A classe média

23/05/2020 às 22:24
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Classe emblemática, ao mesmo tempo em que condena as ditaduras da Coreia do Norte, Cuba e Venezuela, clama para ter uma ditadura no Brasil.

Não defino classes de acordo com o prestígio econômico ou social de seus membros, mas de acordo com a formação moral e intelectual e com sua relação e consciência acerca do meio em que vive, sua visão de política, economia, filosofia e a ciência. Temos duas classes:  A Elite e a Classe Média.

A elite é que move a sociedade, com seu conhecimento Científico, filosófico e epistemológico. Há uma diversidade econômica que compõem esta classe: Donos dos meios de produção dotados de vasta cultura, professores, cientistas, filósofos, economistas, sindicalistas, operários conscientes do meio de produção que buscam a formação de novos paradigmas, etc.

A classe média, que não é determinada pela posição social, econômica ou financeira, é um conceito sociológico. Significa que nela há a presença do homo medius. Marilena Chauí, ao analisar essa parte da sociedade brasileira, a retratou assim: "A classe média é uma abominação política, porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante." 

A classe média representa uma grande parcela da sociedade com parcos conhecimentos em várias áreas, ou seja, utiliza sempre o senso comum, busca o caminho primário para discutir ou debater assuntos ligados à política, à religião em detrimento do conhecimento científico, desprezando dados e resultados de intensa pesquisa.

Nesta parcela enorme da sociedade brasileira, encontra-se desde o mais abastado ao mais miserável dos seres humanos. Ela é mesquinha, ignorante, selvagem e perigosa. É uma classe emblemática, ao mesmo tempo que condena as ditaduras da Coreia do Norte, Cuba e Venezuela, clama para ter uma ditadura no Brasil.

Toda vez que deparamos com frases chavões sem nenhum fundamento ou Sub-reptícia estamos diante de um senso comum da classe média, inimiga mortal da democracia. Jamais devemos debater com essa gente, que antigamente ficavam nas mesas de botecos ou bares sofisticados, exalando imundices pela fala. Depois que "essa gente" alcançou as redes sociais, prejudicou toda uma coletividade.                                      

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Sobre o autor
Marco Antônio Pinto

Formado em Filosofia, História e Direito. Pós-graduado lato sensu em Metodologia do Ensino de História e pós-graduado lato sensu em Direito Público pela ANAMGES (Associação Nacional dos Magistrados Estaduais). Escritor, poeta, ex-dirigente sindical do Sintram (Sindicato dos Trabalhadores do Município de Divinópolis e Região). Servidor público do estado de Minas Gerais.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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