A banana de Charles Robert Darwin

30/04/2014 às 08:27
Leia nesta página:

O racismo de alguns torcedores europeus é tão ridículo que nem merece mais ser objeto de discussão jurídica. Melhor recorrer à biologia e ao humor para desacreditá-lo.

Somos todos descendentes de primatas, que há milhares de anos eram semelhantes aos macacos. Evoluímos desde então segundo Charles Robert Darwin. Os mais aptos teriam tido mais sucesso.

O episódio envolvendo o torcedor, o jogador e a banana é uma prova empírica da correção da teoria de Charles Robert Darwin.

Jogar fora um alimento saudável ao invés de estocá-lo é algo irracional, a conduta não prova superioridade e sim déficit cognitivo e evolutivo. Apanhar a banana atirada e se alimentar dela, por outro lado, é uma atitude perfeitamente racional, pois o que fez a espécie humana evoluir não foi o desperdício e sim a economia (o uso racional de coisas necessárias e escassas, como alimentos, água, bens materiais, etc...).

Há mais, o europeu que jogou a banana, branco e supostamente educado, estava na platéia. O brasileiro escurinho, supostamente inferior, estava no centro do espetáculo. Uma comparação entre os salários de ambos revelaria que o jogador ganha milhares de vezes mais que seu ofensor. O ofendido, porém, agradeceu a banana e dela se alimentou. O fruto é rico em potássio, uma substância que garante o bom desempenho da musculatura humana. O símio queria ofender o atleta e, no entanto, o ajudou a fazer bem o que ele faz melhor.

O ato cometido pelo torcedor racista é duplamente irracional. É irracional do ponto de vista econômico, é irracional também do ponto de vista e esportivo, pois ele beneficiou a pessoa que pretendia ofender. Sua deficiência cognitiva e evolutiva está, portanto, satisfatoriamente demonstrada.

O jogador brasileiro, mais bem sucedido e melhor adaptado, certamente tem mais chances de produzir prole saudável do que o torcedor europeu que o ofendeu. Darwin estava certo. Todos nós somos símios, mas os símios escurinhos brasileiros  tem melhores possibilidades evolutivas que seus parentes europeus brancos que demonstram limitações cognitivas.

Assuntos relacionados
Sobre o autor
Fábio de Oliveira Ribeiro

Advogado em Osasco (SP)

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Leia seus artigos favoritos sem distrações, em qualquer lugar e como quiser

Assine o JusPlus e tenha recursos exclusivos

  • Baixe arquivos PDF: imprima ou leia depois
  • Navegue sem anúncios: concentre-se mais
  • Esteja na frente: descubra novas ferramentas
Economize 17%
Logo JusPlus
JusPlus
de R$
29,50
por

R$ 2,95

No primeiro mês

Cobrança mensal, cancele quando quiser
Assinar
Já é assinante? Faça login
Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Colabore
Publique seus artigos
Fique sempre informado! Seja o primeiro a receber nossas novidades exclusivas e recentes diretamente em sua caixa de entrada.
Publique seus artigos