O posto de gasolina

15/04/2014 às 09:22

Resumo:


  • O autor observa uma mulher que está sempre no posto de gasolina e decide se aproximar para conversar com ela.

  • A mulher, chamada Norma, revela ser essencial para o funcionamento do posto e tem um contrato que a impede de ser demitida.

  • Apesar de uma tentativa de flerte por parte do autor, Norma responde de forma educada e impessoal, levando-o a refletir sobre o significado mais profundo de sua presença e valores.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

O Posto de Gasolina é uma Crônica sobre a Teoria da Norma jurídica vista a partir de fatos corriqueiros do dia a dia.

O Posto de Gasolina

Por: Nilson Efigênio Gomes[1]

Para compreender a Teoria da Norma é preciso apreendê-la partindo de uma ótica de que ela está no pensamento lógico. E para começar vamos materializar o pensamento a partir de fatos corriqueiros do dia a dia.

Diariamente passo em frente ao posto de gasolina.

Em alguns dias abasteço meu carro e em outros, passo apenas porque faz parte da minha rotina.

Chamou-me a atenção uma mulher que todos os dias está no posto de gasolina.

Intrigado com esse fato, escolhi me aproximar.

Cheguei ao posto, fui em sua direção e disse:

- Olá! Poderia abastecer o meu carro?

- Posso sim! Gasolina ou Álcool?

-Gasolina, por favor!

E continuei puxando conversa e logo perguntei:

-Vejo você todos os dias aqui, por que você não folga?

-Verdade! Estou sempre aqui! Não folgo porque minha presença é essencial para o funcionamento do posto de gasolina! Disse ela.

Logo indaguei, na tentativa de desconcertá-la:

- É mesmo? Se for demitida?

Friamente ela me respondeu:

-Não posso ser demitida! Esta clausula consta no meu contrato.

Pensei comigo, que interessante, um bom partido para uma conquista.

Não é muito bonita, mas também não é feia, tem um emprego vitalício, não folga, mostra-se forte e organizada. Vou ver no que dá. Comecei logo pelo básico:

- Bonita assim, você deve ter namorado não é?

Ela sorriu e logo pensei, vai cai na minha!

- Na verdade não tenho namorado. E é bem verdade que não valoro o sexo com gênero. Disse ela.

Tive um sentimento de frustração, mas não deixei ela perceber, até porque pelo que entendi ela gosta dos meninos e das meninas. Assim a “vaca não foi para o brejo”. Pior seria se ela só gostasse das meninas, pois, ai seria concorrência desleal eivada de vicio de favorecimento. Ainda estou na parada, sou menino e tenho chance!

E fui mais longe no meu pensamento:

Passei a considerar que precisava mesmo conquistá-la, dessa forma seria favorecido frente aos demais. Vou tentar mais uma investida:

-Então!!! Estava pensando em lhe fazer uma proposta! O que acha?

E ela se pos a me ouvir.

-Poderia ser dono do seu coração?

- Faz sentido seu desejo! Ta vendo essa fila aqui? Notou que ela dobra a esquina? Todos eles desejam o mesmo que você! Melhor marcar sua vaga no final da fila! Disse-me ela.

Estranhamente, mais uma vez foi educada e impessoal na sua resposta.

Decidi não ir para a fila e desejei saber seu nome.

- Como posso tratar você?

- Chamam-me de Norma.

Acabei por apreender seus verdadeiros valores e coloquei-me a admirá-la, uma vez que a compreendi no pensamento lógico de que a sua essência é cuidar das coisas no meu universo, mas isso não posso deixar aqui de outra forma. Não há formula pronta.

Caso tenha lido o texto e não apreendeu a Norma, recomendo que volte no Posto de Gasolina.

Ouro Preto, 03 de Abril de 2014.


[1] Nilson Efigênio Gomes possui graduação em BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (2011), pós-graduação com titulo de ESPECIALISTA EM GESTÃO PÚBLICA (2013). Atualmente graduando em Direito na FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS.

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Sobre o autor
Nilson Efigênio Gomes

É graduado como BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (2011), pós-graduação com titulo de ESPECIALISTA EM GESTÃO PÚBLICA também pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (2013). Atualmente graduando em Direito na FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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