Eleições: valorize seu voto

25/09/2014 às 10:43
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Os eleitores devem ficar atentos aos políticos que foram eleitos e logo em seguida assumiram alguma pasta junto ao Executivo; estes não merecem ocuparem qualquer cargo novamente. Também precisam ficar atentos aos que se elegeram.

A palavra cidadania possui vários significados, mas, de uma forma genérica, ela pode ser entendida como o exercício de direitos, não só pensando em benefício próprio, mas também no da coletividade. Ser cidadão é participar da vida da cidade, cobrar das autoridades, denunciar, saber o que está sendo feito com o dinheiro público proveniente dos impostos, votar com consciência, mostrando caminhos que os munícipes podem seguir para “participar” ativamente da vida da cidade.

Muitos políticos prometem mundos e fundos na hora em que precisam se eleger, se dizendo até amigos das pessoas das quais necessitam para obter êxito nos seus pleitos. Após a vitória, as promessas não são cumpridas e os tais amigos das horas difíceis são esquecidos. Os políticos “comem e depois que estão no poder, viram o cocho”, ignorando as pessoas que os ajudaram.

Cabos eleitorais devem tomar muito cuidado ao serem contratados para trabalhar em prol de candidatos. Quem vende seu voto, além de ajudar um mau político a se eleger, está a cometer um crime. Por isso nunca venda seu voto, e se alguém tentar comprá-lo exerça a sua cidadania: denuncie ao Juiz Eleitoral e ao Promotor de Justiça, pois só assim teremos representantes no Senado, Câmara  Municipal, Estadual e Federal  que estarão à altura dos anseios do povo.

Tanto os eleitores e cabos eleitorais quanto os políticos devem tomar o máximo de cuidado no pleito eleitoral, visto que a Justiça Eleitoral, ao ser questionada em relação aos abusos eleitorais, tem agido com rigor; basta verificar os números de Prefeitos cassados no pleito de 2004-2008. A Justiça Eleitoral tem avançado muito no que se diz respeito ao abuso eleitoral por parte dos políticos.

A intenção é mostrar que a responsabilidade do eleitor vai além do voto, fiscalizar o trabalho dos políticos que ele ajudou a eleger é fundamental.

Todavia, a representação política não deve ser meramente teórica, pois uma democracia autêntica e real exige efetiva participação popular nas decisões governamentais e, em especial, na escolha de seus representantes. Mister se faz a adequação de mecanismos que ampliem a eficácia de representatividade, quer sejam preventivos, por meio de um maior interesse do cidadão nas eleições; quer sejam repressivos, por meio de práticas de Democracia semidireta, pois, como adverte Dalmo Dallari, a crise de Democracia representativa pode gerar regimes autoritários.

Se o povo não tem participação direta nas decisões políticas e se, além disso, não se interessa pela escolha dos que irão decidir em seu nome, isso parece significar que o povo não deseja viver em regime democrático, preferindo submeter-se ao governo de grupo que atinja os postos políticos por outros meios que não as eleições.

Boa parte dos políticos se elege com a proposta de apresentar projetos em benefício da população. Porém, ao serem eleitos, seus eleitores constatam que foram enganados, visto que estes políticos que apresentaram uma proposta de trabalho para beneficiar a população carente sequer chegam a assumir os cargos, pois são convocados para assumir secretarias junto ao Executivo. Ali ficam por volta de 03 anos e meio exercendo cargo de confiança, e em véspera das eleições estes políticos assumem o cargo na Câmara, Senado e na Câmara de Vereadores. Então passam a visitar suas bases para se reeleger sem ter colaborado para melhorar a situação efetivamente, ou seja, voltam novamente prometendo novos benefícios para a população carente.

Os eleitores devem ficar atentos aos políticos que foram eleitos e logo em seguida assumiram alguma pasta junto ao Executivo; estes não merecem ocuparem qualquer cargo novamente.  Também precisam ficar atentos aos que se elegeram e não corresponderam aos anseios da comunidade; estes também não merecem ser reeleito. OLHO NELES!

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Sobre o autor
Sergio Furquim

Possui graduação em Direito pela Universidade São Francisco (1984). Pós graduação em Direito Previdenciário Pela Escola Paulista de Direito Social (2014). Atou como presidente da 56ª Subseção da OAB/MG - Camanducaia, por 04 mandatos . Autor dos livros: Mensagens positivas e Artigos que refletem a realidade brasileira.Jamais deixe de lutar- Você é o construtor do seu futuro. Só consegue alcançar seu objetivo quem tem persistência- Mmorias do Advogado que luta por justiça.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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