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A Indústria 4.0

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Agenda 18/11/2020 às 17:30

12. A Indústria 4.0 e o Futuro.

Diga-se que no futuro breve, se conectar com dispositivos tecnológicos será fundamental para, simplesmente, estar no mercado, estar no Mundo Digital. O perfil do profissional para trabalhar com todos os equipamentos e máquinas dessa nova indústria, deve ser diferente. Ele precisará atuar como um articulador e capaz de pensar sobre os dados fornecidos, do que simplesmente apertar botões. Estar atento às tendências trazidas pela Indústria 4.0, não é essencial somente para gestores, mas, também para todos os profissionais da indústria, do comércio, dos serviços, serviços públicos, da biologia, da agricultura, etc, que devem estar qualificados e capacitados para tal intento.

Os clássicos modelos de produção, como o Fordismo, o Taylorismo, o Toyotismo e Volvismo, talvez, não mais atendam às necessidades de produção, na medida em que a Indústria 4.0, deverá mudar completamente a relação das pessoas com a realidade atual com a realidade virtual, e o consumo de bens e serviços. Muitos fenômenos ainda não podem ser previstos, mas, outros, já estão ocorrendo nos Laboratórios, nos Institutos e nas Universidades, e já estão migrando para a atividade econômica. A atividade econômica pressupõe a existência do setor primário, setor secundário e setor terciário.

O Setor primário abrange todas as atividades produtivas envolvidas com a agricultura, a pecuária e o extrativismo (mineral, animal e vegetal), que estão relacionados com a exploração dos recursos naturais e à produção de matéria-prima, que será absorvida por outro setor da economia (o secundário).

O Setor secundário integra atividades voltadas para a indústria, produção de bens de consumo, construção civil e geração de energia. A indústria, é responsável pela transformação dos recursos naturais e da matéria-prima (proveniente do setor primário) em bens de consumo e produtos industrializados, que serão comercializados em outro setor da economia (terciário).

O Setor terciário representa as atividades ligadas à prestação de serviços e ao comércio. Dentre elas pode-se citar, o comércio (compra e venda de diversos tipos de mercadorias) e prestação de serviços (serviços públicos, empresas de prestação de serviços, distribuição de mercadorias, financeiras, profissionais liberais, como advogados, professores, engenheiros dentre outros).

Diga-se que, nos três setores da atividade econômica, a Indústria 4.0, deverá mudar completamente a relação das pessoas com a realidade atual e a realidade virtual, e o consumo de bens e serviços, e se constituirá em novos desafios, e dessa forma, é necessário estar conectados para viver essas novas dimensões da realidade.

Cite-se a Pesquisa, divulgada em 12/12/2017, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)32, que aponta que a digitalização do processo produtivo industrial deve atingir 21,8%, das empresas brasileiras em uma década. Atualmente, o percentual é de 1,6%. A sondagem, que faz parte do Projeto Indústria 2027, avalia a expectativa de 759 grandes e médias indústrias brasileiras e multinacionais em relação à adoção de tecnologias 4.0. O projeto é uma iniciativa da CNI e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Para a CNI, a atualização da mão de obra será um desafio. Os números referem-se ao nível mais elevado de conexão da produção, Geração 4, com “Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC ) integradas, fábricas conectadas e processos inteligentes, com capacidade de subsidiar gestores com informações para tomada de decisão. “Passaremos os próximos dez anos em um processo de transformação industrial muito intenso, com as empresas, de fato, buscando trazer essa tecnologia e implementando essas práticas, dentro do seu modo de produção”, avaliou Paulo Mól, Superintendente nacional do IEL. Ele avalia que essas transformações tecnológicas servirão para aumentar a produtividade, reduzindo o custo de produção e tornando as empresas brasileiras mais competitivas.

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De acordo com os Pesquisadores, a Indústria 4.0, é também conhecida como a 4ª Revolução Industrial. A Indústria 4.0, resulta do uso integrado de tecnologias avançadas da automação, do controle, da tecnologia da inovação e da inteligência artificial, em processos de manufatura. Tais mudanças envolvem questões como o uso de robótica, de novos materiais, de biotecnologia, de armazenamento de energia, da big data analytics, entre outros. A expectativa dos empresários é de que os estágios 3 e 4, vale dizer, de uso de tecnologia, avancem na próxima década. O nível 3 passará de 20,5% para 36,9%. Os demais níveis recuariam, abrindo espaço para empresas mais conectadas. Atualmente, o estudo indica que 77,8%, das empresas brasileiras ainda estão nas gerações tecnológicas 1 e 2. O maior percentual, em dez anos, estaria concentrado nos níveis 3 e 4, com 58,7% das indústrias.

Diga-se que o índice global de inovação mostrou que o Brasil ocupa a posição de número 69º, no ranking em que são avaliados quesitos como crescimento de produtividade, educação, exportações de produtos de alta tecnologia, investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Possivelmente, uma das causas que podem ser atribuídas ao Brasil, pela atual colocação no ranking, ocorre desde meados da década de 1990, demonstrando que as indústrias brasileiras diminuíram o nível de investimento em sua própria tecnologia e começaram a depender da tecnologia do exterior. Vide Quadro Resumo e o ranking dos países mais inovadores.

Quadro Resumo: Índice Global de Inovação: Países mais inovadores.

POSIÇÃO

PAÍS

PONTOS

Suíça

67,69

Suécia

63,82

Países Baixos

63,36

EUA

61,40

Reino Unido

60,89

Dinamarca

58,70

Cingapura

58,69

Finlândia

58,49

Alemanha

58,39

10º

Irlanda

58,13

69º

Brasil

33,10

Fonte: Revista Gestão, Inovação e Negócios33


Conclusão

A atividade empresarial teve uma evolução desde o surgimento da Revolução Industrial a partir de 1750, na Inglaterra, até se concretizar como Indústria 4.0, nos dias atuais, a saber: 1ª Revolução Industrial (1750-1850), tinha como fundamento a mecânica; A 2ª Revolução Industrial (1850-1950), tinha como fundamento a elétrica; A 3ª Revolução Industrial (1950 até o final do Século XX), tem como fundamento a automação; e; finalmente, a 4ª Revolução Industrial (início do Século XXI), tem como fundamento inteligência artificial e a robótica Big Data Analytics.

Os clássicos modelos de produção, como o Fordismo, o Taylorismo, o Toyotismo e Volvismo, que talvez, não mais atendam às necessidades de produção, na medida em que a Indústria 4.0, irá mudar completamente a relação das pessoas com a realidade e o consumo de bens e serviços.

Inobstante os novos rumos da economia que poderá surgir após pandemia do Coronavírus, é certo que, homens e empresas, devem-se aperfeiçoar, capacitar e se preparar, para um mundo digital, para um mundo das tecnologias da Indústria 4.0.


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Sobre o autor
René Dellagnezze

Doutorando em Direito Constitucional pela UNIVERSIDADE DE BUENOS AIRES - UBA, Argentina (www.uba.ar). Possui Graduação em Direito pela UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC (1980) (www.umc.br) e Mestrado em Direito pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL (2006)(www.unisal.com.br). Professor de Graduação e Pós Graduação em Direito Público e Direito Internacional Publico, no Curso de Direito, da UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ, Campus da ESTACIO, Brasília, Distrito Federal (www.estacio.br/brasilia). Ex-Professor de Direito Internacional da UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO - UMESP (www.metodista.br).Colaborador da Revista Âmbito Jurídico (www.ambito-juridico.com.br) e e da Revista Jus Navigandi (jus.com. br); Pesquisador   do   CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL;Pesquisador do CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL. É o Advogado Geral da ADVOCACIA GERAL DA IMBEL - AGI, da INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL (www.imbel.gov.br), Empresa Pública Federal, vinculada ao Ministério da Defesa. Tem experiência como Advogado Empresarial há 45 anos, e, como Professor, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente nos seguintes ramos do Direito: Direito Constitucional, Internacional, Administrativo e Empresarial, Trabalhista, Tributário, Comercial. Publicou diversos Artigos e Livros, entre outros, 200 Anos da Indústria de Defesa no Brasil e "Soberania - O Quarto Poder do Estado", ambos pela Cabral Editora (www.editoracabral.com.br).

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