O filme volta nossos olhos a crise econômica global que durou entre 2007 a 2009, quando Bush, o então Presidente dos EUA deixou o poder. Há clara crítica as grandes empresas que visam dominar o mercado e controlar indiretamente a vida da sociedade.
No filme é mostrado várias cenas de criminosos prontos para assaltar agências bancárias e famílias que perdem seus imóveis por não quitação de hipoteca. Em outro momento, líderes religiosos entram em cena e dizem ser contra o sistema capitalista que permeia na sociedade contemporânea, alegando inclusive fundamentação religiosa.
Moore dialoga com várias autoridades de instituições financeiras e do Poder Legislativo para saber mais sobre os problemas que o país enfrentou. Em seguida, entrevista uma jornalista que participou da investigação do Congresso americano, procurando saber onde que o dinheiro foi parar.
A morte de Franklin Roosevelt é lembrada no filme asseverando que muitos países mudaram a sua lei maior em virtude deste acontecimento. Logo após, passaram 60 anos até a chegada da tragédia de um furacão, dizendo que somente os menos afortunados sofreram perdas.
Moore termina fazendo discurso contra o capitalismo, concluindo que o dinheiro não deve mandar na sociedade, quando assim o faz, a sociedade deixa de ser humana. Todavia, é o povo que tem que manter o controle de tudo e ditar as regras do jogo.
É possível analisar nas críticas do diretor do filme, que o próprio sistema capitalista nos faz cair por si só, quando por exemplo, você pega um empréstimo no banco para visar cada vez mais dinheiro, mas é entrelaçado aos juros que fazem com que se torna impossível o adimplemento por inteiro. Muitas pessoas buscam apenas um lar, têm pouco e mesmo assim, o sistema é capaz de desalojar e colocar na rua. Nem sempre é o melhor caminho, já que criará mais um problema para a sociedade enfrentar. O certo é que para o capitalismo ser aperfeiçoada, não se pode impor forças sem diálogo e não facilitar a resolução das dívidas, pelo contrário, com as negociações e a não criação de embaraços a população, tende haver grande número de adimplementos e maior rotatividade da economia.
Verifica-se que os EUA não são liberais, já que não oferecem os principais serviços públicos necessários diretamente, é assim idealizado por particulares. Isso acaba afetando aos mais pobres que não podem pagar serviços de qualidade. Se fossem realizados pelos particulares com maior vigilância do Estado, talvez funcionasse. Não apenas tem que oferecer o serviço de qualidade, tem que fazer com que estes serviços cheguem a todos de forma igualitária como assim deve ser.
Por fim, mostra que bancos e grandes empresas, aparentam querer nosso bem, mas possuem segundas intenções. Querem sempre tirar proveito por traz das “oportunidades” que são garantidas.
O filme exalta a democracia e diz que ela é a solução para o capitalismo, ora, realmente uma sociedade democrática tende a andar conforme os ditames do povo. Desse modo, também não é simplesmente colocar no papel, é necessário que a prática realmente seja democrática, que o povo saiba os importantes valores e princípios que um Estado tende a possuir para a prosperidade e, com isso, conseguir mediante sua qualificação, escolher representantes que realmente não ficarão de olhos vendados para o coletivo e com foco no capitalismo.
A ponderação é necessária em vários meios, inclusive na economia. Um Estado que apenas busca lucrar e querer aparentar no âmbito internacional uma força suprema, somente o interesse individual, esquecerá do seu lado interno e da sociedade que ali existe, são pessoas trabalhadoras que apenas querem ser felizes.
Podemos até não perceber, mas nossas vidas estão sendo cada vez mais controladas e observadas pelo governo, que nos induz a adquirir bens de consumo e alimentar o poder monetário de um ente denominado “Estado”.