Na Justiça do Trabalho do TRT da 3a. Região, tem sido comum a atuação de 2 juízes, simultaneamente, principalmente nas de maior volume processual.
Na minha opinião este fato vai de econtro à redução de servidores, uma vez que apenas há reposição quando a entrada do novo servidor não acarretar aumento da folha de pagamento. Ou seja, só há reposição quando o servidor pede exoneração ou quando morre sem deixar dependentes.
Sou juíza titular há cerca de 7 anos e percebo claramente a dificuldade da secretaria lidar com 2 juízes ao mesmo tempo. Primeiro, teríamos que ter 2 secretários de audiência, o que não ocorre, devido à escasez de servidores. E os assistentes? Aí a coisa piora. Segundo, porque um juiz pode mandar penhorar um bem pela manhã e outro juiz determinar o levamentamento da penhora à tarde, no mesmo dia. Virou bagunça! E a Vara do Trabalho que se vire para lidar com posições contrárias de dois juízes.
Entendo que o juiz titular precisa ter soberania para gerir a vara bem como suas decisões. O trabalho é árduo. Muito! Mas 2 juízes na mesma vara nao resolvem o problema, mas podem até piorar.
O juiz substituto é extremamente necessário na ausência do titular, nas férias, licenças, etc, mas atuar de forma conjunta é extrememente complicado e desgastante.
Este é apenas um pequeno relato e desabafo para que a carreira possa refletir sobre a situação.