Quando o Estado é fraco e os governos débeis, triunfam os poderes fáticos e os grupos de interesses corporativos. Sempre sob invocação da autonomia da "sociedade civil", bem entendido. Invocação despropositada neste caso, visto que se trata de entes com estatuto público e com poderes públicos delegados. Como disse uma vez um autor clássico, as corporações são o meio pelo qual a sociedade civil ambiciona transformar-se em Estado. Mais precisamente, elas são o meio pelo qual os interesses de grupo se sobrepõem ao interesse público geral, que só os órgãos do Estado podem representar e promover.

Acabar com o exame da OAB...seria o mesmo que dizer para um técnico de enfermagem na sexta-feira que na segunda-feira ele ocupará a função de Médico.... Quem espera pelo fim do exame são os "estudantes" que geralmente seguem a carreira do pai sem capacidade para tal...Tem já um escritório montado, com uma certa carteira de clientes conquistada pelo longo esforço e dedicação do pai...porém não tem vocação para advogar... Quem tem vocação para se tornar advogado, o exame não será obstáculo, mesmo porque o exame apenas lhe dará o direito de advogar, o que fará do aprovado no exame um bom ou mau profissional, será tua dedicação...

Sou a favor do exame da OAB e que tb sejam instituídos exames para avaliar os formandos de outras profissões para que possam exercê-las tais como medicina, engenharia, medicina veterinária, enfermagem, odontologia etc.

Também sou a favor do fechamento de cursos de graduação que obtiverem índice de aprovação inferior a 30%.

Sou a favor tb da proibição permanente da abertura de novos cursos de direito haja vista que universidade não é balcão de negócios por isso esta prática de venda de diplomas a analfabetos funcionais deve cessar imediatamente.

Já basta hj em dia todo mundo concluir o ensino médio sem saber ler, escrever e fazer contas matemáticas básicas, em virtude da famigerada aprovação automática. As universidades estão trilhando o mesmo caminho.

Aos que não passam e reclamam, apenas um conselho:

Estudem e não percam mais tempo xingando o exame.

Nos rincões do Brasil, mais precisamente em Belém do Pará há um folclórico corretor de imóveis que se intitula "Professor de Direito Constitucional". O nome do macunaíma é Fernando Lima. O Herói dos semi analfabetos que não passam no exame da ordem criou o blog onde publica as cartinhas que envia aos jornalistas, juízes, desembargadores e etc (todas sem resposta, por óbvio).

Não, os consultados não são arrogantes o problema é que as asnices que o macunaíma diz não merecem sequer um ai. Quem dá azo pras xaropadas do herói troca-letras é uma onda incompetente que se junta a quem merece. Citar o corretor de imóveis como "doutrinador" deixa evidente o nível "intelequitual" dos seus seguidores. Não deve existir nenhum bom constitucionalista no Brasil para que se ouça o que vende terras.

Aqui em São Paulo os textos do jornalista (sim, o macunaíma também atende por jornalista..r.s.s.) são motivos de piada. Nunca me canso de rir do que ele escreve e mais ainda de seus asseclas. Diz o "profeta" que o exame da OAB atenta contra a .. deixa ver... pausa pra rir um pouco.... o exame atenta contra o direito à vida kkkkkkkk. É ou não é um "mito?

E os seguidores? Diversão garantida. Vamos à salada de vírgulas má postas, raciocínio de jerico e "otras cositas más":

"ninguém possa controlar o seu exame de ordem"

Manifestante tabajara não sabe o que quer. Ainda não definiu se quer que acabe o exame ou que se controle o exame por outro órgão.

"Ressalte-se, uma vez mais, que essa restrição, que atinge os bacharéis reprovados no exame de ordem, atinge DIREITO FUNDAMENTAL..."

Quanta vírgula "inselença", só faltou dizer qual direito fundamental é violado. Já sei, o direito fundamental de "virgular" tudo. kkkkkkkkk

E o texto do cambaleante "doutrinador" arrolado. Uma pérola atrás da outra:

"Qual seria o índice de reprovação, se a esse exame fossem submetidos advogados, promotores, juízes, conselheiros da própria Ordem, professores de Direito, procuradores, etc., todos com dez, vinte ou trinta anos de prática jurídica, e de reconhecida capacidade profissional?"

E se fosse alta a reprovação dos profissionais citados? Acabaríamos com o exame da OAB como a dizer "se eles são ruins, que sejamos todos ruins juntos e o cliente que se lasque". Não seria o caso de criar um exame periódico ao invés de acabar com o já existente? Isto seria a lógica dos sérios, mas os discípulos do vendedor de terrenos, sabem como é, veem de outro modo.

"Considerando-se que esse exame é, na verdade, um "concurso para advogado", com a peculiaridade de que não se sabe quantas vagas existem, porque é eliminatório, e não classificatório, seria possível evitar a influência, nos seus percentuais de reprovação, dos interesses corporativos da classe dos advogados e dos interesses políticos dos dirigentes da Ordem?"

Até o jornalista de buteco sabe que se todos fossem aprovados no exame a arrecadação da OAB seria maior uma vez que as anuidades são maiores que as taxas de concurso, mas seus seguidores, sabem como é, não sabem o que é pra que serve a vírgula, daí, querer que eles entendam isto é demais.

"deve o controle da OAB ser conclusivo, para impedir a instalação de novos cursos, ou para determinar o fechamento dos existentes, apenas em decorrência de sua avaliação discricionária, e do "Ranking" que ela publica? "

A OAB não tem poderes para impedir a abertura de cursos, não fecha cursos, mas, os destemidos bacharéis saem por aí replicando o que sequer fazem ideia do que seja. Gente fina é outra coisa.

"a OAB é um órgão de controle do exercício profissional, um sindicato, uma instituição de ensino superior, ou um grande censor, um super poder, que possui atribuições para controlar o Judiciário, o Ministério Público, o Legislativo, o Executivo, e as Universidades?"

O "doutrinador" tabajara não sabe o que é a OAB. Quer retirar as atribuições(?) de controle do judiciário, etc. E seus seguidores ainda usam este papel higiênico como fundamentação para sua "causa".

[...]

Que Classe mais desunida! Os que são contra o FIM do exame de ordem, são na maioria os que já passaram ou aqueles que acham que o seu curso é melhor do que os outros só porquê tem o temido exame ou aqueles que tem medo da concorrência (sabe muito advogado no mercado não é bom). O que é absolutamente ridículo, pois os demais cursos não precisam fazer esse tipo de exame. E eu me pergunto o Por quê? Engraçado que os advogados deveriam ter mais força para lutar por seus direitos por conhecerem a lei, porém ainda se sujeitam as humilhações que tal exame proporciona. Queridos quem deveria fiscalizar é o MEC. Quem seleciona é o mercado. Pena que o ego da maioria dessa classe não permita que eles enxerguem isso. Admiro os médicos e o seu conselho que não aceitam tudo que lhe enfiam goela abaixo. Infelizmente a luta por um exame pelo menos mais justo não será ganha,pois para isso é preciso união e os ADVOGADOS não são. É aquela história "farinha pouca, meu pirão primeiro".

A classe está bem unida. Todos a favor do exame.

Se não passou, estuda mais.

O valor da anuidade é maior que a taxa de inscrição do exame de ordem, isso é verdade, mas o exame de ordem ocorre três vezes ao ano. Acredito que esse exame deveria ser igual a vestibular, ou seja, uma vez ao ano.

Faz as contas soma o número aproximado de inscritos a cada exame e multiplica por três e depois multiplica por R$ 200,00. Acho que isso não dá pra cobrir os gastos da OAB, sqn. :D

Os donos de cursinho e professores também agradecem. O que seria deles sem o exame de ordem.

Não sei o que seria dos professores de cursinhos pois fiz cursinho, simplesmente estudei na faculdade.

Sven, pelo que eu sei você estudou mais de uma vez na faculdade. :D

Sim, e dai?

Para te dar uma ideia, o Exame de Ordem na Holanda são 6 provas objetivas e o candidato tem que escolher duas matéria (e não só uma como aqui). As seis provas devem ser feito em 3 anos e para cada prova o candidato somente tem 3 tentativas. Não passou, NUNCA vai poder ser advogado.

É também pela redação deste tópico que defendo o Exame da Ordem. Imagine um advogado escrevendo uma petição com tantos erros de português. O juiz se irritaria e leria a petição já com ânimo de indeferir os pedidos. O advogado da outra parte se preocuparia com a imagem de sua profissão. E até quando foi responder a uma correção ele errou: "QUEM NUNCA ERROU ATIREM A PRIMEIRA PEDRA". Erros de digitação à parte, que podem ter causado os aqui apontados, recomendo maior cuidado na redação.

Sobre o mérito, as faculdade de direito agem hoje da mesma forma que as escolas e cursos pré-vestibulares: aprovam o máximo de alunos para que estes prestem os respectivos exames aumentando, assim, a possibilidade de aumento do percentual de aprovação, o que favorecerá sua publicidade.

Sobre o interesse financeiro da Ordem, mais vantajoso seria esta inscrever os bacharéis sem a realização do Exame. Afinal, haveria mais inscritos e a um custo maior. Matemática simples.

Por fim, quem estuda sério, presta atenção às aulas, produz seus próprios trabalhos, evita a "pesca" nas provas e não depende de bajular professor para ser aprovado terá mais chances de aprovação no exame e concursos.

Sven,

Os países desenvolvidos priorizam a educação desde a infância o que lhes concede a cobrança de um exame mais rigoroso. Os países como o Brasil que não tem competência de proporcionar uma educação de qualidade desde a infância e não fiscalizam os responsáveis pela abertura de faculdades e cursos de direito não poderiam mesmo cobrar um exame de primeiro mundo. As peculiaridades de cada país devem ser observas, pois são realidades diferentes.

Ou seja, na sua opinião, não tem problema nenhuma alguém que não consegue nem passar pelo simples exame de ordem (ou seja, é incapaz de responder 4 questões de direito e escrever uma peça simples) representar alguém em juízo.

Digo simples, por que se lembrar de 20% da faculdade e é capaz de identificar absurdos jurídicos, consegue passar na 1a fase chutando.

Com muito esforço e determinação terminei a faculdade de Direito em 2007. O sonho da formatura e a inscrição na Ordem foram os nortes traçados por mim. Isso ficou comprovado através do meu CR e também pelos diversos elogios que eu recebi dentro e fora dos Fóruns, na ocasião dos estágios. Segundo os comentários que ouvia, minha desenvoltura era comparada a de alguns profissionais experientes, tamanha era a minha dedicação.
No entanto, o que veio depois do estágio foi uma sucessão composta por quatro reprovações, todas na segunda fase do exame. Eu sempre tentava reverter as injustiças. Para isso eu sempre implorava à OAB que ela reavaliasse os ínfimos pontos necessários para eu alcançar a inscrição naquela instituição. Depois de sofrer tanta opressão e passar por momentos vexatórios, resolvi dar um basta com a Ordem. Recomecei do Zero. Iniciei nova carreira. Dessa vez no Magistério (Português e Inglês). Foram mais três árduos anos dentro de uma faculdade. Valeu a pena, embora não fosse o meu ápice. Registro aqui que mesmo antes do término do Curso de Letras eu já havia logrado êxito em dois concursos públicos dentro da Educação. Depois vieram outros concursos e eu fui bem sucedido em todos. Hoje sou indiferente à OAB. Não me preocupo com ela. Não preciso dela e não dependo dela para nada, porque me encontro muito bem equilibrado emocionalmente, profissionalmente e financeiramente. Quase fui destruído por esse Órgão. Por causa dele sentia-me frustrado, como a maioria dos bacharéis de Direito se sente hoje. E não adianta colocar culpa somente em cursos de baixa qualidade ou alunos com baixo nível cultural. Se assim for, a OAB e o MEC são os grandes responsáveis por essas supostas rupturas. Além disso, esses dois Órgãos também deveriam passar por um exame de protuberância. Provavelmente no mesmo nível daquele que eles covardemente submetem os Bacharéis em Direito. Afinal o exemplo deve vir primeiro de quem inicia a lambança. Embora eu não me preocupe mais com esse Órgão, espero sinceramente que mudanças urgentes ocorram no interior dessa Casa. E que essas reformas possam de alguma maneira amenizar, pelo menos em parte, os conflitos que envolvem os Bacharéis em Direito.

É a minha opinião.

Sven,

Não acho que o exame da ordem selecione os melhores candidatos. Conheço muitos estudantes excelentes, com desenvoltura em seus estágios e muito elogiados por seus professores e chefes (não é o meu caso :D) como no caso do amigo acima, que não conseguiram passar, porém também conheço alunos que colam em todas as provas de seus colegas e celulares, vão um dia sim e outro não para a faculdade e que nunca estagiaram da vida a não ser no último semestre que é obrigatório e no entanto conseguiram passar nesse exame. Acredito que você também conheça casos semelhantes. Eu acho que seria mais eficaz se fosse igual a medicina, ou seja, tivesse residência.

Na medicina tem 2 anos de trabalho e ainda uma prova depois os dois anos para cada especialidade.

A primeira fase, ao meu ver, é fácil demais, como ja falei por que da para passar chutando.

A segunda fase também é fácil demais pois so pergunta sobre a lei seca.

E em relação de quem passa e quem nao passa, posso dizer exatamente quem vai e quem nao vai passar dos meus ex colegas de faculdade.

So tem um que eu considero que deveria ter passado e nao passo, mas o cara acorda todos os dias as 3 para trabalhar e estudava a noite. Nao teve tempo para estudar também para a ordem. Agora que passou na faculdade, nao duvido que ele vai passar.

Sven concordo com seus comentários.

Sou formado a 2 anos e sabia exatamente quem ia passar e quem não ia.

Tive colegas que eram só na cola.

Realmente na faculdade se formaram, mas na OAB sem chance. Não tinham como colar do colega do lado.

Já outros colegas estavam no 9º e 10 º semestre já tinham conseguido a aprovação. Me formei e consegui a aprovação.

Posso até naõ concordar com algumas coisas da prova da OAB mas ela é essencial.

Wilson Vieira

Bem, um zé ruela da minha sala, um zero a esquerda, vadio, um dos que eu apostaria tudo o que eu tenho que ele não passaria tão cedo, passou neste último exame em que anularam duas questões de direito civil, concedendo 2,5 pontos de graça, ou seja, praticamente 50% do que precisa para ser aprovado, ele ganhou de graça.

Exame hipócrita.

Pois é, tem que ser muito Zé ruela para nao passar.

O exame é fácil, é tranquilo, qualquer pessoa que fez uma faculdade de forma razoável e sabe pensar como advogado consegue passar.

Eu não precisei estudar muito para passar no exame, para a primeira fase utilizei os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação e para a segunda fase estudei questões pontuais, cerca de cinco horas por dia durante uma semana, ou seja, pouquíssimo estudo preparatório.

Não foi preguiça, não que eu não quisesse estudar, mas o exame da ordem coincidiu com o prazo final de entrega do meu TCC e com últimas provas da graduação, isso somado aos meus problemas de concentração não me possibilitaram tanto tempo de estudo.

A minha prova foi em Tributário, o examinado deveria se passar por advogado da ECT (Correios) e buscar a não incidência de IPVA. Como relatei acima eu estudei pouco, o ponto em questão, imunidade tributária dos Correios, era baseado em decisão do STF que eu nunca havia lido a respeito.

Como eu passei? Após cerca de quinze minutos de tensão por não saber a solução do problema, pensei por duas horas e montei a minha tese pessoal, fiz o que eu faria como um advogado que busca um direito sem a existência de precedentes, pois eu não sabia que eles existiam.

Meu raciocínio foi: Se o serviço postal compete à União, art. 21, X, CF, sendo serviço público de relevância, é vedada a tributação com base no art. 150, VI, (a), CF, dessa forma, deve ser aplicada aos Correios, que é empresa pública, o mesmo tratamento dado às autarquias previsto no art. 150, §2º. Dessa forma, só me resta alegar a inaplicabilidade do art. 173, §2º.

Eu não conhecia a decisão, da qual só deixei passar a inaplicabilidade do art. 150, §3º. Entretanto, eu possuía conhecimentos gerais sobre a matéria, que me possibilitavam pensar como advogado e buscar uma saída naquele caso concreto.

Contando a minha história com o Exame da Ordem, o que eu quero dizer é que muitas vezes não se faz necessária uma maratona de estudos para a avaliação e por vezes aquele mais desatento passa na prova antes do mais estudioso, pois, embora possua menos conhecimento decorado, sabe pensar juridicamente.

O maior problema que eu vejo com os estudantes de direito atualmente é a busca por decorar livros de doutrina, o que nunca foi e jamais será o melhor instrumento para aperfeiçoar o trabalho de um advogado. O trabalho de um advogado é resolver o problema de outras pessoas, o que só se faz aprendendo a pensar juridicamente.

Quem não passa no exame da ordem mesmo tendo estudado suficientemente, ainda não sabe pensar como advogado, não sabe resolver problemas. Não basta decorar códigos e doutrinas, o básico é saber analisar os preceitos jurídicos gerais naquela área específica e buscar soluções.