Iniciante e mentor. Pode Arnaldo?

05/12/2017 às 06:53
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Iniciante e mentor. Pode Arnaldo?

Muitos pensam que somente pode ensinar quem já tem experiencia ou já viveu muito. A história antiga demonstra isto com clareza, contudo a moderna está ensinando que mesmo os menos práticos ou inexperientes tem algo a ensinar.

Ser mentor de alguém em algum assunto exige conhecimento do mesmo e principalmente domínio exímio do uso prático, portanto, um inexperiente em direito, por exemplo, não seria um mentor de alguém mais experiente na mesma área.

Entretanto, mesmo alguém inexperiente em direito, leia-se advocacia, pode ser experiente em outras áreas, como redes sociais, tecnologia, celulares, etc. E porque não aproveitar e trocar experiência entre ambos?

Tal situação já vem acontecendo nos EUA chamada por lá mentalização reversa:

Advogados experientes podem ser mentores dos novos (e vice-versa)

Por João Ozorio de Melo

Tradicionalmente uma bondade de profissionais experientes que encontram tempo e energia para ajudar iniciantes a progredir na carreira, a função de mentor vem ganhando um novo conceito nos EUA, o de reverse mentoring (mentorização reversa). Isso significa que há campo para os menos experientes “mentorizar” os mais experientes em alguma coisa, para o bem da organização.

O verbo de mentor “mentorizar” e o substantivo associado “mentorização”, que é o ato de mentorizar, podem não estar nos dicionários impressos. Mas estarão um dia, porque já estão por todo o lado na internet. Afinal, a mentorização profissional se tornou um instrumento indispensável para novatos navegarem por qualquer carreira sem muita turbulência.

A dúvida, segundo o advogado e educador Stephen Embry, é se a mentorização reversa, hoje já bastante adotada por algumas organizações, é aceitável na advocacia. Um advogado experiente, já convicto de seu sucesso profissional, aceitaria que um novato na profissão, que mal saiu da casca do ovo, lhe ensinasse alguma coisa?

A nova tendência é que a função de mentor se torne uma via de duas mãos, diz Embry. “Os benefícios dessa troca de informações podem ser enormes para os dois lados, especialmente porque a advocacia está passando por mudanças significativas de antigos costumes e procedimentos, que afetam nossa maneira de trabalhar. Além disso, é preciso melhorar a comunicação e o entendimento entre gerações”, ele escreveu em um artigo para o Jornal da ABA (American Bar Association).

A mudança mais revolucionária é, obviamente, a entrada do mundo na era digital. E foi em certo ponto dessa revolução que o conceito de “monitorização reversa” começou a ganhar tração. O conceito foi popularizado pelo ex-presidente da General Electric, Jack Welch, que instruiu seus executivos a começarem a usar a monitorização reversa, para que tivessem a oportunidade de aprender com os trabalhadores mais jovens como utilizar a internet e a computação, para o benefício da empresa e deles mesmos. Muitas corporações, entre elas a Target e a UnitedHealth Care, já adotaram essa nova moda.

De acordo com o autor do artigo, a mentorização reversa reconhece o fato de que as pessoas, à medida que envelhecem, vão perdendo contato com o futuro, enquanto as mais novas abordam as coisas com um novo olhar, mentes mais abertas e uma visão mais perceptiva das novas tecnologias.

A adoção de um programa de mentorização reversa é um passo inicial para se chegar a um sistema de mentorização mútua. Advogados experimentados e advogados jovens têm muito o que aprender uns com os outros, diz Embry.

Os advogados tarimbados podem aprender com os mais jovens mais do que usar as novas ferramentas de comunicação digital, como a mídia social. Podem aprender sobre a evolução do local de trabalho, sobre novos comportamentos sociais, sobre como atrair novos talentos e ainda sobre cultura, valores, motivação, novas habilidades e processos.

Os novatos podem aprender muito sobre o exercício da profissão, sobre liderança, sobre como lidar com clientes (que podem ser mais velhos que eles), com juízes, promotores e servidores públicos, sobre como conquistar novos clientes, sobre como pensar estrategicamente e sobre práticas organizacionais.

A mentorização mútua também é bastante útil para melhorar o entendimento entre gerações. E substituir o espírito crítico que os advogados experientes têm dos novatos e que os novos advogados têm dos antigos por um espírito de compreensão e colaboração.

Isso pode criar empatia entre as gerações. Também ajuda a criar um comprometimento maior do novo advogado com o escritório de advocacia e uma vontade de aprender e crescer dentro da organização. Para os advogados mais experientes, também pode ser uma satisfação pessoal ajudar a formatar a mente daqueles que são o futuro da profissão.

Fonte: https://www.conjur.com.br/2017-out-15/advogados-experientes-podem-mentores-novos-vice-versa

Qual a sua visão sobre o tema?

Pensa que sabe tudo e não precisa de ninguém?

Não aceita outras ideias de pessoas mais jovens ou menos experientes?

Que tal deixar os preconceitos de lado e começar a ouvir mais, falar menos e aprender mais.

“Mestre não é aquele que sempre ensina, mas aquele de repente, aprende”, já afirmou Guimarães Rosa.

Sejamos mentores e mentorizados por colegas, amigos, enfim, qualquer pessoa. Temos muito a aprender e quem sabe disso compreende perfeitamente Sócrates: Só sei que nada sei.

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Sou Gustavo Rocha
CEO da Consultoria GustavoRocha.com – Gestão, Tecnologia e Marketing Estratégicos
(51) 98163.3333  |  [email protected]  | http://www.gustavorocha.com

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Sobre o autor
Gustavo Rocha

Professor da Pós Graduação, coordenador de grupos de estudos e membro de diversas comissões na OAB. Autoridade em Inteligência Artificial – IA no setor jurídico (chat gpt, Gemmini, Copilot e muito mais!). Consultor em gestão, tecnologia e marketing jurídico. Também sou craque em Privacidade e implementação de LGPD! Vamos conversar? Envie um e-mail ou mensagem pelo Microsoft Teams: [email protected] Prefere contato direto? WhatsApp ou Telegram: (51) 98163.3333

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