Suzane von Richthofen

Há 19 anos ·
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Suzane von Richthofen

Dener Serafim Mattar

Seu nome é belo. Mas nos trará para sempre a lembrança, talvez, do mais hediondo dos crimes, que é interromper, de modo cruel e ilegítimo, a vida daqueles que lhe trouxeram à luz. Se seu julgamento não ocorreu na data prevista de 05 de maio de 2006, no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista, foi por questões de ordem meramente processual. Mas, tão logo, voltará Suzane a assentar-se no banco dos réus e ter sua conduta atípica e antijurídica submetida à apreciação e julgamento pelo Tribunal do Júri daquela comarca, juntamente com os irmãos Cravinhos.

Não conheço os autos do processo. Mas, ao que tudo indica, e levando-se em conta o que nos chegou pela via da mídia, será ela condenada a muitos anos de reclusão.

Mas confesso desde já, caro leitor, que não me sentirei feliz, nem tampouco com a alma lavada por isso. Nem no caso dela, nem no de ninguém, quando a sentença penal condenatória lhe é anunciada. Sob meu ponto de vista, a reprimenda penal, ainda que necessária, justa e prevista em lei, jamais poderá servir de motivo para festejos, alívios ou comemorações. Deve sim, levar-nos à reflexão, no sentido profundo da palavra. Lembremo-nos que não só as pessoas de índole criminosa estão sujeitas ao cometimento de delitos. Creio, aliás, e com muita convicção, ser o caso da jovem Richthofen.

O que Suzane me passa, antes de tudo, é um excessivo sentimento de pena. Pena sim, na medida em que, não bastasse a dor que deve sentir por ter participado daquela atrocidade numa madrugada do ano de 2003, acabou se tornando, também, vítima dos maiores ataques, quando não histéricos, de ironia, desprezo, ódio e vingança. Não só por parte de pessoas do povo, que não economizam tempo para esperá-la e proferir-lhe insultos e impropérios. Mas também de determinadas “autoridades” da mídia e até mesmo, aí meu lamento é maior, por parte de um promotor de justiça, cujo sobrenome é Tardeli, e cujo encargo de acusá-la encontra-se em suas mãos. Para ele parece festa.

É lamentável, sob minha ótica, e com a devida vênia, a postura desse representante do Ministério Público. A mim me parece que está a venerar ter tido a oportunidade de oferecer a denúncia e atuar no plenário do júri em um caso de repercussão internacional. Mas até aí, vá lá, pois, sentir-se orgulhoso do ofício nunca foi pecado. Mas, ao que parece, isso não lhe sacia.

Seu gosto número um, o seu semblante revela, tem sido quando repórteres estão a lhe indagar sobre qualquer questão relativa a esse triste e lamentável episódio. Não sabe adotar a postura introspectiva que o caso requer. Não! É hora de arvorar-se, muitas das vezes de maneira irônica e sem nenhum pudor, em dono da verdade. É hora de ser implacável e insensível com a denunciada, imputando-lhe adjetivos os mais terríveis. Sente-se até no direito de afirmar, com veemência, a respeito de seus sentimentos mais íntimos e particulares, sobre os quais nenhum de nós está autorizado a fazê-lo. Deixa claro não ser possível que Suzane, por exemplo, sinta-se arrependida de seu ato, quando isso, sequer, interferirá na pena que lhe aguarda. Mas não é só: desrespeita a defesa que é assegurada a todos os réus pela Carta Maior, em manifesta afronta aos princípios que norteiam um estado democrático de direito.

E o estranho é a complacência da mídia quanto a essa postura horrorosa do ilustre promotor. Ao contrário, quando um advogado, em pleno e legítimo exercício de sua profissão, é vítima de uma cilada tecnológica, num momento cujo sigilo lhe é assegurado por lei, faltam pedir-lhe a cabeça. Ao ponto até mesmo de um determinado presidente de uma OAB estadual, ao invés de atacar o ato violador do direito, vir, também pela via da mídia, e por esta influenciado, atacar seu colega, demonstrando um despreparo imperdoável para o cargo que ocupa.

Se não bastasse tudo isso, na tarde de segunda-feira, 05 de maio de 2006, embora eu não tenha assistido à cena, parece que acertei quando vinha afirmando que para este representante do Ministério Público tudo parece mesmo motivo de alegria e comemoração. É que, não perdendo a oportunidade de conceder entrevista ao vivo a José Luiz Datena, num determinado telejornal sensacionalista, deixou mais uma vez a introspecção de lado. Esqueceu-se que o assunto a ser tratado dizia respeito a um caso triste e comovente de uma família desfeita de modo trágico e cruel. Mas lembrou-se, sim, que aquele jornalista truculento é natural de Ribeirão Preto. E não deu outra: disse, com muita demagogia e com olhos de festa, ao vivo e em rede nacional, que estava com muitas saudades daquela cidade do interior paulista só para tomar uns chopps no famoso Pingüim.

É triste, mas como todos sabem, em mãos desse homem está o encargo de acusar Suzane von Richthofen. Eis mais um motivo pelo qual sinto pena dessa mulher.

(Dener Serafim Mattar é advogado em Passos-MG – [email protected])

26 Respostas
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Carlos Abrão
Advertido
Há 19 anos ·
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Nobre Advogado Dener.

Dois comentários:

O caso não suscita dúvidas quanto aos autores do crime e, neste sentido, imbuído da missão que lhe é conferido, estranharia se o promotor Tardeli não estivesse “babando” para condená-la.

Do seu texto extraio que tem, como soube que muitos têm, grande admiração por esta moça.

Carlos Abrão.

otto henrique miranda mattosinho
Advertido
Há 19 anos ·
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É natural que as pessoas esperem ver os problemas penais eqüacionados através de leis próprias das ciências naturais. Traz mais conforto, mais segurança. O júri é a antítese disso. Se julga não pela suposta razão daqueles que imaginam poder estabelecer uma proporção lógica entre o delito cometido e a pena a ser aplicada. O júri é eminentemene HUMANO, com todas as facetas inerentes a tal natureza. Como produto da concepção humana no sentido mais puro do termo, sem reflexões na tranqüilidade do gabinete ou doutrinas propaladas pelos "especialistas em teoria", o júri segue ainda sendo como uma das mais BELAS DEMONSTRAÇÕES DA PRÓPRIA NATUREZA HUMANA, nobre - às vezes - e outras, cruel! O meio-termo e a Justiça, curiosamente, acabam acontecendo - apesar dos vaticínios pessimistas auguriados pelos "especialistas de plantão". É a própria mão de Deus, tenho a certeza.

otto henrique miranda mattosinho
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Há 19 anos ·
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Só mais uma coisa (agora sem empertigamento que às vezes grassa no raciocínio e palavras deste advogado): é imprescindível para mim uma imprensa absolutamente livre, sem censura. Talvez, no futuro, possa se discutir a presença, em um programa em rede nacional, como o programa do Datena, de um especialista e/ou de alguém com opinião radicalmente contrária (o contraponto). Só não me peçam para defender isso. Vivi num momento qual poucos de vocês viveram (a DITADURA). Se bem que, historicamente, foi uma etapa necessária, e não exclusiva do nosso país (nos EUA, também, viveram épocas semelhantes - a persecução aos comunistas, p. ex.), é chegado o momento de minha geração respirar livremente! É a nossa vez! E para ser sincero, acho mesmo que o Datena não tem sido totalmente livre para se expressar (não o vejo citar muito o Poder Judiciário, a Promotoria - por enquanto - parece que está melhorando). Acho que numa sociedade realmente livre, nem mesmo as instituições mais sagradas (os chamados pilares da democracia) podem estar livres da crítica livre e espontânea (principalmente com palavras de baixo-calão). Acho que seria útil, pelo menos num período do dia, as pessoas poderem se expressar livremente, sem receito de cometerem crimes contra a honra, ou contra a autoridade (ex. desacato), etc... Mas um psicólogo, um sociólogo poderiam dizer algo melhor do que eu (eu tenho direito também de me expressar livremente, fora dos padrões que devem nortear a conduta de um advogado - de vez em quando)!

Vanderley Muniz
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Há 19 anos ·
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É meu caro Dener....

Compactuo com seus pensamentos e sanos sentimentos. Bem é a verdade que, ultimamente, além de ter que enfrentar as lanças pontiagudas da justiça temos que gradiar com a justiça paralela e cruel chamada IMPRENSA. As luzes da ribalta, o fascínio e o egocentrísmo des nossas autoridades; incluído no rol o nobre represetante do Ministério Público atuante no caso; é cristalina quando o juiz, a pedido do promotor, autoriza que o espetáculo dandesco fosse transmitido ao vivo para toda a sociedade brasileira e para o mundo. Postura mais serena tomou o TJ paulista por seus preclaros membros ao proibir a transmissão. Não que eu não quizesse assistir ao vivo, não sou hipócrita para negar, mas não podemos ouvidar que se trata de pessoas humanas, dotadas de sentimentos humanos, mesmo que demonstrados como os mais cruéis sentimentos. Cruéis sentimentos que denotam a necessidade de uma maior avaliação psicológica e, por que não, psiquiátrica dos envolvidos. Suzane, não a conheço pessoalmente, conheço-a muito como todos a conhecem, parece-me um animalzinho acuado pronta para a emulação e o abate. Sugiro que o golpe fatal seja dado em plena praça da Sé no centro de São Paulo, em frente ao Tribunal de Justiça e que se venda ingresso para quem se dispuser a assistir, ao vivo e a cores, o espetáculo - como diria Castro Alves - dandesco e cruel, ou, na melhor das hipóteses, que se faça justiça e executem o desaforamento do processo, afastando-se, em conseqüência as autoridades envolvidas e a famigerada imprensa. Ai sim a pena será aplicada, como certamente será, na proporção ideal, justa e firme no silêncio de um tribunal imparcial e anônimo.

Assim espero, se Deus quizer será.

otto henrique miranda mattosinho
Advertido
Há 19 anos ·
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Afora o problema de retornar à Roma antiga e ao Coliseu, há outro detalhe que me incomodaria com a transmissão do julgamento, se fosse advogado de defesa: O jurado poderia se sentir intimidado (ou envergonhado) de dar um voto favorável à defesa. Só por esse aspecto acho que a defesa tem o direito de impedir a transmissão, embora como você, Dr. Vanderley, adoraria assistir ao vivo e a cores o julgamento. Não porque me agrade ver alguém sendo atacado pela promotoria, mas justamente pelo contraponto e pelas técnicas da defesa - certamente constituída de um advogado bastante experiente - Nassif, Mauro ou Mário, não me lembro - se bem que acho que ele pertence a uma geração romântica um tanto quanto anacrônica - suas frases de efeito não colhem mais o expectador - e nem o jurado - em perplexidade ou surpresa, como possivelmente ocorreria há uns 40 anos - p. ex. quando ele perguntou ao Datena "se a moça não houvesse conhecido os irmãos Cravinhos, será que os pais não estariam vivos agora"? Datena rapidamente respondeu "será que se os irmãos Cravinhos não tivessem conhecido Suzane, também não teriam cometico crime algum"? Se fosse no júri, e o Datena o promotor (num aparte), certamente seria "uma cesta de três" por parte da promotoria - faltou o revide à altura. O advogado se limitou a dizer "mas aí já é uma conjectura"... mas, inegavelmente, é PONTO DO DATENA!!!

Vanderley Muniz
Advertido
Há 19 anos ·
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Concordo que foi ponto do Datena - embora não tenha assistido, até por que não assisto ao seu programa - o que você responderia? Otto.

Eu responderia que: TERIAM cometido crimes sim já que entre seus familiares Suzane era chamada de "a galinha de ovos de ouro" e "bilhete premiado", portanto planejaram e executaram o crime com intuito de resgatar o "brilhete premiado" e colher os ovos de ouro da galinha, o crime; em minha opinião, não conheço os autos; foi premeditado pelos irmãos porquanto esperavam enriquecer às custas da Suzane.

Se ela tinha os mesmo interesses não sabemos já que afirma que o motivo foi a recusa dos pais em aceitar o relacionamento amoroso.

Ela, pelo que sei, perdeu a virgindade aos 16 anos, reservada, até então, para o namorado ora acusado. Isso pode levar à conclusão que os interesses dos acusados divergem. Ela - pode ser ou não - foi protagonista de um conto de fadas Sheaskperiano, matando os pais salvaguardaria seu relacionamento amoroso e seriam felizes para sempre (ledo engano). Eles, por suas vezes, viveriam em ilhas Caribenhas rodeados de belas garotas e batidas de maracujá, sem faltar, é claro, um bom baseado bem enrolado e diriam sorridentes: "tô a pampa o meu!!!". Ela seria chantacheada e aprisionada em sua culpa pelo resto de sua vida.

Cometeriam crimes sim, mesmo não conhecendo Suzane, está na índole ou na falta dela.

É isso que urge seja observado: será que ela é detentora de sua plena capacidade mental? não sabemos e talvez jamais saberemos. Vamos aguardar o resultado de um habeas impetrado por advogado (querendo se aparecer) desconhecido da acusada, anônimo que alega que ela sofre de oligofrenia.

Eu, na condição de Presidente do Tribunal, indefereria de plano ao argumento de que: se ele - advogado - não conhece Suzane como afirma como pode saber que ela é oligofrênica? Apenas porque viu sua reação diante das câmaras da "grobo"? Que condições técnicas possui para aferir tal situação? mas...."ad cautelam" vamos aguardar e quiçá o Relator determine que ela seja submetida a exame pericial para a comprovação necessária da sua inimputabilidade. Não é mesmo?

Teremos, então, um advogado famoso, mais um Pedro José Sperandio Cano Galhardo.

Folhapress São Paulo Daniel bergamasco.

"Um habeas corpus movido ontem no TJ de São Paulo em favor de Suzane Von Richthofen pede a suspensão do processo em que ela é acusada de ter participado da morte dos pais sob a alegação de que a ré sofre de um deficiência mental, a oligofrenia. Oligofrenia é um retardamento mental que provoca a diminuição da inteligência, segundo o psiquiatra forense Guido Palomba. Há diversos níveis da doença. Um de seus efeitos é deixar o paciente altamente sugestionável. O pedido foi feito pelo advogado Pedro José Sperandio Cano Galhardo, que diz não conhecer Suzane nem os advogados de defesa da jovem. 'As reações dela mostradas na TV tambem não são as de um adulto normal. Tive uma (cliente) presidiária que conviveu com ela na prisão e me conta sobre o comportamento dela, que não é normal', diz. No pedido de habeas corpus, o impetrante requer que Suzane seja considerada inimputável, ou seja, não possa ser responsabiliza pelos crimes. O recurso será distribuído hoje para o Desembargador José Damião Cogan, que irá julgá-lo. Suzane acusa Daniel Cravinhos, namorado dela na época do crime, de tê-la convencido a matar os pais, Malfred e Marísia Von Richthofen, em outubro de 2002. Segundo o advogado de Suzane Mauro Nacif, por ser rica, a jovem era chamada na família dos irmãos de 'galinha dos ovos de ouro'e 'bilhete premiado'" (íntegra).

Cansei!!!

Vanderley Muniz
Advertido
Há 19 anos ·
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POr falar nisso: o chopp do Pinguím é uma delicia, isso é. hehehehehhehehehe.

Já foi lá Otto?

Rose Duarte
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Há 19 anos ·
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Prezado Dr. Dener, a quem eu muito admiro. Queira o senhor ou não, está evidente a visão humanitária em seu texto. Existe uma fé antropológica que explica esta posição. Estou certa de que é a posição mais correta. Sem entrar no mérito das questões jurídicas (direito criminal não é minha praia), a questão de humanização das questões levadas à julgamento faz parte de uma grande preocupação desta sua colega. A postura de alguns membros do Ministério Público atualmente somente nos entristece. Me fazem lembrar do Big Brother Brasil, onde cada um quer "aparecer" mais que o outro. Se me permite uma opinião, existe vaidade até na alma. Uma vaidade que os fazem ultrapassar os limites da função e das garantias constitucionais dos acusados. É uma pena, pois, nós advogados sabemos da preciosidade e da necessidade do Ministério Público e alguns membros estão jogando na lama um histórico importante, por pura vaidade pessoal. Em suma, concordo plenamente com sua opinião. Em relação à Suzana, não conheço bem o caso, mas com certeza é mais um caso de escalada em busca de Ibope, quer seja pessoal por parte do Promotor quer seja por parte da imprensa. A pessoa da Suzana? Está participando apenas como objeto de desejo, ainda que seja como instrumento. Que Deus permita a estas pessoa desenvolverem a lucidez necessária e o discernimento para contribuirem para o aprimoramento dos seres humanos envolvidos no caso. Continuo acreditando no ser humano. Um forte abraço.

Katia
Advertido
Há 19 anos ·
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Já que há tantos comentários, irei fazer o meu.

Pelas leis sociais, não há perdão para o que Suzane fez - matar os pais!!!. Se a analisarmos como um ser sem regras e vivendo no mundo para se defender, dá até para aceitar(Cruzes!!!) o crime.

Pergunto-lhes - Que pais foram aqueles que conseguiram criar um filho que desse mais valor ao dinheiro do que ao próprio amor? Acho que é corriqueiro na nossa sociedade passarem para as crianças que andar linda, bem vestida, com ótimos carros etc, enfim o status é muito importante... Mas será que é tanto assim? Será que não deveríamos criar nossos filhos mostrando-lhes que o dinheiro é bom, mas não compra tudo(a saúde, o amor etc).

Infelizmente na nossa sociedade Suzane não poderá mais viver, visto que bastará outra chance para ela cometer mais delitos. Não há dúvida de que ela é doente, assim como o "tarado do Parque" e muitos outros criminosos que matam por prazer(pois a morte "matada" dá prazer sexual- vulgo orgasmo - pasmem-se!), mas quem se aprofunda mais no assunto(não é o meu caso), sabem de que estou falando a verdade.

Outro fato, a comoção social irá influenciar o julgamento dela. De qualquer forma, nada irá apagar o que foi feito, e espero que a justiça seja feita.

Hilario Torquato
Advertido
Há 19 anos ·
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Não tenho conhecimento dos autos, porem, o sensacionalismo insano da midia, faz com que eu fique a pensar,- para onde vamos ?

Onde poderemos procurar por justiça. A quem podemos nos dirigir, quando tambem formos atingidos pela insanidade de um microfone, alçançado pela famosa saída denominada " liberdade de imprensa" ?

Fiquei com vontade de voltar aos bancos da universidade ( não para fazer novamente direito!), porem, para buscar em qualquer compendio ou código, a permissão ao um Juiz Togado, de não adiar um julgamento pela falta de uma testemunhas arrolada pela defesa, com a claúsula da imprescindibilidade. Mudaram as leis e não me avisaram !

E, o pior, ainda tem pessoas que se diz formadas em direito, que exercem a profissão, que se consideram os mais sábios, e, que, os demais advogados nada sabem, somente possui a carteira, que ficam a pedir para dar entrevistas, dando razão ao Juiz, que não queria adiar o julgamento.

Para que serve a OAB nestas horas ?

Agiu correto o colega ao se ausentar do plenário, pois ali, estava acontecendo um verdadeiro abuso de autoridade, por parte do Juiz e do Celestial Promotor de Justiça.

Somente para tulmutuar o andamento do feito, eu, com todas as letras, entraria com uma representação na corregedoria contra o Juiz, bem como, junto ao Tribunal de Justiça, para fasta-lo do comando do processo. E, caso não fosse bem sucedido, ingressaria junto ao Superior Tribunal de Justiça, cobrando ( mesmo com materia paga) o respaldo da OAB e do famigerado Direito humanos.

Denunciaria tambem junto a OAE, o desrespeito aos direito humanos, com base no Pacto de São josé.

O que estão fazendo com essa moça, é um verdadeiro escarnio ao Poder Judiciário, como se isto não o prejudicasse cada vez mais, dando forças à midia e ao proprio Ministério Público

Ainda bem que ainda existem verdadeiros advogados ( como voce, Vanderley, Otto e outros), que não se contentam com as ilegalidade que se apresentam diariamente com o respaldo de quem de direito.

E, no mais, confirmo tudo o que o Vanderley disse.

Vanderley Muniz
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Há 19 anos ·
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Querida Katia.

Escrevo-lhe esta simples missiva para informar-lhe que a senhora acaba de sancionar a pena de morte no Brasil.

Afirma a senhora que: "infelizemente na nossa sociedade Suzane não poderá mais viver".

Urge que a senhora entenda que a execução penal tem por primordial função (se bem que eu próprio entendo que não funciona) de reabilitar o cidadão para que retorne aos seios da sociedade dentro de seus parâmetros morais e costumes sociais.

Assim sendo, recuperada, Suzane voltará a viver em nossa sociedade.

rsrsrsrsrsrs....é brincadeira sei que não foi isso que quiz dizer.

Abraços.

Katia
Advertido
Há 19 anos ·
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Dr. Vanderley

As palavras ás vezes nos supreende afirmando algo que não queríamos. Sou absolutamente contra a pena de morte, pois sabemos quais as pessoas que iria sofrer com ela.

Minha intenção foi dizer que ela não poderá mais conviver em nossa sociedade, ou seja, deverá ser internada ou trancafiada por muitos anos, de forma a ter consciência do mal que cometeu.

Acho que uma pessoa que põe o dinheiro, herança etc acima do amor, principalmente o paterno, terá que sofrer muito na vida para aprender a adquirir outros valores.

Creio também, que mesmo que ela passasse muitos anos na cadeia, e um dia saísse, não haveria quem lhe desse abrigo sem desconfiar de uma futura má conduta.

Saudações

Defesa
Advertido
Há 19 anos ·
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Desculpe, mas aqui vai minha opinião.

Senhores, senhores, quem não festeja a expectativa de um resultado prático de se fazer justiça ? Onde esta incorreta a conduta do MP em querer logo seu DOCE RESULTADO ?

Doutores, doutores, quem é capaz de dizer onde falhou a defesa da acusada, se a mesma ainda aguarda em liberdade o julgamento ? Onde esta que a moça esta indefesa se esta amparada até pelo tutano dos OSSOS faciais de seus incasáveis defensores ?

Também tenho dó da moça, tadinha, pobre menina RICA e apaixonada - MATOU OS PAIS POR AMOR NAQUELE MOMENTO INSANO. Igualmente a defenderia diante da expectativa dos GORDOS HONORÁRIOS. Melhor, pela repercussão até de GRAÇA, já que a pena perpétua em um sanatório judicial já seria vitória.

OPS estou com pressa, tenho de matar mamãe que já tem os peitos caídos de me amamentar e é contra meu namoro com a formosa jogem de peitos duros.....abraços - MARCOS - MT

Defesa
Advertido
Há 19 anos ·
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Desculpe, mas aqui vai minha opinião.

Senhores, senhores, quem não festeja a expectativa de um resultado prático de se fazer justiça ? Onde esta incorreta a conduta do MP em querer logo seu DOCE RESULTADO ?

Doutores, doutores, quem é capaz de dizer onde falhou a defesa da acusada, se a mesma ainda aguarda em liberdade o julgamento ? Onde esta que a moça esta indefesa se esta amparada até pelo tutano dos OSSOS faciais de seus incasáveis defensores ?

Também tenho dó da moça, tadinha, pobre menina RICA e apaixonada - MATOU OS PAIS POR AMOR NAQUELE MOMENTO INSANO. Igualmente a defenderia diante da expectativa dos GORDOS HONORÁRIOS. Melhor, pela repercussão até de GRAÇA, já que a pena perpétua em um sanatório judicial já seria vitória.

OPS estou com pressa, tenho de matar mamãe que já tem os peitos caídos de me amamentar e é contra meu namoro com a formosa jogem de peitos duros.....abraços - MARCOS - MT.

otto henrique miranda mattosinho
Advertido
Há 19 anos ·
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Tenho vontade!A última vez que estive em Ribeirão Preto foi em 1972. Mas adoro viagens, principalmente pelo interior de São Paulo, pois as cidades estão cada vez mais criativas para receber os "turistas".

otto henrique miranda mattosinho
Advertido
Há 19 anos ·
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Não pude deixar de notar o "vernáculo" em que foi lançado o comentário. Tenho certeza de o problema estar se dando por conta de um desajuste na configuração do teclado. Se você ligar para seu provedor, tenho certeza de que ele poderá auxiliar na correção do problema.

otto henrique miranda mattosinho
Advertido
Há 19 anos ·
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Gostaria, DATA VENIA, de me contrapor a vocês dois. Eu sou favorável à pena de morte! Na verdade, o que não se perdoa na atitude de Suzane foi, não só ela ter matado seus progenitores, mas também (e principalmente) não ter se contentado com os bens que certamente bastariam para ela ter uma vida tranqüila; destarte, a atitude dela foi um "tapa" na cara daquele que ganha um salário mínimo para viver; em psicologia, se distingue necessidade de desejo, e o processo mental elaborado pelo "ego" para satisfazer aquele desejo como oriundo do "id"; no complexo contexto em que a escolha do objeto ideal localizado no mundo exterior para satisfazer as necessidades, costumam ocorrer desvios, e um "objeto supérfluo" acaba sendo supervalorizado e erigido à condição de "necessário". Mas um estudante de psicologia, que certamente poderia explicar melhor, e que me perdoe pelo diletantismo, iria concordar comigo. A pena de morte, embora não cumpra uma das finalidades da pena, ou seja, a "ressocialização", acredito que não tenha importância alguma. Não se pode pretender, como disse o Dr. Vanderley, algo impossível (salvo melhor juízo técnico de um psicólogo), ou seja, que Suzane se regenere. A pena de morte vai até ser um alívio para criminosos desse jaez. Mas preferiria reserva-la para outros crimes mais graves... e existem! P. ex: seqüestro ou roubo seguido de morte, estupro ou atentado seguido de morte, tráfico de órgãos, etc...

otto henrique miranda mattosinho
Advertido
Há 19 anos ·
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Grande Hilário! Sobre o seu tema favorito, "inconstitucionalidade do exame da oab", um articulista fez uma crônica a respeito. Na verdade, eu particularmente entendo que por mais respeito que mereça a Constituição, ela ainda é fruto da mente humana, sendo, portanto, sujeita a erros, incongruências, demagogias e todo tipo de vício que pode viciar o trabalho humano. No caso de a Constituição estabelecer direitos, de nada adianta se não houver como cumpri-los. Só que há! Ontem, participei de uma audiência de conciliação, onde após sua realização, Sua Excelência, o Advogado Conciliador (às vezes merecemos o epíteto excelência) me disse que no ano passado, foi calculado 38 (e um monte de zeros) em corrupção, que divididos por 150 milhões de habitantes, daria algo em torno de 20.000 por brasileiro por ano!!! Mas fora disso, não adianta a constituição dizer que o acesso ao mercado de trabalho é livre (ou mesmo qualquer coisa que diga sem lastro real), se vamos colocar no mercado um profissional desqualificado. Se o sistema contasse com um efetivo sistema de controle de atuação, ou se o juiz tivesse mais autonomia para destituir o advogado incompetente, talvez eu fosse favorável ao livre acesso dos profissionais bacharéis sem o exame da ordem.

Katia
Advertido
Há 19 anos ·
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Dr. Henrique

No Brasil(pais que amo), você poderia afirmar com certeza que os feitores de crime "hendiondos" iriam para a cadeia e posteriormente seriam submetidos a pena de morte? Se puder, e se isso acontecer no nosso país, pode ter certeza que assinarei embaixo, reconhecendo que deve haver pena de morte . O que quero dizer, é que apenas os 3 "p" vão para a cadeia (você sabe quem são).Há uma desproporcionalidade muito grande. Ou seja, só quem pode pagar(e muito bem) livra-se das prisões, infelizmente.

Não me considero "Deus" para julgar ninguém, e se um dia estiver na posição dele(juiz) pedirei a ele muita luz e perdão por decidir a vida do próximo.

Com relação a Suzane, é uma pessoa "doente". Diga-se de passagem, os psicólogos não a devem considerá-la nem doente, visto que para eles todo o ser humano deve defender-se do mundo para o seu bem, está no próprio instinto de sobrevivência.

Mas como operadores do direito, aprendemos que o ser humano deve seguir as regras sociais, e não as selvagens.

Em resumo, sou contra a pena de morte, levando em conta que estudei as leis sociais(mais ou menos) e as leis feitas pelos homens(por 5 anos).

Tenho pena de Suzane, como uma "selvagem" e alheia as leis socias, mas defendo o fato de que ela não pode viver entre nós(seguidores das leis sociais).

"Data venia"

Felipe Mauri
Advertido
Há 19 anos ·
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Eu acredito que o julgamento realizado pelo tribunal do juri será efetivamente influenciado pela atuação disso que se tem chamado imprensa. Não há possibilidade de se acreditar que um jurado, que assistiu e tem assistido toda a manifestação que a imprensa tem feito acerca desse caso julgue com imparcialidade. Não importa o que seja demonstrado no dia do julgamento, será tudo irrelevante, porque todos nós sabemos que esse julgamento da Suzane, será uma mera formalidade, para condenar esse novo "ícone da maldade" que a imprensa e principalmente a Rede Globo criaram. Muitos órgãos de imprensa fazem esse espetáculo todo em cima desse caso porque dá audiência. Agora eu pergunto: será que nos últimos 10 anos esse foi o único caso de uma filha que se envolveu na morte dos pais? Não estou dizendo que isso seja correto, nem apóio a suposta atitude criminosa de Suzane. Todavia sabemos que o único caso sobre o qual se instalaram os holofotes foi esse. Depois de todo o estardalhaço que tem sido feito por parte da imprensa, qual chance Suzane tem de ser absolvida? Vou mais além: Qual chance ela tem de ter um julgamento imparcial?? Será que os jurados vão se ater as provas apresentadas nos autos pela acusação e pela defesa?? Ou será que vai ser levado em conta a matéria do fantástico (que foi escandalosamente editada, e isso foi constatado quando o TED da OAB/SP instaurou a sindicância para analisar a conduta do advogado de Suzane). Insisto, não tenho nenhuma admiração por essa moça nem por seu crime confesso, entretanto apenas entendo que ela deveria ter um julgamento imparcial pelo seu juiz natural que é o juri, e não ser julgada dia após dia pela imprensa (auxiliada pelo sr. tardelli) a qual faz incutir na cabeça dos que na ocasião serão jurados a necessidade de condená-la.

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