Fazer o que se gosta

#DepartamentoasQuintas

25/09/2014 às 10:50
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Parece algo tão simples, mas tão distante da realidade: Fazer apenas o que se gosta de se fazer.

Contudo, gerações inteiras de pessoas que estão no mercado estão adotando esta filosofia, sem filosofar muito sobre o assunto.

Como assim?

Em qualquer trabalho que se faça, sempre haverá o prazer e a parte chata. Nunca é 100%.

Você é professor e ama dar aulas. Ótimo! E corrigir provas? E perguntas idiotas? Ninguém gosta.

Você é advogado e ama atender clientes. Ótimo! E viajar 300 km para ir numa audiência cancelada no dia da sua viagem? E o cliente que liga todos os dias só pra ver se mudou alguma coisa no processo? Ninguém gosta.

Não há 100% de prazer em tudo que se faz, mas sempre há algum prazer naquilo que fizemos.

Obviamente, se você gosta de advogar, extrair um dente não será algo que você gostará se fazer, pois são situações muito diferentes.

No universo profissional, esta realidade é nítida.

Alguns jovens pensam que são o centro do universo – pensam que tudo orbita ao redor deles – e depois percebem que o centro do universo é o sol e não a Terra (algo que Galileu já havia dito há séculos atrás, mas…) e que a função deles é que é importante e não apenas o corpo ou aquilo que representam.

Aliás, muitos (inclusive nem tão jovens assim) esquecem que para uma empresa a função é essencial e o seu trabalho dentro desta função é preponderante para o sucesso da empresa como um todo.

Pensar que é o máximo e que não precisa disto ou aquilo é um problema maior do que apenas egocentrismo.

Quem pensa que não precisa lançar num sistema porque tem tudo na cabeça; Ou, não preciso conversar com outras pessoas, afinal, lido com tecnologia; Ou ainda não preciso atender bem o cliente, posto que todos os dias tenho mil clientes para atender… Está se achando o centro do universo e na verdade, fazendo um baita prejuízo para empresa que trabalha.

Os porquês disto ocorrerem são variados, vai da criação ou não criação de valores pela família, passa por uma escola que virou um comércio, onde notas valem dinheiro, carros, etc e uma sociedade de cargos e valores questionáveis para o amadurecimento dos valores familiares… Ufa! Não é fácil não.

Entretanto, fazer aquilo que se gosta é viável em muitos casos, embora prescinda de trabalho, batalha, dificuldades e muitas vezes fazer o que não se gosta primeiro.

É uma equação complexa, mas não impossível.

E, cuidando do ego, dos valores e das relações interpessoais, tudo fica mais simples, fácil e atingível.

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Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Atuo com consultoria em gestão, tecnologia, marketing estratégicos e implementação de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados LGPD. Prefere mandar email ou adicionar nas redes sociais? [email protected] Algo mais direto como Whatsapp, Telegram ou Signal? (51) 98163.3333

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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