De acordo com o estudo realizado pelo IPC-LFG (Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes), a partir dos dados divulgados pelo Ministério da Saúde - Datasus, o número de mortes no trânsito em 2009 foi de 37.594, enquanto que em 2008 o número era de 38.273 mortes.
No primeiro ano após a vigência da lei seca, 679 vidas foram poupadas em todo o País. Diminuição de apenas 1,8%. Essa diminuição se deve, sobretudo, à fiscalização mais ou menos intensa logo após a vigência da lei. Com o tempo o rigor foi sendo afrouxado. O índice de redução de morte seria maior se a fiscalização não tivesse perdido sua empolgação.
Aprovada no dia 19 de junho de 2008, a Lei nº 11.705, popularmente conhecida como Lei Seca, trazia consigo a promessa de uma diminuição significativa do número de mortes em acidentes de trânsito, que crescia 2,9% ao ano desde o ano de 2000 (houve aumento de 32% entre 2000 e 2008).
Mas falta no nosso País uma política pública de segurança viária, que leve a sério a fórmula EEFPP (Educação, Engenharia, Fiscalização, Primeiros socorros e Punição). Nenhum desses pilares pode falhar.
Sem rigorosa fiscalização e punição dos abusos não há como coibir e conscientizar a população eficazmente sobre a incompatibilidade entre bebida alcoólica e direção, que se apresenta como uma das fortes causas da tragédia brasileira no trânsito. Sem educação e boa engenharia (das estradas, dos carros, das ruas), não há como evitar o morticídio automobilístico.