Resumo: O jogo ou a trama política exige a conquista da atenção do público, chamado por seus protagonistas de eleitorado. Neste trabalho analisaremos, com os auxílios da filosofia, da literatura e da história, como e com quais recursos esse jogo de conquista acontece, a fim de desvendarmos, inclusive as consequências dessa disputa, não raras vezes, desmedida pela atenção dos eleitores, tendo o potencial de criar verdadeiras ilusões romantizadas de algumas figuras políticas.
Palavras-chave: Circo, Eleitores, Ilusão, Política, Viés.
INTRODUÇÃO
Historicamente, períodos que antecedem eleições são sempre permeados de discursos incendiários, repletos de promessas quase milagrosas para solucionar problemas clássicos da sociedade, como o desemprego, a criminalidade, questões de saúde e a inflação, além das tradicionais trocas de acusações mútuas entre os candidatos aos cargos. Nesse clima de tensão, no qual todos se travestem de anjos do bem, ao mesmo tempo em que apontam para os adversários, chamando-os de gênios do mal, o eleitorado tende a pender para o lado daqueles que mais habilmente articulam as palavras e que falam o que querem escutar. Em outras palavras, quase sempre ganham aqueles que capturam nossos românticos imaginários, através de apresentações propagandísticas e de aparições públicas que mais parecem espetáculos.
Nesse sentido, as eleições são como apresentações circenses, nas quais nossas atenções são capturadas por falsos brilhos e muito barulho, enquanto as ilusões são criadas, sobretudo, de que existem verdadeiras disputas ideológicas entre os supostos adversários.
Neste singelo trabalho, analisaremos o que se oculta por trás dessas aparentes disputas de ideias que nos são apresentadas como antagônicas, mas que, como veremos, servem ao vil propósito de perpetuar a disputa, numa espécie de alternância ininterrupta da qual depende o próprio jogo político e do qual seus protagonistas se nutrem mutuamente.
Veremos ainda como e porque essas disputas necessitam das criações de verdadeiros ídolos que, publicamente, apresentam-se como ferozes adversários que prometem derrotar tudo e todos que a eles e às suas ideias se opuserem, mas que nos bastidores agem de maneiras bem menos hostis, uma vez que bem sabem serem dependentes uns dos outros.
OUROBOROS ELEITORAL
Daremos a este capítulo o nome de Ouroboros Eleitoral, em alusão ao antigo símbolo em formato circular de uma serpente ou de um dragão que devora a própria cauda. Essa representação simbólica e ancestral, existente em muitas culturas, geralmente está associada à ideia de eternidade ou perenidade, senão vejamos:
O Ouroboros, com sua forma circular que morde a própria cauda, oferece uma profunda metáfora filosófica para o conceito de eternidade. Na filosofia, a eternidade é frequentemente associada à ideia de um estado atemporal ou à duração infinita do tempo, uma noção que o Ouroboros encapsula perfeitamente com sua representação de ciclos sem fim (COSTA, 2024).
Pois bem, o sentido filosófico de perenidade encerrado no dito símbolo bem define o que se pretende explicar, ou seja, uma relação simbiótica e contínua de destruição e renovação, uma espécie de jogo no qual não existe perdedor – apesar de parecer que existe. Para exemplificar, voltemos à infância – ou não, para alguns – e relembrem dos heróis e vilões dos quadrinhos ou dos filmes. Apesar de, aparentemente, serem os exatos opostos uns dos outros, na verdade, há uma relação de íntima e profunda dependência, uma vez que uns precisam dos outros para suas existências façam algum sentido e sejam necessárias. Logo, caso um eliminasse o outro, seria autodestruição, pois quem precisa de um herói se não há um vilão? Eis no que consiste a força dos contrários:
Da luta dos contrários é que nasce a harmonia. Tudo o que é fixo é ilusão (HERÁCLITO).
A curta sentença acime é atribuída ao filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso (540 a. C. a 470 a. C.), conhecido como “O Obscuro”, dada a profundidade e contundência de seu raciocínio e sua postura indiferente diante de opiniões que divergiam das suas, bem como de sua recusa em se imiscuir em assuntos afetos à política e religião de seu tempo. Mas não é a personalidade do filósofo que nos importa aqui, e sim seus ensinamentos, que, aliás, bem nos socorrem até os dias de hoje.
Talvez as coisas já estejam ficando mais claras, não é mesmo? Talvez já seja possível entender onde estamos querendo chegar. Caso a resposta surgida na mente tenha sido algo do tipo “não existem oponentes em politica, mas apenas mera encenação”, então parece que estamos na direção certa.
Mas para que não restem dúvidas sobre o que queremos demonstrar, chamemos ainda ao nosso auxílio um dos nomes mais importantes da filosofia e que ousou, com muitos bons argumentos, criticar Sócrates (470 a. C.- 399 a. C.), simplesmente o arquétipo da filosofia. Estamos falando de Friedrich Nietzsche (1844 – 1900):
Quase todo partido vê que está no interesse de sua autoconservação que o partido oposto não esgote a força; o mesmo vale para a grande política. Sobretudo uma nova criação, o novo Reich, por exemplo, tem mais necessidade de inimigos que de amigos: apenas no antagonismo ele se sente necessário, apenas no antagonismo ele se torna necessário (NIETZSCHE, pág. 27, 1889).
Talvez ninguém mais pudesse exprimir em tão poucas palavras uma ideia tão complexa como Nietzsche fez. O trecho acima foi extraído de sua obra O Crepúsculo dos Ídolos, que, em linhas gerais e em certos aspectos, faz vários alertas sobre os riscos envolvidos na criação de nossos ídolos, especialmente no que diz respeito à política, pois como veremos mais adiante, a partir momento em que tomamos alguém dessa forma, passamos a rejeitar quaisquer críticas feitas a eles, como se fossem incorruptíveis e infalíveis como líderes.
ANJOS DO BEM OU GÊNIOS DO MAL?
O título que inaugura este capítulo, apesar de soar como um convite para refletirmos acerca das reais intenções da maioria dos políticos, ou seja, se realmente falamos de pessoas abnegadas e desejosas de melhorar as vidas das pessoas, ou se apenas se apresentam assim para ganhar nossos corações, mentes e, claro, votos, a fim de saciarem suas ânsias de poder para dele se locupletarem, na verdade, não é disso que se trata, já que bem poderíamos resumi-lo à apenas sua segunda parte, uma vez que amargas experiências prévias nos mostram que muitos deles são verdadeiros gênios do mal, tamanhos os ardis que empregam para conquistar seus eleitorados, cantando aos seus ouvidos, tais como as lendárias sereias, que iludiam os desavisados marinheiros apenas para afogá-los:
Em geral, as sereias dos contos ocidentais impressionam por sua beleza física, assim como pela bela voz. O seu canto é capaz de atrair e encantar os homens. Muitas histórias contam como marinheiros foram atraídos e acabaram se afogando (SANTOS, 2023).
Mas talvez compará-los às míticas sereias pode ter deixado uma impressão de algo deslocado da realidade e pouco ou nada crível. Na verdade, talvez tenha sido um exemplo um tanto quanto infeliz e até um pouco pueril, em que pese tenha cumprido o papel de explicação por analogia. Façamos, então, o seguinte: tomemos emprestada a filosofia empirista e afiada de um dos maiores pensadores do período Renascentista e que se pôs a pensar acerca das ciências, inclusive política, tendo assim refletido sobre como agem os governantes, qualquer que seja o regime:
Com efeito, se já por tantos séculos não tivesse a mente humana se ocupado de religião e teologia; e se os governos civis (principalmente as monarquias) não tivessem sido tão adversos para com as novidades, mesmo nas especulações filosóficas a tal ponto que os homens que as tentam sujeitam-se a riscos, ao desvalimento de sua fortuna, e, sem nenhum prêmio, expõem-se ao desprezo e ao ódio; se assim não fosse, sem dúvida, muitas outras seitas filosóficas e outras teorias teriam sido introduzidas, tais como floresceram tão grandemente diversificadas entre os gregos (BACON, pág. 23, 1620).
O fragmento acima foi extraído da obra Novum Organum, do filósofo e ensaísta inglês Francis Bacon (1561 – 1626) e, apesar de não ser um livro dedicado exclusivamente à política, mas sim um apelo ao pensamento científico e empírico como forma de afastar falsos dogmas e elevar a humanidade, ele nos dá uma boa ideia do que queremos afirmar aqui. Notemos que ele é contundente em afirmar que os governos, de modo geral, são contrários ao pensamento racional e, portanto, filosófico, de modo que aqueles que se dedicam a descobrir verdades e revelá-las se colocam em sérios riscos. Mas não é só isso que o pequeno fragmento nos revela, pois Bacon também nos mostra como o pensamento teológico e religioso bem serviam – e ainda servem – aos governos como eficazes ferramentas de dominação, pois são poderosas distrações das reais questões de Estado. Frisa-se que este trabalho não consiste, de qualquer modo, numa crítica às religiões ou aos religiosos, mas a história tratou de nos ensinar que uma das maiores – e melhores – conquistas, especialmente do ocidente, foi ter criado o Estado laico, ou seja, ter separado o poder civil da autoridade espiritual ou religiosa, qualquer que seja sua denominação:
A crença em Deus, disse Diderot, "se associa com a submissão á autocracia; as duas conjuntamente se levantam ou caem"; e "os homens nunca serão livres enquanto o último rei não for enforcado nas tripas do ultimo padre". A terra só obterá o que lhe pertence quando for destruído o Céu.
E prossegue:
“Nada conheço tão indecoroso", disse, "como as vagas declamações dos teólogos contra a razão. Ouvindo-as, supomos que os homens não podem entrar no seio do cristianismo a não ser como gado a penetrar em curral" (DURANT, pág. 235, 1942).
Os fragmentos acima constituem ínfimas partes do pensamento do enciclopedista e filósofo francês do período Iluminista Denis Diderot (1713 – 1784), cujas obras foram detidamente analisadas pelo também filósofo e historiador estadunidense Will Durant (1885 – 1981) em sua obra História da Filosofia, de onde foram extraídos. Claro que atualmente as palavras de Diderot soam radicais demais, por isso precisamos situá-las no tempo e no espaço em foram escritas, ou seja, no auge do Iluminismo, que antecedeu e nutriu os eventos que levaram à queda da monarquia francesa, dando início à idade contemporânea e a era industrial. De qualquer modo, a lição que Diderot nos deixou é a de que não convêm que retrocedamos à Era das Trevas, como alguns políticos contemporâneos parecem desejar ao invocarem, do alto de seus palanques, o poder dos céus, sempre acompanhados – e, quiçá, financiados – por líderes de denominações religiosas que detêm notório poderio econômico, já que patrocinam verdadeiros espetáculos públicos, emprestando seus púlpitos para algumas das principais estrelas políticas do momento, como se fossem verdadeiros Pop Stars, que são, por esses mesmos clérigos – alguns autoproclamados ou dados a discursos bem pouco cristãos – ungidos diante dos eleitores que, por seu turno, assistem a tudo, extasiados.
RESPEITÁVEL PÚBLICO, CONTEMPLE-ME!
Iniciemos este capítulo aludindo a tradicional abertura dos espetáculos circenses, nos quais os apresentadores, sempre muito chamativos, anunciam ao público o início do espetáculo, chamando a atenção para centro do picadeiro, onde artistas de todo tipo encantam – e enganam – com muita habilidade, colocando expressões de assombro e alegria nos rostos dos presentes. Claro que neste contexto é tudo bastante divertido e, em certa medida, despido de malícia, já que, neste caso, o objetivo é, de fato, entreter, de modo que o público sabe e, inclusive, pagou para ser entretido, mesmo que para isso se veja enganado por hábeis ilusionistas.
Ocorre que, quando falamos de política e de governos, pagar para ser enganado não parece ter tanta graça. Mas aqui é que surge uma curiosidade, já que, mesmo não tendo a menor graça, ainda assim pagamos para sermos enganados. Todavia, é óbvio que tudo se dá por meio de muita habilidade, de modo que nem sempre é fácil perceber o engano, já que quase sempre nos são apresentados de maneiras pensadas para iludir, desviando nosso foco do que realmente importa, fazendo-nos olhar para o que querem que olhemos, tal como fazem os mais hábeis ilusionistas. Uma das formas mais eficazes de se fazer isso tem por base construir uma imagem ou um nome digno das mais elevadas honras, tornando impensável ao público – eleitores – que alguém com credenciais tão elevadas possam ser alvos de ataques ou acusações, não importando quais sejam e nem o tamanho das evidências. Tornemos, portanto, a Bacon:
O intelecto humano, quando assente em uma convicção (ou por já bem aceita e acreditada ou porque o agrada), tudo arrasta para seu apoio e acordo. E ainda que em maior número, não observa a força das instâncias contrárias, despreza as, ou, recorrendo a distinções, põe-nas de parte e rejeita, não sem grande e pernicioso prejuízo (BACON, pág. 15, 1620).
Também extraído do Novum Organum, ao comportamento humano que o filósofo nos descreveu, atualmente, damos o nome de Viés da Confirmação, que, em linhas gerais, constitui nossa tendência inata de, ao invés de buscarmos explicações lógicas ou respostas para perguntas sobre ideias preconcebidas, acabamos buscando elementos que as fortalecem, ainda que isso nos mantenha no erro. È como se em algum nível inconsciente, não quiséssemos contrariar a nós mesmos, ainda que tudo indique que estávamos equivocados em nossas ideias ou escolhas:
Em 2017, a National Academy of Sciences publicou um estudo onde analisou a polarização política com dados do Twitter. Os pesquisadores analisaram mais de 500 mil postagens do Twitter e concluíram que as pessoas que se mostravam contrárias tendiam a apresentar um comportamento de extrema polarização em suas postagens. Quando as pessoas compartilhavam uma postagem, o conteúdo era ligado à sua rede ideológica, ou seja, compartilhavam apenas informações que reafirmavam seus pontos de vista. Todavia, assim como na pesquisa, não apenas compartilhamos informações que sejam compatíveis com nossas crenças, mas também excluímos informações contrárias e pessoas que pensam diferentes (PAIXÃO, pág. 30, 2022).
O fragmento acima, extraído do belo trabalho das Psicólogas Andresa Silva Salustiano e Rosilany Justino Paixão, intitulado Comportamento de grupo e viés de confirmação, publicado em 16/12/2022 no repositório da Universidade Federal de Alagoas, bem explica o fenômeno do Viés da Confirmação e nos fornece uma clara evidência de seu uso na política. Mas se estamos achando que isso é coisa nova e fruto das redes sociais, como a citada no fragmento do trabalho acima, lamentamos informar que não poderíamos estar mais distantes da verdade e demostraremos, com o auxílio de uma obra prima da literatura, o tamanho do nosso engano em pensarmos dessa maneira a respeito do Viés da Confirmação, senão vejamos:
Até mesmo o empreendimento final da sua fuga, que em qualquer língua só pode ter um nome, a última das cobardias, ato que envergonharia uma criança, até mesmo isso encontra a sua justificação na pena dos historiadores. Quando já lhes não é possível estenderem mais o fio elástico dos raciocínios, quando o ato é realmente contrário ao que os homens chamam o bem e a justiça, recorrem, à míngua de argumentos, à noção de grandeza. A grandeza parece excluir a possibilidade de apreciar o bem e o mal. O mal não existe para o que é grande. Quem é grande nunca poderá ser acusado de uma atrocidade (TOLSTÓI, pág. 1342, 1867).
O fragmento acima foi extraído da magnífica obra Guerra e Paz, de ninguém menos que o escritor russo Liev Tolstói (1828 – 1910). Publicado no ano de 1867, é considerado primeiro romance do gênero histórico, já que a narrativa traz personagens reais, sendo o nome de maior relevância, o de Napoleão Bonaparte, Imperador francês que ousou invadir a Rússia em pleno inverno de 1812. Uma trágica decisão que lhe custaria caro em termos de homens, recursos e, é claro, glória, já que a derrota para os russos marcou o início da queda do Imperador francês. Entretanto, como bem pontuou Tolstói, antes da derradeira queda, havida no ano de 1815, devido sua derrota na Batalha de Waterloo, Napoleão, contando com o auxílio dos seus apoiadores próximos, tentou salvar sua imagem de líder militar infalível, atribuindo o fiasco da campanha russa ao clima adverso, tendo sido, aliás, dessa narrativa que surgiu o mito do General Inverno, já que para o moral das tropas e da sociedade francesa, era muito mais palatável atribuir a derrota ao clima hostil e rigoroso, do que admitir a superioridade bélica e estratégica dos seus adversários russos. Ou seja, o mais puro exemplo de Viés da Confirmação, já que essa narrativa, mesmo tendo sido negada e repudiada pelos russos com muitos argumentos lógicos e propriedade, surtiu o efeito desejado, tendo sido assimilada rapidamente pelos franceses, que não tardaram em disseminá-la entre seus compatriotas, servindo para mitigar os efeitos políticos da devastadora derrota sofrida por Napoleão e seu exército.
CONCLUSÃO
Os esforços despendidos neste trabalho tiveram como finalidade trazer uma ideia mais clara acerca das obscuridades existentes nas tramas políticas, sobretudo em períodos eleitorais, nos quais os ânimos se acirram em demasia.
Todavia, como vimos, o acirramento apenas se dá, na verdade, entre os eleitores, uma vez que para os candidatos, que são, em última análise, os verdadeiros protagonistas do jogo político, a derrota definitiva de seus adversários não é algo desejado, pois significaria uma espécie de autoflagelo.
Nesta esteira, espera-se ter sido possível abrir alguns olhos para o fato de que as campanhas eleitorais não passam de meras encenações elaboradas, nas quais os supostos adversários simulam travar uma guerra infindável de ideologias que até são, em suas essências, opostas, mas que, na prática, servem a um único propósito, ou seja, o da perpetuação da disputa, pois é apenas através dela que podem promover a perenidade de seus cargos e do sistema eleitoral como um todo, uma vez que se trata de um mecanismo que se retroalimenta da disputa em si e que tem nas derrotas e vitórias apenas as alternâncias naturais e buscadas por aqueles que protagonizam as disputas. Todo o resto não passa de um espetáculo de ilusionismo.
Por derradeiro, vimos como o chamado Viés da Confirmação tem sido usado ao longo da história para preservar as imagens de líderes, fossem eles Imperadores em regimes monárquicos de outrora, sejam eles políticos nas democracias atuais, uma vez que, como nos ensinou Tolstói, líderes políticos, não importando a época ou o regime, colocam-se para além do bem e do mal, e com o apoio de seus aliados, sempre tentarão construir narrativas elaboradas para justificar suas derrotas e revezes, ainda que para isso seja necessário reescrever a própria história e negar fatos incontestáveis.
REFERÊNCIAS
BACON, Francis. Novum Organum, 1620. Disponível em: https://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000047.pdf. Acesso em: 23 mai. 2025;
COSTA, Jorge. O Ouroboros: Explorando os Mistérios da Ciclicidade e Eternidade na Cultura e Filosofia, Portal Vamos Estudar, publicado em 16/03/2024. Disponível em: https://vamosestudar.com.br/o-ouroboros-explorando-os-misterios-da-ciclicidade-e-eternidade-na-cultura-e-filosofia/. Acesso em: 29 mai. 2025;
DURANT, Will. História da Filosofia, Ed. Companhia Editora Nacional – São Paulo, Tradução de Godofredo Rangel e Monteiro Lobato. 1942;
NIETZSCHE, Friedrich. O Crepúsculo dos Ídolos, Tradução, Notas e Posfácio de Paulo Cesar de Souza, Ed. Companhia das Letras, 1889. Disponível em: https://ensaiosflutuantes.wordpress.com/wp-content/uploads/2016/03/crepusculo-dos-idolos-friedrich-nietzsche.pdf. Acesso em: 26 mai. 2025;
PAIXÃO, Rosilany Justino / SALUSTIANO, Andresa Silva. Comportamento de Grupo e Viés de Confirmação, Repositório da Universidade Federal de Alagoas, 2022. Disponível em: https://ud10.arapiraca.ufal.br/repositorio/publicacoes/4654. Acesso em: 23 mai. 2025;
SANTOS, Teresa. A lenda das sereias, Museu da Vida – Fundação Oswaldo Cruz, publicado em 16/06/2023. Disponível em: https://www.invivo.fiocruz.br/historia/a-lenda-das-sereias/. Acesso em: 29 mai. 2025;
SOUZA, Líria Alves de. Heráclito: o filósofo do fogo; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/heraclito-filosofo-fogo.htm. Acesso em 29 de maio de 2025;
TOLSTÓI, Liev. Guerra e Paz, biblioteca digital Centaur Editions, 1867. Disponível em: https://dlivros.com/livro/guerra-paz-edicao-completa-liev-tolstoi. Acesso em: 23 mai. 2025.
Honorable audience: the illusionism show in political contests
Abstract: The political game or plot requires the capture of the public's attention, which its protagonists call the electorate. In this paper, we will analyze, with the help of philosophy, literature and history, how and with what resources this game of conquest takes place, in order to uncover, including the consequences of this dispute, which is often disproportionate for the attention of voters, having the potential to create true romanticized illusions of some political figures.
Key words : Circus, Voters, Illusion, Politics, Bias.