O empreendedorismo e o desempenho das organizações

26/03/2015 às 21:16
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Este trabalho tem por objeto analisar a relação existente entre o empreendedorismo, a inovação e o desempenho das organizações e empresas do Brasil.

RESUMO

Este trabalho tem por objeto analisar a relação existente entre o empreendedorismo, a inovação e o desempenho das organizações e empresas do Brasil. Para tanto, buscou-se entender o empreendedorismo como sendo o aspecto basilar do desempenho das organizações e empresas brasileiras. A finalidade da pesquisa foi constatar a irrefutabilidade do fato de um bom desempenho organizacional depender da aplicação do empreendedorismo e da inovação responsável por gerá-lo. Na investigação, procedeu-se a uma vasta exploração bibliográfica no que pertine a obras que tratam da temática abordada. Os resultados demonstram que, hodiernamente, a efetivação de um bom desempenho e desenvolvimento organizacional, por parte das empresas e organizações pátrias, está total e inarredavelmente coadunada ao implemento do empreendedorismo, através da inovação.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Inovação. Organizações. Empresas. Desempenho.


INTRODUÇÃO

Quando se fala do desempenho de uma organização ou empresa brasileira, logo nos vem à mente uma indagação concernente ao que é preciso fazer para se obter um bom desenvolvimento organizacional? Em nossa contemporaneidade, o bom desempenho de uma organização, empresarial ou não, possui relação direta com o acontecer do empreendedorismo, que surge por meio da inovação. A presente pesquisa se justifica pela necessidade de haver estudos materializados sobre a importância das organizações e empresas brasileiras implementarem o empreendedorismo, eliciado pela inovação em suas gestões, a fim de que seja auferido sucesso profissional, desenvolvimento, e reconhecimento no mercado em que atuam.

1. DESEMPENHO ORGANIZACIONAL E EMPREENDEDORISMO

Quando se aduz sobre o desempenho de uma organização ou empresa estar-se efetuando uma divagação que objetiva saber se a empresa vai bem ou não nos seus negócios, bem como se há falhas em sua gestão e quais as soluções para estas. Nesse passo, um bom desempenho, ou desempenho positivo, é o principal objetivo a ser alcançado por uma empresa. Além do que, a busca pelo desenvolvimento (desempenho positivo) é quase a razão de existir da maioria das organizações.

Para colher um desempenho o positivo as organizações e empresas brasileiras comportam-se de várias formas e utilizam vários métodos científicos, isto é, programações, normas e instruções diversas alvitradas pelos estudiosos e controladores dos mercados financeiro e econômico. Entretanto, a principal atitude que uma organização pode desenvolver para obter um bom desenvolvimento é ser diferente dentro de sua área de atuação. Ou seja, a empresa deve inovar, estabelecendo o empreendedorismo; criar produtos ou serviços novos, inéditos ou diferentes e, com isso, atrair uma clientela avulta, além de obter maior respeitabilidade e credibilidade no mercado.

1.1 Que é Empreendedorismo?

Em senso comum, nos processos conversativos do quotidiano, quando se dicciona o vocábulo 'empreendedorismo' logo se estabelece associação entre este e a palavra 'empreendedor'. Em sequência, de imediato, define-se mentalmente 'empreendedor' como sendo uma pessoa capaz de ousar, criar novos negócios ou ter novas ideias e capaz de, com um comportamento que chamamos de 'atitude empreendedora', obter sucesso para sua empresa ou organização. Além do que, todas às vezes em quais nos vem à mente o conceito de 'empreendedor' sempre lembramos de pessoas que montam empresas 'do nada' e, abruptamente, auferem sucesso.

Em verdade real, nosso senso comum não é errôneo acerca da conceituação de 'empreendedorismo'. Porém, o conceito de empreendedor vai muito além disso. Empreendedor é alguém que possui a capacidade de enxergar, mensurar e avaliar oportunidades de negócios novos ou estabelecer planos de melhoramento de ideias já existentes. Um empreendedor não apenas tem uma ideia inicial, ele vai até o fim do implemento da ideia, bem como participa de todo o processo que a coloca em prática. É de conhecimento público que uma pessoa dita empreendedora é orientada, naturalmente, para características como: coragem, liderança, pró-atividade, responsabilidade, ação e comunicação.

Coragem para não ter medo de ariscar quando um negócio novo ou a modernização e ampliação de uma ideia já existente ensejarem a possibilidade de se auferir algum tipo de risco; Liderança para influenciar quem colabora com sua organização, a fim de que todos trabalhem em sintonia com a ideia a ser implantada; Pró-atividade para ser eficiente e ser capaz de solucionar todas as problematicidades que surjam querendo impedir o sucesso da inovação; Responsabilidade para, sempre, agir com ética e respeito pela moral existente em sua sociedade. Ação para não ser inerte à frente de decisões a serem tomadas e Comunicação para ser apto a propalar suas ideias para seus colaboradores, investidores e, principalmente, para engendrar uma excelente comunicação com seus clientes.

O empreendedorismo é uma característica mercadológica tão importante que uma organização, que possua respaldo e respeitabilidade no meio em que se encontre por ser empreendedora, é capaz de, por meio de suas inovações, modificar, também, os padrões do mercado já existentes e influenciar outras empresas ou organizações a seguirem suas ideias. Não em sentido copiativo, mas em sentido de inspiração e adequação àquilo que é bom e agradável.

Dada à relevância do tema 'empreendedorismo', desde o final só século passado, muitos autores das diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas têm se debruçado sobre seu estudo, o fazendo, porém, de forma isolada em relação ao conceito de 'homem'. Alguns, em sentido oposto, estudam as relações entre o homem e a atitude de empreender. Todavia, o autor do presente estudo acreditar que a melhor forma de investigar o tema é coaduná-lo ao homem, pois o principal sujeito ou ator do empreendedorismo é o homem que, em meio as suas diversas ocupações sociais, busca e encontra tempo para pensar em novos negócios, bem como aperfeiçoa os já existentes.

Nesse sentido, estudando-se o empreendedorismo coadunado à noção de homem, parafraseando Donjou (2002), pode-se afirma que o empreendedorismo não é resultado de fantasmas, é o resultado de produções concretas do homem. Ou seja, separar as ações palpáveis do indivíduo homem do processo empreendedor é uma atitude abstrata e que nos faz afastarmo-nos da intimidade com o conceito de empreendedorismo. Estudar o empreendedorismo sem analisar o homem e toda a sua história dialética é reduzir o processo empreendedor à mera atitude tecnicista de implemento de ideias prontas, desconsiderando todos os aspectos psicológicos humanos envolvidos na elaboração de ideias novas.

Nesses meandros da importância do homem para a factibilidade do processo empreendedor, de acordo com Vestraete (1999), o empreendedorismo é um acontecimento psicológico, social, econômico, antropológico e cultural bastante complicado. Não se podendo, por isso, ignorar a informação de que o sistema empresarial, de modo geral, é integrado por inúmeros fatores, causas e consequências. Fatores estes que para ocorrerem dependem, irrevogavelmente, da existência e ação do agente 'homem'.

Desse modo, é quase óbvio, fazendo-se ilações, que os empreendedores surgem de um processo histórico complexo. O modo como se deu, e se dá, a formação das empresas ou organizações contribui para a construção dos modelos de comportamentos que seus gestores e colaboradores têm e terão. Além do que, a origem do acontecimento de uma ideia nova, também, tem total relação com o processo histórico de formação social, mental, cultural e psicológica de seu pensador ou idealizador que, indubitavelmente, tem de ser um ser humano.

Assim, empreendedorismo é o resultado da implementação de novas ideias ou reformulação de negócios já existentes. Sendo que o processo empreendedor somente acontece conexo ao aparecer da inovação. Falando sobre inovação, Assunção (2006) tem fé que novas posturas organizacionais vieram para ficar e afirma que “a visão geral da prática de gestão organizacional deve ser concebida como um processo comprometido com resultados diferenciados, por meio de ações simultâneas em toda a organização, baseada em um modelo plenamente adequado aos objetivos estratégicos definidos” (p.13).

1.2 Que é e como ocorre o Desempenho de uma Empresa ou Organização?

O desempenho de uma organização é, em suma, a soma de todas as situações em que se encontra a organização em cotejo à situação do amplexo do mercado em que esta atue. Isto é, se uma empresa ou organização encontra-se bem e estável em todos os seus aspectos ou setores, planos e comportamentos, sempre obtendo sucesso em suas ações, pode-se afirmar, peremptoriamente, que esta empresa está bem e seu desenvolvimento está bom ou positivo.

O desempenho de uma organização ocorre, precipuamente, através do fato desta não agir de forma aleatória. Para implementar um negócio, uma ideia nova ou reformular um projeto já existente, é preciso que as empresas trabalhem sobre o plasma de um certo 'planejamento organizacional'. É importante que todas as ações e decisões das organizações sejam dirigidas por planos, políticas, metas, diretrizes e determinações diversas formuladas pelas próprias empresas e pelos controladores dos mercados em que estas atuem.

Esse 'planejamento organizacional' possui vários seccionamentos que unidos o constroem, dentre os mais relevantes temos: missão da empresa, visão da organização, planejamento estratégico, projeções de mercado, plano financeiro, plano orçamentário, projetos de investimento, análises das demonstrações financeiras, planejamento tributário, análise financeira de curto e longo prazo, análise de crédito e cobrança, gestão de custos, contabilidade gerencial. Tais componentes do 'planejamento organizacional' são tão importantes que alguns constituem disciplinas de Cursos Superiores, como Economia, Administração, Contabilidade e Gestão Financeira.

Uma ponderação acerca do 'planejamento organizacional' que é mister fazer pertine ao emprego de Capitais de Terceiros envolvidos em um negócio empreendedor. É importante que as empresas ou organizações, sejam estas públicas ou privadas e da administração direta ou indireta, preconizem em seus investimentos, objetivando auferir um bom desenvolvimento, apenas Capitais Próprios e somente utilizem financiamentos de outrem em ultimo caso, como situações em que se começa um negócio 'do zero'.

Esse aspecto de utilizar apenas receitas próprias não concerne apenas a garantir-se certa segurança negocial no sentido de que se o negócio não der certo não se terá alguém para prestar contas. Não se aprouver de recursos de terceiros é importante, também, pelo fato de pode haver um acúmulo de dívidas junto às empresas que oferecem financiamentos e dívidas contraídas para pagar outras já existentes, e que estão vencendo. Estas dívidas não geram recursos para pagamentos ulteriores. Assim, as empresas ou organizações podem acabar entrando em um círculo vicioso de contração de empréstimos e financiamentos sucessivos. Nesse foco, MARION (1997) afirma que:

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"Por outro lado, uma participação de Capital de Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie. Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a conceder financiamentos para as empresas que apresentarem esta situação desfavorável. Em média, as empresas que vão à falência apresentam endividamento elevado em relação ao patrimônio líquido" (p. 464/465).

1.3 Os indicadores de Desempenho Organoizacional

Para mensurar o desempenho de uma organização ou empresa existem indicadores numéricos chamados de 'indicadores de desempenho'. As empresas, sejam quais forem seus portes, fazem uso dos indicadores de desempenho para acompanharem o desenvolver de suas ações e, assim, enxergarem antecipadamente os reflexos de suas decisões no mercado em que atuam.

1.3.1 O Balanced Scorecard (BSB) e o Ciclo PDCA

Atualmente, há dois modelos de indicadores de desempenho bem conhecidos e que são constantemente aplicados pelas organizações, devido à confiabilidade que carregam consigo. Um é o Balanced Scorecard, conhecido como 'BSC', utilizado para mensurar a situação de uma empresa ou organização através de uma perspectiva de visão estratégia, em qual se integram cinco componentes ou fases, a saber: financeira, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. Ou seja, as organizações que implementam o Balanced Scorecard, fazem análises agudas sobre suas situações financeiras, seus clientes, o modo como seus processos internos acontecem, o que pode ser revisto e qual o aprendizado obtido com as falhas que, porventura, forem constatadas e o que é necessário para elevar o crescimento das empresas.

Outro 'indicador de desempenho' bastante utilizado é o Ciclo PDCA, em qual há um ciclo operacional que envolve: planejar, checar, executar e agir. Esse sequenciamento de atitudes a serem tomadas por uma empresa ou organização, a fim de se obter uma análise sobre o seu desempenho, oferecido pelo Ciclo PDCA é tão importante que, atualmente, a maioria dos órgãos responsáveis pela qualidade na gestão das empresas e organizações indica que este método seja aplicado.

Enfim, contemporaneamente, nos procedimentos diversos que integram o 'gerir de uma empresa ou organização', os indicadores de desempenho possuem importância inefável. O emprego desses índices propicia uma gestão com maior responsabilidade, com atitudes eficientes e concentração de esforços sobre as falhas organizacionais, direcionando as ações de todos os gestores e colaboradores para a correta execução das estratégias firmadas no 'planejamento organizacional'.

2. COMO ELEVAR O DESEMPENHO DE UMA ORGANIZAÇÃO COM BASE NO EMPREENDEDORISMO?

Concatenando-se as noções de Desempenho Organizacional e Empreendedorismo é visível a existência de uma aguda relação de colaboração entre estas. Uma empresa ou organização que, objetivando desenvolver-se e elevar seu desempenho, busca debruçar-se sobre o implemento do empreendedorismo, ou seja, aplica novas ideias ou reformula e atualiza seus negócios , certamente obterá sucesso em sua atitude. Parece óbvio, mas quando os clientes de um determinado setor comercial visualizam um novo produto no mercado ou um serviço modificado positivamente a empresa que o está oferecendo sem dúvidas lucrará e auferirá desenvolvimento.

Nesse rumo, infere-se do pensamento de Van De Ven (1986) que a inovação, definida como o desenvolvimento e a implantação de ideias novas, em um contexto institucionalizado, é a principal atitude, coadunada ao empreendedorismo, por meio da qual uma organização ou empresa, pública ou privada, colhe um bom desenvolvimento. É como que se o empreendedorismo, em conjunto com o planejamento organizacional, oferecesse estabilidade e previsibilidade às ações gestacionais das empresas.

Assim, para se elevar o desempenho de uma organização com base no implemento do empreendedorismo é necessário que os gestores de tal empresa, de forma concreta, tragam à empresa inovações e busquem sair da repetibilidade de serviços e produtos 'sem graça' e que em nada encantam os clientes. É preciso uma diferenciação negocial para se obter sucesso.

2.1 Elevando o Desempenho Organizacional por mudança de paradigma institucional

Quando uma empresa ou organização não vai muito bem nos seus negócios, estando, por isso, com um desempenho negativo, é possível melhorar seu desempenho com o implemento de uma mudança em todo o modelo de gestão da empresa. Isto é, muda-se todo o modo de pensar dos gestores e colaboradores através da indicação, por qualquer integrante da organização, de um novo caminho a seguir ou o próprio mercado pode, forçosamente, direcionar a organização a seguir um novo método gestacional que porventura surja.

Nesse sentido, com a ocorrência de uma verdadeira 'mudança mental organizacional', atualmente, tem-se utilizado bastante o termo 'Empreendedorismo Corporativo' (EC). Tal tipo de empreendedorismo seria uma espécie de 'a união faz a força'. Uma organização ou empresa que estabelece em sua gestão a implantação do empreendedorismo corporativo oferta aos seus integrantes a possibilidade de todos, dos altos gestores ao mais simples colaborador, opinarem na gestão da organização, bem como proporem ideias novas e reformulações de projetos já em voga.

Concernente ao EC deduz-se do pensar de Zahra (1991) que, em meio a todo o amplexo relacional existente em uma empresa ou organização, esse tipo de empreendedorismo é atinente ao processo de criação de novos negócios, por parte de qualquer integrante da organização, entretanto com prioridade ao espírito coletivo. Negócios estes estabelecidos para melhorar a receita de lucros da empresa e elevar sua posição no mercado competitivo.

Debruçando-nos sobre conceituações formais de EC, segundo Burgelman (1983) “empreendedorismo corporativo é um processo de extensão dos domínios de competência da organização e de oportunidade correspondente determinada pela cominação de novos recursos gerados internamente na organização” (p. 154).

Dessarte, um bom meio para elevar o desempenho organizacional com base no empreendedorismo é não penas implementar inovações aleatoriamente em uma dada organização ou empresa. É interessante, também, implantarem-se ideias e inovações corporativas. Ou seja, ofertar-se liberdade relacional no processo de gestão, a fim de que todos os integrantes da organização tenham liberdade para propor novas ações, medidas, projetos e planos, sempre pautados, claro, pela execução fiel do planejamento organizacional.

2.2 Elevando o Desempenho Organizacional por mudança no comportamento individual dos colaboradores

Para retirar-se uma organização de uma situação de desempenho negativo também se pode contar com uma mudança comportamental de seus colaboradores. Ou seja, os funcionários de uma empresa, ao visualizam que a organização está agindo de forma errônea no que concerne aos negócios, podem sugerir, em grupo ou individualmente, aos gestores a implementação de novas ideias ou reformulação do projeto organizacional. Entretanto, é relevante frisar que os funcionários em tela devem usar de humildade, pois os gestores quando estão 'cegos' e não veem que a empresa está sucumbindo podem receber qualquer sugestão em tom de crítica as suas gestões. É necessário consensualidade, sempre, entre os funcionários e a alta administração. Afinal, todos têm um objetivo comum, a saber: o bom desempenho da organização, com auferimento de lucros, valorização dos funcionários, bom trato aos clientes e responsabilidade social por parte da empresa.

Também pode acontecer um aumento no desempenho organizacional quando os colaboradores de uma dada empresa, ao enxergarem que esta não possui políticas de incentivo à qualificação do servidor, o que é bastante comum nas organizações contemporâneas que, debruçadas sobre a animalidade do Sistema Capitalista vigente, apenas visam à obtenção do lucro e, de forma cretina, exploram seus funcionários descaradamente, por si só resolverem capacitarem-se, fazendo cursos, graduações, especializações e etc. Esta atitude é tão comum nos entremeios das empresas que alguns servidores que buscam o conhecimento e a qualificação ou elevam-se na hierarquia organizacional, ascendendo a cargos da alta administração e, lá chegando, modificam a ambiência implementando novas ideias e estabelecendo o empreendedorismo ou pedem demissão da organização, montam seus próprios negócios com ideias que outrora sugeriram e seu patronado recusou-se, por orgulho, a implantar.

Em suma, possibilitar aos colaboradores de uma organização ou empresa uma parcela na participação dos atos negociais decisórios é muito importante, pois, às vezes, as melhores ideias podem surgir de onde menos se espera. Além do que, um funcionário que participa ativamente do engendramento de novas ideias, da execução do projeto organizacional, da análise de problemas e que é, de modo geral, bem valorizado pela alta administração, certamente será mais útil e poderá colaborar com o sucesso organizacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os pressupostos teóricos que guiaram este estudo demonstram que o desempenho e o desenvolvimento positivos de uma organização ou empresa dependem, particularmente, do implemento de ideias inovadoras. Ou seja, o Empreendedorismo, visto como a aplicação de ideias inéditas ou reformulação de projetos já existentes, colabora, em alto relevo, para que uma organização aufira bons resultados em seus planos diversos, bem como na execução de seu Planejamento Organizacional. Entretanto, como coisa alguma no processo vivencial humano é fixa, faz-se mister frisar que atualmente o empreendedorismo colabora para o desempenho das organizações, mas no futuro não se pode afirmar que isso acontecerá. Os conhecimentos são variáveis sobre as quais não se pode fazer estudo de futurologia. O mundo pós-moderno em que vivemos tem preconizado  a utilização de recursos virtuais e tecnológicos nos processos de comunicação intra e interinstitucional. Assim, certamente no futuro as relações humanas, no mundo dos negócios, dar-se-ão de forma diferente das de hoje e ensejarão novos estudos sobre esta mesma temática ou outra semelhante que exista na época.

REFERÊNCIAS

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BASTOS, C.; KELLER, V. Introdução à metodologia científica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

BURGELMAN, R. A. Empreendedorismo corporativo e gestão estratégica: conhecimentos a partir de um estudo de processo. Ciência da Administração,vol. 29, dezembro, 1983.

CANIZELA, Tatiane Bardelo Guimarães. Empreendedorismo como estratégia corporativa: um estudo do caso grupo Algar. Dissertação de Mestrado em Administração apresentada à Universidade Federal do Paraná (UFPR), 2005.

DANJOU, I., Empreendedorismo: um campo fértil em busca de sua unidade. Comente Gestão Francês: Lavoisier, v.28, n. 138, abril/junho 2002.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

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SARKAR, Soumodip. O Empreendedor Inovador – Faça Diferente e Conquiste seu Espaço no Mercado. Rio de Janeiro: Elsevier.

______. Empreendedorismo. Portugal, 2008.

VASCONCELOS, Marcos Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos da Economia. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

VAN DE VEN, A. Problemas centrais na gestão da inovação. Gestão ciência. Vol. 32, 1986.

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ZAHRA, Shaker : Preditores e resultados financeiros do empreendedorismo corporativo: um estudo exploratório. Journal of Business Aventurando, 1991.

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Sobre o autor
Tayson Ribeiro Teles

Aluno do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu - Mestrado em Letras: Linguagem e Identidade (Linha de Pesquisa Cultura e Sociedade) da Universidade Federal do Acre (UFAC). É Pós-graduado Lato Sensu (Especialista) em Gestão Administrativa na Educação pela ESAB, de Vila Velha-ES, [2014]. Graduado, na área de Administração, em Tecnologia em Gestão Financeira, pelo Centro Universitário Oswaldo Cruz (Sistema UniSEB/Estácio), de Ribeirão Preto-SP [2013]. Membro do Conselho Regional de Administração do Acre (CRA/AC), registrado sob o n.º 6-0079. Acadêmico do Curso de Bacharelado em Direito da UFAC, cursando o 7.º período. É Servidor Público Federal do Quadro Efetivo Ativo do Ministério da Educação. É Ex-servidor do Quadro Efetivo do Poder Judiciário do Estado do Acre, tendo ocupado de 2011 a 2012 o cargo de Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Mais informações

Artigo resultado do TCC do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, concluído em 2013,no Centro Universitário Oswaldo Curz/Sistema UniSEB, de Ribeirão Preto-SP.

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