A internet é sem sombra de dúvidas um grande passo dado pela humanidade. Ela revolucionou a comunicação e o relacionamento social. Até pouco tempo atrás não era uma realidade para muita gente. Somente aqueles que conheciam técnicas de programação podiam produzir conteúdo. A maioria dos internautas se limitavam a navegar em sites produtores desse conteúdo. As redes sociais ampliaram as possibilidades. Passou a ser possível o compartilhamento e a interação entre os internautas, que, por sua vez, também puderam produzir o seu próprio material, opinando sobre questões políticas, profissionais, cotidianas e afetivas.
Todavia esse avanço na comunicação também trouxe consigo malefícios. A utilização inescrupulosa desse ambiente virtual tem gerado muitos problemas. Atualmente é corriqueiro e até “normal” pegar um vírus de computador, ou nos depararmos com perfis e informações falsas. Além disso, a falta de educação e o desrespeito da vida “real” também migraram para a vida “virtual”. Ataques preconceituosos, em razão da cor, sexo, idade, aparência, dentre outros, virou algo que comumente acontece nas redes sociais.
Diante desse quadro é crescente o número de processos judiciais que visam a condenação, nas esferas cível e penal, de internautas. Entre as condutas ilícitas mais comuns temos a ameaça, pedofilia, instigação ao suicídio, estelionato, fraude, violação aos direitos da personalidade, calúnia, injúria, difamação, que, consequentemente, ensejam o dever de indenizar à vítima por danos materiais ou morais.
Por isso, é importante ficar atento ao que “curtir”, “compartilhar” ou “seguir” nas redes sociais. Ao curtir ou compartilhar estar-se-ia ajudando a propagar algo, verdadeiro ou falso. O problema é que quando isso viola os direitos de outra pessoa, se estará cometendo um ato ilícito, que, inclusive, pode ser considerado crime, conforme o caso. Isto porque, ao ajudar a propagar a informação demonstra-se que o usuário concorda com aquilo que está ajudando a divulgar. O que se faz no mundo “virtual” tem consequências no mundo “real”. Um simples clique, e uma informação, uma foto ou vídeo comprometedor pode arruinar a vida de uma pessoa.
Assim, a responsabilidade alcança todos aqueles que compartilham mensagens e, nelas opinam de modo ofensivo. A liberdade de expressão não é absoluta. Não pode violar direito de outrem. Portanto, seja responsável na internet, curta a verdade e compartilhe um mundo melhor.