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Exército Brasileiro 2040: novas capacidades, novos desafios

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O Exército precisará se adaptar constantemente às mudanças no ambiente estratégico global, incorporando novas tecnologias e ajustando suas doutrinas.

1. Contexto estratégico e necessidade de transformação

O mundo está em constante transformação e o Exército Brasileiro precisa acompanhar essas mudanças para manter a soberania nacional. A globalização trouxe não apenas benefícios, mas também uma série de desafios que afetam diretamente a segurança dos Estados. A expansão de tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial e a robótica, está revolucionando o campo de batalha, o que exige uma adaptação contínua das Forças Armadas para que estas estejam preparadas para os novos tipos de conflitos.

Os cenários de guerra não se limitam mais ao combate físico. A guerra cibernética, por exemplo, já é uma realidade que pode impactar infraestruturas críticas de qualquer país. Diante disso, a transformação do Exército visa equipá-lo para enfrentar ameaças em múltiplos domínios, como o terrestre, o aéreo, o cibernético e até o espacial. O conceito de guerra híbrida – que combina guerra tradicional com novas táticas, como ataques cibernéticos e campanhas de desinformação – já faz parte do planejamento estratégico do Exército para os próximos anos.

As Forças Armadas brasileiras precisam estar preparadas para atuar em um ambiente de segurança cada vez mais instável, marcado por crises globais e regionais. Conflitos em regiões vizinhas, bem como disputas geopolíticas entre grandes potências, exigem que o Brasil mantenha sua capacidade de resposta rápida. Para isso, o Exército deve ser flexível, altamente treinado e equipado com as mais recentes inovações tecnológicas.

A transformação do Exército, estabelecida no documento “Concepção de Transformação do Exército Brasileiro e do Desenho da Força 40 (2024-2039)”, surge como uma resposta a esses desafios. Ela visa modernizar o Exército, não apenas em termos de equipamento, mas também na forma como opera e organiza suas forças. O objetivo é garantir que o Exército esteja apto a lidar com as ameaças do futuro, sempre preservando a integridade territorial e os interesses do país.

Além disso, a transformação é uma iniciativa que visa manter o Brasil em posição de destaque no cenário internacional, principalmente em missões de paz e cooperação militar. O Exército Brasileiro tem uma tradição de atuação em operações internacionais, e a modernização permitirá que continue desempenhando esse papel com eficácia, seja em missões de paz da ONU ou em alianças regionais na América do Sul.


2. Fases da transformação

O processo de transformação do Exército Brasileiro será dividido em duas grandes fases: a fase de implementação e a fase de consolidação, que juntas abarcarão o período de 2024 a 2039. Essa divisão permite que a transformação ocorra de maneira gradual, com ajustes contínuos a cada ciclo estratégico, conforme o Exército absorve novas capacidades e implementa mudanças nas suas estruturas operacionais.

Na Fase de Implementação (2024-2035), o Exército focará em três ciclos estratégicos: 2024-2027, 2028-2031 e 2032-2035. Nessa fase, as diretrizes estratégicas de transformação serão colocadas em prática. O objetivo principal é preencher lacunas de capacidade, conforme identificado pelo Estado-Maior do Exército (EME). Durante esses ciclos, o Exército conduzirá experimentações e simulações, permitindo ajustes conforme novas tecnologias e doutrinas forem testadas.

Um dos desafios da fase de implementação será alinhar a transformação com as restrições orçamentárias. Cada ciclo estratégico demandará planejamento detalhado para assegurar que os investimentos necessários estejam disponíveis e que os recursos sejam utilizados de maneira eficaz. Isso incluirá a priorização de capacidades críticas, como sistemas de comando e controle, defesa cibernética e tecnologias autônomas. A implementação desses sistemas será gradual, mas crucial para a modernização da Força Terrestre.

Já na Fase de Consolidação (2036-2039), o Exército buscará consolidar as capacidades adquiridas e garantir que a Força 40 esteja plenamente operacional. Essa fase será marcada pela integração completa das novas doutrinas e tecnologias em todas as unidades da Força Terrestre. As lições aprendidas ao longo dos ciclos anteriores serão essenciais para aperfeiçoar a estrutura e a organização do Exército, garantindo que esteja preparado para os desafios do futuro.

Durante a fase de consolidação, o foco também estará na interoperabilidade entre as diferentes forças armadas brasileiras e nações parceiras. A capacidade de operar em conjunto com outras forças será crucial para enfrentar ameaças globais e regionais, e o Exército buscará fortalecer suas alianças estratégicas com outros países, como forma de garantir a paz e a estabilidade na região.


3. Premissas do processo de transformação

O sucesso do processo de transformação do Exército Brasileiro está alicerçado em premissas fundamentais que guiarão as decisões estratégicas ao longo dos próximos 15 anos. A interoperabilidade é uma das principais premissas. Em um ambiente de combate cada vez mais complexo, é essencial que as Forças Armadas brasileiras consigam operar de forma integrada com outras forças nacionais e internacionais, aumentando sua capacidade de resposta a crises e conflitos.

Outro ponto crucial é a prioridade à região amazônica. Devido à sua vasta extensão territorial e aos recursos naturais estratégicos, a Amazônia é uma área de grande interesse nacional. O Exército terá que reforçar sua presença nessa região, com foco em operações de vigilância, defesa territorial e combate a crimes transnacionais. Para isso, será necessário o desenvolvimento de infraestruturas e capacidades logísticas que permitam uma resposta rápida e eficaz em qualquer ponto da Amazônia.

A otimização da estrutura também é uma premissa essencial. Diante das restrições orçamentárias, o Exército precisará racionalizar seus recursos e reorganizar suas forças para garantir eficiência e maximizar o poder de combate. Isso implica na criação de unidades mais enxutas, porém altamente capacitadas e tecnologicamente equipadas. A modernização de processos administrativos e operacionais será fundamental para garantir que o Exército possa operar de maneira mais ágil e eficaz.

Além disso, o desenvolvimento humano será uma prioridade. O Exército reconhece que as capacidades operacionais dependem diretamente das habilidades e competências de seu pessoal. Investimentos serão feitos na educação e treinamento contínuo dos militares, com foco no desenvolvimento de líderes capazes de operar em cenários complexos e tomar decisões críticas sob pressão. A valorização do ser humano será central para o sucesso da transformação.

Por fim, a adaptação às novas tecnologias será um dos pilares dessa transformação. Tecnologias disruptivas, como inteligência artificial, sistemas autônomos e cibersegurança, terão um papel cada vez mais importante no campo de batalha. O Exército precisa estar preparado para incorporar essas inovações, ao mesmo tempo em que desenvolve doutrinas e práticas operacionais que maximizem seu potencial.


4. Concepção Estratégica de 2040

A concepção estratégica de 2040 é o alicerce sobre o qual a Força 40 será construída. Em um ambiente operacional cada vez mais imprevisível, o Exército Brasileiro precisará ser capaz de atuar em múltiplos domínios simultaneamente. A guerra moderna não se restringe ao combate terrestre; as ameaças vêm de todas as direções, incluindo o espaço cibernético, o espaço aéreo e até mesmo o espaço exterior. Nesse contexto, a Força 40 será uma força multidomínio, integrada e flexível.

Um dos principais aspectos da nova concepção estratégica é a capacidade de mobilização rápida. A Força 40 será estruturada de forma a garantir que possa ser desdobrada rapidamente em qualquer parte do território nacional, ou até mesmo em operações internacionais. Essa prontidão exigirá uma força modular, com unidades que possam ser facilmente reconfiguradas e adaptadas conforme as necessidades de cada missão.

Outro pilar da concepção estratégica de 2040 é a flexibilidade operacional. A Força 40 será capaz de realizar tanto operações convencionais de alta intensidade quanto missões de estabilização e apoio humanitário. Essa versatilidade será alcançada através da modernização de equipamentos, da integração de novas tecnologias e da constante adaptação das doutrinas militares. O Exército será capaz de operar em qualquer ambiente, desde o combate urbano até regiões remotas da Amazônia.

A inovação tecnológica também terá um papel central na concepção estratégica de 2040. O Exército precisará adotar sistemas avançados de comando e controle, que permitam uma integração total das informações entre as diferentes unidades e entre os diferentes domínios de combate. A utilização de inteligência artificial e big data será fundamental para melhorar a capacidade de tomada de decisão em tempo real, garantindo que as operações sejam conduzidas de forma eficiente e precisa.

Por fim, a estratégia de dissuasão será um componente-chave da Força 40. O objetivo é garantir que o Brasil esteja sempre preparado para defender seus interesses nacionais e, ao mesmo tempo, impedir que potenciais adversários considerem qualquer ação contra o país. A presença estratégica em regiões sensíveis, como a Amazônia, e o desenvolvimento de capacidades de defesa cibernética e antiaérea serão essenciais para garantir a segurança do território nacional.


5. Capacidades

As novas capacidades que serão desenvolvidas até 2040 visam garantir que o Exército Brasileiro seja uma força moderna, eficiente e preparada para enfrentar os desafios do futuro. Entre as principais capacidades a serem desenvolvidas está o Comando e Controle Avançado, que permitirá ao Exército coordenar operações complexas em tempo real, com uma integração completa entre as unidades terrestres, aéreas e cibernéticas.

Os sistemas de defesa integrados serão outra capacidade fundamental. O Exército estará equipado com sistemas avançados de defesa antiaérea, antimísseis e de guerra eletrônica, capazes de proteger o território nacional de ameaças como drones, mísseis de cruzeiro e ataques cibernéticos. Esses sistemas serão essenciais para garantir a segurança das operações militares e para dissuadir possíveis adversários.

Além disso, o Exército investirá em tecnologias disruptivas, como sistemas de armamentos de energia dirigida e plataformas autônomas. Essas tecnologias não apenas aumentarão a letalidade das forças terrestres, mas também permitirão que o Exército opere em ambientes de alto risco com maior segurança e eficiência. A utilização de drones e veículos autônomos será uma parte importante dessa transformação, reduzindo o risco para os soldados em missões perigosas.

A defesa cibernética também será uma prioridade. Em um mundo cada vez mais conectado, a capacidade de proteger as redes de comunicação e as infraestruturas críticas é fundamental para o sucesso das operações militares. O Exército desenvolverá sistemas avançados de cibersegurança, capazes de detectar e neutralizar ameaças antes que possam causar danos significativos. Além disso, o Exército estará preparado para conduzir operações ofensivas no espaço cibernético, garantindo uma vantagem estratégica sobre possíveis adversários.

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Por fim, o desenvolvimento humano será uma capacidade central. O Exército investirá fortemente no treinamento e desenvolvimento de seus militares, garantindo que estejam preparados para utilizar as novas tecnologias e para operar em ambientes de combate complexos. O foco será em formar líderes capazes de tomar decisões rápidas e eficazes em situações de alta pressão, garantindo o sucesso das operações militares.


6. Doutrina militar evoluída

A Força 40 será regida por uma nova doutrina que levará em conta os desafios e as complexidades das guerras modernas. A guerra multidomínio, que inclui operações terrestres, aéreas, cibernéticas e espaciais, exigirá uma abordagem doutrinária que integre todas essas áreas de maneira coesa. As diretrizes estratégicas do Exército Brasileiro devem evoluir para refletir essa nova realidade, incorporando tecnologias de ponta e conceitos operacionais avançados, como as Operações de Convergência (Op Cnvg).

Uma das principais características dessa doutrina evoluída será a flexibilidade. O Exército precisará ser capaz de adaptar suas operações rapidamente às mudanças no campo de batalha, aproveitando ao máximo as capacidades tecnológicas. Isso exigirá um treinamento constante e a formação de lideranças que possam tomar decisões rápidas e eficazes em situações de alta complexidade.

Outro aspecto essencial da nova doutrina será a capacidade de coordenação entre diferentes forças e agências. O Exército deverá operar de forma integrada com outras forças armadas e com agências governamentais, como forças de segurança, inteligência e defesa cibernética. Essa coordenação permitirá uma resposta mais eficaz às ameaças globais, que muitas vezes envolvem múltiplos atores e domínios.

A doutrina militar evoluída também se concentrará na utilização de sistemas de inteligência e de guerra eletrônica. Esses sistemas proporcionarão superioridade informacional, permitindo que o Exército tome decisões estratégicas baseadas em dados precisos e em tempo real. A utilização de drones, sensores avançados e inteligência artificial facilitará o monitoramento do campo de batalha e a identificação de ameaças antes que elas possam causar danos significativos.

Finalmente, a doutrina militar do Exército Brasileiro evoluirá para incluir as táticas de antiacesso e negação de área (A2/AD). Essas táticas impedirão que forças inimigas tenham acesso a regiões estratégicas, como a Amazônia ou o litoral brasileiro, e dificultarão a movimentação de forças inimigas dentro dessas áreas. O desenvolvimento dessas capacidades será fundamental para garantir a proteção do território nacional e para dissuadir possíveis ataques.


7. Importância do desenvolvimento humano

O desenvolvimento humano é uma peça central na transformação do Exército Brasileiro. O sucesso da Força 40 dependerá não apenas de equipamentos modernos e tecnologia avançada, mas também da qualidade dos seus oficiais, sargentos e soldados. Para isso, o Exército precisará investir continuamente na formação, capacitação e bem-estar de seus militares, assegurando que estejam preparados para enfrentar os desafios de um ambiente operacional dinâmico.

A transformação exige que o Exército desenvolva novas competências, particularmente nas áreas de tecnologia e liderança. O sistema de educação militar será revisado para preparar oficiais e soldados para operar em ambientes altamente tecnológicos, onde a capacidade de trabalhar com sistemas complexos, como inteligência artificial e cibersegurança, será essencial. Programas de treinamento contínuo serão implementados para garantir que os militares mantenham suas habilidades atualizadas.

Além das competências técnicas, o Exército focará no desenvolvimento de capacidades socioemocionais de seus integrantes. A guerra moderna exige que os líderes militares sejam resilientes, capazes de lidar com o estresse e tomar decisões rápidas em situações de pressão. O treinamento em inteligência emocional, resolução de conflitos e trabalho em equipe será parte fundamental da formação dos futuros líderes do Exército.

A valorização do ser humano também envolve a criação de um ambiente de trabalho que promova o bem-estar dos militares. Isso inclui o cuidado com a saúde física e mental dos soldados, garantindo que tenham acesso a programas de apoio e reabilitação quando necessário. Um soldado bem preparado fisicamente e mentalmente será mais eficiente no cumprimento de suas missões e mais resistente às adversidades do campo de batalha.

Por fim, o Exército trabalhará na construção de uma cultura institucional que valorize a ética, a lealdade e o comprometimento com a Pátria. Esses valores serão constantemente reforçados em todos os níveis da hierarquia militar, assegurando que cada integrante da Força 40 esteja alinhado com os objetivos estratégicos do Exército e comprometido com a defesa do Brasil.


8. Planejamento orçamentário

O planejamento orçamentário será um dos pilares para garantir o sucesso do processo de transformação do Exército. A criação da Força 40 exigirá investimentos significativos em novas tecnologias, treinamento e infraestrutura, o que demanda uma gestão eficiente dos recursos financeiros disponíveis. O Planejamento Estratégico do Exército estará alinhado com o Planejamento Orçamentário Plurianual, permitindo que os recursos sejam alocados de maneira eficaz e direcionados às áreas prioritárias.

Para que o Exército possa alcançar seus objetivos até 2040, será necessário obter previsibilidade orçamentária. Isso significa que o governo deverá garantir um fluxo constante de recursos, possibilitando a implementação das fases do processo de transformação. Qualquer interrupção no financiamento pode comprometer o desenvolvimento de novas capacidades e a aquisição de equipamentos essenciais.

O Exército utilizará o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOPLEEx) como ferramenta principal para monitorar o progresso das iniciativas estratégicas e ajustar o planejamento conforme necessário. O SIOPLEEx permitirá uma gestão integrada de projetos, programas e portfólios, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e que os indicadores de desempenho sejam acompanhados de perto.

Além disso, o planejamento orçamentário incluirá uma governança financeira sólida, com mecanismos de controle para garantir que os investimentos estejam sendo realizados conforme os objetivos estratégicos estabelecidos. O acompanhamento contínuo da execução orçamentária permitirá que o Exército identifique rapidamente quaisquer desvios ou lacunas que precisem ser corrigidos.

Por fim, o planejamento orçamentário também precisará levar em consideração as restrições orçamentárias impostas pelas realidades econômicas do país. O Exército terá que priorizar certos projetos e fazer ajustes ao longo do tempo para garantir que, mesmo com limitações, a Força 40 seja capaz de evoluir e atingir suas metas estratégicas.


9. Novas capacidades

O desenvolvimento de novas capacidades será fundamental para que o Exército Brasileiro se posicione como uma força moderna e eficaz no cenário global até 2040. A incorporação de tecnologias disruptivas, como inteligência artificial, plataformas autônomas e sistemas de defesa cibernética, será um diferencial no campo de batalha e nas operações de defesa do território nacional.

Uma das novas capacidades mais importantes será a integração de sistemas de Comando e Controle (C2). Esses sistemas permitirão uma melhor coordenação entre diferentes unidades e forças, garantindo que as operações militares sejam conduzidas de maneira mais eficiente e com maior precisão. Além disso, a utilização de tecnologias de ponta, como drones e satélites, proporcionará uma superioridade informacional no campo de batalha.

A defesa antiaérea e antimísseis será outra capacidade crítica para a Força 40. Com o avanço de ameaças aéreas, como mísseis de cruzeiro e drones, o Exército precisará de sistemas robustos de defesa aérea para proteger o território brasileiro. Esses sistemas integrarão sensores avançados, capazes de detectar ameaças a longas distâncias, e plataformas de intercepção rápida.

O Exército também focará no desenvolvimento de sistemas de guerra eletrônica, que permitirão a neutralização de comunicações inimigas e o controle do espectro eletromagnético. Essa capacidade será essencial em operações de guerra híbrida, onde o controle das informações e das comunicações é tão importante quanto o combate físico.

Além disso, as plataformas autônomas, como veículos terrestres e aéreos não tripulados, desempenharão um papel importante nas operações futuras. Esses sistemas serão capazes de realizar missões de reconhecimento, vigilância e até mesmo combate, reduzindo o risco para os soldados e aumentando a eficácia das operações militares. Essas plataformas serão integradas ao sistema de Comando e Controle, permitindo uma coordenação eficiente com outras forças no campo de batalha.


10. Conclusão

O processo de transformação do Exército Brasileiro, conforme descrito no documento “Concepção de Transformação do Exército Brasileiro e do Desenho da Força 40 (2024-2039)”, traça um caminho claro e objetivo para a modernização da Força Terrestre. A Força 40 será altamente capacitada, pronta para enfrentar os desafios do futuro com o uso de tecnologias avançadas, novas doutrinas e militares altamente treinados.

O sucesso desse processo depende da implementação cuidadosa de cada fase do plano estratégico, incluindo o desenvolvimento de novas capacidades, a integração de novas tecnologias e a adaptação das estruturas organizacionais. A Força 40 será modular, flexível e capaz de operar em múltiplos domínios, desde o terrestre até o cibernético e o espacial.

Além disso, o Exército Brasileiro continuará a desempenhar um papel fundamental na defesa do território nacional e na promoção da paz e da estabilidade regional. A presença estratégica na Amazônia e a capacidade de resposta rápida a crises serão essenciais para garantir que o Brasil esteja preparado para enfrentar qualquer tipo de ameaça.

Por fim, o processo de transformação é contínuo. O Exército precisará se adaptar constantemente às mudanças no ambiente estratégico global, incorporando novas tecnologias e ajustando suas doutrinas conforme necessário. Com o planejamento adequado, a Força 40 representará uma das forças mais modernas e eficazes do mundo, capaz de proteger a soberania nacional e defender os interesses do Brasil em qualquer cenário.

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Sobre o autor
Gabriel Bacchieri Duarte Falcão

Oficial de Assessoria Jurídica do Exército Brasileiro.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

FALCÃO, Gabriel Bacchieri Duarte. Exército Brasileiro 2040: novas capacidades, novos desafios. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 29, n. 7791, 30 out. 2024. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/111410. Acesso em: 21 nov. 2024.

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