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Os herdeiros do holocausto, onde estão?

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15/08/2004 às 00:00
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II. IDENTIFICANDO AS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO E SEUS HERDEIROS

Após termos feito algumas considerações sobre o instituto da responsabilidade internacional, adentraremos agora ao assunto maior deste trabalho monográfico, que é a identificação daqueles que podem impetrar perante a comunidade internacional, ações visando indenização e/ou reparação dos danos causados pelo sistema nazista.

Para chegarmos a esse ponto, mister se faz tecer alguns comentários sobre a história do Holocausto nazista, em especial analisar algumas correntes de pensamentos a respeito desse triste episódio da história humana.

1. Revisionismo histórico e a negação do Holocausto

Após o período do Nazismo, a Alemanha se viu numa situação tormentosa. As feridas nazistas não cicatrizavam e as lembranças dos horrores da guerra não silenciavam.

Após a Guerra do Vietnã, os alemães passaram a ter uma nova visão a respeito da responsabilidade pelos atrocidades cometidas em nome do regime do Terceiro Reich, pois puderam sentir que o morticínio não era exclusividade do Nazismo.

Mesmo assim a Alemanha não conseguiu se livrar totalmente do pesado fardo que a História não pudera apagar. Até os anos 50 esse fardo era redimido pelos enormes pagamentos de indenizações e reparações aos sobreviventes do Holocausto e a Israel. Porém, uma Alemanha rica e democrática exigia uma imagem mais cristalina do seu passado.

Essa busca por "limpar" o passado desencadeou uma luta incessante entre os historiadores, que procuraram dar um paliativo para o capítulo do Nazismo.

Para muitos historiadores, se o passado se recusava a deixar de existir, mister seria, então, reconstruí-lo, retocá-lo, com algumas imagens de benevolência.

Disse o historiador Josef Joffe: Se não se podia limpar a mancha ancestral, talvez fosse possível fazer os crimes (nazistas) empalidecerem, jogando sobre os crimes dos outros uma luz ofuscante.

Dessa forma, se o passado não passa, alguns historiadores, a partir da década de 60, tentaram reinterpretá-lo.

Alguns historiadores nacionalistas tentaram minimizar a época nazista como um "curto período de apenas 12 anos", que ocorrera como forma de resposta à crise européia.

Assim, o Nazismo teria cumprido uma importante função, como uma reação à permanência do sistema feudal e aristocrático do país.

A Alemanha, antes do Nazismo possuía uma estrutura social rígida e hierarquizada, que paralisava a ação parlamentar. Através do movimento nazista o povo teria, então, encontrado um a política social eficiente que, conseguiu tirar 8 milhões de alemães do desemprego, além de criar indústrias modernas, organizações trabalhistas, auto-estradas, que beneficiaram a unificação das regiões e contribuíram para nivelar as classes sociais.

Para esses historiadores, o Holocausto não pode ser negado, mas procuram evitar sua problemática, descaracterizando-o como um fenômeno único na História.

Paulatinamente, surgiram os "revisionistas", partindo da assertiva de George Orwell, de que "quem controla o passado também controla o futuro".

Para estes historiadores, o estado de guerra que teria sido originado por alguns judeus, justificaria os crimes de Hitler. O mesmo teria ocorrido com Stalin, Truman e os soldados americanos no Vietnã. Os revisionistas são adeptos visíveis do pensamento de que "um erro justifica outro".

Finalmente, com maior audácia, os "negadores do Holocausto" procuram dar passos maiores na destruição da História. Contam com o apoio de pseudo-cientistas para divulgarem que "o Holocausto jamais existiu". Segundo eles, tudo não passaria de mentiras divulgadas por judeus que objetivam o declínio do Ocidente e a extorsão do povo alemão, para o crescimento do Estado de Israel.

A negação do Holocausto é a mais cruel manifestação do anti-semitismo atual, atingindo os sobreviventes já idosos, novamente vitimados, agora em sua memória, bem como os herdeiros das vítimas.

Assombra-nos verificar que tais pensamentos ainda pairam sobre a cabeça da Humanidade.

Como podem historiadores quedar-se de maneira tão estranha diante de fatos que podem ser facilmente comprovados?

Com o grande avanço da ciência nos últimos anos, inclusive no campo da Arqueologia, não se constitui tarefa difícil a investigação de fatos ocorridos a menos de um século.

Não é difícil comprovar a existência do Holocausto e quem foram suas reais vítimas, a menos que haja interesses obscuros por trás da ocultação dos verdadeiros fatos.

Assim, já podemos aqui observar que a questão do Holocausto é envolta em interesses, que por vez, se manifestam em nítida má vontade de indenizar as vítimas, ou seus sucessores.

Há de ser muito árdua a luta pela justiça, no sentido de que venha à luz a responsabilidade internacional do Estado perante as vítimas do Holocausto.

Porém, como demonstraremos no transcorrer desse ensaio, há meios científicos e históricos seguros para se identificar quem são os herdeiros e sucessores judeus que podem figurar no pólo ativo das ações de responsabilidade internacional.

2. A indústria do Holocausto

Desde sua fundação em 1948, o Estado de Israel não era visto como algo de muita importância, principalmente para os judeus americanos. Até a guerra de 1967, muito pouco valor se dava à questão do Holocausto nazista. Porém, após esse acontecimento, Israel passou a ser visto como um forte aliado para o sustento do poderio norte-americano. Não foi quando estava fraco e temeroso, mas quando mostrou sua força na Guerra dos Seis Dias, que a ajuda americana a Israel aumentou consideravelmente.

Impressionado com o aparato bélico israelense e sua força de guerra, os EUA passaram a "bajular" o Estado de Israel.

Israel passou a não mais ser visto como a vítima fraca e passiva, mas sim como herói militar.

Para os EUA, no entendimento de FINKELSTEIN, um Israel independente em paz com seus vizinhos não teria valor; um Israel alinhado a correntes do mundo árabe, em busca de uma independência dos EUA, seria um desastre. Só seria possível um Israel espartano grato ao poder americano, pois só assim os líderes judeus americanos poderiam agir como porta-vozes das ambições imperiais americanas. (cf. 2001, p. 35).

Para se mostrar "amiga" de Israel, a colônia judaica americana explorou o Holocausto nazista após o conflito árabe-israelesne de junho de 1967, inclusive defendendo que na época da guerra, Israel agiu dominado pelo medo de um segundo Holocausto.

O alardeamento de uma suposta onda de anti-semitismo contribuiu muito na questão de levantamento de fundos para Israel. Para os interesses americanos fazia-se mister manter Israel sempre na posição de vítima, pois assim conseguia-se apoio, doações, dinheiro.

A partir de então, aqueles que por razões várias camuflavam sua origem judaica, passaram a demonstrá-la orgulhosamente.

E dessa forma, começaram a surgir inúmeros pedidos indenizatórios de supostas vítimas ou supostos herdeiros das vítimas do Nazismo.

Muitos passaram a se aproveitar da situação para tirarem proveito dela, estorquindo indenizações, ao se passar por herdeiro legítimo, sem que assim o fosse.

Essa situação se agigantou tanto que, passou a existir em quase todo o planeta aquilo que no dizer de FINKELSTEIN, é uma verdadeira "Indústria do Holocausto". Uma indústria que granjeia milhões de dólares, através de movimentos de "despertamento do Holocausto", cujo objetivo não é entender o passado, mas sim, manipular o presente, em busca de lucros materiais, sem se importar com o desrespeito à memória daqueles que de fato tenham sofrido os horrores do anti-semitismo hitleriano.

Ao final do regime nazista, havia em torno de 1.000 sobreviventes judeus. Hoje, o número desses sobreviventes, obviamente, deve ser bem menor. Porém, o que se observa é que esse número cresceu virtiginosamente, levando-nos a questionar que se todos os que se declaram sobreviventes o forem de verdade, então, quem Hitler matou?

Não é preciso fazer difíceis cálculos matemáticos para se chegar a essa conclusão.

Quanto àqueles que se dizem herdeiros das vítimas, a situação se afigura um pouco mais complexa, sendo necessário fazer-se uma maior "investigação" para se chegar à conclusão de que o reclamante da indenização/reparação está na linhagem sucessória de alguma vítima da Holocausto.

Porém, não se constitui tarefa impossível, como demonstraremos brevemente ainda neste capítulo.

Essa situação, como explanado, não é nova. Há muito tempo que a Indústria do Holocausto vem agindo sorrateiramente e sem escrúpulos. Mas nada disso justifica a inércia dos Estados em indenizarem as reais vítimas. Se existem aqueles que se beneficiam ilicitamente do sofrimento alheio para angariar lucros, por outro lado, existem aqueles que verdadeiramente são legitimados a se beneficiarem da responsabilidade internacional dos Estados.

Deve-se, então, ser averiguado quem é de fato uma vítima ou herdeiro de vítima do Holocausto, com legitimidade para socorrer-se na Corte Internacional de Justiça, bem como quem é trapaceiro.

Mais uma vez afirmo que é possível identificar as vítimas e seus herdeiros. Demonstrarei as razões da minha afirmação no tópico a seguir.

3. A função da empresa IBM na era nazista

Quando subiu ao poder, em 1933, Hitler prometeu publicamente realizar uma limpeza étnica e, para tanto, seria necessário dizimar os judeus, que segundo sua acepção, era uma raça inferior, que poderia trazer diversos problemas à Humanidade.

Embuído em seu sinistro intento, Hitler não mediu esforços para dizimar os judeus europeus. Já em abril do mesmo ano, 60.000 judeus haviam sido aprisionados e cerca de 10.000 haviam fugido da Alemanha, espalhando-se por todo o mundo.

Porém, muito rapidamente o mundo inteiro reagiu às atrocidades nazistas demonstrando que não assistiria passivamente ao massacre de judeus.

Surgiu então, a idéia de um boicote antigermânico, que rapidamente se alastrou por todo o planeta. A idéia era que "em nome da humanidade todas as empresas parassem de fazer negociações com Adolf Hitler" (BLACK, 2001, p. 45).

As grandes empresas da época encararam o movimento antinazista como algo a que deveriam se juntar em nome dos interesses morais e comerciais, tendo como questionamento se o comércio com a Alemanha justificava o risco econômico e decadência moral.

A empresa norte-americana IBM (5), de Mr. Watson, também enfrentou esse dilema. Entretanto, Watson sabia perfeitamente que um governo em reorganização e um governo que monitorasse de perto a sociedade era bastante promissor para a IBM, e com esse pensamento, o dilema moral simplesmente deixou de existir.

Dominando mundialmente a técnica de cartões perfurados Hollerith, a International Business Machines tornara-se uma grande instituição mundial que, na visão de Watson, perduraria para sempre.

Watson percebera rapidamente que a Alemanha nazista seria para a IBM, a "galinha dos ovos de ouro". Na Alemanha, Watson colocaria a tecnologia de cartões perfurados à disposição de Hitler para rastrear, controlar, supervisionar e arregimentar o povo judeu. Quando soube que Hitler pretendia estender o Reich a outros países, Watson viu as chances de crescimento ainda mais ampliadas.

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Na vanguarda de trabalhadores de Hitler destacavam-se os estatísticos, que possuíam a missão de identificar os judeus para conseqüentemente serem eliminados. Dessa forma, os serviços de Estatística oferecidos pela IBM eram de grande valor para o Terceiro Reich.

Na mesma época em que empresas americanas cancelavam seus negócios com a Alemanha, Watson partiu para uma grande expansão comercial com este Estado.

Durante a totalidade de 12 anos de existência do regime nazista, a IBM colocou toda sua alta tecnologia à disposição de Hitler, para o genocídio do povo judeu e domínio de território.

Como bem salientado por BLACK (2001, p. 73)

Os interesses em jogo deveriam ser altos para que Watson ignorasse o gigantesco protesto de um país e desprezasse o grito de guerra do mundo em prol do isolamento comercial da Alemanha, pois a IBM manteve seu compromisso firme em relação à aliança com a Alemanha Nazista.

Os gerentes da sucursal alemã da IBM (Dehomag) eram devotos fervorosos do movimento nazista.

Heidinger, um dos gerentes, por exemplo, disse que a Dehomag era semelhante a um médico, no sentido de que dissecava cada célula do corpo alemão. Sinistramente concluía seu raciocínio afirmando que

Estamos orgulhosos de ajudar nessa tarefa, que fornece ao Médico de nosso país (Adolf Hitler) o material que necessita para seus exames. Nosso Médico, então, será capaz de determinar se os valores calculados estão em harmonia com a saúde de nosso povo. Também significa que, se tal não for o caso, nosso Médico será capaz de adotar medidas corretivas para reparar as circunstâncias patológicas.

Para que o plano de limpeza étnica de Hitler se concretizasse seria necessário identificar os judeus, ou seja, quais dos alemães eram judeus e qual a definição da palavra "judeu".

Para os partidários do Nazismo era necessário que o sangue judeu fosse rastreado o mais longe possível e isso incluía não somente a filiação religiosa, mas também a ascendência. Os nazistas se dispuseram a destruir não apenas os judeus religiosos, mas toda a linha hereditária judaica.

Para tanto se fazia mister um gigantesco sistema de identificação, uma tecnologia bastante desenvolvida para dar sustentação ao serviço de triagem de todo aquele que possuísse algum vínculo hereditário ou religioso com o Judaísmo.

E esse sistema de identificação, a IBM, através da sucursal alemã Dehomag, pode fornecer, sem reservas, ao Reich.

Em 12 de abril de 1933, Hitler anunciou que haveria recenseamento de todo o povo alemão. Desde então o processo de identificação começara.

Os recenseamentos na Alemanha há muito identificavam aqueles que possuíam filiação religiosa ao Judaísmo. Mas isto não era suficiente para que a ideologia nazista fosse colocada em prática, haja vista que durante a Grande Guerra, as migrações trouxeram muitos judeus para a Alemanha, os quais ninguém sabia quem eram, onde viviam ou qual seu trabalho.

Grande parte da população alemã vivia na Prússia. Conseguir a identificação dos prussianos já seria bastante proveitoso, porém o empreendimento deveria ser grande e o governo prussiano era incapaz para tanto. Mas a Dehomag da IBM tinha a capacidade necessária e não mediu esforços para levar a efeito o recenseamento.

Em junho de 1933 meio milhão de recenseadores partiram para a prodigiosa tarefa de buscar informações de porta em porta.

Com o alto investimento da IBM, já em setembro do mesmo ano, milhares de caixas contendo as fichas preenchidas à mão chegaram ao Complexo Censitário de Alexanderplatz, em Berlim. As fichas preenchidas à mão logo seriam processadas por métodos automáticos, cujas informações passariam para os cartões perfurados Holerith.

A quantidade de dados armazenados num cartão era determinada pelo número de orifícios e colunas. O significado dos dados resultava das diferentes combinações de orifícios que, dependendo da coluna onde se localizava, representava uma característica biográfica.

Por exemplo, a coluna 22 "Religião" devia ser perfurada no orifício 1 para protestante, no orifício 2 para católico e no orifício 3 para judeu.

Ao ser identificado um judeu, seu local de nascimento era registrado em um cartão separado.

Com essas informações colhidas através de uma realização sem precedentes para a IBM, o ódio racial ao povo judeu seria exarcebado e assim, as manifestações anti-semitas seriam deflagradas através de leis e regulamentos que restringiriam a presença dos indesejáveis judeus em toda manifestação profissional, comercial ou governamental.

Com as informações dos cartões hollerith da IBM, tornou-se fácil para o movimento nazista, a tarefa de localizar os judeus que seriam exterminados.

Em verdade, o negócio da IBM nunca foi o Nazismo, o anti-semitismo, o genocídio ou a limpeza étnica; sempre foi dinheiro. E movida pelo desejo de monopolizar o mercado, a IBM colaborou fielmente com o regime Hitler, transformando a benção da tecnologia de cartões perfurados em maldição para os direitos humanos, ao possibilitar a funesta execução do Holocausto.

Vale dizer que a tecnologia de cartões perfurados era à época uma admirável criação tecnológica. Porém, com o grande avanço da ciência na atualidade, e diante daquilo que se vê hoje, pode-se dizer que era um sistema bastante rudimentar. Mesmo assim, cumpriu fielmente o propósito de rastrear milhões de judeus e levar à morte a soma grandiosa de mais de seis milhões.

Nos dias atuais, com os passos largos dados pela Informática e com a alta tecnologia em computadores, parece-nos irônico afirmar que não é possível identificar quem são, na linhagem consangüínea, os herdeiros das vítimas do Holocausto.

Defendo a idéia de que hoje é perfeitamente possível identificar os herdeiros dos judeus vitimados pelo Nazismo.

De fato a Indústria do Holocausto é algo que não pode ser ignorado. Realmente há muitos que se aproveitam do sofrimento do povo judeu para angariar proveitos materiais. Entretanto não se pode, por essa razão, tapar os olhos e ouvidos ao clamor das reais vítimas e seus sucessores.

E o meio que se tem para chegar à identificação de tais pessoas é a tecnologia da qual dispomos hoje.

Com base nos registros que a IBM realizou para a Alemanha nazista, pode-se com segurança iniciar um rastreamento da árvore genealógica daqueles que batem à porta da justiça internacional e determinar se o reclamante tem direito à indenização ou ressarcimento.

Há quem diga que esta tarefa é humanamente impossível, tendo em vista que hoje, a população do planeta, inclusive a população judia, é bem maior que a da época do Nazismo. Porém, há que lembrar que a tecnologia hoje também é muito maior e mais eficiente que a daquela época.

Se na época de Hitler a ciência conseguiu determinar quem eram e onde estavam os judeus, para vitimá-los nos campos de concentração, na atualidade essa mesma ciência tem possibilidades suficientes pra determinar onde estão os sucessores dessas vítimas.

Como demonstra nitidamente a História, a IBM, na busca incessante e cega do domínio do mercado de cartões perfurados, não se deteve diante das imoralidades nazistas.

Assim, trazemos à luz duas perguntas que insistem em não calar: Sendo a IBM responsável em grande parte pela execução do Holocausto, não teria ela o dever de reparar seu grande erro do passado? A forma mais adequada de reparar esse erro não seria colocar à disposição da sociedade internacional sua melhor tecnologia, com o objetivo de se averiguar onde estão os herdeiros do Holocausto?

A estas perguntas respondo "sim"! A IBM que durante décadas acumulou um altíssimo capital, inclusive às custas do sofrimento alheio e do derramar de sangue inocente, deveria hoje ser chamada à responsabilidade no sentido de dispor de suas posses e contribuir na tarefa de identificar quem de fato é herdeiro de vítima do Holocausto, contribuindo, dessa maneira, para que a inescrupulosa Indústria do Holocausto não se prolifere e para que a dor de muitas famílias judias seja mitigada.

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Sobre o autor
Jairo Francisco do Carmo

Bacharel em Direito

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

CARMO, Jairo Francisco. Os herdeiros do holocausto, onde estão?. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 9, n. 410, 15 ago. 2004. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/5566. Acesso em: 25 nov. 2024.

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