisas, 66% dos brasileiros afirmam que "gasto com beleza é necessidade, e não luxo". Destes, 49% informam que este gasto proporciona uma sensação de felicidade e satisfação, sendo algo imprescindível.

Estima-se de acordo com Campana, Ferreira e Tavares (2012) que, em 2009, tenham sido realizados 8.536.379 processos estéticos cirúrgicos no planeta, sendo 1.054.430 deles no Brasil, um estimável aumento comparativamente aos 363.609 processos cirúrgicos de 2004, calculados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Logicamente que, este excesso de procura pela beleza inalcançável tem muitos pontos negativos, porém, é de suma importância nacional, pois movimenta significativamente a economia brasileira. Esta movimentação financeira faz com que, novos empregos sejam gerados, novas indústrias surjam e também, novas tecnologias, visando atender e satisfazer esta demanda.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Atualmente, o cenário brasileiro é de constante busca pela aparência perfeita, parecem acreditar que a velhice não chegará nunca, e que, se “cuidar” em excesso do corpo, precaverá deste fato biológico tão temido entre os seres humanos.

            O fato é que, com o passar do tempo, a beleza também passa, e não tem como ser jovem para sempre, mesmo frequentando centros estéticos do mais alto padrão, e muito menos utilizando cremes milagrosos. Tratamentos podem até retardar, mas certamente, as imperfeições irão aparecer com o passar dos anos.

            É óbvio que, praticamente em sua totalidade, a população não está preparada para envelhecer, dando muita importância à boa aparência e deixando de lado a beleza intangível, quase imperceptível, a beleza interior. Estão tão preocupados em manterem-se belos para a sociedade, que esquecem de cuidar de si mesmo. A grande preocupação é frequentar academias, salões de beleza, centros estéticos, mas e quando irão parar e cuidar da mente?

            A mídia influencia consideravelmente a população, impondo padrões de belezas, e tornando-os máquinas capitalistas. Os consumidores não conseguem perceber essa distorção que a mídia faz entre o belo e o feio, e acreditam que só serão aceitos pela sociedade a partir do momento que estiverem compatíveis com esses padrões.

            O problema é que muitos esquecem que sua forma biológica não se assemelha a artistas ou modelos, e por conta disso, começam a se submeter a processos cirúrgicos agressivos e invasivos, e muitos, podem ser até mesmo considerados danosos a saúde. Mas, para essas pessoas, isso não importa. O que importa é estar com as medidas que acredita ser ideal.

            Este artigo abordou vastamente como a mídia influencia o que é beleza na contemporaneidade, e como a mesma influencia teus seguidores ou telespectadores. A grande pergunta que imergiu a elaboração deste é: realmente vale a pena se submeter a processos invasivos para atingir um padrão ideal praticamente inalcançável?

           

REFERÊNCIAS

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