O doping russo na Olimpíada de 2016 e o tráfico internacional de drogas: afinal, existe ética no marxismo?

09/09/2016 às 19:35

Resumo:


  • O livro "Cocaína Vermelha" de Joseph D. Douglass Jr. relaciona o doping russo de 2016 com antigas táticas marxistas de disseminação de drogas.

  • A estratégia militar marxista de usar drogas como arma química visava enfraquecer a liberdade individual e corroer as bases éticas da sociedade ocidental.

  • O socialismo marxista-leninista, como demonstrado na China, promove a corrupção e a falta de ética, resultando em pilhagem de países como na África.

Resumo criado por JUSTICIA, o assistente de inteligência artificial do Jus.

Em tempos de debate sobre a legalização das drogas, um fato atraiu a atenção mundial: a Rússia dopava seus atletas. Este artigo analisa o porquê da repressão ao tráfico internacional de drogas e pergunta: qual a relação entre corrupção, drogas e marxismo?

INTRODUÇÃO

A notícia recentemente veiculada de que “O governo russo participava do doping de seus atletas” (ARRIBAS, 2016) motivo da delegação de atletismo ter sido banida dos jogos, traz de imediato à memória um livro, publicado em 1990, por Joseph D. Douglass Jr., intitulado “Cocaína Vermelha - a narcotização da América”, no qual demonstra, com base em fatos e documentos, a íntima relação dos regimes marxistas, da China e da ex-União Soviética, com a tática de disseminar drogas como arma química para destruir a juventude e a cultura dos países ocidentais, em especial dos EUA (PHILIPP, 2015). Ao que parece, mesmo após a desintegração do regime socialista soviético, o escândalo do doping russo de 2016 sugere que as antigas táticas marxistas ainda persistem no âmbito da atuação do seu Governo.


A CRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS COMO DEFESA DA LIBERDADE

Com base em relatórios oficiais dos Governos marxistas da Rússia e da China, depoimentos de traficantes em processos judiciais, além de informações prestadas por militares de alto escalão, da antiga Checoslováquia e Bulgária (DOUGLASS JR., 1990; GLAZOV, 2011), o autor mostra que Pequim e Moscou foram, desde 1950, os maiores traficantes de drogas da face da Terra, tendo entretanto usado a Checoslováquia e a Bulgária como executores de uma estratégia militar, para que a própria União Soviética não fosse percebida como mentora desta atividade criminosa.

O plano consistia em cooptar redes de traficantes locais na América Latina, em países como Colômbia, Peru e Bolívia, fornecer-lhes armas, dinheiro e treinamento (sem que soubessem o verdadeiro objetivo geopolítico disso tudo), e utilizar estes territórios como base de distribuição de heroína e de LSD, produzidos no Laos, no Camboja e na Tailândia. Quem aparecia eram somente as quadrilhas locais do crime organizado.

A heroína e o LSD, em razão do seu alto poder viciante, além do efeito de alterar a mente, o pensamento e a consciência humana, foram armas químicas inicialmente utilizadas no Vietnã, pelo regime marxista da União Soviética, para incapacitar soldados americanos. A mesma arma foi utilizada na América para disseminar uma espécie de cultura das drogas, surgida nos EUA coincidentemente por volta de 1960, no auge da Guerra do Vietnã (um conflito anti-comunista). Em ambos os casos, a droga funciona como arma química que enfraquece e põe em risco a liberdade de toda uma nação, na medida em que golpeia a vontade individual. Uma vez instalada a dependência química, este processo leva os indivíduos à perderem sua autonomia, seu intelecto, sua capacidade de trabalho. A liberdade da nação é destruída.

O movimento hippie foi utilizado, “sem saber”, pelos marxistas soviéticos para consolidarem o plano de destruição cultural e moral da América. Constituído por grupos de pessoas que proclamavam o lema “paz e amor”, os hippies fizeram forte campanha contra a Guerra do Vietnã, com o slogan que associava o consumo massivo de drogas à paz e ao amor. Na verdade, eles estavam “sem saber” ajudando os soviéticos a disseminarem cada vez mais drogas dentro dos EUA, na medida em que seu movimento ganhou muitos adeptos entre a juventude norte-americana.

A utilização militar de drogas como arma química foi pensada, inicialmente em 1950, pela China comunista, grande produtora de ópio, e que tinha planos de expansão imperialista após o fim da II Guerra Mundial. Posteriormente, a estratégia foi aperfeiçoada pelo regime marxista da ex-União Soviética, que viu nesta tática o caminho mais eficiente para, a longo prazo, corroer todas as bases éticas da sociedade ocidental e destruí-la “por dentro”, já que a disseminação massiva de heroína e LSD nas grandes cidades produziria: 1) invalidez laboral; 2) violência urbana; 3) corrosão da governabilidade; 4) enfraquecimento moral; 5) corrupção pública e privada generalizada.

Ao LSD e à heroína, somou-se naturalmente a cocaína, produzida in loco, diretamente pelas próprias redes de traficantes da Colômbia, do Peru e da Bolívia, já devidamente bem armados, treinados e financiados pelo regime marxista soviético. Enquanto a heroína e o LSD eram enviados da Ásia para a América, a cocaína era enviada dos próprios países cocaleiros rumo aos EUA. Tanto a mercadoria (drogas), quanto o dinheiro, circulavam na região com apoio da Venezuela e de Cuba, que “emprestavam” seus territórios para as operações.

Douglass Jr. (1990) cita o depoimento do General Jan Sejna, ex-membro do Partido Comunista, do Ministério da Defesa e ex-Chefe do Estado Maior da Checoslováquia. Segundo ele, Fidel Castro ficou tão empolgado com o plano de drogar a juventude norte-americana, que os russos precisaram contê-lo para que o plano não fosse prejudicado. Destruir a juventude, especialmente os estudantes nas universidades, era o principal objetivo desta guerra química. As vultosas quantias de dinheiro do narcotráfico cubano-soviético eram reaplicadas para subsidiar movimentos anti-americanos, revolucionários (como as FARCs: Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Em suma, uma completa e total subversão de valores.


O FUNDAMENTO ÉTICO DO ESTADO LIBERAL CAPITALISTA

Ao contrário do determinismo [fatalismo] histórico defendido por Marx, segundo o qual os fenômenos sociais e econômicos seriam o resultado de uma luta de classes que, supostamente, teria sempre existido na história humana; um raciocínio que retira do indivíduo a sua capacidade de exercício do livre arbítrio, e o trasforma em simples objeto, ao invés de sujeito da própria história; o certo é que o fator mais emancipador, libertador, decisivo e determinante da realidade social e econômica de um país é o “ethos”, a atitude mental e espiritual concreta dos indivídiuos diante da realidade de suas vidas (PEYREFITTE, 1999). Em outras palavras, a Ética é o fator essencial que antecede a construção das instituições políticas e econômicas de um país. A Ética funciona como base de uma sociedade onde os indíviduos, através do trabalho honesto, livre e com respeito às autonomias e às capacidades individuais, constroem um ambiente de intensa confiança social. Sendo um dos seus pilares o respeito aos contratos (promessas), apenas em ambientes mercadológicos onde impera a plena confiança entre seus participantes é possível gerar prosperidade como resultado final.

Entretanto, marxistas conseguem enxergar na sociedade da confiança a surreal hipótese de que todos roubam todos. Certamente, uma visão baseada em um pensamento que, na sua raiz, já nasceu corrompido pelo seu próprio fundador: não é segredo para ninguém que o objetivo de vida de Marx era a conquista [roubo] do poder, nem que para isso fosse necessário destruir a religião – a base Ética da sociedade. Seu pensamento é um golpe direto contra o cristianismo e as demais religiões em geral (MARX 2005; MARX & ENGELS, 2007; LENIN, 1905).

Nas sociedades desprovidas de uma Ética da liberdade, da autonomia e da emancipação individuais, o maior perigo é a estatização da vida, situação mortífera e catastrófica em que o intervencionismo do Estado absorve toda a espontaneidade social, que historicamente é o que sutenta, nutre e impele os destinos humanos. Sem uma Ética da liberdade individual, a espontaneidade social é violentada. Nenhuma nova semente poderá frutificar. A sociedade terá de viver para o Estado; o homem para a máquina do Governo (ORTEGA Y GASSET, 2001). Em virtude do mercado gerar um substancial sucesso aos bons [honestos] indivíduos, os marxistas odeiam o mercado e disseminam pela sociedade a inveja contra os mais habilidosos (KIRK, 2007). Sendo a Ética da liberdade individual a base deste mercado, pode-se dizer que os marxistas odeiam a Ética.


A AUSÊNCIA DE ÉTICA NO SOCIALISMO MARXISTA-LENINISTA

A comprovação deste argumento, além da União Soviética leninista, hoje já esfacelada e esmagada sob o peso da própria corrupção, pode ser encontrada no imperialismo “comunista” da China contemporânea, cujo Governo associou-se a uma organização privada chamada Queensway Group, dirigida pelo cidadão chinês Sam Pa, com o objetivo de pilhar a África, em associação com Governos corruptos [sem Ética] daquele continente. A tática basicamente é a seguinte: o regime chinês envia seu intermediário [Sam Pa] para "assediar" governos autoritários, historicamente suscetíveis à corrupção. Obtida a concordância, o plano avança e bilhões de dólares são canalizados para montar empresas em setores estratégicos: petróleo, mineração, urânio, diamantes, agricultura. A partir daí começa a pilhagem. Uma das empresas montadas em África, chamada Sonangol Petróleo, têm na sua base societária membros [ocultos] do próprio governo de Angola, além de seus amigos e familiares, juntamente com os "sócios" do Governo chinês. O setor de petróleo em Angola, representa 97% de todas as exportações do país, mas gera só 1% dos empregos. O mesmo padrão de pilhagem chinesa de Angola, repete-se em várias outras partes do continente africano: Nigéria, Moçambique, Níger, Zimbabue, Guiné, Chade, África do Sul, etc. (BURGIS, 2015; ACEMOGLU & ROBINSON, 2013). Ganham só os governantes "comunistas", cujas riquezas são fruto do roubo sistemático de seu próprio povo e de nações miseráveis da África; riquezas que são escondidas em paraísos fiscais offshore (AHRENS et al., 2014). O povo morre de fome em nome do socialismo e do seu pseudo projeto de justiça social e igualdade; um projeto [promessa] que jamais foi cumprido em nenhuma parte do mundo; e jamais o será por um motivo bastante simples: o pensamento marxista é intrinsecamente corrupto.

Diante destes fatos históricos, relembrando que Marx adorava reduzir tudo à história, o que se pode concluir é que a lógica marxista é uma lógica de fraude, de engodo, de jogo duplo, de destruição. Nunca de honestidade, de liberdade e de respeito ao indivíduo. Portanto não existe qualquer Ética dentro do pensamento marxista. E o que tudo isso tem a ver com o doping russo das Olimpíadas de 2016?

Como o fato ocorreu em uma Olimpíada, o evento esportivo mais importante da humanidade, onde atletas “competem” entre si e, deste modo, celebram o mérito dos “mais habilidosos”, é extremamente emblemático o doping ter sido praticado por um país, Rússia, cuja história é marcada por ser a origem do marxismo-leninista. Posteriormente, a China comunista copiou e piorou este regime de Governo, transformando-o em uma máquina de pilhagem da África.

O marxismo é o regime de Governo onde ter habilidades individuais, acima da média, é considerado o maior crime que alguém pode cometer. Referido sistema impõe a toda sua população uma igualdade fictícia e artificial, que reprime as habilidades individuais. Se um trabalhador tiver capacidade intelectual dez vezes maior do que outros trabalhadores, ele é condenado a receber perpetuamente a mesma remuneração dos demais.

Apenas os membros do Partido Comunista (tanto da ex-União Soviética, quanto da atual China), possuem remunerações e fortunas pessoais acima de centenas de milhões de dólares, o que a princípio não representa mal algum, desde que tivesse sido fruto do trabalho honesto e que toda a população pudesse, também, na medida de suas capacidades, dentro de um regime de livre iniciativa, alcançar resultados proporcionais.

Os críticos do capitalismo costumam dizer que este é um sistema de “competição” e que isso só leva a “querer estar em primeiro lugar” ou a buscar finalidades “nada justas”. Poder-se-ía até dizer que sim, o capitalismo não tem nada a ver com progresso (é normal reprimir a prosperidade dos mais hábeis e, assim, desestimular o crescimento de uma nação inteira). Sim, capitalismo não tem nada a ver com trabalho honesto (é normal todos enriquecerem sem trabalhar). Sim, o capitalismo não tem nada a ver com confiança entre os participantes do mercado (é normal enganar, desonrar compromissos, descumprir contratos). Sim, capitalismo não tem nada a ver com autêntica dedicação ao aperfeiçoamento pessoal, que em larga escala, leva ao aperfeiçoamento de toda uma nação.

A maior prova de que o capitalismo não estimula a honestidade nem o aperfeiçoamento pessoal, é a delegação russa de atletismo: banida dos Jogos Olímpicos de 2016, porque o Estado russo (onde nasceu a ideologia marxista-leninista) financiou oficialmente um esquema de doping para que seus atletas não precisassem "trabalhar" de verdade na busca de uma vitória honesta e verdadeira.

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CONCLUSÕES

Em geral, nos Estados marxistas, virtude é permanecer infantilizado pela desresponsabilização individual, na medida em que todas as necessidades do indivíduo são garantidas pelo Estado (tal como um pai ou mãe são responsáveis pelas suas crianças). Porém, uma criança ser dependente dos pais e não ter condições de responsabilizar-se por si mesma é algo perfeitamente natural e aceitável. Esta dependência é uma fase de sua vida.

Entretanto, é antinatural uma população inteira de adultos, comportarem-se permanentemente como crianças (sustentadas e dominadas pelo grande "pai" – o Estado), como ocorre no socialismo de base marxista-leninista. Isso gera atraso não apenas intelectual de uma nação inteira, mas atraso mental. Causa danos à saúde psicológica, ausência de autonomia, ausência de emancipação, ausência de liberdade. Para que ser responsável por si próprio? Para que trabalhar com verdadeiro e autêntico empenho? Para que buscar o aperfeiçoamento pessoal? A resposta é bem simples: não é necessário aperfeiçoar-se porque o Estado irá cuidar de tudo, até do esquema de fraude química para tentar vencer a Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016.


REFERÊNCIAS

ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James A. Porque falham as nações: as origens do poder, da prosperidade e da riqueza. Tradução Artur Lopes Cardoso. Lisboa: Temas e Debates, 2013.

AHRENS, Jan Martínez; GUALDONI, Fernando; GONZÁLEZ, Jesús Sérvulo; RIZZI, Andrea. A elite comunista da China oculta empresas em paraísos fiscais. Notícia publicada no jornal El País, em 22 jan. 2014, Madrid. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/21/internacional/1390320982_008751.html>. Acesso em 09 set. 2016.

ARRIBAS, Carlos. Relatório confirma que o Governo russo participava do doping de seus atletas. Notícia publicada no jornal El País, em 18 jul. 2016, Lausanne. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/18/deportes/1468845731_853093.html?rel=mas>. Acesso em 09 set. 2016.

BURGIS, Tom. A pilhagem de África. Tradução Ângelo Santana. Amadora (Portugal): Vogais, 2015.

DOUGLASS JR., Joseph D. Red Cocaine – the drugging of America. Atlanta: Clarion House, 1990.

GLAZOV, Jamie. Symposium: sex, drugs and warfare. Entrevista publicada por Frontpage Mag, em 16 jun. 2011, Sherman Oaks (California). Disponível em: <https://www.frontpagemag.com/fpm/96392/symposium-sex-drugs-and-psychological-warfare-jamie-glazov>. Acesso em 09 set. 2016.

KIRK, Russel. The moral foundations of economics. The Russel Kirk Center for Cultural Renewal, 2007. Disponível em: <https://www.kirkcenter.org/index.php/bookman/article/the-moral-foundations-of-economics/>. Acesso em 09 set. 2016.

LENIN, Vladimir Ilitch. Socialism and religion. Tradução Andrew Rothstein. In: Novaya Zhisn, n. 28, dez. 1905. p. 83-87. Disponível em: <https://www.marxists.org/archive/lenin/works/cw/pdf/lenin-cw-vol-10.pdf>. Acesso em 09 set. 2016.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Tradução Rubens Enderle; Nélio Schneider; Luciano Cavini Martorano. São Paulo: Boitempo, 2007.

MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel. Tradução Rubens Enderle; Leonardo de Deus. São Paulo: Boitempo, 2005.

ORTEGA Y GASSET, José. A rebelião das massas. Tradução Herrera Filho. Editora Ridendo Castigat Mores, 2001. Disponível em: <https://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/ortega.pdf>. Acesso em 09 set. 2016.

PEYREFITTE, Alain. A sociedade de confiança – ensaio sobre a origem e a natureza do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999.

PHILIPP, Joshua. China is fueling a drug war against the US. Notícia publicada no jornal Epoch Times, em 18 dez. 2015, Nova Iorque. Disponível em: <https://www.theepochtimes.com/n3/1915904-china-is-supplying-a-drug-war-against-the-united-states/>. Acesso em 09 set. 2016.

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Sobre o autor
Dempsey Ramos

Pesquisador creditado pela Universidade de Bergen (Noruega); Doutorando em Direito pela Universidade de Coimbra (Portugal); Mestre em Direito Ambiental e Professor de Direito Civil pela Universidade do Estado do Amazonas (Brasil). Autor da obra "Meio Ambiente e Conceito Jurídico de Futuras Gerações", livro de 414 pgs. referenciado na Enciclopédia de Direito Internacional Público, do Instituto Max Planck (Alemanha), e mantido no acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América (Washington - DC). Advogado.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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