O sistema prisional capixaba já foi, por muito tempo, alvo de discussões e matérias na mídia em todo o país, onde em certas unidades prisionais, os presos ficavam em contêineres em condições insalubres, e a temperatura no verão chegava a mais de 40º. Esses contêineres eram conhecidos como “celas micro-ondas”. Mas essa realidade mudou e a situação hoje é outra! Sim, entendo que o Sistema Prisional Brasileiro, como um todo, está em crise, mas o estado do Espírito Santo evoluiu bastante ao longo destes anos e dispõe em suas Unidades Prisionais, algumas, no padrão das penitenciárias Norte Americanas. Cito por exemplo o Presídio de Segurança Máxima II (PSMA II), que tem sua estrutura reforçada, muros altos, alambrados e guaritas ao seu redor, sendo uma unidade modelo.
A maioria dos membros da sociedade capixaba tem o pensamento errado de que é só enviar o criminoso para a prisão e está tudo certo, esquecendo-se que um dia este retornará para o convívio dos mesmos, sendo um egresso do sistema prisional, só que não é bem assim! O que a sociedade muitas vezes não compreende é que o interno está preso, mas um dia irá sair, pois no Brasil não dispomos de prisão perpétua nem pena de morte, sendo a ressocialização um item fundamental e o inspetor penitenciário é o elo entre o detendo e a sociedade.
O trabalho de ressocialização do detendo é feito diariamente e depende de uma série de fatores, tais como dar suporte para reintegrá-lo a sociedade, dar ao detendo uma chance de mudar, de ter um futuro melhor independente daquilo que aconteceu no passado, só que o mesmo precisa querer esta mudança também e deve buscá-la. É um trabalho mútuo!
Quem acompanha os internos durante o período em que eles passam na prisão são estes inspetores, que são responsáveis diretamente pelo bom funcionamento do sistema, contribuindo de forma positiva para o desenvolvimento e reintegração social do interno. Concluímos, sem sombra de dúvidas, que o pilar do sistema prisional é o inspetor penitenciário!