7. O Polo Antártico
Polo Antártico: Credito Imagem52
A Antártida ou Antártida, do grego ανταρκτικως, antarktikos, "oposto a ártico" é o mais meridional dos Continentes, com uma superfície de 14 (catorze milhões de Km2). Rodeia o Polo Sul e por esse motivo, está quase completamente coberta por enormes geleiras (glaciares), exceção feita a algumas zonas de elevado aclive nas cadeias montanhosas e à extremidade norte da Península Antártida. Juridicamente, a Antártida está sujeita ao Tratado da Antártida. Diga-se que o Polo Sul, na Antártida, é um Continente de terra firme coberto por uma espessa camada de gelo, cercado pelo Oceano Glacial Antártico. O Polo Norte, no Ártico é um Oceano Glacial Ártico congelado, cercado por terras extremo norte do Continente Americano, Europeu e Asiático. O símbolo do Polo Antártico são os pinguins.
7.1. Expedições à Antártida
Entre outros Exploradores que seguiram para Antártida, pode-se citar, James Cook (1728-1779)53 (FRS)54 que foi um Capitão inglês e um Explorador, Cartógrafo e Oficial da Marinha Britânica, que se tornou conhecido e famoso por suas 3 (três) viagens entre 1768 e 1779 aos Oceanos Pacífico e Antártico, mas, sem efetivamente pisar no Continente Antártico. Adrien Victor Joseph de Gerlache de Gomery (1866-1934)55, que foi um oficial belga da Marinha Real Belga, que liderou a Primeira Expedição Antártida Belga de 1897-1899, a bordo do Navio a Vapor, RV Bélgica, que é considerada a Primeira Expedição da Era Heroica da Exploração Antártica e a Primeira Expedição de Natureza Científica e a passar o inverno na região da Antártida. Entre seus Membros estavam Frederick Cook (1865-1940) um Explorador, Médico e Etnógrafo norte-americano, mais conhecido por supostamente ter sido o primeiro a chegar ao Polo Norte em 21/04/1908; e Roald Engelbregt Gravning Amundsen (1872-1928), Explorador norueguês das Zonas Polares. Registre-se, entretanto, que os três mais conhecidos e possíveis Descobridores do Território Continental da Antártida são Fabian Gottlieb von Bellingshausen (1778-1852)56, que liderou uma Expedição russa (1819-1821); Edward Bransfield (1785-1852)57 que chefiou uma Expedição britânica (1820); e Nathaniel Palmer (1799-1877)58, que esteve à frente de uma Expedição norte-americana de 1820. Todos reclamam ter chegado ao Continente em 1820 e provavelmente deve ter acontecido, porém, em meses ou dias diferentes: Bellingshausen em 20 de janeiro de 1820; Bransfield em 22 de janeiro de 1820; e Palmer em 18 de novembro de 1820.
7.2. Roald Engelbregt Gravning Amundsen
Roald Engelbregt Gravning Amundsen (1872-1928)59 foi um Explorador norueguês das Zonas Polares. Atravessou a passagem Noroeste que liga os Oceanos Atlântico ao Pacífico, na região Norte do Canadá em 1905. Liderou também, a Primeira Expedição à atingir o Polo Sul em 14/12/1911, a bordo do Navio Fran, denominação em homenagem ao Explorador e Cientista norueguês Fridtjof Nansen (1861-1930)60 um veleiro, tipo escuna com motor e velas, de 38,9 m ou 127 pés, tendo utilizado esquis e trenós puxados por cães, o que fez com que a sua viagem ao Polo, fosse relativamente rápida e sem maiores problemas. Amundsen partiu de Oslo, na Noruega e estabeleceu a sua base, Framheim, na Baía das Baleias, na Grande Barreira de Gelo, na Antártida. Amundsen escolheu 3 (três) Tenentes da Marinha como os seus oficiais da Expedição: Thorvald Nilsen (1881-1940), um navegador, segundo no comando; Hjalmar Fredrik Gjertsen (1885-1958), que embora não tivesse qualquer conhecimento de Medicina, foi designado para Médico da Expedição, sendo enviado para receber uma formação rápida em Cirurgia e Odontologia; Kristian Prestrud (1881-1927), oficial da Marinha; um artilheiro naval, Oscar Wisting (1871-1936) Explorador norueguês, que foi aceito depois de recomendado por Prestrud, vez que tinha habilidades para várias tarefas. Embora com pouco conhecimento em trenós puxados por cães, Amundsen escreveu que Wisting desenvolveu o seu próprio jeito com eles e tornou-se um Veterinário amador muito útil para a Expedição. Amundsen e mais 4 (quatro) membros da expedição, chegaram ao Polo, 5 (cinco) semanas antes do Grupo liderado pelo inglês Robert Falcon Scott, da Expedição Terra Nova. Amundsen e a sua Equipe regressaram sãos e salvos à sua Base, sendo informados, mais tarde, que Scott, e mais 4 (quatro) companheiros, tinham morrido na viagem de regresso. Amundsen foi ainda, o primeiro Explorador a sobrevoar o Polo Norte no Dirigível Norge, em 1926 e foi o Primeiro Explorador a chegar a ambos os Polos, Norte e Sul.
7.3. Robert Falcon Scott
Robert Falcon Scott (1868- 1912)61, Explorador britânico, chegou a Antártida em 17/01/1912. A Expedição Terra Nova (1910-1913), oficialmente, Expedição Britânica - Antártida saiu de Cardiff, no País de Gales, na Grã Bretanha com destino ao Polo Sul e foi liderada pelo Capitão Roberto Falcon Scott com o objetivo de ser o primeiro a atingir o Polo Sul, a bordo do Navio Terra Nova, com 57 m de comprimento, com motor e velas e uma tripulação de 65 homens, até chegar na sua Base, em Cabo Royds, da Ilha de Ross, de frente para o Estreito de McMurdo, na Antártida. Scott e 4 (quatro) companheiros, chegaram ao Polo em 17/01/1912 e verificaram que um Grupo Norueguês liderado por Roal Amundsen, já lá havia estado lá, no dia 14/12/1911, do ano anterior, tornando-se o primeiro a atingir o Polo Sul. Scott, e os outros 4 (quatro) membros, acabariam por perder a vida na viagem de regresso do Polo. Faleceram: Robert Scott (1868- 1912); Lawrence Oates (1880-1912), Henry Bowers (1883-1912), Edward Wilson (1872-1912) e Edgar Evans (1876-1912). Os corpos, Diários e Fotografias foram descobertos por um Grupo de salvamento 8 (oito) meses depois. A última entrada ou registro no diário de Scott, datada de 29/12/1912, a data presumível das suas mortes, termina com estas palavras: “Todos os dias estivemos preparados para ir para o depósito 18 km dali, mas, fora da tenda continua um cenário de tempestade. Penso que já não podemos esperar por algo melhor. Vamos ficar até ao fim, mas, estamos cada vez mais fracos, claro e o fim deve estar próximo. É pena, mas, acho que não consigo escrever mais. Pelo amor de Deus, olhem pelos nossos familiares”. R. Scott. Anos depois (1920), foi fundado em homenagem à Expedição, o Scott Polar Research Institute, na University of Cambridge 62.
7.4. Ernest Henry Shackleton
No verão de 1914, a bordo do Navio Endurance 63, o Explorador anglo-irlandês Sir Ernest Henry Shackleton (1874-1922)64 partiu da cidade de Plymouth, no Sudoeste da Inglaterra em 08/08/1914 em direção ao Atlântico Sul. Seu objetivo era fazer a primeira travessia terrestre do Continente Antártico, na Expedição Transantártica Imperial (1914-1917), também conhecida como Expedição Endurance que é considerada como a última grande Expedição da Idade Heroica da Exploração da Antártida. Primeiramente, chegou à Ilha Geórgia do Sul em 05/11/1914, sendo que depois retomou a viagem com uma navegação irregular e com muitas manobras quando deparou-se com cada vez mais placas de gelo (icebergs) e em 14/12/1944, encontrava em dificuldade de navegar. Para o desembarque, o Navio de Shackleton se encontrava preso em um bloco de gelo (icebergs), no Mar de Weddell, na Latitude 73S e 45ºO, que tem fronteiras terrestres definidas pela Baía formada pela Costa da Terra de Coats e da Península Antártida.
Em decorrência do acidente, o Navio ficou destruído, sendo utilizado como abrigo até a primavera quando o gelo quebrasse. Quando o momento chegou, Ernest Henry Shackleton (1874-1922)65 viu a oportunidade de retornar ao lar, no entanto, a embarcação estava repleta de fendas causadas pelos blocos de gelo, que possibilitaram a entrada de água, e ocasionaria o naufrágio do Endurance. Assim, já em 21/11/1915, o Endurance, ainda preso no gelo começou uma deriva para sul até 76°58′S. A partir daí, começou a mover-se com a placa para norte. Três dias depois, Shackleton tomou consciência de que iriam ficar presos no gelo durante o Inverno e deu instruções para abandonar a rotina a bordo. Os suprimentos e três barcos salva-vidas foram descarregados, enquanto a tripulação tentava fortalecer o casco do navio e bombear a água que já tinha entrado pelas fendas, mas, após poucos dias, debaixo de temperaturas geladas (-25 °C), Shackleton foi forçado a dar ordem para abandonar o Navio.
Diga-se que durante longos meses a tripulação do Endurance sobreviveu em placas de gelo em uma das regiões mais inóspitas do globo terrestre. Desesperados com a situação, Shackleton e os demais tripulantes iniciaram seus planos para retornar à civilização por meio de botes salva-vidas. Após o naufrágio do Endurance, Shackleton e 27 homens sobreviveram. Ele liderou uma tripulação de 5 marinheiros, em uma jornada épica para a Ilha Geórgia do Sul, onde conseguiu ajuda para resgatar todos os seus companheiros. Após uma jornada de 1.200 km, Shackleton e a tripulação chegaram à Ilha Geórgia do Sul, onde atravessaram a Ilha a pé, até um entreposto de baleeiros. Shackleton, finalmente, conseguiu ajuda na Argentina e do Chile e em agosto de 1916, o Navio rebocador Yelcho da Marinha do Chile, que resgatou os 22 homens restantes na Ilha Elefante, completando a jornada de resgate. Diga-se que o retorno e o reconhecimento à Shackleton e sua tripulação, que sob sua liderança e a sua capacidade de salvar a todos, ao retornaram à Inglaterra, inspiram outros aventureiros até os dias de hoje.
7.5. Amyr Klink
Entre outros Exploradores da Antártida da atualidade pode-se citar Amyr Klink (1955)66 que é um Explorador, Navegador, Empreendedor e Escritor brasileiro, orgulho do Brasil. Nascido na cidade de São Paulo, é filho de pai libanês e mãe sueca. Amyr Klink é formado em Economia, pela Universidade de São Paulo - USP e Pós-graduado em Administração de Empresa, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi o primeiro navegante, a fazer a travessia do Atlântico Sul a remo em 1984, a bordo do barco IAT 67. É conhecido por suas diversas Expedições Marítimas e teve o primeiro feito, amplamente divulgado entre 12 de junho a 19 de setembro de 1984, quando, em 100 (cem) dias, realizou a travessia solitária, a bordo do Barco IAT, a remo, no Oceano Atlântico Sul, em um percurso de 7.000 (sete mil) quilômetros, entre a cidade de Luderitz, na Namíbia, no Continente da África e a cidade de Salvador, Bahia, Brasil, no Continente da América do Sul. As dimensões do Barco IAT, eram de 5,94 metros de comprimento e no máximo, 1,52 metro de largura. A presença de Amir Klink, em alto-mar, munido da certeza de que, seria bem-sucedido no seu projeto de atravessar o Oceano Atlântico, revela a história de um Explorador e um Navegante e de um homem, que conviveu com a solidão, com seus sonhos e pensamentos, na sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida, na perspectiva da existência humana, ou do Existencialismo.
Em 1986, Amyr Klink participou de uma expedição nacional à Antártida. Na volta, começou a projetar o “Veleiro Paraty”. No dia 31/12/ 1989, Amyr Klink partiu de Paraty-RJ, Brasil, a bordo do Veleiro para sua Segunda Grande Expedição, rumo aos extremos do mundo, que durou 13 (treze) meses no Continente Antártico, onde ficou isolado, no gelo, durante 7 (sete) meses. No dia 02/02/1991, partiu em direção ao Ártico. Após 5 (cinco) meses de navegação, no dia 04/10/1991, depois de 642 dias e 50 mil Km, retorna para a Baía de Jurumirim, em Paraty-RJ, Brasil, completando a viagem. Em 1994, Amyr Klink iniciou a preparação do “Veleiro Paraty 2”. No dia 31/10/1998, partiu da Baía de Jurumirim, em Paraty-RJ, Brasil, e começou a Viagem de Circunavegação em torno da Antártida. O objetivo era partir de um ponto da Ilha Geórgia do Sul, e atravessar os Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico até retornar ao ponto de partida.
Em dezembro de 2003, depois de uma grande preparação do Veleiro “Paratii 2”, Amyr Klink deu início a mais uma Expedição e desta vez com 5 (cinco) tripulantes. O Paratii 2, tem 30 metros de comprimento (96 pés), 8,5 metros de largura (boca) e peso que varia de 75 toneladas a 110 toneladas (cheio). A Viagem de Circunavegação à Antártida durou 76 dias e percorreu 13,3 mil milhas náuticas, concluída em fevereiro de 2004. Nessa viagem tudo foi documentado permitindo a produção de uma série de 4 episódios, que teve vinculação internacional através do National Geographic Channel: “O Continente Gelado os Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, até retornar ao ponto de partida.
Em face dessas Expedições, surgiram, entre outras, as seguintes obras, agora do Escritor, Amyr Klink: “Cem Dias Entre o Céu e o Mar” (1985, Editora J. Olympio); “Paraty Entre Dois Polos” (1992, Companhia das Letras); “As Janelas do Paraty” (1993, Companhia das Letras); “Mar Sem Fim” (2000, Companhia das Letras). “Linha D’Água - Entre Estaleiros e Homens do Mar” (2006, Companhia das Letras); e, "Não há Tempo a Perder" (2016, Editora Tordesilhas).
7.6. João Lara Mesquita
Mar Sem Fim. Começa a retirada no Navio naufragado na Antártida68. Entre outros Exploradores da Antártida da atualidade pode-se citar também, João Lara Mesquita (1955)69 que é Explorador, Navegador, Jornalista, Ambientalista e Editor do Programa Mar Sem Fim, que divulga e protege o Meio Ambiente Marinho e que no período de 2005 e 2007, percorreu a bordo do Veleiro Morgan, mais tarde, rebatizado de Mar Sem Fim70, um navio de 46 pés, que percorreu quase 10 mil quilômetros da cidade do Oiapoque (AP) até a cidade de Chuí (RS), passando pelos rios da Amazônia. Essas viagens náuticas deram origem ao Programa Mar Sem Fim, exibido pela TV Cultura e aos 2 (dois) volumes do Livro Brasil Visto pelo Mar Sem Fim. Em outubro de 2009/2010, Mesquita e Equipe partiram para uma Expedição à Antártida, com o objetivo de pesquisar o impacto do aquecimento global sobre os Oceanos. Em 2011/2012, Mesquita e Equipe partiram novamente para uma Expedição à Antártida, para produzir novos documentários sobre o aquecimento global, porém tiveram problemas com os motores da Embarcação e depois de superado o problema, enfrentou forte tempestade que acabou por ocasionar o naufrágio do navio em 07/04/2012.
Na Expedição Mar Sem Fim à Antártica (2011/2012), o Barco do mesmo nome, naufragou em 07/04/2012, próximo à Ilha Rei George, onde estava fundeado, em frente à Base Presidente Eduardo Frei, do Chile, na Península Fildes, após uma forte tempestade na Antártida com ventos de mais 90 nós. Assim, pelo Protocolo de Madri de 1991, que é um Tratado Internacional, para a exploração da Antártida, é de responsabilidade de cada País a remoção de eventuais detritos deixados na região. A inspiração para o nome do Navio veio do Poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), que escreveu “O mar português é o mar sem fim”. A Operação de retirada da embarcação Mar Sem Fim, que naufragou em 07/04/2012 na Antártida e pouco depois apresentou sinais de vazamento de óleo, começou em janeiro de 2013. A Embarcação de 20 metros era de propriedade do Navegador e Jornalista brasileiro João Lara Mesquita, ex-diretor da Rádio Eldorado, do Grupo Estado.
Pelo Protocolo de Madri, Tratado Internacional de 1991, está consignado que para a exploração da Antártida é responsabilidade de cada País a remoção de eventuais detritos deixados na região. Por ocasião do naufrágio em 07/04/2012 do Navio Mar Sem Fim, os militares chilenos fizeram o resgate do Comandante Mesquita e de sua tripulação, ficando todos salvos. Apesar de o naufrágio do Navio Mar Sem Fim, ter acontecido há vários meses, foi preciso esperar o verão seguinte da Antártida e o consequente derretimento do gelo, para iniciar a Operação de Resgate e Remoção. Como a embarcação tinha bandeira brasileira, a remoção ficaria a cargo da Marinha, caso o proprietário não limpasse a área. O Navegador e Jornalista Mesquita acompanhou o resgate na Antártida, que foi um trabalho conjunto da Marinha do Brasil, Chile, Argentina, além do apoio de russos e chineses bem como, pela empresa privada Nautilus que foi contratada por Mesquita para fazer o chamado reflutuamento do Barco. Concluída a operação de resgate em 31/01/2013, não se constatou nenhum vazamento de combustível e ou dano ambiental na Antártida, missão cumprida. O navio "Mar Sem Fim" na Antártida foi rebocado até a cidade de Punta Arenas, no Chile por uma empresa contratada e na partida, disse Mesquita: “E ao imenso e possível oceano, Ensinas estas Quinas, que aqui vez; Que o mar com fim será grego ou romano; O mar sem fim é português71”. O Navio de Socorro a Submarinos Felinto Perry, da Marinha do Brasil deu apoio no resgate, custeado pelo Capitão Mesquita. No Youtube está disponível o Documentário do Mar Sem Fim.
7.7. O Polo Antártico e o Tratado da Antártida
Como já observado, os gregos, no ano 350 AC., sabiam sobre o Polo (extremidade, limite, topo), Ártico, ao Norte do Globo, nomeado por eles de Arktos (Urso). Todavia, eles acreditavam que deveria haver também, a fim de equilibrar o mundo, uma massa de terra gelada, também no Sul, à qual, deram o nome de Ant - Arktos, ou Antártico (ant = oposto do Ártico (não Urso). O Polo Antártico ou Polo Sul, é considerado como um Continente, na medida em que, há porções de terras recobertas por elevadas camadas de gelo e que ao contrário do Polo Norte, o Polo Sul apresenta variações de altitude, o que deixa mais frio, nas regiões mais altas. Entre os animais que vivem na Antártida, são destaques os pinguins, além, de leões-marinhos, focas, baleias algumas espécies de aves,
Para melhor conhecer a Terra72, ao longo dos tempos houve Expedições marítimas, com notáveis Navegadores e Exploradores, tais como Marco Polo, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães, Cristóvão Colombo, Charles Darwin, Roald E. G. Amundsen, Robert Falcon Scott, Amyr Klink entre outros. A Antártica ou Antártida, do grego ανταρκτικως, antarktikos, "oposto a ártico", é o mais meridional dos Continentes, com uma superfície de 14 (catorze) milhões de Km2. Rodeia o Polo Sul e por esse motivo, está quase completamente coberta por enormes geleiras (glaciares), exceção feita à algumas zonas de elevado aclive nas cadeias montanhosas, e à extremidade norte da Península Antártida. Juridicamente, a Antártida está sujeita ao Tratado da Antártida de 195973.
A Antártida é o Continente (pois possui áreas de terras) mais frio do mundo, ficando quase integralmente congelado ao longo de todo o ano. É o Continente com clima e vegetação mais uniforme, sendo o clima polar do frio antártico caracterizado por seu frio extremo e constante por ser seco (de certa forma, a Antártida é um Continente desértico) apesar das águas oceânicas e da água congelada em abundância no Continente, com uma vegetação que se resume basicamente em musgos e liquens (tundra). O derretimento das Calotas Polares é o maior problema ambiental que atinge o Continente Antártico, especialmente, na sua região ocidental. O aquecimento global e o buraco na Camada de Ozônio são causados, em especial, pela poluição atmosférica de vários Países ao redor do mundo, especialmente, os Países desenvolvidos e Países emergentes e esse problema ambiental causa o derretimento das Calotas Polares que, por sua vez, vão elevar o nível das águas oceânicas e causar problemas em outros Continentes, notadamente, na Oceania.
Para estudar estes problemas ambientais bem como outras coisas relacionadas ao Continente menos populoso do mundo, diversos Países de todo o globo, assinaram um Acordo em que a Antártida permaneceria intacta para fins Pacíficos e de Pesquisa. Por conta disso, muitos Países possuem Bases Científicas em solo antártico, incluindo o Brasil com a Estação Comandante Ferraz74. Hoje, 29 Países possuem Bases Científicas na Antártida: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Bélgica, Bulgária, Chile, China, Coréia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, Federação Russa, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Reino Unido da Grã-Bretanha, República Checa, Romênia, Suécia, Ucrânia e Uruguai.
Juridicamente, a Antártida está sujeita ao Tratado da Antártida de 1959, pelo qual, as várias Nações que reivindicavam territórios do Continente (Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido da Grã-Bretanha) concordam em suspender as suas reivindicações, abrindo o Continente Antártico, à exploração científica.