Capa da publicação Neoliberalismo em crise e ascensão da extrema-direita
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Crises convergentes: neoliberalismo em crise, falha social-democrata e a ascensão da extrema-direita no século XXI

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Resumo:


  • O artigo aborda a interconexão entre o declínio do projeto neoliberal, o aumento da desigualdade socioeconômica e a ascensão da extrema-direita em escala global.

  • Discute como a extrema-direita capitaliza o descontentamento, ativando respostas cerebrais primitivas e explorando o vazio existencial gerado pelas crises contemporâneas.

  • Explora a distorção de ideais, como o anarquismo de direita, e a influência das novas tecnologias de mídia na sociedade aberta, destacando a importância do diálogo entre teorias para fortalecer as defesas democráticas.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

7. A COOPTAÇÃO E DISTORÇÃO DE IDEAIS: O "ANARQUISMO" DE DIREITA

É fundamental notar que, paradoxalmente, algumas correntes da extrema-direita se aproximam retoricamente de um ideal de "menos Estado" ou "ausência de governo", embora com objetivos diametralmente opostos aos do anarquismo político tradicional.

O anarquismo clássico, historicamente associado à esquerda, defende a abolição de toda hierarquia, seja do Estado, do capitalismo, do racismo ou do patriarcado, visando uma sociedade baseada na autogestão e na cooperação voluntária. Contudo, surge no cenário político o anarco-capitalismo, uma vertente que, embora advogue a dissolução do Estado, o faz em favor de um sistema onde todas as relações sociais e serviços (como segurança e justiça) seriam privatizados e regulados exclusivamente pelo mercado livre e pela propriedade privada.

Essa ideologia, popular em certos círculos ultraliberais e da extrema-direita – com pensadores como Murray Rothbard e David Friedman (filho de Milton Friedman) como seus principais teóricos – difere crucialmente do anarquismo clássico por não questionar, mas sim radicalizar o capitalismo. Para o anarquismo original, o capitalismo é inerentemente uma forma de dominação e exploração. O anarco-capitalismo, ao contrário, sustenta que o mercado, livre de qualquer interferência estatal, é a forma mais eficiente e moral de organizar a sociedade, negando a necessidade de qualquer bem público provido pelo Estado e defendendo que até mesmo a defesa e a justiça seriam melhor providas por empresas privadas em concorrência.

A "liberdade" promovida é predominantemente econômica, priorizando a propriedade privada e contratos voluntários acima de qualquer noção de igualdade social ou solidariedade coletiva que caracterizam outras correntes anarquistas. Essa retórica de "desmantelamento do Estado" utilizada pela extrema-direita, muitas vezes, não visa a emancipação social proposta pelo anarquismo, mas sim a desregulamentação em benefício do grande capital e a remoção de "amarras" ao poder econômico das elites.

O Estado que a extrema-direita deseja reduzir é o Estado social e regulador, enquanto frequentemente fortalece o Estado policial e militar para manter a ordem e a segurança, contradizendo o ideal anarquista de ausência de coerção e hierarquia. Essa instrumentalização de conceitos anarquistas distorce profundamente seus princípios originais de igualdade e solidariedade, buscando apenas a liberdade econômica sem responsabilidade social.

Essa instrumentalização ecoa os perigos alertados por Popper sobre as ideologias que, sob o manto de uma aparente liberdade, buscam impor novas formas de controle e hierarquia.

A tecnologia digital amplifica essa dinâmica. Redes sociais e algoritmos, ao favorecerem o engajamento emocional e a polarização, exploram nossos vieses cognitivos e a tendência a buscar informações que confirmem nossas crenças. Estudos recentes mostram que a desinformação online se espalha mais rapidamente e atinge mais pessoas do que informações verdadeiras.

Uma pesquisa publicada na Science em 2018 (Vosoughi, Roy e Aral) analisou tweets e descobriu que notícias falsas são 70% mais propensas a serem retuitadas do que notícias verdadeiras, e que a informação falsa atinge seus primeiros 1.500 usuários seis vezes mais rápido do que a informação verdadeira. Isso cria um ciclo vicioso de desinformação, onde a "verdade" é construída por validação social.

O uso de microtargeting subverte a racionalidade deliberativa (Habermas, 1996). A obra Mídia e Democracia (FGV ECMI, 2025) reforça a urgência de compreender essas dinâmicas.

As promessas de soluções totais da extrema-direita ecoam os alertas de Karl Popper em A Sociedade Aberta e Seus Inimigos (1945). Popper critica as "sociedades fechadas", dogmáticas e avessas ao pensamento crítico. A ascensão de movimentos que deslegitimam a ciência e atacam a imprensa livre representa uma ameaça direta à "sociedade aberta", que valoriza a liberdade de pensamento e a adaptação racional.


8. DIÁLOGO ENTRE TEORIAS: RUMO A UMA ARQUITETURA CEREBRAL DA DEMOCRACIA

A análise das crises atuais através das lentes de Piketty, Popper, Habermas, Honneth, Jung e Frankl revela uma compreensão mais rica e complexa. A evolução dos paradigmas do Estado, conforme Carvalho (2009), demonstra a capacidade adaptativa (ou a falta dela) das estruturas sociais.

Karl Popper, com sua defesa da "sociedade aberta", estabelece um fundamento ético e epistemológico contra as "grandes utopias" da extrema-direita. A democracia, para Popper, é o melhor sistema por permitir a correção de erros sem violência, ativando o córtex pré-frontal para raciocínio complexo.

Jürgen Habermas oferece um arcabouço normativo para a operacionalização da sociedade aberta. Sua democracia deliberativa, centrada na ação comunicativa e na inclusão do outro (1996), é essencial para a legitimidade democrática. No cenário atual, a insistência de Habermas em esferas públicas vibrantes e racionais é crucial, dado o ataque à mídia tradicional e a proliferação de "câmaras de eco" digitais.

Axel Honneth complementa Habermas, aprofundando as experiências subjetivas de desrespeito que impulsionam os conflitos. Suas três esferas de reconhecimento explicam que os conflitos são sobre a negação de dignidade e valor. A extrema-direita capitaliza os sentimentos de desvalorização e perda de estima social, que a análise puramente discursiva ou econômica não captura.

A inclusão de Carl Gustav Jung adiciona profundidade psicodinâmica. As respostas coletivas a crises são influenciadas por padrões arquetípicos universais. A retórica da extrema-direita toca em arquétipos como o do Pai Forte, do Inocente e da Sombra. A "colonização do mundo da vida" (Habermas) e a "negação do reconhecimento" (Honneth) criam um vácuo que abre espaço para a projeção de fantasias e temores inconscientes na política.

Finalmente, a logoterapia de Viktor Frankl oferece uma dimensão existencial vital. A busca por sentido é a força motivadora primária. A precarização econômica, o desrespeito e a desorientação geram um profundo vazio existencial. A extrema-direita, ao prometer um sentido pré-fabricado e totalizante, preenche esse vazio, mesmo que de forma ilusória.

O diálogo entre esses pensadores revela que as crises são um complexo tecido onde a desigualdade material se entrelaça com a negação de reconhecimento, a ativação de forças psíquicas arcaicas e a frustração existencial, desafiando as instituições democráticas e as condições para um debate público racional e inclusivo.


9. O FUTURO INQUIETO: NEOLIBERALISMO, SOCIAL-DEMOCRACIA E EXTREMA-DIREITA NA ERA DIGITAL – UMA BATALHA PELAS MENTES

O cenário atual sugere que as crises são reflexo de transformações estruturais. O futuro do neoliberalismo, da social-democracia e da extrema-direita estará ligado à forma como as sociedades lidam com as desigualdades persistentes e como as novas tecnologias de mídia remodelam o espaço público, atuando em nossos circuitos neurais.

O neoliberalismo, apesar de sua incapacidade de gerar prosperidade generalizada, persistirá, defendido por elites. No entanto, a crescente consciência de seus custos pode levar a versões mais "suaves" do capitalismo. O desafio é saber se essa adaptação mitigará as desigualdades que alimentam o ressentimento popular.

A social-democracia precisa reencontrar sua relevância, indo além das pautas neoliberais e apresentando um projeto robusto de redução da desigualdade, como tributação progressiva e fortalecimento dos direitos trabalhistas (Piketty, 2021). O desafio é reconstruir a confiança do eleitorado popular e dialogar com as ansiedades geradas pela globalização, sem cair no nacionalismo excludente, e oferecendo soluções para os sentimentos de desrespeito (Honneth) e revitalizando a esfera pública deliberativa (Habermas).

A extrema-direita continuará proeminente, capitalizando o descontentamento e as ansiedades culturais, com o uso estratégico das novas tecnologias de mídia. O ambiente digital, com algoritmos que favorecem o engajamento emocional, é terreno fértil para narrativas populistas, ativando o sistema límbico e a amígdala. A extrema-direita não busca o debate racional da "sociedade aberta" de Popper, mas a imposição de dogmas. Seus líderes exploram os sentimentos de desrespeito e a busca por reconhecimento, prometendo restaurar uma suposta ordem. O perigo reside na erosão das instituições democráticas, aproximando-se de uma "sociedade fechada" popperiana.

A persistência da extrema-direita também se explica pela sua habilidade em mobilizar os arquétipos do inconsciente coletivo (Jung, 1968) e a busca por sentido (Frankl, 1984).

A tecnologia será uma espada de dois gumes. Se, por um lado, pode ser instrumento de manipulação e polarização para a extrema-direita, por outro, pode ser uma ferramenta para fortalecer a democracia. A educação midiática, o fact-checking e a regulação inteligente das plataformas digitais serão essenciais para preservar uma esfera pública funcional.

A proliferação de desinformação é um desafio quantificável; um relatório de 2023 do Reuters Institute (Digital News Report 2023) mostrou que a confiança nas notícias tradicionais continua em declínio em muitos países, enquanto o consumo de informações em redes sociais aumenta, criando um ambiente onde a desinformação pode prosperar. No Brasil, 34% dos entrevistados no estudo de 2023 confiam em "notícias em geral", um número abaixo da média global de 40%.

Em última análise, o futuro da democracia dependerá da capacidade das sociedades de construir um novo pacto social que não apenas enfrente a desigualdade econômica (Piketty), mas que também promova o reconhecimento e a dignidade (Honneth), defendendo os valores de uma sociedade aberta e deliberativa (Popper, Habermas) contra as forças autoritárias e a manipulação dos impulsos do inconsciente coletivo (Jung) e da busca por sentido (Frankl).

A constante evolução do Estado Democrático de Direito será central para essa batalha, exigindo flexibilidade cognitiva e adaptativa.


10. MECANISMOS DE RESILIÊNCIA DEMOCRÁTICA: FORTALECENDO AS DEFESAS

Diante do cenário de crises convergentes, torna-se imperativo discutir os mecanismos de resiliência democrática que podem ser acionados e fortalecidos. A democracia não é estática; sua capacidade de adaptação e renovação é fundamental para sua sobrevivência.

Um dos pilares da resiliência reside no fortalecimento da educação cívica e midiática. Em um ambiente infodêmico, a capacidade crítica dos cidadãos de discernir informações verídicas de desinformação é vital. Iniciativas que promovem o letramento digital, o pensamento crítico e a compreensão dos mecanismos de polarização algorítmica podem atuar como uma vacina social contra a manipulação. Isso inclui programas educacionais, campanhas de conscientização e o apoio a organizações de fact-checking.

Outro mecanismo crucial é a reforma e regulação inteligente das plataformas digitais. Não se trata de censura, mas de estabelecer marcos regulatórios que responsabilizem as empresas de tecnologia pela disseminação de conteúdos nocivos, pela proteção de dados e pela transparência de algoritmos. A pressão pública e legislativa para que essas plataformas operem de forma mais ética e socialmente responsável é um caminho para mitigar seus efeitos negativos sobre a deliberação pública e a formação da opinião. A autorregulação com supervisão externa e o desenvolvimento de algoritmos que priorizem informações de qualidade sobre o engajamento emocional são estratégias potenciais.

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Além disso, a revitalização das esferas públicas e dos canais de diálogo democrático é essencial. Isso envolve o investimento em mídias públicas independentes, o apoio ao jornalismo de qualidade e a criação de espaços físicos e virtuais para o debate construtivo, que transcendam as "câmaras de eco" digitais. Iniciativas de orçamento participativo, assembleias cidadãs e fóruns deliberativos podem empoderar a população e restaurar a confiança nas instituições.

Finalmente, a reconstrução de um Estado de bem-estar social robusto e inclusivo é um mecanismo de resiliência fundamental. Conforme Piketty (2021) sugere, a redução das desigualdades extremas por meio de políticas fiscais progressivas (como a tributação de grandes fortunas e heranças) e a garantia de acesso universal a serviços públicos de qualidade (saúde, educação, segurança social) podem diminuir o ressentimento e a vulnerabilidade social que a extrema-direita explora.

Um Estado que garante dignidade e oportunidades para todos é um Estado que fortalece a base da própria democracia, respondendo às demandas por reconhecimento (Honneth) e preenchendo o vazio existencial (Frankl).


11. CONCLUSÃO FINAL: REINVENTANDO O CONTRATO SOCIAL EM TEMPOS DE CRISE

O cenário político global que emerge desta análise revela uma complexa teia de crises interligadas, impulsionadas pelo declínio do neoliberalismo, pela crescente desigualdade e pelo consequente enfraquecimento das forças políticas tradicionais.

A visão de Thomas Piketty sobre as dinâmicas de concentração de capital e o papel das ideologias na justificação das desigualdades oferece uma base sólida para entender o profundo ressentimento popular que a extrema-direita soube tão eficazmente canalizar. O grande desafio para a democracia no século XXI reside em encontrar e fortalecer mecanismos que não só revertam a concentração de riqueza e poder, mas que também consolidem as instituições democráticas.

É preciso oferecer respostas políticas e econômicas robustas que restaurem a confiança dos cidadãos — um pilar fundamental para a estabilidade social, intrinsecamente ligado aos nossos sistemas de crença e reciprocidade. Isso significa repensar o papel do Estado, promovendo políticas fiscais mais justas e progressivas, como o imposto progressivo sobre a riqueza global que Piketty defende, e construindo alternativas econômicas que priorizem a coesão social e a sustentabilidade ambiental em detrimento da acumulação irrestrita de capital.

A reconstrução de uma narrativa ideológica que legitime a igualdade e a participação, em contraposição às ideologias que justificam a desigualdade, é crucial. A história da igualdade, como argumenta Piketty, é um processo contínuo de lutas e decisões políticas. O avanço da igualdade no futuro dependerá da nossa capacidade coletiva de confrontar as ideologias que justificam a desigualdade e de construir "novas instituições de propriedade, educação e tributação para o século XXI" (Piketty, 2021, p. 245).

Além disso, a salvaguarda da integridade democrática no ambiente digital, através de medidas de regulação, educação midiática e combate à desinformação, conforme as propostas do projeto Mídia e Democracia, emerge como uma frente indispensável para a resiliência das democracias contemporâneas.

A lição fundamental de Karl Popper em A Sociedade Aberta e Seus Inimigos (1945) serve como um lembrete perene: a tentação de soluções totalitárias, que prometem uma sociedade perfeita e eliminam a incerteza e o debate, é a maior ameaça à liberdade. A democracia, em sua essência, é um sistema de "engenharia social fragmentada", onde os erros podem ser corrigidos e a sociedade pode evoluir sem a necessidade de revoluções violentas ou a imposição de uma visão única (Popper, 1945, Vol. I, p. 158) – um processo que exige a ativação constante de nossos circuitos de aprendizado e adaptação.

Nesse contexto, a teoria da democracia deliberativa de Jürgen Habermas, especialmente como apresentada em A Inclusão do Outro (1996), oferece um arcabouço normativo essencial para a reconstrução democrática. A defesa dos direitos humanos e da soberania popular como "co-originais" (Habermas, 1996, p. 257) é fundamental para garantir tanto a autonomia privada quanto a pública dos cidadãos, permitindo que a vida democrática se renove e se adapte aos desafios.

Como Carlos Eduardo Araújo de Carvalho (2009) pontua, a própria ideia do Estado moderno já incorpora o "projeto" do Estado Democrático de Direito, e seus paradigmas – Liberal, Social e Democrático de Direito – representam uma evolução contínua na busca pela realização dos direitos e da legitimidade. Essa evolução não é apenas legal, mas um processo cognitivo e social contínuo.

Para que a democracia possa responder efetivamente aos desafios atuais, é imperativo que ela não apenas defenda suas instituições formais e a racionalidade do debate, mas também reconheça e valide as experiências de vida de todos os seus cidadãos.

A falha em enfrentar as demandas por reconhecimento, em suas dimensões econômicas, jurídicas e culturais, bem como a busca por sentido na vida (Frankl, 1984), corre o risco de aprofundar a polarização e a erosão das liberdades democráticas, com consequências imprevisíveis para o futuro global.

A compreensão do Estado Democrático de Direito como um sistema em constante "reconstrução paradigmática" é crucial para garantir que ele permaneça um pilar da justiça e da liberdade (Carvalho, 2009), um compromisso que exige nossa vigilância e engajamento contínuos.


Referências Bibliográficas

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Sobre o autor
Carlos Eduardo Araújo de Carvalho

Doutor em Direito - Universidade de Roma La Sapienza - Programa de Doutoramento em 30º Ciclo - concorso 2013-2014; Mestre em Direito Processual pela Universidade Católica de Minas Gerais em maio / 2007; Especialização em Direito e Processo Constitucional pela Universidade Metodista Izabela Hendrix em dez / 2004. Graduada em Direito pela Faculdade de Humanidades da Universidade FUMEC em Jul / 2003. Assessorou a FGV - Fundação Getúlio Vargas 05/2016; Assessorou PSB MG - PARTE SOCIALISTA Brasileira Minas Gerais na campanha eleitoral para Governador do Estado de Minas Gerais em 2014 e o Deputado Estadual Djalma Diniz de 02/2009 a 12/2010, é atualmente Professor Visitante - Pesquisador, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Deputado I do IEC-Instituto de Educação Continuada PUCMinas; I Professor Adjunto do Centro Universitário Newton Paiva; Professor Associado e Membro do Conselho no núcleo das disciplinas de Processo Civil da Faculdade de Direito do Centro Universitário de Sete Lagoas - UNIFEMM, Professor Núcleo Estruturador (NDE), Coordenador do TCC, Membro do Conselho Editorial do Jornal Jurídico e Adjunto Professor Kennedy Faculdade de Direito e membro da Comissão de Apoio aos Movimentos Sociais da OAB / MG, com especialização em Direito Empresarial, Constitucional, Econômico-Administrativo, PPP, Concessões, Cível, Preventivo e Contencioso. Publicou 1 livro especializado sobre teoria do direito e processo, a saber: "Legitimidade das nomeações: fundamentos da ordem jurídica democrática", 2 capítulos de livros, destacando os "Fundamentos Racionais de Decisões Legais" e 7 artigos em revistas profissionais, entre eles citados: Ativismo em Crise ". Ele participou de 16 eventos no Brasil e 41 conselhos de exames. Dirigiu 30 trabalhos de conclusão do curso de graduação em Direito e 01 de pós-graduação sensu. Tem 06 diretrizes em andamento. Ele recebeu dois prêmios e / ou honras. Em seus Lattes, os termos mais frequentes no contexto da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Democracia, Direito Processual Constitucional, Direitos e garantias, Estado de direito democrático, Jurisdição de acesso, Estado constitucional, democrático, Hermenêutica, Jurisdição, Abuso de Direito. Fraude Contencioso e juros

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

CARVALHO, Carlos Eduardo Araújo. Crises convergentes: neoliberalismo em crise, falha social-democrata e a ascensão da extrema-direita no século XXI. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 30, n. 8090, 25 ago. 2025. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/115345. Acesso em: 5 dez. 2025.

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