Há vagas para a cidadania

08/10/2015 às 23:07
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Trata-se de um texto onde se busca enfocar o momento político, econômico e estrutural, hoje vivenciado no país, conclamando aos leitores para que ocupem espaços, que surgem em momentos como o relatado, fazendo-se uma reflexão na visão do Ac. de Direito.

           A MARCHA DE 16/8 E SEUS FRUTOS

A crise gera desemprego, recessão, desencontro de ideias, radicalismos e sacrifícios.

No entanto, é esta mesma crise que gera uma oportunidade que, em tempos de bonança, nem lembramos que existe.

Uma oportunidade ilimitada, voltada a todos sem distinção de sexo, cor, credo, nível cultural, posição hierárquica ou profissão, e que, tanto é dada ao governo, como aos empresários, empregados, aos sindicatos, entidades classistas, aos políticos e a todas as pessoas deste país.

E é justamente neste momento mais difícil da nação, em que o desemprego e a recessão são realidades, que as VAGAS estão abertas.

Há VAGAS para aqueles que estejam dispostos a resgatar os maiores e mais importantes valores do homem: a humildade, a caridade, o altruísmo, o senso de comunidade, o cuidado com a família e o respeito a condição humana.

Há VAGAS, sim, senhores. Há VAGAS para quem esteja disposto ao sacrifício, ao trabalho e cuja maior recompensa não seja medida em valores taxados e passageiros.

Mas pela constatação, todos os dias, de que somos capazes de sair do desvio onde nos encontramos e retomar o nosso caminho: o caminho do desenvolvimento, do progresso e do crescimento comum a todos os brasileiros.

E para preencher estas VAGAS, não dependemos de alguém que nos avalie, não teremos chefes, nem patrões, nem empregados. Teremos apenas a voz de nossa consciência, medindo nossa capacidade de mudar as coisas; de substituir a inútil lamúria pela determinação de fazer; de substituir os braços cruzados pelas mãos construtivas; de substituir a obstinada decisão e protestar contra o presente pela responsabilidade a favor do futuro; de substituir a mera e fácil acusação de defeitos pela constatação de nossos reais e indiscutíveis potencialidades.

São estas VAGAS que existem. Para todos os brasileiros. VAGAS para um grande trabalho, sediado em nossa cabeça, manifestado por nossa voz e por nossas mãos.

Um trabalho que exige equilíbrio e bom senso.

Sem a amargura do derrotismo nem a alienação do otimismo vazio. Mas que se ampara, basicamente, na capacidade de pensar positivamente.

Na capacidade de deixar de lado as pequenas questões, se comparadas com a grande questão nacional.

Deixar de lado o radicalismo, que gera o impasse e a perda de um tempo precioso para o país.

Deixar de lado a vingança pessoal, que não faz o menor sentido, porque nada constrói. E ainda ajuda a destruir o que nos resta.

Há VAGAS, sim, para quem esteja disposto a ceder um pouco de si para todos: seja na compensação do seu trabalho, seja no lucro do seu negocio, seja no dogma da sua cor partidária.

Para quem esteja disposto a ceder um pouco do seu presente para as próximas gerações. Para os empresários que não queiram deixar como herança uma fábrica cercada de miséria, para os empregados que não queiram deixar como herança o desemprego de seus filhos, para os políticos que não queiram deixar como herança um governo forte à custa de um povo fraco.

Há VAGAS para quem seja capaz de pensar séria e determinadamente no amanhã. Que seja capaz de tomar este momento, não como um momento de se apegar ao poder, à custa do sacrifício da democracia.

Há VAGAS para quem esteja disposto à ação, a formar um mutirão, uma grande corrente construtiva. Uma corrente de união e consenso.

Somente assim teremos condições de retomar a consciência de grande nação que somos. A mesma nação que atraiu milhares de colonizadores, milhares de imigrantes que aqui encontraram a paz e a oportunidade que buscavam.

A mesma nação da qual nos orgulhamos em muitas oportunidades. A mesma nação que nos emocionou com muitas conquistas no campo das ciências, das artes, dos esportes, e porque não, da politica. E que, de repente, parece que estamos esquecendo.

Por isso tudo, há VAGAS para quem esteja disposto a resistir à ideia de desistir do Brasil.

E que esteja disposto, também, a abandonar o transe, a hipnose da crise, gerados pelo bombardeio pessimista a que estamos submetidos todos os dias.

E que esteja disposto, ainda, a fazer parte com fé e confiança, determinação, paciência, segurança e consciência absoluta de que assim estaremos, todos os dias, encontrando soluções para nossos problemas.

E mais do que isso: estaremos enfrentando aqueles que pensam que somos capazes de esmorecer e deixar nosso país à própria sorte.

Ocupem suas VAGAS, como muitos estão fazendo, mas que, numericamente, ainda estamos aquém, do que deveríamos ser.

Com isso, estaremos ocupando, também, o Brasil.

Com gente disposta a fazê-lo cumprir o seu grande destino.

Colegas estudantes em geral, muito especialmente aos de Direito, HÁ VAGAS para serem preenchidas no contexto brasileiro, e, é nosso dever ocupá-las, sendo que, é através desta consciência, que o Direito / Advocacia procura ocupar seu espaço, através de seus exercentes, muito especialmente através dos olhos sonhadores dos acadêmicos, que vislumbram a profissão ideal, algumas vezes, como sabemos bem dissociada da realidade, de um país onde os mais comezinhos princípios de ética, moralidade, lealdade, eficiência, probidade e impessoalidade são, infelizmente, subvertidos.

Por tudo isto se conclama, não só aos acadêmicos de Direito, mas à sociedade brasileira como um todo: lutemos, como nossos bravos antepassados fizeram em nossa história, contra este atual Brasil, onde o desmando, a farra com o dinheiro público, a inversão de valores morais, em que o toma lá da cá, está sempre presente e, especialmente, aqueles que estão encastelados no poder, mas que, infelizmente, ainda acham que a péstia da impunidade a eles se aplica.

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              As VAGAS estão postas, o que ficou bem clarividente com o espetáculo de cidadania por todos vislumbrado, na marcha de16/08/2015, portanto, ocupemo-las!

         

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Sobre o autor
Gilberto Linhares Teixeira

Estudante de Direito – FANESE – 6º PERÍODO

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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