Conversa informal
Pronto, inaugurado o tópico. Assim aqueles assuntos paralelos, sem ligação com os tópicos correspondentes podem vir para cá.
Pronto, inaugurado o tópico. Assim aqueles assuntos paralelos, sem ligação com os tópicos correspondentes podem vir para cá.
"Acho que é o que você procura. Uma pequena introdução para começar bem."
É exatamente isso, Pedrão!
Pretendo começar lendo um "Filosofia só para baixinhos" e ir avançando aos poucos, assim não corro o risco de pegar um livro qualquer e me sentir um asno por não entender po##@ nenhuma!
Como o livro do Danilo Marcondes é bem pequeno (Iniciação à História da Filosofia), acho que vou começar por ele.
Muito obrigado pelas indicações!
Abraços!
Pedrão,
Eu tenho a coleção de sete volumes, mas a de três volumes é a mesma, apenas o formato é diferente. Eu considero a melhor obra para consulta hoje, muito completa e confiável. Tem do mesmo autor uma coleção apenas de filosofia antiga (o volume que traz Platão e Aristóteles é referência para quase todos os outros autores).
Vini,
Eu recomendei não comprar de antemão a coleção pois talvez seja mais proveitosa uma leitura (em biblioteca por exemplo), até porque a não ser para quem vai trabalhar com história da filosofia, será uma obra de consulta esporádica. Acaba-se estudando por esta coleção e no futuro teremos as próprias obras dos autores que nos interessarem. Mas claro, se as verbas permitirem é uma ótima aquisição.
Vou dar um exemplo: por exemplo você vai estudar Heidegger, normalmente inicia por comentários de outros autores - talvez lendo Streck - e vai acabar lendo Ser e Tempo de Heidegger. No curso da leitura, vai encontrar certa dificuldade e vai procurar por autores que comentem a obra, por exemplo o livro do Richard Palmer. Finda toda essa leitura, vai perceber que mesmo entendendo o autor, fica uma lacuna, a de perceber a partir de que ponto ele iniciou os estudos dele. Neste ponto, terá que retornar à fenomenologia de Husserl por exemplo - nisto resta a utilidade da coleção do Reale, pois é bem completa.
Não se preocupe com a questão da dificuldade. A coleção do Reale apesar de extensa é muito didática, com a vantagem de não pular autores - sem desmerecer obras mais suscintas, no meu entendimento sempre tive alguns problemas com elas pois parece que temos apenas a visão do comentarista.
Na minha modesta opinião no fim das contas, terás que ter certas obras derivadas da filosofia da linguagem creio que a partir de Wittgenstein, Rorty (que consagrou o termo linguistic turn), e os que vieram a partir daí, poderia talvez dividir entre pós-estruturalistas, discurssistas e teoria da argumentação. De outro ponto, terás necessidade de obras da chamada nova hermenêutica.
Prezada Dra. Elisete,
Agradeço o link.
Sinto não poder ajudá-la nas suas dúvidas. Nenhum material tenho da parte histórica a respeito do direito de família. Creio que tenho que pesquisar mais acerca da história do direito, que particularmente tenho pouquíssimo material.
Prezado Vini,
Apenas para finalizar, não se preocupe tanto em entender toda uma obra de imediato, na primeira leitura. Isto jamais acontece (pelo menos para mim). A compreensão vêm em camadas, assim como a escrita. Uma leitura, uma compreensão; findo o processo, fica em nossa mente aquele ponto obscuro, buscamos aquela referência que o autor utilizou, após a leitura do texto de referência e alguma pesquisa, na nova leitura do autor, uma nova compreensão (pois, aí nossa bagagem já é outra); e assim sucessivamente.
Como experiência, pode colocar aqui um trecho de alguma obra que tenha achado particularmente obscura ou complexa, assim os colegas podem juntos analisar e postar as observações pertinentes, talvez isso possa lhe ajudar.
Saudações,
Vini;
Se vc quiser dar uma olhadela nestes links (vídeos) vale a pena, retirei do material de apoio para os alunos de metodologia da FDUC.
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
METODOLOGIA DO DIREITO
Primeira Turma
Alguma preparação de fundo
Uma pequena viagem pela história do pensamento humano
Platão – entrevista de Bryan Magee a Miles Burnyeat
1. http://www.youtube.com/watch?v=bi8XFuvvcrg&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=7xaL4EJPEoQ&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=FT294Q7BG34&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=F5GjdbbEiqc&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=s5c06mFPFLM&feature=related
Aristóteles – entrevista de Bryan Magee a Martha Nussbaum
1. http://www.youtube.com/watch?v=uNIPAwZVqb4
2. http://www.youtube.com/watch?v=p16vMGXTS80&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=T6o6hGOXuw0&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=48wiPk_IOlg&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=bi8XFuvvcrg&feature=related
Bryan Magee entrevista Anthony Kenny sobre a filosofia medieval
1. http://www.youtube.com/watch?v=RfS1VFdZk7o&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=k4hPfbKOjPg&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=KViNNlE-hfo&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=7aE0A5kOFp8&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=PzIseFX7Szo&feature=related
Locke e Berkeley - entrevista de Bryan Magee a Michael Ayers:
1. http://www.youtube.com/watch?v=m5jwktbnrZY&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=TKmp0jXE0c0&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=F0sJlhroEa0&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=3ctxZtbH_mw&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=9KutXFg5rlU&feature=related
Hume – entrevista de Bryan Magee a John Passmore (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=M6v3ZYt08fY&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=bpmBufGBW1Q&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=VXS-HcBsHQ8&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=PYkMQultX9Y&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=KmeC85cS_3s&feature=related
Espinosa e Leibniz – entrevista de Bryan Magee a Anthony Quinton (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=GmbGbo-oyKc&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=MHaHCxsMy28&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=NB4FVwy5OI4&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=bB5JhqIpN24&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=dFqSGFE7Crc&feature=related
Kant – entrevista de Bryan Magee a Geoffrey Warnock (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=kN5XzaWumV0&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=XpvNLijGKp0&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=CiKt4gISPxU&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=F3DvpzwIvLY&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=VOnQ1fSQ1MQ&feature=related
Hegel e Marx – entrevista de Bryan Magee a Peter Singer (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=IxjnG1X510A&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=bDjXBr3RtKk&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=SYX9UP55ISc&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=6-Eg_fLP-5U&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=JbwZw0wy_n0&feature=related
Nietzsche em Human, all to human, (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=ghebQcqAT-U&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=-VYr8CA8Wa0&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=kfLLrOL1GsA&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=h1F6bbDgsLg&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=R_4hZ7YoqjM&feature=related
6. http://www.youtube.com/watch?v=RnYdL1XaDX8&feature=related
Husserl e Heidegger – entrevista de Bryan Magee a Hubert Dreyfuss (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=aaGk6S1qhz0
2. http://www.youtube.com/watch?v=ylKnb6WtYqU&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=LgUDaml7ZJY&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=QzAqfzWJTq4&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=VfsKTSM5Sns&feature=related
Heidegger em Human, all too Human (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=liY6zV8QM2U
2. http://www.youtube.com/watch?v=ftMRlj93Cks&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=0Oa-L7bMXc0&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=eEhD8jQq57E&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=jXLMtMtc_kI&feature=related
6. http://www.youtube.com/watch?v=lTOrlAbrDoM&feature=related
Sartre em Human, all too Human (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=cdKx71XD4Ss&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=kghuXDfBcWM&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=3ohl7ytFXB0&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=0nRCb08aeDU&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=c3mvnUJ4Rjk&feature=related
6. http://www.youtube.com/watch?v=gSu-crNUAx0&feature=related
Wittgenstein - Bryan Magee entrevista John Searle (BBC):
1. http://www.youtube.com/watch?v=qrmPq8pzG9Q
2. http://www.youtube.com/watch?v=kl-iLxleHaw&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=cjZBNDW7DmQ&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=lGfHQzOzp9s&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=p4q0ntDIQBw&feature=related
Bryan Magee entrevista Hillary Putnam sobre a filosofia da ciência:
1. http://www.youtube.com/watch?v=cG3sfrK5B4E
2. http://www.youtube.com/watch?v=rAP4E3EpedE&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=PNPZDLEba44&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=8KzTMStETRE&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=MquP2kIvsMQ&feature=related
Bryan Magee entrevista Sidney Morgenbesser sobre os filósofos pragmáticos americanos.
1. http://www.youtube.com/watch?v=9YK65ooLTqg&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=kMjI5039C1Q&feature=related
3. http://www.youtube.com/watch?v=njwLVD2jkGY&feature=related
4. http://www.youtube.com/watch?v=Iw2-Ig1lAB0&feature=related
5. http://www.youtube.com/watch?v=3hh_fjYwGvM&feature=related
Cumprimentos
Lembrei de um bom exemplo.
Ano passado um professor indicou o livro Tratado da Argumentação – Perelman.
Consegui ler umas 150 páginas, mas o livro não “descia redondo”.
Acabei abandonando a leitura por não ter uma base mínima para compreender o livro...
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Elisete, muito obrigado pelos links, mas meu inglês é limitado, ainda não consigo acompanhar esse tipo de conversa sem perder um monte de informações importantes. =/
Vou salvar os links no meu computador para assistir aos vídeos quando meu inglês estiver melhor.
Abraços!
Não sei exatamente os tipos de dúvida que restaram, para fazer uma análise pontual.
Dê uma olhada em alguns trabalhos acadêmicos a respeito e veja se lhe ajudam:
http://www.ppgf.ufba.br/dissertacoes/Ricardo_Andrade.pdf
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0501/9%20art%207.pdf
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/ARBZ-7FXHZA/1/disserta__o_marco_antonio_sousa_alves.pdf
Em todo o caso, estou com o livro à minha frente. Caso queira discutir algum ponto em particular esteja à vontade, tenho a segunda edição de 2005.
Pensador, agradeço imensamente pela força, mas por ora pretendo seguir suas indicações e ler primeiro a coleção História da Filosofia.
Hoje mesmo eu comprei o livro indicado pelo Pedrão (Danilo Marcondes – Iniciação à História da Filosofia), assim já começo a estudar Filosofia em doses homeopáticas para não sair do mundo dos concursos.
Quando eu tiver condições, terei prazer em postar as dúvidas aqui e pedir o auxílio dos colegas!
Valeu!
O problema é que eu praticamente larguei a advocacia para me dedicar aos estudos para concursos.
Tenho pouquíssimas ações e às vezes faço umas audiências para quebrar o galho de alguns colegas, ou seja, ando completamente sem grana! rs
Só não economizo na hora de comprar livros, porque de resto...
Com relação ao debate, infelizmente não tenho condições de participar.
Prezado Pedrão,
Dentro do contexto do debate, será necessário abandonar a discussão da distinção entre princípios e normas e, partir do pressuposto que tanto princípios e regras são espécies normativas.
Neste ponto, podemos dizer que não existe cisão - embora haja hierarquia - entre princípios e regras. Os princípios seriam os padrões do regramento jurídico e operam em mandado de otimização e não binários. As regras seriam então hierarquicamente inferiores aos princípios e subordinados a eles, operando em sistemas binários.
Então por este aspecto, as regras funcionariam como elemento informativo do sistema jurídico, sendo alimentados pelos princípios e, obviamente não podendo deles se dissociar.
Ao funcionar desta maneira, os princípios trazem ao mundo concreto - através das regras, os comandos binários essenciais à aplicação do direito (a discussão ficaria mais interessante se colocarmos na discussão como o mundo concreto alimenta os princípios... o debate seria quase infindável).
Não sei se era bem este o mote do debate, mas entendi assim. Caso não seja, favor me corrigir.
Abraços,
Vini,
Eu pudesse, faria como você, talvez, pois o subsidio vale a pena, porém, não tenho condições (carros financiados, casa financiada, planos de saúde etc. etc. etc.). Só para manter o escritório aberto (e é bem simples) gasto todo mês R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Em síntese: se eu ficar dois meses sem pegar muitas ações eu quebro. Transito no limite. É uma busca incessante por novas ações.
Eu quero fazer o Mestrado agora para prestar concurso para professor, aí fico mais tranquilo, até porque pode ser que eu não passe nunca em nenhum concurso.
Princípios como Mandado de otimização é um ideia da Teoria da Argumentação (Alexy), e para cumprir esse mandado ele se vale de métodos (hierarquia, ponderação (no final do princípio da proporcionalidade)), justamente o contrário da hermenêutica filosófica, que nega que a compreensão seja um problema de método.
Para Gadamer a compreensão é um problema de ontologia, não de metodologia. Há hermenêutica porque o homem é hermenêutico. Ontologia da compreensão.
Além disso, nós não interpretamos para compreender. Primeiro compreendemos, para depois poder interpretar.
A tese é do Lenio. Ele diz que os princípios (conceito hermenêutico, e não semântico), introduzem o mundo prático (faticidade) no Direito em razão da pré-compreensão e do círculo hermenêutico.
O círculo hermenêutico elimina o método, não havendo mais cisão (questão de fato- questão de direito, moral-direito, princípio-regra).
Os princípios só acontecem no caso concreto, e não há uma regra que existe sem um princípio que lhe de suporte. Em toda regra há um princípio por trás, e os princípios se concretizam nas regras. Embora haja diferença, não há cisão.
Em síntese, é mais ou menos isso.
Pedrão, você não acha que vale a pena estudar exclusivamente para concursos por um tempo?
Acompanho suas postagens e percebo que você está à frente de vários candidatos que eu conheço - tenho um amigo que está indo muito bem no MPSP e MPMG e o cara leu apenas os livros de Penal do Rogério Greco e do Cléber Masson, por exemplo.
Imagino que o seu objetivo não é ser mais um promotor mané (assim como eu também não quero isso), mas após a aprovação você vai poder estudar o que quiser e terá tempo e tranquilidade para isso...