Devo estudar direito?

03/11/2017 às 11:03
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Artigo versando sobre as possibilidades profissionais da carreira jurídica.

Não raro, alguns jovens me perguntam sobre o futuro do Direito em si e nos seus mais variados ramos, isto é, no quesito de ser compensatório se dedicar anos em tal estudo e, eventualmente no viés profissional e financeiro, não obter o retorno almejado. De pronto e como irei demonstrar no decorrer do artigo, reforço que o estudo do Direito é fantástico e sua importância é total, sob qualquer ótica.

Em primeiro aspecto, é mister salientar que você deve amar sua profissão e, com isso, automaticamente o sucesso será uma consequência, aliada à dedicação e ao comprometimento com o foco acadêmico que escolher. Superado tal ponto, é assertivo afirmar que o Direito é totalmente essencial e salutar em qualquer profissão e na sociedade e, ao pensar o mesmo em sua essência, a importância de se estudar com afinco é ímpar. Ainda e sem dúvidas, o Direito deveria ser matéria de grade escolar no nosso querido país, justamente para que nossos estudantes já tivessem consciência da estrutura do Poder Judiciário, Legislativo e Executivo, bem como, de síntese de leis, direitos e deveres desde cedo, forçando o pensamento crítico e abarcando um melhor futuro ao país.

A educação e o ótimo futuro do país (que esperamos) dependem diretamente da consciência jurídica e política dos entes que as circundam. Por isso, ninguém deve repudiar ou incitar o descaso a tal tema.

Superado tal ponto, quem estuda Direito tem um leque enorme de possibilidades para se dedicar profissionalmente, seja por intermédio de concursos públicos (Escreventes técnicos judiciários, Chefes de cartório, Delegados (as) de Polícia, Promotores (as) de Justiça, Procuradores as), Oficiais de Justiça, Juízes (as) de Direito e daí por diante), bem como, outros ramos privados com grandes possibilidades de desenvolvimento, vejamos: Advogados (as), Compliances, Executivos (as), Auditoria de empresas diversas, áreas técnicas variadas, cito por exemplo regulador de sinistros em seguradoras, que não raro necessitam de conhecimento sobre responsabilidade civil). Veja que, é um ótimo investimento profissional e pessoal quanto ao aprimoramento do conceito da justiça.

Em outras palavras, quem faz Direito tem grandes chances de se tornar bem sucedido profissionalmente. Destarte, seria importante que todos os entes da sociedade tivessem a oportunidade de cursar Direito, que fatalmente estariam melhor preparados na qualidade de cidadão ou no ambiente profissional que estão inseridos. Note que, todo profissional deve estar situado na esfera legal no cerne laboral que o cerca, dado que todos que laboram tem responsabilidade (objetiva ou subjetiva) sobre o que produz, vende, exporta ou importa, pratica ou realiza, manipula ou atende. Ninguém deixa de ser responsável por qualquer ato ao alegar falta de conhecimento do texto legal.

Já no que concerne ao futuro do Direito, é incontroverso que a tecnologia jamais irá extirpar a existência do Direito e autonomia dos Poderes, mas tão somente adequar a sociedade aos anseios legais, facilitando trâmites rotineiros. Com isso, podemos relatar que a tecnologia irá afetar menos o Direito (na semântica em si), do que algumas outras profissões ou ramos, em que pese também ser afetado ao extremo. Veja que, até o momento, é inconcebível que um robô faça um tribunal do júri, por simples exemplo.

O estudo e aplicação do Direito requer um raciocínio lógico e diferenciado, inclusive, no ponto de alterar a persuasão racional do magistrado pelas provas e fatos colhidos no decorrer de qualquer fase de instrução processual.

Pelo exposto, o intuito de tal exposição é clarear a ideia dos jovens estudantes para relatar que Direito é uma área excepcional e interessante, que sempre dará bons frutos a sociedade e aos entes envolvidos. Não menos importante, a diversidade em tal ramo é algo surpreendente, com diversos pontos para serem explorados e oportunidades diversas.

Por certo que as faculdades devem repensar a grade curricular para atualizar as necessidades da sociedade na busca de um país melhor, de toda sorte, esse ponto não apaga o brilho que é dedicar a vida a equalizar as relações sociais, sendo um braço da JUSTIÇA!

 

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Sobre o autor
Douglas Belanda

Advogado Corporativo em São Paulo/SP. Professor de Direito. Graduado em Direito pela FMU/SP, com especialização em Contratos e Operações Bancárias pela FGV/SP. Pós-graduado em Direito Constitucional pela FMU/SP, com MBA em Administração de Empresas pela mesma Universidade. Cursou, na qualidade de Especial, o Mestrado em Processo Civil da USP. Mestrando em Direito da Sociedade da Informação pela FMU/SP. Articulista das maiores editoras, revistas e sites jurídicos / corporativos do Brasil.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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