A instabilidade financeira, inflação e desemprego em alta, aliados a um clima de insegurança geral, causa intranquilidade e receio nos brasileiros acerca do que os aguarda neste difícil cenário de recessão econômica. Então, em tempos de crise, vale a máxima: "Melhor prevenir que remediar!"
Nosso orçamento, assim como o do país, precisa de ajustes e planejamento, mais do que nunca. Sendo assim, a formação de uma reserva de emergência pode ser o ponto de partida para manter nossa vida financeira num patamar menos inseguro e instável, ao mesmo tempo que nos permitirá alçar voos maiores a curto e médio prazo.
A reserva de emergência é uma poupança formada para contornar imprevistos: uma perda de emprego, um problema de família ou uma emergência médica. Alguns especialistas dizem que essa reserva tem que equivaler a, pelo menos, seis meses da sua renda; outros dizem que ela deve equivaler a um tempo um pouco maior.
O ideal é que os profissionais procurem saber qual é o tempo de recolocação, em média, no mercado de trabalho na sua área de atuação. Ciente disso, pode-se fazer uma previsão de quanto tempo, em média, levariam para se recolocar no mercado e o valor que sua reserva de emergência deve ter para conseguirem se manter durante esse período.
Também é importante investir em aplicações financeiras líquidas, ou seja, aquelas que permitem o resgate a qualquer momento. Como exemplo desse tipo de aplicação financeira, citamos o tesouro Celic - que é o título do Tesouro Direto, atrelado à taxa Celic. Essa aplicação permite ao investidor o resgate do valor antes do vencimento, sem prejuízos.
Existem os títulos bancários, como CDB's, LCI's, LCA's; lembrando que os CDB's têm uma liquidez maior. Há também, como opção, os fundos de investimento. Se o investidor optar pelos fundos de investimento, é preciso ficar atento se o fundo escolhido não vai ter uma taxa de administração muito alta.
É preciso ter em mente que essa reserva é feita com o objetivo de cobrir emergências, não para buscar retornos muito expressivos. Às vezes, é bom deixar uma parte dessa reserva investida na poupança, por ser um investimento de extrema liquidez e que faz frente, rapidamente, às emergências que possam surgir.
A reserva de emergência também é muito importante para se começar um projeto de planejamento financeiro. Ela é, muitas vezes, o primeiro passo para se ter uma vida financeira mais organizada para, mais tarde, partir para outros investimentos, com o objetivo de curto e médio prazo.