6.0 A fonte da sabedoria.
A fonte da sabedoria está no interior do homem.
É lá que está a fonte e a causa da sabedoria.
Deve o homem concentra-se no seu íntimo e profundo ser.
As grandes lições são aprendidas na solidão e no silêncio.
Para uma conexão com a verdadeira verdade requer-se um mergulho profundo e prolongado no silêncio e na solidão.
A sabedoria radica no intangível, a partir do qual toda física se revela secundária e parcial.
Todas as facticidades tangíveis são meros reflexos ou alegorias da realidade incognoscível.
O sábio renuncia o falso agir do ego e conquista o verdadeiro agir.
O homem intelectual afirma o Direito e acaba perdendo a Justiça.
O sábio renuncia ao Direito e acaba conquistando a Justiça.
7.0. Conclusões.
Nas palavras de Huberto Rohden: “ Summum Ius, Summa Iniura”, o sumo Direito é a suma injustiça.
Enquanto o homem egóico insiste nos seus direitos, tudo ficará torto.
Quando o homem renuncia a seus direitos, tudo se endireita.
A sociedade humana é regida pelo Direito, mas a consciência obedece à Justiça.
O sábio dá mais importância aos seus deveres do que aos seus direitos.
Entender é um ato meramente analítico e intelectual.
Compreender é algo mais profundo, pois somente se compreende aquilo que se vive e aquilo que se é.
A Justiça não pode ser entendida, ela deve ser vivida.
Perceba que toda ação gera um efeito.
Pense que você é livre para agir, mas é escravo das consequências.
Sinta que a primeira pessoa a ser atingida com um ato de desequilíbrio é você mesmo.
A parte que somente pensa em si e esquece do todo, corre o risco de perder o todo e, perdendo o todo, perderá também a parte que, egoisticamente, desejou salvar.
Mas aquele que pensar em salvar o todo e estiver disposto a sacrificar sua parte, salvará o todo e, salvando o todo, salvará a parte que, voluntariamente, estava disposto a perder.
Não macule com intolerância, violência física, verbal ou mental a casa onde você vai passar grande parte da sua vida.
Pense que não existe diferença essencial entre a vitória ou a derrota.
O vencedor sempre perde algo.
O perdedor sempre ganha algo.
É na escuridão que a luz mostra seu brilho.
É na crise, na dificuldade que o defensor mostra o brilho solar da sua fidelidade e se distancia da frágil luminosidade refletida pelos metais acumulados pelos mercenários.
Não lute, pratique o bem.
Os verdadeiros heróis não são os heróis da ação e da acumulação.
Os verdadeiros heróis são os heróis da renúncia e do sacrifício.
Mais vale degustar a hortaliça com amor do que devorar o boi cevado com ódio.
Onde o bem e a sabedoria são plenamente praticados, não há luta e mal nenhum a ser combatido.
Caminhe pelo mundo de forma tolerante, simples, humilde, afetiva, sábia, bondosa e polida.
Conquistar as glórias do mundo e perder a paz, a saúde, a tranquilidade, a família, os amigos, enfim, nossa alma, não vale a pena.
Bibliografia.
Carnelutti, Francesco. Teoria geral do Direito.
Bobbio, Norberto. Teoria geral do Direito.
Platão. A teoria das idéias.
Rohden, Huberto. A mensagem viva do Cristo.
Rohden, Huberto. Mahatma Gandhi.
Rohden, Huberto. O Pensamento Filosófico da Antigüidade.
Rohden, Huberto. A Filosofia Contemporânea.
Rohden, Huberto. O Espírito da Filosofia Oriental.
Tsé, Lao. Tao the ching.
Tsé, Lao. I ching.
Vasconcelos, Arnaldo. Teoria da norma jurídica.