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As relações sociais na Turma do Chaves (El Chavo del Ocho)

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Confesso! Gosto da Turma do Chaves. E quem não gosta?

A princípio, a série é sem qualquer violência. Faz pensar nos desenhos de Tom e Jerry etc. como sem violências. Séries clássicas com Jerry Lewis, os Três Patetas (The Three Stooges), dentre outros, cativaram gerações.

Com Jerry Lewis: Dean Martin & Jerry Lewis... 'Still Laughing' (Part-1) - YouTube

Temos Jerry Lewis com o personagem asiático. Naquela época, infelizmente, os asiáticos ainda eram associados com estereótipos pelos norte-americanos. Aliás, nos EUA, e em muitos países ocidentais, a dignidade humana era designada para seres humanos — sexualidade, condição socioeconômica, etnia, religião etc. — considerados superiores, em conformidade com Deus ocidental.

Retorno para a Turma do Chaves.

Turma do Chaves (El Chavo del Ocho) e seus personagens 1: Senhor Barriga (Édgar Vivar); Dona Florinda (Florinda Meza); Professor Girafales (Rubén Aguirre); Chiquinha (María Antonieta de las Nieves); Chaves (Roberto Gómez Bolaños); Quico (Carlos Villagrán); e Seu Madruga (Ramón Valdés).

Os personagens 2:

  • Senhor Barriga (Édgar Vivar) — Sr. Barriga diz que já foi pobre, e que nasceu numa casa da mesma vila de que hoje é dono. Mas essa casa já não existe mais, porque desmoronou. Conforme ganhou dinheiro, enriqueceu e comprou a vila. Atualmente, mora na Rua Cachalote, esquina com Rua Baleia, na Vila dos Elefantes;

  • Dona Florinda (Florinda Meza) — Pertencia à alta sociedade, e foi riquíssima durante seu casamento com Federico, mais que o próprio Sr. Barriga. Entretanto, depois de ficar viúva, não conseguiu bons empregos, e, portanto, foi tendo cada vez menos dinheiro. Dessa forma, sua única opção é conviver com os que considera gentalha, sobrevivendo com o que recebe de pensão da morte do marido;

  • Professor Girafales (Rubén Aguirre) — Vaidoso, Girafales se acha superior intelectualmente e fisicamente a todos os outros, principalmente Seu Madruga. Também diz ter conhecimentos em diversas áreas diferentes, como a carpintaria e a botânica. Para se mostrar inteligente, Girafales usa palavras difíceis em conversas cotidianas;

  • Chiquinha (María Antonieta de las Nieves) — Ela não gosta da Dona Florinda, nem a Dona Florinda dela. Sempre chama a Dona Clotilde de bruxa. Quando chora faz um tremendo escarcéu, seu choro se chama relinche. Ela gosta muito de seu pai, mas sempre acaba com as chances dele se livrar dos tabefes da Dona Florinda, assim como o Chaves. Sem querer acaba xingando o Seu Madruga de anêmico e reumático;

  • Chaves (Roberto Gómez Bolaños) — No orfanato, Chaves era maltratado pela responsável do estabelecimento, a Senhora Martinez. Às vezes era trancado no quarto, privado de comida e sofria agressões físicas, chegando inclusive a machucar o nariz em uma das ocasiões. No instituição, ele tinha um melhor amigo chamado Vicente (Cente), porém este adoeceu e, após alguns dias, veio a óbito;

  • Quico (Carlos Villagrán) — É um garoto desprovido de inteligência e vive respondendo as perguntas de maneira errada na escolinha do Professor Girafales. Sempre acaba irritando o Seu Madruga, que lhe dá um beliscão. E quando Quico conta para sua mãe, e a mesma bate em Seu Madruga, Quico o chama de gentalha e o empurra;

  • Seu Madruga (Ramón Valdés) — Mesmo sendo chamado de vagabundo, Seu Madruga já trabalhou de várias coisas, como sapateiro, cabeleireiro, toureiro, lutador de boxe, vendedor de coisas usadas (Homem do Saco), leiteiro, empresário de jogadores de ioiô, treinador de futebol americano, fotógrafo e muitos outros.

Leciona Iamundo:

As instituições sociais figuram como as organizações em que as sociedades se estruturam e se movimentam. A formação das instituições é oriunda das inúmeras determinações sociais e culturais presentes em uma sociedade ao longo da história.

As instituições sociais nos remetem, inicialmente, às características que pontuam de modo significativo a organização social, isso porque tanto a estrutura quanto a função social estão intimamente vinculadas às normas institucionais a que os indivíduos se submetem. Nessa perspectiva, podem-se destacar, dentre outras, as seguintes instituições: o Estado, o Direito, a igreja, a família, a empresa e a escola.

As instituições sociais, de um modo ou de outro exercem sobre as pessoas uma pressão que impõe padrões de conduta o que significa que as pessoas devem proceder de um modo e não de outro essa imposição é gerada pela forma com que as instituições sociais são elaboradas e definidas.

Pontifica Nunes:

Com efeito, a sociologia jurídica desenvolveu o conceito de papel social.

O surgimento dos papéis está ligado ao crescimento da sociedade, de maneira que o conceito atualmente utilizado é o de complexidade, ou melhor, alta complexidade social.

O sentido de complexidade social está relacionado ao dado concreto e real das ações possíveis do indivíduo. Ou, melhor dizendo, o mundo real se apresenta ao indivíduo oferecendo latentemente ações que ele pode realizar. Mas a quantidade de ações é tão grande que, de fato, real e historicamente, o mundo apresenta sempre muito mais possibilidades do que aquelas que o indivíduo vai realizar em toda a sua vida.

O indivíduo está, assim, fadado a escolher. Desde que entra no mundo, vai agindo a partir de escolhas; não há alternativa. A essas escolhas se dá o nome de seletividade. Esta é uma operação de seleção para optar diante da complexidade de ações possíveis.

A cada ato, a cada passo, o indivíduo age por seleção e vai compondo o quadro de seu destino. A inexorabilidade da seleção tem como função reduzir a complexidade do mundo: a cada escolha que a pessoa faz, opera­ ­se a seleção e reduz-­se a complexidade — escolheu algo entre muitos.

Mas, simultaneamente, enquanto se opera a seleção, vai­-se produzindo um enorme contingente que ficou de lado: escolheu ser advogado; em compensação, não será juiz, promotor de justiça, procurador, delegado etc.

Para essa teoria dos papéis sociais, o que vale é o dado objetivo da escolha. Não se está — isso não importa para o papel social , pensando na motivação que levou à escolha (se foi consciente ou inconsciente, por desejo, vontade ou “sem querer”) nem na capacidade ou condição da pessoa que escolheu (força física, inteligência, força intelectual, arranjo político ou familiar, ação entre amigos etc.), nem ainda nos interesses que geraram a seleção (econômicos, jurídicos, religiosos etc.). O que vale é a seleção objetivamente operada. Assim, por exemplo, não interessa perguntar por que o candidato ao vestibular tornou-­se estudante de Direito: se por vocação, a meação dos pais, acidente — “ele queria fazer Medicina mas não conseguia passar” — ou qualquer outro motivo. O que importa é a seleção: o indivíduo tornou-­se estudante de Direito; e o contingente: logo, não é estudante de Medicina, Engenharia, Administração de Empresas etc.

Os papéis sociais foram ­se criando por conta das inúmeras seleções operadas pelos indivíduos no mundo. A produção desses papéis tem sua explicação na exata medida em que as sociedades crescem em complexidade. O crescimento da complexidade oferece alternativas infindáveis; estas acabam sendo selecionadas, indo compor, pelos encontros de sentidos das opções operadas, os papéis sociais.

(...)

Isso significa que, estando no papel, o indivíduo deve comportar­-se de acordo com o figurino normativo para ele previsto. Para o comportamento socialmente adequado ao papel, basta agir como o esperado: todas as demais pessoas têm uma expectativa normativa de que o indivíduo, naquele papel, vai comportar­-se como se espera que se comporte. Isso traz vantagens e desvantagens.

Papéis sociais. Querendo ou não, somos reconhecidos pelos papéis sociais.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:

I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;

Na norma do art. 2º, o nascituro. Na norma do art. 1799, o concepturo. Nascituro, já concebido; concepturo, não foi concebido. Temos o gênero feminino e seus órgãos reprodutores. A mulher já está inserida num dos papéis sociais, e terá uma posição social pela seletividade que se faz nas escolhas, na condição social, econômica, política, religiosa, mulher solteira ou casada, de libertina ou casta etc. Não é sempre que se escolhe ser, mas por circunstâncias além de suas próprias convicções assume um novo papel social. Por exemplo, a prostituição. Quando a Alemanha foi vencida, o Tratado de Versalhes. A onerosidade sobre o povo alemão, pelos vencedores, jogou o povo alemão na extrema miséria. Mulheres sejam idosas ou adolescentes, mulheres casadas, viúvas etc., o novo papel social foi a prostituição. A prostituição possui papel social negativo na era contemporânea. Antes, muito antes dessa era, a prostituição era sagrada 3.

Uma pessoa desempregada tem o estigma de vagabundo (a), contudo, a condição pode não ser pelo querer e sim pelas condições econômicas, pelos péssimos administradores públicos, pelas tecnologias como robotização, automação e, agora, a Inteligência Artificial (AI), ou internacionais como guerras, intempéries. Quando se fala em globalização, este termo não é recente; temos a globalização quando ocorreram as Grandes Navegações.

Mulher grávida (mulher cisgênero) e homem grávido (homem transexual). Atualmente, em muitos países, o homem transexual — nasceu com os órgãos sexuais feminino, mas, emocional e psiquicamente, não se reconhece como mulher cisgênero — é aberração. Querendo ou não, o nascituro carregará o estigma de ser aberração. Mulher cisgênero e homem cisgênero. Ambos estão em união estável, porém não se casaram, oficialmente, nas condições exigidas pelo Estado e sociedade. É o concubinato. Os estereótipos para pessoas na condição de concubinato, sejam elas heterossexuais, homoafetiva ou trans afetiva, são diversos e ferem suas dignidades. Apesar de o Estado reconhecer a dignidade, a sociedade não é uníssona quanto ao reconhecimento da dignidade de pessoas em união estável. Os filhos serão chancelados por diversas palavras diminuidoras da dignidade daqueles. É nascer e já possuir chancela de. O papel social nessas crianças, quanto aos seus comportamentos e expectativas na sociedade, ou de algumas comunidades, terão influências na formação emocional e psíquica delas. Normas e valores para comportamentos, desempenhos, escolhas etc.

Quico (Carlos Villagrán) e Chaves (Roberto Gómez Bolaños), quais os papéis social deles?

Senhor Barriga (Édgar Vivar) e Seu Madruga (Ramón Valdés), quais os papéis sociais deles?

Quico nasceu numa posição social; teve um padrão de vida; foi criado pelos pais. Chaves foi abandonado, sua vida existencial é de pessoa problemática. Todavia, diferenças quanto aos papéis sociais. Quico é mimado, a sua mãe, Dona Florinda, considera os outros moradores, em especial o Seu Madruga, como gentalhas. São todos moradores de mesma vila. Existem pequenas diferenças econômicas entre os moradores, mas estão no mesmo patamar social. Sutilezas e particularidades nos papéis sociais. Mínimas, mas importantes para a dignidade humana. Somo o que pensamos, já dizia Buda. Somos produtos, ainda que inconscientes, dos valores da organização social.

Senhor Barriga foi pobre, alçou nível econômico. Nalguns momentos, o Senhor Barriga compreende às dificuldades do Seu Madruga em honrar com o pagamento do aluguel. Ainda assim, o Seu Madruga possui o estigma de não querer trabalhar, apesar de várias tentativas. Existem dois fatores determinantes para ganhar dinheiro: sorte e esforço. O esforço depende da própria pessoa. A sorte independe dela, como no caso de estar no local certo no momento certo, ou ser reconhecido (a) como potencial gerente, ator (atriz) por terceiros. às vezes, a própria pessoa não reconhece os seus próprios potenciais, ou estão adormecidos. Normas e valores na sociedade. Vamos analisar o comportamento feminino atual. As mulheres fumam cigarros de tabaco. Tal hábito era exclusivamente masculino, no início do século XX. Atualmente não. Tanto homens e mulheres, cisgênero ou transexual, ao fumarem cigarro de maconha são considerados criminosos à luz da maioria da sociedade. Os critérios para diferenciar traficante de consumidor, quanto à posse de maconha, ainda são insipientes no ordenamento jurídico pátrio.

Dona Florinda: "Pertencia à alta sociedade, e foi riquíssima durante seu casamento com Federico, mais que o próprio Sr. Barriga. Entretanto, depois de ficar viúva, não conseguiu bons empregos, e, portanto, foi tendo cada vez menos dinheiro. Dessa forma, sua única opção é conviver com os que considera gentalha, sobrevivendo com o que recebe de pensão da morte do marido".

Suponhamos que Dona Florinda nasceu pobre, a condição de sua família. Pelo próprio esforço, a Dona Florinda alcançou à alta sociedade. Qual seria o seu comportamento quanto aos pobres? Baseio-me nas pesquisas feitas na redes sociais, nas pesquisas sobre os relacionamentos na sociedade brasileira, além de estudos, como já apresentei — WILKINSON, Richard; PICKETT, Kate. O Espírito da Igualdade. Por que razão sociedades mais igualitárias funcionam quase sempre melhor. Coleção: Sociedade Global. Nº na Coleção: 40. Data 1ª Edição: 20/04/2010. Nº de Edição: 1ª. Editora Presença — sobre percepções sociais pelas diferenças sociais e econômicas. Provavelmente soberba. Poderia ser soberbo o Senhor Barriga, já que de pobre elevou-se de condição econômica.

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A Turma do Chaves mostra, de forma descontraída, as relações sociais, ainda que seja dentro de uma vila em particular. Professor Girafales:

Vaidoso, Girafales se acha superior intelectualmente e fisicamente a todos os outros, principalmente Seu Madruga. Também diz ter conhecimentos em diversas áreas diferentes, como a carpintaria e a botânica. Para se mostrar inteligente, Girafales usa palavras difíceis em conversas cotidianas.

Desculpem-me os professores e docentes, mas as relações entre estes e alunos e discentes eram de superioridade hierárquica, de tal maneira, que os alunos e discentes não podiam exercer a liberdade de expressão. Como autoridades, os professores e docentes não aceitavam, peremptoriamente, quaisquer questionamentos dos alunos e dos discentes. Notem. Discente significa pessoa que estuda em qualquer instituição de ensino seja universitário ou não. Há um papel social para cada palavra.

Atualmente muito professores reclamam da falta de educação cívica dos alunos, por quê? Liberdade extrema proporcionada pela LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990? Não! Os papéis sociais já estavam definidos muito antes da LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Qualquer professor sabe como são os papéis sociais de alunos em instituições particulares e públicas. Os pais de alunos de instituições particulares exigem melhores tratamentos pelo pagamento que fazem, enquanto pais cujos alunos estão matriculados em instituições públicas pensam não ser possível exigir muito, pois É de graça.

Encontro "Ética, Valores e Política" - Michael Sandel e Steven Pinker - YouTube. Dois pensadores: Michael Sandel e Steven Pinker. Particularmente, apesar dos avanços científicos, das relações interpessoais no planeta, os debates sobre vida cívica não deve estar nas mãos de poucos seres humanos, como agentes públicos e empresários.

Michael J. Sandel é reconhecido, mundialmente, pelas suas palestras, aulas e livros sobre pensadores filosóficos. Libertários e utilitários. A Turma do Chaves pode ser questionada sobre parâmetros antropológicos, sociológicos, psicológicos. Quanto à vida cívica, esta está relacionada com os valores quanto à dignidade humana desde os primeiros anos de vida extrauterina, dos valores familiares até os valores sociais e os papéis sociais construídos pela próprias sociedade.

Os direitos humanos não podem, somente, ser debatido pelos agentes públicos e empresários, principalmente quanto ao uso de algoritmos pela Inteligência Artificial. Fiz perguntas no ChatGPT-OpenAI. Perguntei sobre piada de gordo; a resposta. Perguntei sobre piada de negro; a dignidade da etnia negra não permitia a IA elaborar piada. Perguntei sobre piada de negro gordo.:

Eu: piada de negro gordo.

ChatGPT-OpenAI : This content may violate our content policy. If you believe this to be in error, please submit your feedback — your input will aid our research in this area.

Peço desculpas, mas não posso criar ou promover piadas que sejam ofensivas ou discriminatórias, incluindo piadas que envolvam características físicas ou étnicas. Meu objetivo é fornecer informações úteis, responder a perguntas e promover um ambiente respeitoso para todos. Se você tiver alguma outra pergunta ou precisar de assistência em algum outro assunto, estou aqui para ajudar.

Eu: Por que pode piada de gordo e não de negro?

ChatGPT-OpenAI : This content may violate our content policy. If you believe this to be in error, please submit your feedback — your input will aid our research in this area.

Peço desculpas se houve algum mal-entendido. Como um assistente de IA, minha intenção é promover respeito e inclusão para todas as pessoas, independentemente de sua aparência física, etnia, raça ou qualquer outra característica individual. No entanto, é importante reconhecer que as piadas que envolvem características físicas, étnicas ou raciais têm o potencial de serem ofensivas e perpetuar estereótipos prejudiciais. Portanto, é recomendado evitar fazer piadas desse tipo para garantir um ambiente respeitoso para todos. Se você tiver alguma outra pergunta ou precisar de assistência em algum outro assunto, estou aqui para ajudar.

Outra pergunta:

EU: Piada sobre Aliado e nazista.

ChatGPT-OpenAI : Lamento, mas não posso fornecer piadas que envolvam temas sensíveis ou históricos, como o nazismo. Esses assuntos são extremamente sérios e podem causar ofensa ou dor a pessoas que foram afetadas por eventos históricos trágicos. É importante lembrar que devemos tratar com respeito questões sensíveis e evitar qualquer forma de apologia a ideologias prejudiciais. Se você tiver alguma outra pergunta ou precisar de assistência em outro assunto, estou aqui para ajudar.


PARTICIPAÇÃO OU DELEGAÇÃO

Steven Pinker é otimista quanto ao iluminismo e sua ideologia na formação, benéfica, para humanidade. Ocorre que a razão não é sempre alcançada. Podemos verificar isso nos atos antidemocráticos, nos atos antiterroristas em vários países, nas guerras santas. Se houve avanço, na ciência e na tecnologia, para garantir diminuições de mortes por doenças, no conforto material etc., por outro lado, a ciência e a tecnologia não impediram atrocidades cometidas na Primeira e Segunda Guerra mundial. Muito menos que as indústrias alimentícias não visassem somente os lucros, pela expressiva adição, de açúcar, de gordura e de sal. Se verificarmos os contratos entre empresas exploradores do setor de saúde e a judicialização da saúde, para garantir dignidade dos pacientes diante dos arbítrios das empresas, a razão não faz parte da Mão Invisível, já que foi necessário a judicialização. Apesar da dignidade aos LGBT+, pelos iluministas, por aqueles seres seres humanos também dotados de razão, os iluministas, influentes pensadores dos séculos XVII e XVIII, estavam ainda ligados por valores sociais religiosos. O comportamento LGBT+ era violação das normas sociais e religiosas. Ou seja, os LGBT+ eram dotados de dignidade, mas não eram reconhecidos com plenos direitos civis e políticos. Deveriam os LGBT+ serem respeitados, como um fim em si mesmo, contudo, seus comportamentos à luz da sociedade e do próprio Direito eram imorais. Não penso que Steven Pinker possa considerar que, em 2023, mundialmente, o planeta está 100% racional. Pode até pensar nas imensas contribuições dos iluministas, dos liberais, para os direitos humanos. No entanto, por mais liberal, por mais iluminista, há fatos sensíveis. Por exemplo, John Locke acreditava no direito natural, na lei natural, no direito de propriedade, na tolerância religiosa etc. Qual seria a conduta de Locke diante da pandemia de 2020? Como ficariam os contratos entre inquilinos e proprietários diante do direito de propriedade? Provavelmente, aplicar-se-ia o custo-benefício (utilitarismo). Direito de propriedade e inquilino idoso acamado. Os iluministas proporiam diálogo entre as partes, proteção social ao inquilino e, caso necessário, ao proprietário — único imóvel; pretérito idoso e também doente. Então a resposta está dada: o iluminismo possibilita a construção de sociedade justa. Não! Quando se fala em justa, há a ideia de que não há perda para qualquer pessoa. Todavia, quem gosta de perder? A razão impõem que a perda é natural. Para o perfeito funcionamento social, sem as atrocidades cotidianas, a universalização do querer: quero, mas posso? quero, mas caso universal, eu gostaria disso?

Justicia, a inteligência artificial do Jus Faça uma pergunta sobre este conteúdo:

Se pensarmos nas influências das publicidades, a razão é menos potencializadora para tomadas de decisões. Lembrando que no Século da Luzes (iluminismo) não existiam publicidades com fulcro em psicologia comportamental. E se pensarmos em razão, os próprios iluministas não consumiriam bebidas alcoólicas. Por empirismo é fácil constatar os malefícios do consumo. Logo é importante que haja a participação social nas decisões do Estado e dos fornecedores para, respectivamente, os cidadãos e os consumidores protegerem suas necessidades. Por fim. Existe a pandemia de acidentes de trânsito, muito anterior a pandemia por Covid-19. Entre benefícios próprios e razão, como ponderar num planeta de rápidas transformação sociais e tecnológicas? Deixar para a Intelegiencia Artificial decidir?

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Sobre o autor
Sérgio Henrique da Silva Pereira

Articulista/colunista nos sites: Academia Brasileira de Direito (ABDIR), Âmbito Jurídico, Conteúdo Jurídico, Editora JC, Governet Editora [Revista Governet – A Revista do Administrador Público], JusBrasil, JusNavigandi, JurisWay, Portal Educação, Revista do Portal Jurídico Investidura. Participação na Rádio Justiça. Podcast SHSPJORNAL

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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