Um paradoxo que muitos tem medo, outros chegam a sonhar com isto e tem gente que ao ler o título vai até abrir um sorriso…
Contudo, sinto informar aos desesperados e anti-advogados de plantão que não, computadores não podem substituir a advocacia.
E o principal motivo é a inteligência.
Alunos de uma universidade estão tentando, mas ao lermos a reportagem percebemos claramente que não passa de um grande banco de dados de jurisprudência e decisões, ou seja, um Google jurídico gigante.
Um grupo de estudantes da Universidade de Toronto criou um “advogado virtual” com base no Watson, o supercomputador da IBM.
Chamado de Ross, o sistema está sendo apoiado pela própria IBM, e será oferecido para advogados e escritórios de advocacia como um serviço baseado na nuvem que pode responder questões jurídicas.
O usuário faz uma pergunta e o sistema gera uma resposta concreta, citando um precedente, além de sugerir leituras relevantes ao tema e uma porcentagem de chances de que aquela resposta esteja certa.
Se um novo caso que seja relevante entre no banco de dados, o Ross irá alertar seu usuário no smartphone.
“Basicamente, o que nós construímos é o melhor pesquisador jurídico do mundo. Ele é capaz de fazer em segundos o que um advogado levaria horas”, afirma Andrew Arruda, um dos criadores do Ross.
A IBM anunciou que irá dar aos estudantes livre acesso à plataforma do Watson e ainda estuda realizar um investimento na startup que eles formaram para vender o serviço.
Para criar o Ross, a equipe da Universidade de Toronto alimentou o sistema da IBM com um grande volume de precedentes jurídicos e leis do mundo inteiro.
Mas o que torna a máquina poderosa é a capacidade de computação cognitiva que possui, ou seja, de continuar aprendendo e melhorando à medida que os advogados a usem.
Agora, a intenção dos estudantes é fazer acordos com tribunais, para que eles alimentem o programa assim que novos julgamentos e processos estejam disponíveis em seus sistemas.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/2015/01/estudantes-criam-advogado-virtual-baseado-em-supercomputador-da-ibm.shtml
Mesmo com todas decisões do mundo, mesmo com interpretação cognitiva onde ele pode selecionar o que seria mais adequado ao caso, uma máquina não consegue substituir a inteligência de um profissional que não conta apenas com conhecimento técnico, mas conta com bagagem de vida, inteligência emocional, raciocínio para perceber que mesmo uma tese difícil pode ser usada sob outro prisma, enfim, nada substitui um bom profissional.
Lógico que para alguns tipos de profissionais este tipo de máquina representa um perigo e para alguns tipos de clientes este tipo de máquina seria a solução.
Contudo, para este tipo de advogado e este tipo de cliente, a resposta padrão e pouco criativa do Ross é o suficiente mesmo.
E para você, a tecnologia é útil ou representa um perigo?
Não menospreze a sua profissão.
Use a tecnologia para ganhar tempo e use este tempo para desenvolver melhor a sua inteligência e capacidade.
Você é um conjunto de habilidades a serviço do seu cliente e não apenas um depósito de leis.
Valorize-se!