Existe alguma leitura, estudo, etc. sobre Jus sperniandi?
Existe alguma leitura, estudo, etc. sobre Jus sperniandi?
Alguem sabe dizer se este termo em falso latim, o Jus sperniandi, se aplica de alguma forma no ordenamento jurídico e ou é ou pode ser utilizado em peças processuais?
Existe algum, estudo, leitura que trate deste termo?
Agradeço a quem puder responder ou dar indicações.
Obrigado
"Jus sperniandi"
É um termo engraçado, não é juridicamente real.
Ocorre quando alguém não tem argumentos para a defesa de uma tese, no que ele utiliza do âmago, do "osso do fígado", "tira água de pedra", para tentar formar uma alegação plausível.
Ocorre quando por exemplo, sujeito é encontrado com as mãos sujas de sangue, diante de um corpo sem vida, todo esfaqueado, e o sujeito com a faca na mão. (isso quer dizer que ele matou o morto? Não!)
Mas o advogado vai ter que espernear para convencer do contrário. Vai ter que usar de TUDO, desde o amor do réu pela vítima, passando pela vontade dele de se matar com a mesma arma com que foi morta a vítima por não suportar tal sofrimento que presenciou, até a dizer que ele tirou a faca para cortar um pão.
Pense numa criança querendo um brinquedo, ele chora e esperneia, é donde vem a expressão.
É extremamente utilizada em peças processuais. Bom mesmo é ter argumento, mas quando não tem, tem que chorar e espernear mesmo.
E eu desconheço doutrinas que tratem dessa anomalia dialética.
Obrigado pela bela explanação Álvaro Alencar
No entanto você diz:
"É extremamente utilizada em peças processuais."
É serio isso? alguem ja escreveu esse termo seja numa decisão de recurso, numa contestação ou etc?
Pesquisei , pesquisei e não encontrei nem um único doc. para referência.
Sei que se trata de um termo "fictício" Se é que possamos chamar assim.
No entanto me parece um termo muito útil para se utilizar em peças processuais.
É por exemplo, como o termo Homem Médio (rsrs) - Homem médio eu acho ainda mais engraçado.
Enfim, de qualquer forma, obrigado.
Eu uso em algumas peças. Normalmente em contestações ou réplicas, quando quero me referir a um fraco argumento do autor.
Mais ou menos assim:
"Exa., percebamos que o autor na exordial utiliza-se de um manifesto jus sperniandi, supra, podemos notar, de forma clara como o dia, a total e impossível argumentação que fundamente uma aventura judiciária como a proposta pelo autor. As falácias apresentadas não encontram fundamentação legal em nenhum justo ordenamento jurídico conhecido, nem tampouco no pátrio."
E por ai vai... rs
Vanderlei Sasso
Ao meu ver, é disléxico. Onde raios uma identificação com título agoratenhoadvogado leia-se Agora eu tenho advogado pode ser interpretada como "eu sou um advogado"?
oO
Ahhh ta, você conseguiu a hercúlea proeza de interpretar a minha indentificação como:
" Olá, eu sou o Agora Tenho e sou também Advogado"
Cara, você é especial, como um gênio. Um Genius meme
E outra, sai do meu pé chulé.
.ISS
" Quanto homem médio nada há de engraçado a expressão se refer a conhecimento medio das pessoas sobre determinada tema. "
Discordo, pois se a expressão " Homem médio " não se refere a um homem que tenha a estatura média para sua região, então torna-se sim uma expressão esquisita, pois não há nenhuma conexão lógica em descrever o conhecimento médio de um indivíduo apenas com a expressão Homem médio.
O correto para não ficar esquisito seria Homem de conhecimento médio.
É mas a "prática jurídica" não é o Logus divino assim como não dita arbitrariamente os critérios da ortografia, gramática, etimologia...
O Fato é que, não existe a palavra homem-médio - e - a palavra homem tem um significado e a palavra médio tem outro. A sequência das duas na ordem "homem médio" não tem outro significado se não o de um homem com estatura média.
Se a prática jurídica usa a expressão homem médio imbuida de outro(s) significado(s), este(s) por sua vez deve(m) ser definido(s) de maneira clara em algum registro (etimológico ou não).
E eu agradeço a quem me indicar uma única fonte que taxativa e conclusivamente defina o signficado de homem médio.
Para mim, nada mais é do que uma expressão subjetiva que dá margens para toda sorte de interpretações. E que por isso acho esquisita.
No mínimo uma criação pretenciosa de aventureiros jurídicos ou filosóficos que julgaram-se detentores do conhecimento da virtude ínfima e suprema e estabeleceram a média.
:)