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Judicialização da saúde como direito fundamental.

Uma revisão bibliográfica sobre os impactos e desafios no sistema público de saúde

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12/09/2024 às 19:11

Resumo:


  • A judicialização da saúde no Brasil é um fenômeno que tem sido amplamente discutido devido aos impactos e desafios que traz para o Sistema Público de Saúde.

  • Esse processo ocorre quando cidadãos recorrem ao Poder Judiciário para garantir acesso a tratamentos, medicamentos ou procedimentos não disponibilizados pelo SUS, gerando debates sobre a eficácia e equidade do sistema de saúde.

  • A judicialização pode gerar pressão financeira sobre o SUS, desequilibrar a alocação de recursos, aumentar a desigualdade no acesso aos serviços de saúde e desafiar a integridade do sistema, exigindo um diálogo mais efetivo entre os poderes Executivo e Judiciário para encontrar soluções mais equilibradas e sustentáveis.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

Considerações Finais

A judicialização da saúde no Brasil se apresenta como uma resposta à ineficácia do Estado em garantir o acesso pleno aos direitos fundamentais, especialmente no que se refere à saúde. Conforme discutido, embora a judicialização atenda a demandas individuais, ela traz consigo uma série de desafios que afetam a equidade, a sustentabilidade financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) e a formulação de políticas públicas.

Os impactos da judicialização são múltiplos: por um lado, ela cumpre uma função social ao assegurar que indivíduos possam reivindicar seu direito à saúde; por outro, gera distorções na alocação de recursos, acentuando desigualdades no acesso a serviços e tratamentos de saúde, conforme evidenciado por diversos autores recentes. As pressões exercidas sobre o orçamento público e as decisões judiciais que, muitas vezes, desconsideram diretrizes técnicas e epidemiológicas, são alguns dos maiores desafios enfrentados pelo SUS.

Nesse sentido, é imprescindível que haja um diálogo mais efetivo entre o Poder Judiciário e o Executivo para criar mecanismos que alinhem as decisões judiciais com as políticas públicas de saúde. Um caminho possível seria a criação de protocolos que orientem juízes em suas decisões, com base em critérios médicos e técnicos, evitando que o sistema de saúde seja desestruturado por demandas individuais.

Além disso, o aprimoramento das políticas de saúde e a revisão do financiamento do SUS são medidas essenciais para reduzir a necessidade de judicialização e garantir um acesso mais equitativo e eficaz aos serviços de saúde. A solução para os desafios da judicialização da saúde passa, portanto, por uma abordagem integrada que envolva a melhoria da gestão pública, a revisão das políticas de saúde e um compromisso contínuo com a promoção da equidade.

Por fim, é importante que estudos futuros aprofundem a análise dos efeitos da judicialização no longo prazo e explorem estratégias para a implementação de políticas públicas que minimizem a necessidade de recorrer ao Judiciário, assegurando o direito à saúde de forma ampla e sustentável.


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Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

ASSIS, Flávio Cavalcante. Judicialização da saúde como direito fundamental.: Uma revisão bibliográfica sobre os impactos e desafios no sistema público de saúde. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 29, n. 7743, 12 set. 2024. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/110795. Acesso em: 22 dez. 2024.

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